Histórias 1
Capítulos 41
Palavras 121,8 K
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por Daniel.Lucredio — Martim não estava com sono. Apesar de todo o cansaço causado pela longa viagem, não conseguia fechar os olhos. Seu coração estava acelerado e sua mente fervilhava, incapaz de relaxar e dar ao corpo o descanso que merecia. O dormitório estava cheio de corpos desmaiados. A maioria chegou da marcha e se jogou diretamente na cama, sem se preocupar em tirar as roupas sujas ou guardar seus pertences. Martim ouvia o barulho de roncos vindo de todos os lados, e isso só fazia a insônia piorar. Tentou… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — — Então está decidido — disse Ricardo. — Ai, meu Deus — disse Maria. — Não acredito que topei isso! — Não tem mais volta, capitã! Quem perder vai ter que fazer um treinamento inteiro peladão. Igualdade entre homens e mulheres. Estavam todos sentados ao redor de uma grande mesa, na cozinha do castelo. A comida já tinha sido devorada, e agora apenas as canecas eram levantadas, cheias de vinho e cerveja. — Pode ser no verão? — perguntou Carlos. — Sabem como é, agora… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — Finalmente estavam partindo. Os sessenta homens da guarda marchavam em duas fileiras compridas. À sua frente iam Maria e Alvar. Três carroças puxadas por cavalos fechavam a comitiva, levando suprimentos e armamentos para a tropa. Se o tempo não atrapalhasse, levaria cerca de vinte dias até que chegassem ao seu destino. A maior preocupação era serem atacados no caminho, apesar de isso ser bastante improvável, já que os invasores estavam, em tese, bem mais ao norte. Assim que estivessem próximos… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — — Maria, até que enfim. Onde estava? — A voz da rainha era grave. — Perdão, Majestade. Eu estava colocando uns negócios em dia — respondeu, aproximando-se. Catarina estava sentada no trono. Ao seu redor, cerca de dez cadeiras estavam arranjadas em um círculo. Maria reconheceu alguns nobres e cavaleiros como sendo escudeiros da rainha. Também reconheceu Fernão, general do exército. Ao seu lado, estava Alvar. Não havia mais cadeiras vazias na sala, então Maria precisou ficar em pé,… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — Depois de muitas semanas, Maria acordou em sua própria cama. Espreguiçou-se e apreciou o ambiente familiar de seu próprio quarto. Estava também ansiosa por voltar a treinar. O Sol já estava alto no céu, o que significava que tinha dormido demais, mas não se censurou muito por isso. O último trecho da viagem foi muito cansativo, e já devia passar de meia noite quando despediu-se de Tiago e entrou no castelo. Levantou-se e trocou-se rapidamente. Passou correndo pela cozinha apenas para pegar um… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — Ainda não tinha amanhecido e Maria já estava do lado de fora do castelo. Fazia muito frio e ela apertava seu casaco junto ao corpo para barrar o vento. Ao seu lado, estava seu baú, que tinha arrastado sozinha desde seu dormitório até os portões, pois não quis incomodar ninguém naquela hora. Colocou uma seleção de roupas suficientes para o tempo previsto para a viagem. Droga, está frio! Cadê essa carruagem? Esfregando as mãos, ela olhava de um lado para outro, à espera de sua condução.… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — — Foi um machado? — Não. — Uma espada? — Também não. — Então foi um tubarão? Você estava nadando no mar e não viu o bicho chegando? — Ah! Ah! Ah! Não! — Eu desisto. Conte, capitã! — Não vou contar, já disse! Vocês vão ter que adivinhar. Maria ria, junto com Paulo, Marcel e Ricardo. Dividiam a mesa durante o jantar. Ela teria folga no dia seguinte, assim como muitos soldados ali, e isso deixava o ambiente muito mais descontraído do que o de costume.… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — Não conseguia respirar. O abafamento era insuportável, e o chiado de sua respiração parecia sair de seu nariz e boca e entrar diretamente em seus ouvidos. Era alto, arranhado, muito agudo. Tirou a pesada peça metálica e jogou-a no chão, produzindo um barulho que ecoou junto com o seu grito frustrado. Era a terceira vez que tentava, sem sucesso. Por algum motivo, não estava conseguindo ficar com o elmo na cabeça. Ora, que se dane! Soltou as tiras de couro, retirou as partes de sua… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — O tempo não passava. Martim já estava empanturrado. Tentava se distrair do enorme tédio e do clima terrível comendo o máximo que conseguia, mas logo atingiu seu limite e teve que se contentar em ficar sentado olhando para o nada e contando as batidas de seu coração. O pior era quando o tal criado voltava ao seu lado, soltava um pigarro e começava: "Aham, a rainha gostaria que vocês dançassem..." ou "A rainha lembra que..." ou "A rainha INSISTE em lembrar...". Depois de repetidas vezes, a… 121,8 K Palavras • Completed

por Daniel.Lucredio — O castelo estava irreconhecível. Normalmente, era um lugar frio, cinza e funcional. Os espaços eram livres, permitindo a circulação de pessoas e de mercadorias, mas naquele dia foi modificado e decorado com muita dedicação. Tudo organizado e supervisionado pela rainha. O fim de tarde estava gelado, mas a grande quantidade de lareiras e tochas acesas, além de lamparinas penduradas por todo lugar, deixavam o ambiente quente e aconchegante, pelo menos nas áreas internas. A área preparada para o… 121,8 K Palavras • Completed