Índice de Capítulo

    Aviso aos leitores:
    Por favor comentem, vocês não sabem o quão importante um simples comentário é para que um criador de conteúdo saiba dá recepção de seu conteúdo. Dito isso, aproveitem o capitulo.

    ◆ ──────── ◆ ──────── ◆◆ ──────── ◆ ──────── ◆◆ ──────── ◆ ──────── ◆◆ ──────── ◆

    De volta a Onixy, com a ajuda de Kyosuke, nós levamos Haven para a Central de Tratamento.
    O atirador, mesmo ferido, nos guiou até lá com precisão e calma, como se o caos ao redor não o afetasse. Ao chegarmos, uma equipe médica já nos esperava, levando Haven para dentro, a colocando em uma cápsula de recuperação maior e mais avançada do que a da nave.

    Ficamos aguardando por um tempo que pareceu uma eternidade. Com o som dos monitores e dos feridos sendo tratados sendo nossa única companhia.

    Depois de alguns minutos, a cápsula libera o relatório da situação de Haven.

    — Ela está estável. — disse, com um sorriso cansado. — Mas precisa de descanso.

    Kyosuke assentiu e se virou para nós. — Podem ir pra casa. Se ela acordar, eu aviso.

    — Obrigado, Kyosuke. — falei, aliviado. — E… cuide dela, por favor.

    — Sempre. — respondeu o atirador, ajustando o casaco no ombro. — Haven é mais teimosa do que eu, ela vai sobreviver.

    Próximos à casa do meu avô, acabamos tomando um susto ao ver as luzes da casa que nos foi entregue acesas, decidindo ir nela antes.

    Ao nos aproximarmos, ouvimos uma voz feminina que nem eu nem Rekka reconhecemos. Ao entrar, encontramos uma garota de aparência até que infantil.

    Ela tinha uns dezesseis anos, cabelos curtos de cor cinza e olhos iguais aos meus — um azul e um vermelho. Vestia um uniforme escolar japonês preto, no estilo marinheiro, com um lenço branco. A blusa deixava o umbigo à mostra, exibindo um piercing, e as orelhas carregavam ao menos cinco brincos reluzentes.

    Rekka… chan? Ittai nani ga okotta nda? Dōshite son’nani fukete mieru nda? — gritou a garota estranha, me deixando intrigado. Afinal, mesmo com o meu tradutor ligado, sua língua não era traduzida.

    — Hum… Anata wa dare desu ka? — Rekka respondeu no mesmo idioma, o que me fez notar que, na verdade, eu estava com o tradutor desligado… ou com algum defeito.

    Antes que eu perguntasse o que ela tinha dito, minha esposa respondeu:
    — Ela perguntou por que eu pareço tão velha.

    — E o que você respondeu?

    — “Quem é você?”, basicamente. — Foi aí que notei o quão idiota eu estava sendo… a garota estava falando em japonês coisa que suas roupas ja mostravam.

    Oi, oi, oi, baka, kanojo kara hanarero! — A garota deu um teleporte, ficando entre mim e Rekka, e me empurrou para o lado de fora.

    — Baka? Não quer dizer idiota?

    — Exatamente. Ela te chamou de idiota e perguntou por que você estava tão perto de mim.

    — Deu pra notar.

    Watashi no namae wa Yamasaki Catherine. Anata wa watashi no imōto ni fureta tame ni shinda!

    — Imōto!? Ela me chamou de irmã?

    — Certo… meu japonês está muito enferrujado…

    — “Tradutor consertado, idiota!?” — gritou Kay através do comunicador do meu traje. Ativei o tradutor imediatamente.

    — Podemos começar de novo. Me chamo Bruce, e essa é a minha esposa, Rekka.

    — Esposa… Onde estamos? Por que eu estava presa nessa casa? E o que aconteceu com a minha irmã, já que essa Rekka não é ela? — A garota começou a chorar e, em um ato de gentileza, Rekka se aproximou, pegando sua mão e entrando na casa junto dela.

    Lá dentro, sentamos de frente para Catherine — e só então notei que ela usava um colar com o mesmo pingente que o meu.

    — Respondendo às suas perguntas, na ordem: estamos no planeta Onixy. — Ela não demonstrou surpresa. — Sobre você ter ficado presa, primeiro temos que saber como veio parar aqui. E a última…

    — Não precisa falar nada. Eu já entendi o que aconteceu. No fim… o Noah conseguiu matar o Alterny.

