Índice de Capítulo

    Os membros ainda conscientes daquele grupo trocaram olhares entre si, como se estivesse se comunicando mentalmente. O asiático deles, após isso, logo gesticulou para o protagonista Kura, ao mesmo tempo em que dizia:

    — Ei, Kura! Consegue segurar o Jean, por um momento?

    O irmão mais velho do Arold, ouvindo o pedido do seu colega, então se aproximou do mesmo, pegando no colo o Jean nocauteado com bastante cuidado.

    — Opa… certo, tudo bem!

    Disse o manipulador de raios, enquanto começa a levar o irmão do Paul para um local mais seguro. Daiki, se vendo livre naquele momento, logo levantou a cadeira caída do seu colega, se sentando nela na sequência e afirmando:

    — Bem, eu serei o próximo a jogar!

    Ayo, dando um assobio confiante com escutar a afirmativa daquele jovem, acaba por comentar na sequência:

    — Isso aí, isso aí! Gosto desse espírito jovem e determinado!

    Após dizer isso, o velho peludo puxa os jogos restantes para perto, tirando logicamente o Beer Pong da jogada, deixando só quatro jogos restantes. Assim, o bebum afirmou:

    — Vamos, pode escolher! Após isso, nós vamos começar a jogar!!

    O homem de origens orientais analisou aquelas opções por alguns momentos. Na cabeça daquele adolescente, a decisão a ser tomada seria bastante importante, pois aquele homem em sua frente era um inimigo. Então, após a sua análise, o rapaz de cabelos ruivos fala:

    — Eu quero jogar o dominó, pode ser?

    O idoso, com um sorriso no rosto, começou a afastar as outras opções de jogos, enquanto diz:

    — Claro, claro que pode! Mas já aviso, esse é o dominó mais comum, o de duplo seis!

    Daiki, com um sorriso tranquilo no rosto, retrucou:

    — Claro, tudo bem! Isso é perfeito para mim!

    Com a afirmativa do jovem, o homem de grande peso abriu a pequena maleta com as peças de dominó, as famosas pedras. A pequena maleta continha exatas vinte e oito peças, deixando claro para aquele jovem de origens asiáticas, que não existiriam peças repetidas naquele jogo. Após revelar as peças, Ayo as jogou na mesa, com a face virada para a mesma, escondendo duas numerações de ambos os jogadores. Após tudo isso, o dono do jogo afirmou:

    — Faremos assim, ambos irão revirar o montinho duas vezes na tentativa de embaralhar! Assim, teremos garantia de que nenhum dos dois, tentou levar alguma vantagem!

    Daiki concordou em silêncio, apenas observando a movimentação sequencial daquele idoso. De maneira serena e tranquila, o homem com excesso de pelos começou a girar as pedras de dominó por toda a mesa, as girando duas vezes, uma no sentido horário e outra no anti-horário. Após isso, o adolescente oriental as girou da mesma forma, começando no sentido anti-horário e depois no horário, deixando as peças visivelmente bem embaralhadas. Após aquela preparação, ambos começaram a puxar suas peças, e enquanto faz isso, o aliado do Kura refletia:

    “Dominó de duplo seis, um jogo simples de entender! Cada um de nós vamos puxar sete dessas pedras que estão no centro da mesa, para formar uma mão. O jogo possui ao todo vinte e oito peças, contando com sete duplos, pedras que são compostas por dois números iguais, indo de zero a seis…”

    Enquanto pensa em tudo isso, o rapaz ruivo termina de pegar suas peças, dando uma olhada rápida em sua mão, enquanto continua a revisar as regras para si mesmo:

    “Se alguém tiver quatro duplos em sua mão, obrigatoriamente ambos os jogadores precisam devolver as peças ao monte, para que mais uma vez elas sejam embaralhadas… e também…”

    Após refletir isso, o rapaz saca uma das peças de sua mão, enquanto diz em voz alta:

    — Aquele que tem um duplo seis, inicia o jogo obrigatoriamente! Não é?

    Ayo, notando o rapaz jogar o seu duplo seis, logo começa a analisar a sua mão, enquanto fala:

    — É, isso mesmo! Já vou preparar minha jogada…

    Enquanto o velho se preparava para dar o seu primeiro lance naquela partida, o adolescente começou a analisar a sua mão. Ali, o rapaz já notou algumas coisas.

    “Eu tenho um duplo dois e um duplo quatro na minha mão, junto de um zero com um, um três com seis, um um com cinco e quatro com seis…”

    Organizado a sua mão em ordem crescente, o rapaz asiático complementou mentalmente:

    “Isso quer dizer, que minha mão está cheia de números altos… se o jogo trancar e for para a contagem de pontos, eu perco!”

