Capítulo 221: Terceiro diário
Após a incrível batalha contra as forças do antigo rei, o grupo militar do Kura ainda estava se recuperando do embate, com o chefe deles, assim como o Khayal, que estavam bastante abalados. O motivo do Kura ser tão afetado, era o cansaço extremo de ter usado todo aquele poder do qual ele ainda não tinha pleno controle, enquanto o do loiro estar cansado, era dos ferimentos sofridos no combate, que custaram muito para curar. Giovanni, no mesmo quarto desses dois, estava ainda bastante ferido de sua luta contra o Akkedis, mas finalmente conseguiu recuperar sua consciência. Vários médicos tinham se unido para usar seus poderes de cura no militar novato, acelerando o processo. A princesa Deli, logo entrou no quarto, afirmando para o protagonista dos raios
— Kura, finalmente!
O garoto estrangeiro, ao escutar as palavras da descendente da realeza, perguntou para ela
— Finalmente o que, garota?
Ainda bem ofegante, por ter ido correndo dar a notícia ao homem que a ajudou, a princesa afirmou
— Achamos o diário do caos, a que o Charlie se referia!!
Ao escutar aquilo, o receptáculo de Buraji logo tentou se levantar, tendo uma visível dificuldade para isso. Pegando umas muletas ao lado de sua cama, o adolescente seguiu a princesa, na direção indicada pelo diário da Li Chun. Durante o caminho, a princesa afirmou para ambos
— Sabe, somos muito gratos a vocês! O Charlie estava manipulando a população e planejando dar fim a tudo isso aqui, mas vocês o impediram e me ajudaram a dar o golpe e recuperar o meu reino! E mesmo a luta tendo gerado grande destruição, estamos já nos recuperando dos danos materiais!
Enquanto andavam, o trio finalmente chegou até uma catatumba, onde ao adentrar ali, a garota continuou a falar para eles
— Sabe, fiquei com medo de ele ter queimado este diário, já que foi o único pedido seu por ter salvado o reino. Mas, pelo que fiquei sabendo, ele tentou de tudo para destruir o livro, mas não conseguiu sequer arranhar a capa do mesmo!
Após andarem por cerca de seiscentos metros dentro do solo, os três finalmente chegaram a uma sala, onde ao final dela se encontrava o terceiro diário do caos. A asiática, observando aquilo, logo tomou a frente, afirmando
— Irei traduzir o diário, Kura!
Logo, quando a mulher chegou próxima do caderno em sua frente, os outros dois carregados por ela logo começaram a se mover, como se fossem atraídos na direção do terceiro. Os três objetos com escrituras sagradas, logo começaram a subir, se abrindo e uma história começou a ser contada em sentido linear para a mulher asiática
— No começo, não existia nada, antes do nada existir, os deuses já existiam… e antes dos deuses existirem, haviam titãs!
— Após uma longa guerra, os deuses triunfaram sobre os Titãs, tomando o posto deles e fazendo tudo nascer. Conceitos, matemática, filosofia, tudo surgiu deles!
— Porém, após toda essa formação do mundo, do universo e de todos os infinitos universos espalhados por aí, alguém se rebelou. Um grupo de seres demoníacos surgiu, por quererem toda a infinidade para eles, e através de outra guerra, eles caíram, sendo condenados ao submundo. Porém, eles jamais aceitariam isso, e desse rancor, um plano maligno surgiu
Após todos esses textos serem ditos, diversas imagens apareciam em forma de holograma através dos diários, como se o poder de demonstração daqueles cadernos estivesse aumentando a cada dia. Seres cósmicos gigantes apareciam, suas batalhas, suas faces, seus sentimentos. Tudo isso era transmitido para os presentes na sala, e em especial para a Li Chun. Na última das imagens, o próprio Lúcifer aparecia, e em meio a sua visão de ódio, uma imagem surgiu nos seus olhos, dando fim a transmissão. A imagem nos olhos da entidade, era de um ser distorcido, e aparentemente infantil, como se fosse o seu filho.
Após todos esses acontecimentos, duas novas localizações,referentes aos próximos diários, foram efetivadas nos hologramas espirituais. Todos observaram aquilo, mas só a Li Chun soube o que dizer
— O quarto diário… ele…
Ainda olhando para o mapa, gotas frias de suor caiam do rosto da mulher, com ela comentando
— Ele está com o Nellu!!
Ao olhar a próxima localização, referente ao quinto e último diário, como dito em cima da marcação no mesmo, era visível que ele estava em algum lugar próximo a Buraji, mas sem muita demarcação precisa, como o quarto diário. Ao ouvir aquilo, o Kura afirmou
— Então, vamos ter que enfrentar o Nellu, para ter todos, né?!
Escutando a pergunta do seu chefe, a mulher de pele morena guardou os cadernos dentro de sua bolsa, enquanto responde para o garoto
— Bem, é isso o que parece!
Ao ouvir aquilo, o Kura absorveu aquelas palavras, começando a se virar lentamente com suas muletas, evidenciando bastante dificuldade. Após se virar e começar a sair, o adolescente respondeu
— Certo, eu já planejava afundar a cara desse maluco, mesmo! Então, ter que bater nele pra cumprir meu objetivo, dá uma ajuda já!
O trio logo começou a sair dali, caminhando na direção da saída e tentando retornar para a cidade real.
Desfocando do grupo e indo agora para os escombros da batalha entre o Kura e o Charlie, algumas pessoas estavam limpando os escombros, vendo se sobrou algo de importante a ser resgatado, antes de soterrar a cratera quilométrica. Enquanto alguns soldados retiram escombros, logo encontraram o corpo do tirano derrotado. O suposto cadáver estava em um estado extremamente deplorável, com mais de setenta por cento de sua pele queimada, seu braço direito amputado pela explosão e até mesmo seu cabelo loiro, herança genética de sua descendência real, estava parcialmente caído ali no chão. Um dos homens, curioso com a cena, se aproximou do cadáver, começando a tentar medir o seu pulso. Ao encostar no corpo caído, algo surpreendeu aquele homem
— E- ele está com pulso!! Ele está vivo!!
Os outros militares, ao escutarem a afirmação do que se aproximou do corpo caído, ficaram extremamente surpresos, não conseguindo acreditar naquilo. Um dos homens, porém, logo deu um largo sorriso de canto a canto, ativando seus poderes de imediato com a notícia. Aquele era o antigo ministro, Markus, que usou seu álcool para drogar todos os militares e tirar eles do caminho. O lacaio fiel do Charlie, se aproximou do rapaz caído, o pegando com extremo cuidado em seus braços e afirmando para o mesmo, tentando o acalmar
— Está tudo bem, Charlie! Iremos sair daqui para quem pode nos ajudar… vamos até aquele homem!!
Assim, aquela dupla de vilões desapareceu no horizonte, sem deixar rastros para trás. Os soldados, finalmente acordaram dos efeitos da droga, rapidamente indo avisar aos membros da realeza sobre o ocorrido
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