Índice de Capítulo

    Peço desculpa a todos no erro neste capítulo, não foi proposital, ele estava marcado para hoje as 11:30, mais acabei me confundido na hora do agendamento, e trocando capítulos de lugar, por isso foi postado um capítulo sem conteúdo.

    “É necessário retornar para rescrever, então engula o pó para dentro de suas entranhas, e venha novo”

    É sexta feira, na cidade de Ké, o sol brilha radiante pela manhã, seus raios de luz tem passagens liberadas pelas nuvens e o vento acalma seu calor. Mudanças em questões de horas acontecem, os cidadãos da pequena cidade, tiveram a vida mudada por pessoas as quais nunca saberiam que deviam seus agradecimentos. Uma dessas pessoas, é uma criança, que durante está aventura tomou a coragem de empunhar uma espada, mas o que deixou ferido mesmo foi o coração de sua mãe, tudo para acompanhar sua inspiração, que também deixou o coração de sua mãe ferido.

    Professora de percussão em uma escola de bateria, ensina sem graça, tocando batuques sem ter alegria, ritmo melódico, desanimado, e a dona com a expressão de frustração. Fileiras de dezenas de alunos preocupados, sem saber o motivo da decepção que cai sobre eles, mas não é sobre eles, é sobre seu filho. Mas o marmanjo estava distante, porém perto dali, entregando primeiro a felicidade a outra mãe, a da criança.

    Em uma pequena casa quadrada, antiga com a tintura verde desgastada, mostrando o cinza do concreto, simples, com telhado triangular, com porta de madeira que tem a moldura do número da casa. Quem bate na porta é Dembele, e quem a abre é uma mulher alta, com pele mais escura assim como a Dembele, a cor lembra chocolate, possui cabelos crespos cacheados e escuros, grandes e volumosos, maiores do que sua cabeça, ela usa blusa rosa curta sem mangas que cobre apenas a parte superior, calça bege larga que vai até o seus pés cobrindo completamente os seus calçados. A moça segura em seu braços um bebê vestido com macacão branco, o irmão de Yasuke, e quando vê seu outro filho se emociona, deixando cair lágrimas.

    — Eu já disse para parar de andar com este traste! Onde você estava!? — reclama a mãe, tremula não avançando por conta da criança em seus braços. 

    Yasuke fica sem palavras, a melhor resposta que ele consegue dar de momento, é ir correndo até a sua mãe e a abraçar como se nunca fosse a soltar. Dembele ao ver a comoção da mulher, fica de cabeça baixa envergonhado consigo mesmo, Balu vai até o seu lado e coloca a mão no seu ombro o consolando. Saikyo observa a cena se admirando com o reencontro, enquanto isso o mestre carrega Hiro que se encontra dormindo em suas costas, ele pensa sobre como vai explicar toda a situação.

    O grupo não demora muito tempo se explicando, pois outro reencontro precisava acontecer, deixam Yasuke em sua casa, e partem para escola a qual mãe de Dembele da aula, uma senhora muito parecida com ele em feição, mas já é uma senhora castigada pelo tempo, sua pele é enrugada e ela está sobre o peso. Como vestimenta a senhora vestido branco que cobre quase todo o corpo, e um turbante na cabeça. Ao lado de fora assim quando Dembele chega, ele se despede dos companheiros.

    — É aqui onde nos separamos, espero que consigam o que querem! Só não vou os convidar para entrar pois não quero que vejam eu sendo humilhado diante toda a turma da minha mãe! — despede Dembele.

    — Você já passou muito mais vergonha nessa viagem do que isso! — ironiza Saikyo. 

    — Ah, o moleque deve me achar um covarde agora, até ele demonstrou mais coragem do que eu, agora vai perceber que minha vidinha era bem medíocre — reflete Dembele, acerca da admiração que recebia.

    — Se você continuar sendo uma inspiração para ele, ele vai se tornar uma boa pessoa, você demonstrou compaixão por quem mais odiava, e como me foi ensinado em minha religião, o perdão vem do divino rapaz — Balu o elogia, o mostrando que é merecedor. 

    — Ele não te admira pelo que você pode fazer, e sim por quem você é, e este tipo de admiração, nunca é perdida em um coração justo — discursa Li Han, acerca desta relação.

    — Malditos! — reclama Dembele, se sentindo constrangido, sem se aguentar mais ele chora na frente de todos. — Obrigado pelos melhores dias da minha vida, nos vemos antes da partida!

    O marmanjo enxuga as lágrimas com seu braço, e ergue a cabeça, entrando pela porta indo reencontrar a sua mãe. Enquanto o restante vai para sua última parada antes da despedida, a casa do falafel.

    Em paralelo, o antigo Xogum, agora se tornou um homem em busca do seu próprio nome, onde é acompanhado por seu cachorro Chisana Otokonoko e Minashi Kazuyama, o trio anda sobre um campo gramado gigantesco, despreocupados, pois para o mundo estão mortos. Em seu caminho admiram o raiar do sol, aproveitam o calor sobre a pele e a brisa do vento, que sintetiza de forma física a sensação de calmaria sentida pelo casal.