    Após isso, ele percebe o velho movendo sua peça para o primeiro movimento, continuando sua análise:

    “Pelos meus cálculos, de peças com o número um envolvido, eu possuo duas! Gerando assim a possibilidade menor de ele ter mais de uma… já de todas as outras, restam ao menos seis…”

    A jogada do idoso então foi finalizada, revelando assim um seis com um, revelando assim a primeira peça de um que aquele velho poderia ter. Após isso, o rapaz se manteve em silêncio, analisando suas possibilidades, até decidirem puxar um assunto:

    — Você… disse que era um dos lacaios do Dtúschar, não é?

    O velho peludo, escondendo as suas peças para dar um gole em sua cerveja, confirma:

    — Bem, eu não usaria a palavra lacaio, mas… sim, sou!

    Daiki, enquanto se prepara para fazer seu próximo movimento, pergunta:

    — Então… o que te fez querer se unir a ele? Teve algum motivo? Ou você só quis ver o caos?

    Ayo contínua analisando seu próprio jogo, antes de responder:

    — Ele me prometeu um bar famoso, quando ele revivesse o povo dele, ou alguma coisa do tipo.

    Após aquela resposta, o ruivo se manteve calado, analisando suas possibilidades de jogo. De um lado, ele tinha que jogar alguma peça com o número um, enquanto do outro, ele obrigatoriamente teria de jogar uma com o seis. Após refletir um pouco, o rapaz joga a peça com os números seis e três esculpidos nela, refletindo em sequência:

    “Eu não sei se teremos a regra de puxar no monte, ou se teremos que nos virar com as peças em nossas mãos. Então, o ideal é que eu me livre de peças mais pesadas, e guarde as menores!

    As opções de jogos do Bebum, eram agora o um ou o três, ambas opções de números ímpares. Notando como o idoso se colocou para pensar, o asiático mais uma vez analisou em sua mente:

    “O com mais probabilidade de ele jogar, é o três! O número um, neste momento, possui só quatro peças sem destino, já que eu tenho duas na minha mão e ele jogou uma. Se eu for apostar, apostaria que ele iria jogar no três!”

    Após aquela reflexão pairar na mente do adolescente, a jogada daquele velho foi finalmente concluída. A expressão no rosto do asiático foi de um choque rápido, com ele comentando de maneira baixa, para que só ele escute:

    — Como… isso foi possível?!

    O rapaz ficou com seus olhos fixos no jogo, surpreso com a jogada realizada por aquele bebum com excesso de pelos. Naquele momento, o homem velho tinha jogado a pedra com o número um e dois esculpidos naquela peça, aumentando ainda mais o lado do número um. A jogada fez o asiático hesitar por um momento, com ele refletindo:

    “Esse velho… além de ter números de pouco valor… ele ainda pode ter todos os um do jogo?! Ou… eu estou errado?!

    O colega de equipe do Kura e do Pers ficou analisando aquele jogo, lambendo seus lábios graças a ansiedade que aquele jogo estava lhe gerando. Olhando a sua própria mão, ele começou a pensar:

    “Eu… eu já estou encurralado, logo no começo do jogo?! Esse velho… ele conseguiu uma mão tão boa assim, que eu não tenho a menor chance de vencer?!”

    O oriental, pegando o duplo dois de sua mão, começou a mover o mesmo em direção ao outro lado daquelas pedras montadas, o colocando naquele lugar e dizendo em voz alta:

    — É a sua vez… senhor Ayo!

    Ao ouvir o aviso daquele garoto, o idoso agilmente pegou uma das peças de sua mão, sorrindo de maneira confiante e afirmando para o mesmo:

    — Obrigado por avisar, guri!

    Após aquela fala extremamente confiante por parte do idoso, mais uma jogada dele foi realizada. Mais uma daquelas pedras vermelhas de dominó foi colocada na mesa, sendo agora uma com o número dois e três esculpidos em sua face. A jogada fez com que não só o aliado daqueles burajianos, mas os próprios burajianos ficassem chocados com aquilo. Daiki encarou o jogo, e após isso deslizou seus olhos até sua mão, incrédulo com a cena que estava observando, a cena de ambas as pontas do jogo agora, estarem trancadas por um número três. 

    “Isso… isso não pode ser!!”

    O oriental refletiu isso em sua mente, enquanto gotas geladas de suor escorriam pelo canto do seu rosto. Olhando seu oponente gordo fixamente, o pensamento do rapaz foi concluído:

    “Ele…ele está colocando o jogo completamente dominado!!”

    Ayo, sorrindo bastante confiante, acabou por apontar na direção daquele jogo, enquanto afirma para o rapaz de origens orientais:

    — Vamos… é a sua vez de jogar!!

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