    — Você falou Noah? — perguntamos eu e Rekka, nos inclinando para frente.

    — Sim… — respondeu Catherine, abaixando o olhar. — Ele era alguém que eu conheci. Um cara estranho, sempre falando sobre “ficar mais forte”. No começo, achei que ele só estivesse perturbado… até o dia em que tentou me matar.

    — Ele tentou te matar?! — Rekka reagiu imediatamente.

    — Tentou. Mas algo o fez parar. Não sei se foi pena… ou se percebeu que eu não era quem ele procurava. — Ela respirou fundo. — Ele dizia que precisava eliminar um tal de “Alterny”. E, quando pedi uma explicação, falou que era uma outra versão minha.

    — Então, nesse universo, o Noah cresceu e se tornou o último bastião contra o próprio pai.

    — Pai? — ela pareceu confusa. — Ele nunca me disse isso. Depois de um tempo, tudo foi apagado… e eu fiquei presa.

    — Presa onde?

    — Era um lugar estranho. Uma sala toda branca. A única coisa lá era uma porta que nunca abria. E, quando ela se abriu, eu estava aqui.

    — Ok, agora uma coisa que está na minha cabeça desde o começo: por que você me chamou de irmã?

    — Pode mudar o universo, mas a sua lentidão pra entender as coisas não muda. No meu universo, eu e a minha Rekka crescemos como irmãs. Quando o pai dela veio buscá-la no orfanato, ela insistiu para que me adotasse. Por isso te chamei de irmã.

    — No seu universo, por acaso vocês tinham um amigo que não morava no orfanato e uma amiga mais nova que também estava nele?

    — Não, éramos apenas nós duas. A Rekka era a minha princesa, e eu, a sua cavaleira.

    — Muda o universo, mas a natureza de vocês não. — A fala de Rekka estranhamente nos fez corar, e ao olharmos um para o outro percebemos que estávamos vermelhos como dois tomates. — Eu vou buscar a Ilya. Conversem um pouco.

    Rekka deixou a casa, e eu e Catherine ficamos em silêncio por um bom tempo, até que ela quebrou o clima:

    — Tenho duas perguntas que você não respondeu direito. Que lugar é esse? E quem é Ilya?

    — Esta é Onix, o lar de nossos pais — e atualmente, o meu lar.
    E Ilya é o nome da minha filha… e sua sobrinha.

    — Como assim sobrinha?

    — Você é parte da família. Mesmo vindo de outro universo, aparecendo do nada e sendo uma Punk japonesa com problemas de comunicação, eu te aceitaria na minha família… se você quiser.

    — Sukeban… Eu sou uma Sukeban, não uma punk. Mas isso não importa mais. — A garota deu um belo sorriso, enquanto seus olhos começavam a marejar. — Eu quero sim. Eu quero ser parte da sua família.

    Pela primeira vez notei algo que muitos já haviam me dito: meus olhos brilham quando minhas emoções estão à flor da pele. Assim como os de Catherine estavam agora.

    — Que bom… Agora vem a parte chata. — Ela piscou, confusa. — Vamos ter que explicar a sua existência pro nosso avô.

    Foi o que disse antes de Catherine enxugar suas lágrimas, falando. — Espero que ele esteja disposto a ganhar uma nova neta.

    Enquanto Eu e Catherine continuávamos conversando em casa, uma cena fora do comum acontecia na casa de nosso avô.

    — A quanto tem, pequena Rekka. — disse uma mulher de longos castanhos e olhos esmeralda que segurava Ilya nos braços.

    — Mãe?


    — ♦♦♦ —

    Traduções das falas em japonês:

    — ♦♦♦ —

    • Rekka… chan? Ittai nani ga okotta nda? Dōshite son’nani fukete mieru nda? → Rekka-chan? O que aconteceu? Por que você parece tão velha assim?
    • Hammm… Anata wa dare desu ka?  → Hum… Quem é você?
    • Oi, oi, oi, baka, kanojo kara hanarero!  → Ei, ei, ei, idiota! Afaste-se dela!
    • Watashi no namae wa Yamasaki Catherine. Anata wa watashi no imōto ni fureta tame ni shinda!  → Meu nome é Yamasaki Catherine. Vou te matar por ter tocado na minha irmã!

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota