Capítulo 365: Palácio da Justiça
O grupo do Kura e os outros, no presente, se encontravam caminhando na direção indicada pelo Houer de Xing Ping. Arold, após escutar aquela história trágica, comentou:
— Seu irmão te prendeu?! Que irmão faz isso com o outro?!
O homem-tigre deu um risada nasal curta após isso, achando extremamente engraçado o comentário feito pelo irmão mais novo do Kura. Mantendo os passos leves e suaves em direção ao destino deles, o tigre comentou:
— Bem, pessoalmente eu não me importo nem um pouco com isso! Meu único problema, é que ele me pegou cansado e pelas costas! Alguém com o mesmo rosto que o meu, não deveria se aproveitar de maneira tão covarde!
Aquele comentário por parte do guerreiro de Xing Ping, acabou por deixar o garoto-explosão um pouco surpreso, de forma até mesmo que bem engraçada.
— Ah… esse é o problema para você, então?
Após comentar aquilo, Arold fechou seu rosto e recuperou sua compostura, selando suas pálpebras e então afundando em seus pensamentos:
“Isso me deixa meio triste… todos os irmãos de Houer até agora falharam em proteger eles, e o único que não tem esse problema, é por conta de ter sido o responsável por prender ele…”
Depois desse lapso de pensamento, os olhos do protagonista mais novo se abriram, ficando focados no irmão mais velho que andava a alguns metros à frente, de maneira bastante casual. Uma vez tendo seu irmão mais velho em seu campo de visão, o pensamento do mais novo acabou por se concluir:
“E se… eu acabar falhando em proteger o Kura?”
O pensamento mórbido acabou afetando a moral de Arold, que deixou o sentimento se estampar em sua face. Samuel notou aquilo, se aproximando do mais novo e tentando confortar ele, falando:
— E aí, Arold! Notei essa sua cara triste, tem alguma coisa te afetando aí?
Saindo do mundo dos pensamentos, o protagonista mais novo percebeu a chegada do seu amigo de equipe, ficando envergonhado e então respondendo para o mesmo:
— Hã? Não, não… é só que… sabe, eu estou pensando muito, não é um problema real!
O espadachim escutou aquilo, absorvendo sutilmente aquelas palavras e respondendo para o seu amigo:
— Entendo… bem, então foque na realidade! Estamos prestes a entrar numa grande batalha!
Giovanni, que até aquele momento estava mais calado, acaba por escutar aquela conversa inteira, dizendo:
— É, estamos perto de uma batalha incrível mesmo! E, aproveitando o momento…
O rapaz criador e manipulador de antimatéria virou sua atenção para o receptáculo do país de Xing Ping, fazendo a sua pergunta:
— Você pode me dizer, como é o local que estamos indo, Xìê?!
O irmão gêmeo de Shítou escutou a pergunta feito por aquele aliado estrangeiro, e de maneira bastante casual e tranquila, começou a explicar para aquele jovem vindo de terras distantes:
— Estamos indo para o palácio da justiça, é o local onde com toda certeza sua amiga está completando aprisionada! O governo usa essa base fortemente armada, para julgar o crime dos capturados e torturar eles, antes de dar suas sentenças finais.
Todos escutaram atentamente as informações dadas por aquele homem, com o Gabriel Sariel decidindo lançar mais questionamentos a mesa:
— Certo, mas que tipos de sentenças podem ser aplicadas lá? Por mais que eu imagine qual vai ser a da Li Chun… e também, qual o tamanho dessa base de operações?
O houer escutou a pergunta, ao mesmo tempo em que notou a forma como o Kura andava na sua frente. De maneira bastante infantil, o rapaz originário de Xing Ping acabou apertando seu passo, ultrapassando aquele controlador de raios, ao mesmo tempo em que vai falando:
— O Palácio da Justiça, é uma construção estatal com seus cem mil quilômetros de área, com um prédio gigantesco no meio dele. Nele, são julgadas as pessoas que os líderes do governo querem diretamente que sejam apagadas da história, eu mesmo seria julgado lá… e bem, a pena já deve ser clara, não é? A penalidade máxima, a morte!
