Derek não conseguia acreditar no que seus olhos viam.

    Ali, jogada no canto de uma antiga sala infantil, havia uma jovem. Viva. Respirando. Tremendo.

    Durante toda aquela busca por um bebê morto-vivo, cercado por cadáveres reanimados, gritos sufocados e salas abandonadas, ele já começava a aceitar que nada mais restava de humano naquele hospital. E, no entanto, ali estava ela.

    Talvez sua busca não tenha sido em vão.

    “Como é possível?”, pensou, sentindo o coração acelerar. “Como ela sobreviveu aqui dentro? Com esses monstros por todos os lados?”

    A simples ideia de alguém, ainda mais jovem e indefesa, presa ali por sabe-se lá quanto tempo, reacendia algo dentro dele. Uma centelha que ele julgava morta: a necessidade de salvar alguém.

    “Preciso tirá-la daqui. Agora.”

    Ao colocar a mão na maçaneta, Derek girou devagar. A ferrugem chiou com um rangido áspero.

    O som ecoou na sala silenciosa. A jovem, que antes dormia encolhida no canto, se mexeu. Seus olhos se abriram lentamente, ainda pesados, mas logo se arregalaram em pânico ao focarem no rosto de Derek.

    O rosto deformado. A pele machucada. Os olhos fundos. A aparência grotesca de alguém que, à primeira vista, não podia ser outra coisa senão um morto-vivo.

    Ela respirou bruscamente.

    Seu corpo reagiu antes da mente conseguir processar. Em puro instinto, começou a se arrastar pelo chão frio, com movimentos descoordenados, tremendo dos pés à cabeça. A poeira levantava sob seus cotovelos fracos. Seus olhos, arregalados e tomados de terror, se fixaram em Derek como os de um animal encurralado.

    Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto pálido.

    Ela tateou o chão ao redor, desesperada, procurando algo — qualquer coisa — para se defender. Uma pedra, um caco de vidro, uma barra de ferro. Nada. Apenas brinquedos quebrados e poeira.

    Derek permaneceu imóvel. Podia sentir o medo dela como se fosse palpável, vibrando no ar entre os dois. Sabia, mais do que ninguém, no que havia se transformado. Seu reflexo em espelhos quebrados, os olhares de horror, o silêncio carregado de julgamento — tudo isso fazia parte de sua nova existência.

    Mesmo assim, diante daquela jovem frágil e assustada, algo dentro dele ainda resistia. Algo humano.

    Sentiu compaixão.

    E, apesar do que era por fora, quis ser o salvador dela.

    Aquela jovem não enxergava um salvador. Vendo seu rosto, via apenas mais um monstro. Mais um pesadelo em carne apodrecida.

    A expressão dela se distorceu ainda mais. Os dentes tremiam, o queixo batia involuntariamente. O medo já não cabia dentro do corpo. Saía pelos olhos, pelo suor frio, pela respiração ofegante.

    E então, olhando para Derek com olhos cansados e desolados, algo quebrou dentro dela. Como uma lembrança longínqua se sobrepondo ao terror.

    “Mamãe…”, pensou.

    Quatro dias atrás.

    Gerald tentou fazer Amanda fugir.

    — Não seja boba — sua fala foi interrompida por uma tosse acompanhada de sangue. — Enquanto você se lembrar de mim… eu nunca morrerei. Por isso, vá. Viva por nós dois.

    “Tio…”, pensou Amanda, com os olhos marejados. Ela se virou e, sem dizer uma palavra, correu em direção à saída.

    A cada passo, uma lágrima caía no chão.

    Quando já não conseguia mais ver o brilho da lanterna de Gerald, Amanda parou, ofegante de cansaço.

    Então, um único disparo ecoou pelos corredores.

    Ao ouvir o som, seus olhos se inundaram de lágrimas. Encostou as costas na parede e se agachou, chorando em silêncio, lamentando a morte do tio.

