Capítulo 374: Você vai ser salva!

No presente, a cena da bandeira do governo de Xing Ping sendo queimada como lenha em uma fogueira, deixava todos os agentes especiais bastante surpresos, com o mais arrogante dentre eles sendo o mais impactado por aquela visão. As chamas emanavam uma luz intensa, que tornava todo o cenário ainda mais claro do que ele já era naturalmente. Ao longe, os soldados mais fracos daquele governo ditatorial, assistiam aquilo embasbacados, com alguns ousando a comentar:

—  A bandeira foi queimada…?

— Isso… isso quer dizer que… eles declararam guerra diretamente a todo o país?!

— Ou eles são muito fortes, ou muito idiotas!!

A bandeira em chamas começou de pouco em pouco a se separar, com pedaços de seu tecido nobre queimando e sendo soltos do corpo principal, caindo do topo do prédio colossal e se tornando cinzas no meio do ar. A cena era surpreendente para os agentes especiais de Xing Ping, mas para Jù em específico, aquilo mais se assemelhava a um filme de terror, do que qualquer coisa palpável. A expressão na face daquele ser arrogante, era de pura incredulidade, algo que chegava ao cômico de tão extravagante que era. Se irritando após aquele tempo de surpresa sem igual, o homem gritou:

— COMO OUSAM?! VOCÊS TÊM IDEIA DA MERDA QUE ACABARAM DE FAZER?! SEUS FEDELHO ESTRANGEIROS DE-

Antes da frase daquele Xingpiano ser concluída, o Kura efetuou um pisão poderoso contra o concreto abaixo de seus pés, gerando um som de explosão que abafou a última ofensa que seria dita. Em sequência, o manipulador de raios explodiu a sua aura com uma clara intenção ofensiva para todos aqueles inimigos, gritando:

— CALA A BOCA, SEU IDIOTA DE MERDA!!

A pressão vinda da aura do garoto, fez com que os agentes especiais mais fortes, ficassem momentaneamente assustados, com exceção do Shítou, que se animou ao sentir aquela pressão de determinação. Jù, porém, ao sentir o peso daquela aura, acabou por envelhecer cerca de cinco anos de uma só vez, além de cambalear para trás. Com o silêncio tomado, o homem-raio fala:

— Li Chun, eu vou te buscar!! Vamos todos te levar para casa!!

A mulher de pele morena, ao escutar aquilo, não conseguiu conter algumas lágrimas que se acumularam nos cantos de seus dois olhos. Os lábios da moça, tremiam como o solo em um terremoto, e de forma meio tímida, a mesma diz:

— Pessoal… eu sei que… eu sou importante para ajudar o pai de vocês, mas… isso é muito perigoso! Vocês não entendem!!

No momento em que ouviu aquilo, o Kura de preparou para responder a sua aliada, sendo interrompido pelo Arold, que logo disse para a mesma:

— Isso não é pela sua capacidade de ler os diários, Li Chun!

Enquanto aquela conversa acontecia, a mulher do grupo de agentes especiais se aproximou do Shítou, ficando dentro do espaço pessoal do seu líder de equipe, a mesma decidiu indagar o mesmo:

— Shítou… não deveríamos pôr um fim na conversa deles?

O gêmeo do Xìê, ao escutar aquilo, apenas soltou um riso nasal bastante discreto, respondendo sua aliada:

— Não, deixem eles conversar… o medo, foco e raiva, é um bom tempero para a carne…

Enquanto isso, na conversa entre aqueles grupo, a mulher de pele morena ficou confusa ao escutar a afirmação feita por aquele jovem, respondendo aquele comentário com uma dúvida sincera:

— Mas… então, qual é a razão?!

É após ouvir aquela pergunta aparentemente idiota, que o irmão mais velho do Arold soltou um suspiro, dizendo:

— Bem, no começo seria só por isso, mas… convivemos muito durante esses últimos anos, bebemos juntos, conversamos, lutamos e nos conhecemos melhor…

É com essa deixa, que o Samuel também começou a dizer:

— Você é mais do que só uma ferramenta! Você é…

O grupo formado apenas pelos companheiros do Kura, incluindo ele mesmo e seu irmão, finalmente concluíram juntos aquele raciocínio:

— Uma amiga, do qual vale a pena por tudo a perder!!

Gabriel Sariel, apenas ouviu tudo aquilo calado, escondendo a expressão do seu rosto, por mais que fosse óbvio que estivesse se emocionando com tudo aquilo. Xìê, dando um sorriso de canto de rosto, pensou consigo mesmo:

“Hum… esse conceito de amizade deles, é muito interessante!”

O silêncio correu o ambiente após aquilo, com a mulher de pele morena não encontrando palavras para expressar aquilo que passava em seu coração. A expressão da moça, era uma mistura de confusão, com alegria e um certo tom de tristeza. Os olhos da bela mulher estavam tomados por lágrimas que se recusavam a cair de sua localidade original. As mãos dela, tremiam graças ao grande sentimento, enquanto seus lábios se contraíram e tremiam, até que a mesma acabou por morder os mesmos, na tentativa de se conter. Notando o silêncio por parte da sua amiga de equipe, o Kura deu uma longa respirada, lotando seus pulmões de oxigênio e então dando um grito na sequência:

— O QUE VOCÊ TÊM A DIZER SOBRE ISSO, LI CHUN?!

O garoto daquele jovem cortou o ar, do mesmo jeito que uma lâmina afiada de um açougueiro corta um pedaço de carne de primeira. Ao absorver aquelas palavras, a moça inicialmente fechou os seus olhos, sentindo algo ficar preso em sua garganta, enquanto a mesma pensava sobre alguma coisa. Após alguns segundos, ela abriu os olhos, gritando das profundezas da sua alma, a sua derradeira vontade:

— EU SOU A AMIGA DE VOCÊS, E EU QUERO CONTINUAR CRIANDO MEMÓRIAS COM VOCÊS!!

O grito de concordância da mulher fez com que o grupo de Burajianos ficasse com um sorriso largo e contente em suas faces, mostrando o quão contentes estavam, em entregar suas vidas para salvar a de uma aliada. Sem perder tempo, o Kura magnetizou o ar ao redor dos seus comparsas, pulando e os puxando consigo, enquanto respondia em um grito:

— ESTAMOS CHEGANDO, LI CHUN!!

Em paralelo, Shítou deu um sorriso largo, como o leão que espera uma zebra em sua própria toca. Animado com o combate que estava prestes a acontecer, o agente secreto afirma para todos os seus subordinados:

— Pessoal, escolham a carne que mais lhes agradar, e ataquem ela! Hoje… nós iremos nos divertir o máximo que pudermos!!