Bing, que até então estava completamente calado em seu canto, decidiu se pronunciar para pontuar mais um detalhe:
— E sabendo do tamanho, eu gostaria de avisar algo: além do único grupo de agentes ainda de pé, o palácio da justiça também é guardado por cerca de quinhentos mil e um milhão de soldados!
A informação sobre a falta de soldados, chamou a atenção da Sami, que acabou por perguntar sobre isso:
— Hum? Falta de agentes? Mas na história do Xìê, ele disse que foi atacado por centenas deles, de vários grupos diferentes!!
Bing escutou aquilo, mantendo suas passadas lentas e bastante doloridas, para só então dar a sua resposta:
— Aqui em Xing Ping, agentes de elite não podem falhar… tenha uma falha, e você é morto caso sobreviva a essa falha! Falhe junto do seu grupo inteiro, e além de todos serem mortos, essa linha de operação será completamente desativada! Sabe, semelhante aos pilares das nações ilhadas…
Todos escutaram aquilo, absorvendo as informações sobre aquele sistema cruel de militarismo, um sistema milhares de vezes pior que o de Buraji ou qualquer outra nação do mundo ocidental. Jaguar, entretanto, bufou através de seu focinho, dizendo:
— Certo, não importa! Vamos acabar com todos eles, e salvar a Li Chun!!
A fala do canídeo, acabou por deixar todos os presentes mais contentes, os animando para o combate que estava por vir.
Em paralelo, dentro de uma das celas no palácio da justiça, a companheira daquele grupo estava acorrentada à parede, quase crucificada. A mulher estava bastante suja, manchada por seu próprio sangue, já bastante ressecada. A pele da moça, estava mais clara, sinal de que o sangramento foi tanto, que já se encontrava anêmica. Imobilizada dentro daquela cela, a moça pensava:
“É… acabou… desculpa pai, desculpa mãe… não realizei o sonho de vocês, de que eu vivesse e formasse uma família…”
Enquanto isso voava através da mente da mulher, sons de passos pesados e lentos ecoaram pelo corredor, ficando mais altos à medida em que o responsável por tais passos se aproximava das grades que mantinham a mulher presa. O dono dos passos era Shítou, que parou de maneira tranquila na frente da cela da mulher, dando um sorriso sádico e falando:
— Bem… seus amigos vieram te visitar! Sabia disso?
Ao descobrir isso, os olhos da moça estudiosa se abriram, ficando fixos no agente de forma bastante assustada.
— Como? Mas, eles não deveriam saber que fui trazida para cá!!
O gêmeo do Houer, mantendo o seu sorriso sádico, acaba por soltar umas risadas baixas do fundo de sua garganta, respondendo às dúvidas daquela mulher logo na sequência:
— É, não deveriam… mas, depois de te dar uma surra, pedi para que meus amigos deixassem pistas falsas, para eles analisarem as mesmas e virem até aqui!
Aquela informação acabou por deixar a Li Chun mais confusa do que surpresa, com aquela mulher não se acovardando antes de perguntar:
— Mas… por que?
O homem com o mesmo rosto de Xìê, acabou por se abaixar até a posição de cócoras, ficando na mesma linha de visão daquela mulher aprisionada. Após isso, mantendo seu sorriso e tom arrogante, ele afirmou:
— Simples, eu sabia que o Kura viria atrás de você, e que libertária o meu irmão antes de vir até aqui… com os dois aqui, eu poderei sozinho lutar com eles e…
Shítou, enquanto falava, bateu com a ponta do dedo indicador em uma das barras que prendiam a mulher, terminando sua fala:
— Capturar ambos para o governo e o grupo do Nellu, e finalmente me provar como o mais forte!!

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