    Apesar da dor de perder um parente que foi quase como um pai para ela, Amanda sabia que ficar ali não mudaria o que já havia acontecido. Ainda tinha sua mãe, que aguardava pelos remédios.

    Ela se ergueu e voltou a correr.

    ✥—————✥—————✥

    Desde a morte de seu tio, muitas horas haviam se passado. Amanda ainda estava no hospital. Enquanto avançava pelos corredores, cruzava com mortos-vivos — atraídos pelo som dos disparos.

    Tentou enfrentá-los, mas não conseguiu. Flashes das pessoas que haviam perdido refletiam nos rostos deformados deles. Então, a cada encontro, só conseguia fugir.

    Corria cega pela dor. Foi então que trombou com um dos mortos-vivos. Ambos caíram no chão.

    O monstro se levantou quase tão rápido quanto ela. Parecia ter morrido há poucos dias.

    Percebendo que não teria como avançar — já que ele bloqueava o caminho — Amanda o atacou com o bastão, quebrando sua perna e derrubando-o no chão.

    Ela colocou o pé sobre o peito do morto-vivo, impedindo que ele se levantasse, e ergueu o bastão para dar o golpe final.

    Mas, no instante em que ia acertar, viu uma ilusão. Era seu tio, deitado ali, no lugar do monstro.

    — Ei, Amanda… — disse ele com um sorriso triste — você vai mesmo me matar?

    Seus braços ficaram bambos, e os olhos se encheram de tristeza. Amanda relaxou a perna, hesitante.

    O morto-vivo aproveitou. Com um impulso, empurrou Amanda para trás. Ela perdeu o equilíbrio, caiu no chão, e o impacto fez a lanterna e o bastão voarem das suas mãos. A lanterna se apagou ao bater no chão.

    Amanda bateu a cabeça no tombo e levou a mão à têmpora, sentindo a dor latejar.

    Um gemido baixo ecoou perto dela.

    Ergueu os olhos, tonta, e tateou até encontrar a lanterna. Tentou ligá-la, mas ela não funcionava mais.

    Antes que pudesse reagir, sentiu algo gelado agarrar sua perna.

    — N-não! — gritou.

    O morto-vivo a segurava com força. Amanda se debateu, chutando com as duas pernas, gritando em puro desespero.

    Mas ele não soltava. Continuava arrastando-se, insistente, como se soubesse que ela estava vulnerável.

    Ofegante, Amanda moveu os braços pelo chão em busca do bastão. Suas mãos varriam o chão, frenéticas, mas ele não estava ali.

    O morto-vivo agarrou as calças dela com firmeza.

    Apavorada, Amanda chutava e se arrastava para trás como podia. No processo, acabou deixando as calças para trás, arrancadas pelo morto-vivo. Mas ela não se importou. O desespero tomava conta.

    Com as pernas finalmente livres, se levantou de súbito e correu pela escuridão, impulsionada pelo instinto, sem se importar com o que havia à frente.

    Enquanto avançava, trombava com outros mortos-vivos no corredor. Eles, guiados pelo cheiro, viraram as cabeças e começaram a segui-la lentamente.

    Amanda virou uma esquina e entrou em um corredor com janelas. A fraca luz da noite que entrava por elas permitia ver um pouco mais do caminho.

    Ao alcançar uma das janelas, ela se aproximou com a ideia de pular.

    Mas ao olhar para baixo, viu o quão alto era.

    “Mãe… o que eu faço?”, pensou, o coração disparado. “Talvez… se eu me agarrar bem na parede… e chegar ao menos no segundo andar… talvez eu consiga pular sem morrer.”

    Com as mãos trêmulas, Amanda abriu a janela e colocou uma perna para fora. Mas antes que pudesse passar a outra, o som seco dos gemidos se intensificou.

    Eles estavam vindo dos dois lados do corredor.

    Sentindo que não teria tempo, Amanda se desesperou. Pensou em pular de uma só vez, mas hesitou.

    Virando-se rapidamente, viu uma porta entreaberta no corredor. Sem pensar duas vezes, correu até ela e entrou, fechando a porta atrás de si.

    Não havia chave. Não conseguiu trancar.

    Logo, escutou novamente os gemidos abafados. Dessa vez, mais próximos. Passavam em frente à porta.

    Amanda paralisou. Ficou imóvel, como se virar vapor fosse uma possibilidade. Prendeu a respiração, tentando não fazer qualquer som.

    Os passos arrastados continuaram. Passavam direto.

    Ela começou a relaxar os ombros quando ouviu um ranger suave. Um dos mortos-vivos parou bem diante da porta, espiando pela janela de vidro embaçado.

    Amanda tapou a boca e o nariz de imediato, o susto quase a fez desmaiar.

    O morto-vivo inclinava a cabeça com pequenos tiques, os olhos mortos tentando examinar toda a sala, em silêncio.

    As veias no rosto de Amanda pulsavam. Seu rosto ficou vermelho, e seus pulmões imploravam por ar.

    E então, ele se foi.

    Ao não ouvir mais nenhum passo, Amanda soltou a respiração, arfando. Estava encharcada de suor.

    Ela decidiu ficar ali. Tentar sair seria suicídio — os mortos passavam o tempo todo, e ela estava indefesa.

    As horas se tornaram dias. Fraca, com a boca seca e o estômago vazio, Amanda se arrastava entre a lucidez e o delírio.

    No quarto, só havia poeira, cadeiras enferrujadas e alguns brinquedos de pelúcia rasgados pelo tempo.

    Certa noite, enquanto se deitava no chão, sentindo falta de casa, de sua cama, de um toque humano. Algo se mexeu em sua perna. Uma barata.

    Por puro instinto, Amanda bateu nela e a esmagou.

    Repulsiva. Nojenta. Mas a fome era mais forte.

    Com as mãos trêmulas, pegou a barata esmagada e a colocou na boca. Ao mastigar, sentiu ânsia de vômito, mas manteve os lábios cerrados, as lágrimas escorrendo. Engoliu.

    Não parou por aí.

    Já com a voz fraca pela sede, enlouquecida pela necessidade, Amanda tirou o agasalho e a blusa. Agachou-se no canto do quarto e urinou na própria blusa.

    Trêmula, com o coração disparado de nojo e desespero, torceu o tecido sobre a boca e bebeu sua própria urina.

    Sabia que aquilo só atrasaria a desidratação. Sabia que estava perdendo a sanidade.

    Chorou em silêncio.

    Pensou em se matar. Em acabar com tudo de uma vez. Mas então se lembrou do rosto da mãe, da voz do tio dizendo: “Viva por nós dois”.

    E então suportou.

    As noites eram gélidas. Usava o agasalho, tênis e a calcinha rasgada para se cobrir, tremendo. Amontoou as pelúcias ao redor do corpo na tentativa de manter o calor. Mas não era suficiente.

    Adormeceu.

    Nos sonhos, o passado retornava.

    Dias comuns. Risos simples. Almoços em família. Sua mãe a colocando para dormir, cantando uma canção de ninar esquecida.

    No escuro do abandono, Amanda dormia agarrada a uma pelúcia suja, como se fosse o braço da própria mãe.

    Enquanto dormia, Amanda ouviu um som sutil, quase como um suspiro vindo da escuridão. Abriu os olhos lentamente, ainda entre a vigília e o sonho — e então o viu.

    Um morto-vivo peculiar, parado diante dela. Seus olhos, ao contrário dos outros, eram verdes. Intactos. E estavam fixos nela com uma atenção quase humana.

    Num salto, Amanda recuou, o coração batendo com força absurda no peito. Ela se arrastou para trás às pressas, tapeando o chão em busca de algo para se defender.

    Mas o morto-vivo não avançou.

    Permaneceu ali, parado. Silencioso. Observando. Quase como se… estudasse seus movimentos.

