Capítulo 350: No limite
Após a queda do homem dentro da loja e todo aquele período de reflexão, o guerreiro da nação de Buraji finalmente se solta do topo do poste, caindo no solo e se apoiando em pé, com seus olhos ainda mirados para baixo. Após isso, o garoto ergueu suavemente seu rosto, conseguindo analisar com cautela o interior daquela loja. Era uma loja de jóias mundialmente famosa, e as pedras preciosas caídas no chão tornavam tudo ainda mais evidente. No interior do recinto, Dtúschar se encontrava de pé, emanando sua forte aura amarela por todo o corpo, enquanto os cacos de vidro caíam de seu corpo como se fossem caspas. Em sua mão esquerda, ele agarrava a mulher, com seu dedo indicador e o do meio enfiados na carótida da moça. A aparência da atendente era decrépita, e ficava mais velha a cada instante que se passava, ao mesmo tempo em que as feridas do imortal eram quase que imediatamente fechadas. Enojado com toda aquela cena horrorizante, o jovem comentou:
— Seu filho da puta…
Ainda dentro daquele estabelecimento, o imortal soltou um suspiro aliviado, largando o cadáver sem vida e de aparência envelhecida da mulher como se fosse um saco de lixo, com o som do crânio da mesma colidindo no chão sendo facilmente escutado por todos ali. Após essa recuperação rápida, o Miraijin comentou:
— Sabe, radiação ultravioleta realmente deixa minha regeneração pior e meu corpo mais frágil, e por isso eu me queimo tão fácil de dia, e morro para a luz do sol! Mas… o Nellu me deu de presente, outros dois poderes além do de parar o tempo, sendo um deles o de roubar a determinação dos outros para me curar! Já o outro… você vai descobrir logo!
Enquanto aquela explicação era dada, o Kura se aproximava em passos irritados daquela joalheria, pronto para iniciar um combate dentro da mesma. Entretanto, antes de isso ser concluído, o Miraijin sumiu e a cabeça do manipulador de raios estava virada em cento e oitenta graus, com o mesmo tentando visivelmente olhar por cima do seu ombro. Aquilo se devia ao fato, de que o rapaz estava olhando o guerreiro imortal, que se encontrava casualmente sentado em um banco.
— Oh… então, você conseguiu me ver no tempo parado, não é? Maravilhoso! Isso me confirma, que você realmente pode se mover no tempo parado!
Dtúschar comentou isso, em um tom bastante irônico e confiante, exaltando sua prepotência. O irmão do Arold se virou na direção do banquinho, apenas para aquele homem sumir dali e aparecer em cima de um poste, onde novamente os olhos do rapaz Burajiano já estavam focados. Ali de cima, movendo os dedos, o loiro começou a falar:
— Agora, eu me pergunto… você só consegue ter alguns espasmos, ou se move por mais tempo? Como durante dois, três, ou até mesmo todos os cinco segundos, coisa que tornaria essa minha habilidade basicamente inútil!
Enquanto tudo aquilo era refletido, o Kura se manteve calado, mantendo uma expressão distante em seu rosto. Porém, mesmo com essa aparência toda por fora, uma única coisa passava em sua mente:
“Se esse cara descobrir que eu só mantenho isso por no máximo dois movimentos, e que meu limite é esse… eu tô fudido!!”
Após essa conclusão sobre a situação em que se encontrava, o gerador de correntes elétricas abaixa sutilmente o seu centro de gravidade, mantendo sua visão sempre presa ao seu inimigo dos cabelos dourados, comentando:
— Independente da resposta certa, o final vai ser o mesmo: eu vou te matar de uma vez por todas!
Após essa ameaça velada, o rapaz de vinte anos pulou do solo e subiu rapidamente aquela grande distância, ficando em uma altura maior que a do galego enquanto voava, carregando um poderoso raio em sua mão direita, pronto para atirar o mesmo contra o seu inimigo. Dtúschar, observando aquela cena, acaba dando um leve sorriso, enquanto fala:
— Vamos testar isso!
Enquanto seu inimigo carregava o ataque, o homem-imortal se levanta do poste, enchendo novamente seus pulmões com bastante ar e dando um grito, com toda a sua força e imponência quase que divina:
— KRONOS!!
O tempo novamente parou enquanto o rapaz iria começar a mandar seu ataque, dando assim tempo o suficiente para que o experimento militar pule do poste e fique em uma altura maior que a do seu inimigo.
— Bem melhor…
Comentou o miraijin, com certa ironia em seu tom de voz, enquanto começava a fazer um pouco de força por todo o seu corpo. Graças a isso, alguns pedaços de vidro, anteriormente presos dentro do seu corpo, foram expelidos através da palma de suas mãos, com o loiro segurando milhares deles de uma vez e dizendo:
— Bem, vamos testar quanto tempo você consegue se mover!
Após isso, Dtúschar arremessou aqueles cacos de vidro com toda a força contra o jovem-adulto, fazendo quase que uma parede pontiaguda de vidros entre ambos. Kura, percebendo isso, usa do seu instante de movimentação no tempo parado, apenas para lançar seus raios contra o vidro, conseguindo evaporar o mesmo em instantes, e então voltando a ficar completamente paralisado. Rindo daquilo, o imortal comentou:
— Só um movimento, sério?! Mas que pena!! Ainda faltam dois segundos…
Enquanto falava isso, o aliado do Nellu se sentava no topo de uma prédio bastante alto, lançando seu líquido pressurizado contra o corpo do rapaz, mirando seu fígado e costelas. Quando os “raios” quase colaram no corpo do rapaz, o tempo para os mesmos finalmente parou, sendo seguido pela voz do Dtúschar, que falava:
— Um segundo…
No momento em que o imortal abaixou seu dedo restante, ele percebeu seu coração ainda conseguindo se manter parado, e em meio a risadas, fala:
— Oh, desculpe! Parece que meu poder melhorou… bem, agora sim, falta um segundo!
Após essa ironia ser dita, seis segundos completos se passaram, e enquanto o tempo começou a correr lentamente, o miraijin afirmou:
— Zero…
O tempo voltou a fluir normalmente após aquilo, e graças a soma de velocidade e distância que o golpe do imortal estava daquele jovem burajiano, acabou tornando impossível qualquer tipo de defesa por parte do manipulador de raios. O golpe atingiu em cheio o irmão mais velho do Arold, fazendo o sangue voar de sua boca e dos locais acertados, enquanto o corpo do rapaz voava vários metros, colidindo contra um prédio e destruindo quase que por completo a parede do mesmo. O militar ricocheteou na parede, e por fim caiu em posição fetal na calçada, gerando pequenos estragos na mesma. Os transeuntes se assustaram com a queda do corpo, começando a correr desesperadamente, em simultâneo a queda do Dtúschar, que pousou no solo de maneira suave, tendo ambas as mãos em suas cinturas.
— Já acabou? Que pena… bem, se o demônio não saiu de você, significa que você ainda está vivo… preciso só garantir que você não fuja!!
Ao dizer isso, com um tom de voz bastante sádico, o imortal apenas segurou uma placa de trânsito que estava do seu lado, usando de suas mão esquerda para tal. Após isso, em um movimento sutil, ele puxa o objeto do solo, levantando parte da calçada junto do material. Fazendo parecer fácil, o demônio imortal rodou a placa com uma só mão, apontando a mesma na direção as pernas do Kura:
— Bem, hora de cortar as suas pernas! Isso vai garantir que você não fuja, seu merdinha!!
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