    O trio parte em rumo a um pequeno celeiro, e à medida que se aproximam o casal dá as mãos, permitindo finalmente se conectar para algo mais profundo, quebrando as barreiras de antes regidas por regras tão frágeis quanto a mentira de que havia diferença entre eles.

    — Perdemos tudo, o Xogum foi derrotado completamente, mas você parece tão feliz — observa Minashi, com brilho em seus olhos.

    — Agora eu sou um samurai sem mestre, um ronin, decido meu caminhar. Por isso lhe digo, Minashi, aqui será nossa moradia, já passei pela casa da paixão, agora o amor é o que me atrai. Obrigado!

    Assim a história do temido Xogum fica no passado, junto de toda a mística que o envolvia, pois agora esta persona, não existe mais, deu lugar ao homem que o interpreta, para que ele pudesse seguir o que realmente quer. 

    Aquele que é responsável pelo grande trunfo de toda está aventura, dorme tranquilo como um bebê, em cima de um colchão coberto por um lençol branco, nem sabendo o que acabara de fazer, os batuques que comemoram seu triunfo são o que o acordam, e de longe Hiro consegue ouvir sua prima falando sobre a celebração.

    — Eu não acredito nisso, é incrível! — comemora Saikyo.

    — Acharam que a gente deixaria vocês irem embora sem um último agradecimento! — questiona Rihanna, empolgada acompanhando ela.

    Hiro em seu acordar ao ouvir estas palavras se pergunta, “O que está acontecendo’’, se levanta apressado, porém sem necessidade pois Li Han entra no quarto neste momento.

    — Vamos Hiro, você vai perder a festa! — diz Li Han, sorridente animado com o que está a vendo, agarra o braço do garoto e o puxa.

    — O que aconteceu? Quando foi que eu apaguei? — questiona Hiro, perdido com o que está havendo.

    Os dois foram para o lado de fora da casa do falafel, onde se reúnem Balu, seu irmão e sua filha junta de Saikyo, Yasuke brincando com seu irmão mais novo enquanto sua mãe os observa ao mesmo tempo que dança no ritmo da batida dos tambores, tocados pelo grupo de bateria liderado pela mãe de Dembele, o marmanjo fica junto dela. Tem mesas que ficam do lado de fora com comida e bebida para todos os convidados.

    — Ah mestre! Eu não sou acostumado com festas o que eu faço agora! — pergunta Hiro, nervoso.

    — Agora você aproveita, parte do treinamento é colher os frutos — diz Li Han, dando um chute na bunda de seu aluno o empurrando pro meio das pessoas.

    — Ei Li Han, hoje estamos podendo, eu comprei uma cachaça da sua terra no mercadão da cidade, vamos ver qual é melhor de uma vez por todas, o meu araque, o saké Taki Taki ou a sua bebida! — propõem Balu animado abraçando o mestre.

    — Eu também quero entrar nessa competição! — exige Nassim, logo após dar risadas com a proposta de seu irmão.

    Os olhos de Hiro brilham ao ver todo mundo reunido, curtindo e dançando, e enquanto ele está distraindo, Dembele o agarra pelo braço, o puxando para dançar junto com ele no meio da roda.

    — Vamos dançar Hiro, vem que eu vou te ensinar! — sugere Dembele, animado.

    — Não deve ser tão dificil!

    — Claro que não, é só você fingir que sabe! — explica Dembele, apenas saltando e balançando o corpo.

    — É do jeito errado, mas é o jeito mais divertido! — Hiro responde entrando na brincadeira.

    Yasuke corre até a roda, pois seu irmão saiu de suas mãos correndo para o meio da roda, indo dançar com eles.

    — Cabe mais dois? — Yasuke pergunta já começando a dançar com eles.

    — Que demais, um bebê dançando com a gente! — exclama Hiro. 

    — Ei meninos, abre isso aí, que eu e Rihanna vamos entrar! — avisa Saikyo, pulando para dentro da roda começando a dançar.

    A dança da vitória é feita naquele local, comemorando com leveza, os sons do batuque são como sons de explosões, destroem toda a tristeza dando espaço a imensa alegria que se torna euforia ao ser compartilhada entre os caminhos entrelaçados pela casualidade.

    Hiro lidera essa dança saltitante, rindo e dando cambalhotas, sem saber direito o que fazer, só pensando expressando com o corpo o sentimento que vem a mente, e os outros o acompanham da mesma forma, se abrindo para expressar da forma como quiseram com o seu corpo, e o bebê irmão de Yasuke, que fica por último na fileira que formam, é quem faz isto sem pensar.

    Novamente, perdão pelo erro. Enfim, este foi o fim da jornada do Xogum.

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