    Amanda congelou. Havia algo de profundamente errado com aquilo.

    Então, como um flash, a lembrança de uma história antiga cruzou sua mente.

    Um velho do acampamento, em noites de frio ao redor da fogueira, dizia que existiam mortos-vivos especiais. Criaturas diferentes. Mais rápidos, mais fortes. E, pior… inteligentes.

    Na época, todos riram. Inclusive ela. Histórias de pescador, diziam. Lendas para assustar crianças.

    Mas agora… encarando aqueles olhos verdes e atentos, não havia mais espaço para dúvidas.

    Era um deles.

    Seus olhos se desviaram por um instante para a maçaneta da porta. Estava meio virada.

    A realidade caiu sobre Amanda como um balde de gelo.

    Ele tinha aberto a porta.

    Sentiu as pernas fraquejarem. Um nó se formou na garganta. E naquele instante, enquanto o silêncio entre os dois crescia como um abismo, ela viu sua vida inteira passar diante dos olhos.

    O colo da mãe. Os risos do tio. A infância. O último abraço. Os sonhos que já não existiam.

    “Mamãe…”, pensou, com os olhos marejados. “Me desculpa.”

    ✥—————✥—————✥

    Ela estava em pânico.

    Os olhos trêmulos, os músculos tensos, a respiração presa. Derek podia ler tudo. Era como observar um animal ferido tentando decidir se ataca ou foge.

    Mas ele não queria assustá-la.

    Levou a mão devagar até o vidro da porta — um gesto. Algo que pudesse transmitir calma.

    Para ele, era o equivalente a um cumprimento gentil.

    Mas o efeito foi o oposto.

    Os olhos dela se arregalaram, o corpo recuou ainda mais, como se ele estivesse prestes a saltar. O gesto foi interpretado como o de um predador. Como um gato encurralando o rato.

    Derek permaneceu imóvel por alguns segundos, processando. A tentativa havia falhado.

    Desceu a mão lentamente e encarou a maçaneta. Estava entreaberta. Um leve giro e poderia entrar.

    Foi então que escutou ruído sutil vindo de cima.

    Ele virou os olhos para o teto, atento. Pequenos arranhões irregulares. Algo leve, rápido, rastejando pelas estruturas acima dele.

    O som vinha na direção dele.

    De repente parou, ficando em silêncio. Por um segundo, tudo ficou em suspenso.

    Então, algo caiu sobre ele. O bebê.

    A criatura se lançou de cima com brutalidade e velocidade, atacando-o. Derek foi lançado para trás.

    As garras e os dentes se moviam com ferocidade. Ele tentou agarrar a criatura, mas ela era rápida.

    “Seu merdinha!”, pensou Derek, enfurecido.

    Ele cambaleou contra a parede, tentando conter a criatura.

    Do outro lado da porta, Amanda ouvia os sons do lado de fora, congelada no chão, entre o medo e a curiosidade. Pela janela da porta, viu Derek se debatendo, confuso, tentando agarrar algo em suas costas.

    O bebê morto-vivo.

    Ele escalava as costas de Derek como um animal raivoso. 

    Derek bateu com as costas na porta. O barulho foi ensurdecedor. 

    Amanda gritou e instintivamente se jogou no chão, tapando os ouvidos com as mãos.

    Lá fora, Derek tentava alcançar as facas. Mas seus movimentos estavam lentos, desequilibrados — o bebê se movia com precisão, escalando seu corpo, agarrando sua cabeça como uma praga viva.

    Pequenos dedos forçaram o caminho até seus olhos. Ele queria cegá-lo.

    Derek girou o corpo, tentando sacudir a criatura, mas ela se fixou como uma maldição.

    O bebê rosnou e fincou os dentes na orelha de Derek. Ele viu o reflexo pela janela ao lado.

    “Na orelha não, seu filho da…”

    Com um movimento rápido, Derek puxou a arma da calça. Apontou direto para a cabeça da criatura.

    O bebê olhou a arma.

