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    No outro dia, às onze e meia da manhã, beirando o meio-dia, o adolescente manipulador de raios chegou até o aeroporto, passando por todas as partes chatas antes de embarcar no seu voo. Após a burocracia inteira e despachar as suas malas, o garoto andou na direção do portão de embarque.

    — Portão 23…

    Comentou o Kura em voz um pouco mais baixa, caminhando em passos tranquilos na direção do portão citado. Após uns oito minutos andando, que somado com o tempo de todos os outros processos, fizeram com que o garoto chegasse no local as onze e quarenta e oito da manhã, o rapaz se senta em um dos bancos ali, cruzando os braços e pensando:

    “Trouxe os lanches para a viagem, baixei séries e filmes para assistir… vai ser um bom voou!!”

    Enquanto ele espera ser chamado, um grupo de três pessoas se aproximam de maneira silenciosa e calma daquele garoto. Quando ficam próximos, o homem mais velho daquele trio fala para o manipulador de raios:

    — Você é o Kura, não é?

    O irmão mais velho do Arold, ouvindo aquela voz rouca e envelhecida, decide por levantar sua cabeça de maneira curiosa na direção daquela voz, respondendo a mesma em sequência:

    — Oh, sim, sou eu! E vocês são?

    Os olhos do rapaz então fitaram o trio em sua frente, conseguindo notar a forma física de cada uma daquelas pessoas. O velho que fala com ele, era um homem que de face, entregava ter uns sessenta e dois anos, possuía uma barba branca curta e bem desenhada, junto de um cabelos branco levemente encaracolado. O corpo do idoso era musculoso, ele com certeza tinha por volta dos cem quilos. Ao lado esquerdo do idoso, um homem com um topete branco estava ali, se tratava do irmão do Paul, o Jean. Já à direita do velho, um rapaz de cabelos laranjas e olhos levemente puxados, visivelmente de origem oriental. Era um rapaz alto, algo por volta de um metro e setenta e quatro, e provavelmente pesava seus setenta e sete quilos com bastante facilidade. O velho da equipe, então começou a dizer:

    — Meu nome é Pers Afstelling, mas você pode me chamar de Pers! Somos a equipe enviada para te ajudar!

    O rapaz dos cabelos laranja, sorrindo após a apresentação do idoso, afirma:

    — Meu nome é Daiki! Eu sou amigo do Tanoshī!

    O de topete grande e branco, afirmou na sequência:

    — Me chame só de Jean! Eu sou o irmão do Paul!

    Após os três se apresentaram, o Kura não conseguiu ficar sem reparar que os outros dois possuíam nacionalidades visivelmente diferentes, decidindo fazer uma pergunta:

    — Hum? Não são todos de Buraji? Por que?

    O velho, coçando a garganta para chamar a atenção, começou a explicar após isso:

    — Como a Krafitg te explicou, os ataques foram a soldados de várias nações diferentes! Eu sou de Buraji, assim como você! Mas, esses dois são dos outros países atacados, e vieram para completar essa equipe!

    O jovem de vinte anos com poderes de eletricidade, acabou por absorver toda aquela explicação, para após isso dizer:

    — Oh, sério? Maneiro! Espero me tornar amigo de vocês!

    O idoso, escutando aquilo, apenas se sentiu ao lado do garoto, cruzando suas pernas e braços, enquanto olhava de maneira absolutamente séria para a frente. Os outros dois também se sentaram ao lado do rapaz, e após isso o homem de idade avançada respondeu:

    — Bem, eu adoraria dizer que iremos ficar no máximo como colegas de trabalho. Mas, arriscar a vida em missões assim, acaba gerando um laço forte entre os participantes!

    Daiki, por sua vez, acabou por sorrir de maneira contente para o adolescente controlador de raios, respondendo:

    — Bem, eu espero que possamos ser ótimos amigos!

    O irmão mais velho do Arold então sorri para aquele garoto de origem asiática, respondendo para ele:

    — Ah, se depender de mim, vamos ser amigos sim!

    Após dizer isso, o jovem adulto se reclinou na cadeira, descansando suas costas na mesma e perguntando na sequência:

    — Bem… posso saber como os poderes de vocês funcionam? Claro, se isso não for uma pergunta muito pessoal!

    O trio de colegas de equipe ficou em silêncio, até que o rapaz amigo do Tanoshī transforma sua mão em uma espécie de cristal, enquanto fala:

    — Meu poder é do tipo considerado transmutador natural! Eu consigo virar qualquer cristal existente, da forma que eu quiser!

    O velho da equipe, dando um suspiro, entendeu seu antebraço direito levemente a frente do seu corpo, fazendo com que alguns fios de postes surgisse do nada dali, com o mesmo falando sequencialmente a isso:

    — Já o meu, é o de criar e controlar esses fios, que conseguem produzir eletricidade e raios ultravioleta, igual a um ancestral distante meu!

    O manipulador de raios se empolgou ao escutar a forma como aquela habilidade funcionava, tendo um brilho empolgado nos seus olhos.

    — Uau, maneiro! Isso quer dizer então, que você é tipo o cara aranha?! Que maneiro!

    O idoso apenas acenou em concordância com a sua cabeça, quebrando um pouco a sua imagem de barreira insuperável, pois um sorriso contente aparece na sua face. Após isso, o protagonista dos raios se vira na direção do cara de cabelos brancos, falando:

    — E o seu, como funciona?

    Jean, voltando a realidade, acaba coçando sutilmente a nuca de sua cabeça, dando um sorriso sem graça e pronunciando:

    — Ah… fala do meu poder? É… bem…

    Após dizer isso, o homem coçou a sua garganta, limpando a mesma de maneira bem discreta. Após essa atitude, o irmão do antigo Houer, Paul, começa a dar uma explicação rápida e direta:

    — Meu poder é simples, de verdade! Ele me permite lutar de forma perfeita com a espada, fazendo até mesmo movimentos considerados impossíveis com ela, como cortar inimigos através de paredes!

    Aquela explicação fez o adolescente elétrico ficar bastante curioso com tal habilidade, não conseguindo segurar a vontade de perguntar:

    — Sério? É igual o poder do Senhor Katto?!

    A menção do melhor espadachim do mundo, fez com que o Jean ficasse visivelmente cabisbaixo e calado, não querendo mais conversar sobre aquilo. O velho Pers então chegou mais perto do protagonista elétrico, afirmando:

    — Acho bom não mencionar o Katto nessa conversa… ambos viviam lutando, e ele sempre perdia! É melhor evitar…

    Aquela revelação deixou o irmão mais velho do Arold bastante envergonhado, mas antes de ele fazer qualquer coisa na base da emoção da vergonha, o anúncio de que o embarque iria começar acabou cortando aquele assunto. Assim, todos seguiram para o embarque, prontos para iniciar a jornada dos mesmos, atrás do Dtúschar.

    — Vamos nessa, que eu quero dar um cabo eterno nesse fudido!

    Foram as palavras ditas pelo Kura, enquanto todos iam até o avião.

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