Índice de Capítulo

    Olá novamente avisando que amanhã ou terça terá mais um cap só não tô postando em seguida por que tenho trabalho(escola) para fazer tirei um tempo para este não poderia deixar vocês sem cap HiHi até mais


    Horas… antes

    Maftar — Acampamento de Arridar

    Em uma das tendas do acampamento: Uma tenda branca com dois mastros diante da entrada sustentavam bandeiras azuis, tão escuras que beiravam o preto, salpicadas de pontos brancos como se fossem fragmentos de estrelas presas no tecido.

    O interior cheirava a metal aquecido e poeira antiga. O som grave de engrenagens e um zumbido quase hipnótico ecoava ali dentro.
    Arridar estava curvado sobre uma máquina — um microscópio colossal, com tubos e lentes que brilhavam sob a luz difusa. Seus olhos analisavam cada imperfeição do orbe que repousava preso à estrutura.

    Ele estalou os dedos.
    A máquina desligou-se de imediato, como um animal obediente ao chamado do dono.

    Caminhou até a mesa central. Abriu um caderno grosso de capa escura. Pegou a caneta e começou a escrever com traços rápidos.

    Arridar (anotando, em voz baixa):
    — Isso não é um nexion… mas tem todas as propriedades. Estrutura, matéria… tudo perfeito, cientificamente falando.
    Falta apenas… essência. Função. Poder.
    (acena levemente com a cabeça) O rapaz falsificou isso. De alguma forma.
    Mas… como?
    Está noventa e nove por cento perfeito. A ponto de enganar a mim… o Grande Arridar.
    Ele conhece este mundo muito mais do que aparenta.
    (pausa, franzindo a testa)
    Ninguém pode substituir um nexion. Só criar um novo… e nem eu cheguei tão perto.
    Preciso saber como ele fez. Quem é este homem?

    Ele Fechou o caderno com um baque seco.

    Arridar (virando-se):
    — Quem está aí?

    O som de passos pesados se aproximou. A lona da tenda balançou.

    Syter (entrando):
    — Sou eu, senhor Arridar. Perdoe-me por interromper… mas tenho um pedido.

    Arridar se ergueu lentamente, e sua presença preencheu o espaço como se as paredes se fechassem.
    O manto branco-amarelado caía sobre ele como a pele de uma criatura antiga.

    Arridar (curvando-se, com seus ossos estalando e sua  barba branca ondulando como tentáculos):
    — Que pedido?

    Syter (ajoelhando-se):
    — Eu suplico… me torne mais forte. Eu faço qualquer coisa. Tire de mim esta fraqueza. Quero abandonar a tristeza… abandonar a bondade… e deixar a raiva tomar conta.
    (engolindo o choro)
    Eu quero… poder para poder me vingar.

    Arridar (segurando a cabeça de Syter apenas com a ponta dos dedos):
    — Tem certeza?

    Syter (recuando as lágrimas demonstrando olhos firmes):
    — Tenho. Toda a certeza do mundo.

    Um silêncio se instaura

    Eles se encararam por longos segundos.
    O ar parecia mais pesado, como se algo invisível estivesse espremendo o espaço entre eles.

    Até que…

    Arridar (com um sorriso sereno no rosto):
    — Tá.

    Syter (abrindo um sorriso de alívio):
    — O… obrigado, Senhor Arri—

    KRII!
    O som seco e brutal cortou o ar.

    SPLASH!
    O sangue espirrou, tingindo de vermelho as paredes brancas da tenda.
    A cabeça de Syter havia sido esmagada como uma fruta madura na mão de Arridar.

    O corpo tombou.
    O sangue escorreu, formando rios vermelhos pelo chão, serpenteando entre as tábuas.

    Arridar (olhando ao redor):
    — Que bagunça… Alguém vai ter que limpar isso.

    Snap! — Um estalo de dedos.

    O sangue e os restos se juntaram, formando uma grotesca esfera de carne pulsante.
    Arridar pegou-a entre dois dedos.
    A sua boca se espandiu.
    Ele engoliu tudo como quem saboreia um prato caro.

    Arridar (mastigando e sorrindo):
    — Que delícia.

    Greensgard — Algum lugar por aí

    Cinzas dançavam no vento. O cheiro de madeira queimada impregnava o ar.
    Soldados, com armaduras cinzentas e pesadas, reviravam o que restou de um vilarejo destruído.

    No centro, sobre um cavalo de armadura ornamentada, estava o comandante.
    Sua armadura era feita de um material desconhecido, cinzento-escuro, reforçada com detalhes que pareciam absorver a luz ao redor.
    O elmo, fechado, deixava visíveis apenas os olhos — verdes, intensos, como chamas presas.

    A figura desmontou com firmeza.
    Com um movimento lento, retirou o elmo.
    Cabelos longos e ruivos se libertaram, dançando no vento.
    Era uma mulher.

    Um súdito aproximou-se e colocou-lhe uma coroa.
    O rosto dela trazia uma cicatriz em forma de “Y” na testa, marca de alguém que já enfrentou e venceu batalhas impossíveis.

    ??? (Com a voz carregada de fúria):
    — O que aconteceu aqui? Quem ousou tocar no meu reino? Quem queimou este vilarejo? Quem fez o meu povo sofrer?

    Ela puxou o arco das costas e ergueu-o alto.
    A tensão das cordas pareceu ecoar como um trovão silencioso.

    ??? (Olhando para os soldados):
    — Olhem para esta flecha. Ela não cairá… não tocará o chão… até que cada vida deste vilarejo seja vingada.
    Enquanto esta flecha estiver no ar, nossa caçada não terá fim.
    Este é o meu dever como vossa senhora: encontrar… e punir… os culpados.

    A flecha foi disparada e subiu até desaparecer no céu.

    E então, o brado uníssono:

    Soldados:
    — LONGA VIDA A ALLDYA! LONGA VIDA A ALLDYA!
        LONGA VIDA A ALLDYA! LONGA VIDA A ALLDYA!


    Eu realmente tô com sono Ahhhhhhhhh

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