    Por um segundo, hesitou. Tentou escapar, como se reconhecesse o que aquilo significava.

    Mas era tarde demais.

    O disparo ecoou pelo corredor.

    Amanda gritou mais uma vez, se encolhendo no canto da sala como uma criança indefesa. Tapou os ouvidos, chorando, tremendo.

    Do outro lado da porta, Derek caiu de joelhos.

    O zumbido em seus ouvidos era quase insuportável. Ele sentia a cabeça girar, os sentidos se embaralhando. No chão, ao seu lado, estava o corpo destroçado do bebê morto-vivo.

    Seus olhos ainda estavam fixos nele.

    Uma dúvida repentina: “Comer um bebê é certo?”

    Ele olhou para o rosto contorcido da criatura, que tinha um pedaço de sua orelha preso entre os dentes.

    “Foda-se!”

    E, sem hesitar, abocanhou o corpo, rasgando carne, engolindo o cérebro, devorando com fúria contida.

    Do outro lado da porta, Amanda tirou lentamente as mãos dos ouvidos.

    Ainda trêmula, ofegante.

    — Será que alguém veio me salvar?

    Com esforço, se ergueu um pouco. Rastejou até a porta, esperançosa. Só queria ver um rosto humano.

    Mas o que viu Derek.

    Seu rosto estava coberto de sangue — mais humano, mais definido. Onde antes havia um buraco, agora havia um nariz rudimentar, carne nova sobre a ossatura. 

    Mas ainda assim incompleto.

    O sangue escorria pelo queixo e pelas bochechas parcialmente regeneradas. As partes sem carne ainda mostravam os dentes e a gengiva exposta, num sorriso grotesco.

    Ele a olhou de volta.

    Amanda congelou. Seu coração quase parou.

    As pernas começaram a tremer incontrolavelmente. Um calor repentino desceu por entre suas pernas. Ela havia urinado em si mesma.

    O medo era tanto que seu corpo reagia por conta própria.

    Assim que Derek abriu a porta e entrou na sala escura, seu olhar caiu sobre Amanda.

    Ela estava no chão, encolhida, tremendo — vestindo apenas o agasalho aberto, o tênis sujo e a calcinha encharcada. Seu corpo exausto mal reagia, mas os olhos estavam arregalados, em puro terror.

    Derek parou.

    Seus olhos desceram, fixando-se por um momento naquela cena. 

    “Deveria estar excitado.”, pensou Derek sentindo um vazio melancólico. Seu corpo não reagia mais como antes. Nem mesmo isso. “Nem isso sobrou.”

    A tristeza o preencheu por um segundo — um luto pelo seu amiguinho que já não respondia aos comandos.

    Tentou dar um passo na direção dela.

    Amanda se encolheu mais, os olhos suplicando, o corpo retraído como o de um animal ferido. Ela não confiava. Nem podia.

    Derek parou de novo. E então teve uma ideia.

    Sem falar nada, começou a andar pela sala — em círculos largos, devagar, forçando Amanda a se mover também, espelhando o ritmo.

    Ela se arrastava na mesma direção, olhando-o o tempo todo, desconfiada.

    Até que ela chegou perto da porta. Ele parou no canto oposto, ficando imóvel.

    Ficaram assim por alguns segundos.

    Ela tremendo, ele observando.

    Amanda não entendeu o que aquilo significava. Seu medo ainda era real, mas algo estava diferente.

    Seu corpo doía. Sua mente estava no limite.

    Ela não tentou entender mais. Só abaixou os olhos, com a voz fraca e cansada.

    Como se dissesse para si mesma, num sussurro que duvidava ser ouvido:

    — Obrigada…

    Derek acenou com a cabeça.

    Amanda arregalou os olhos. Não disse nada e não pensou duas vezes. Só correu.

    Saiu da sala o mais rápido que seu corpo permitia, desaparecendo na escuridão da escada. Deixando Derek com uma sensação única de realização.

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