David C.O.
Ou apenas um avatar de Elum, como preferir, é o autor por trás de diversas obras da literatura nacional. Entre seus títulos mais reconhecidos estão "A Ordem Espiritual" e "ECO", além de contos e poemas que transitam entre o sombrio e o sublime. Apaixonado por fantasia sombria, dramas além da compreensão humana e ação intensa, é movido por narrativas que misturam tudo isso em uma cadência única — uma verdadeira sinfonia caótica de emoções e ideias. Atualmente, seu foco está em concluir a primeira parte do universo de A Ordem Espiritual e iniciar o planejamento da sequência. Paralelamente, dedica-se à ambiciosa meta de levar ECO até, no mínimo, seus mil capítulos. Mas seus planos não param por aí. Projetos como "Esmeralda" e "O Apóstolo, a Raposa e o Sabiá" já espreitam nas gavetas — alguns com volumes inteiros prontos, outros ainda em forma de one-shots, aguardando o momento certo para ganhar vida. Histórias 3
Capítulos 393
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por David C.O — Abrindo a porta… Shirasaki precisou de um segundo para se acostumar com a penumbra do quarto. O cheiro de mofo misturado com sangue seco e ervas curativas impregnava o ar. O ranger das dobradiças quebrou o silêncio, e, enfim, ele a viu. Lilyan estava sentada sobre um velho colchão estendido no chão, os joelhos dobrados junto ao peito. Seu vestido — que outrora cintilava em tons de laranja e dourado — agora parecia uma lembrança esfumaçada de cores passadas. Desbotado, amarrotado, encharcado… 445,0 K Palavras • Ongoing

por David C.O — Halyna estava completamente atordoada, tentando desvendar a sombria proposta lançada à mesa. Seus olhos fixaram-se nele — o emissor da mensagem — ansiando encontrar alguma lógica. — Massacre? Espera aí... por quê? Assim, do nada? — Incrédula, encarando-o com perplexidade. — Não é bem assim… e, ao mesmo tempo, exatamente isso. Nós mudaremos o mundo, mas a questão que nos atinge é: como faremos? No fundo, ainda era o fundador daquele grupo — aquele que idealizara cada detalhe,… 445,0 K Palavras • Ongoing

por David C.O — — Então é isso… De Yokohama, Seiji sorria satisfeito ao ver a árvore rasgar o céu como uma lança, crescendo até engolir nuvens. Galhos torciam-se como veias, derramando uma seiva negra que parecia contaminar o próprio ar. Esta… era uma das pragas que espalhava. Uma semente pútrida, capaz de vestir a pele dos mortos, roubar-lhes o nome e pisotear a memória que restava deles. Um espectro que devorava o que ainda palpitava de vida — deixando para trás só cascas vazias e… 445,0 K Palavras • Ongoing

por David C.O — Arthur se ergueu de cima de Yelena, sentindo os lençóis úmidos de suor sob a ponta dos dedos, assim como os cabelos dela, ainda desgrenhados. Suas costas estavam marcadas pelas unhas da garota, enquanto ela ainda ofegava em concordância com sua respiração. A cada suspiro, a paixão parecia aumentar, seu olhar fixo nele com uma intensidade quase exterior aos próprios corpos. As roupas jaziam espalhadas pelo chão do quarto, ao redor da cama, testemunhando a intensidade do momento. Ferviam como… 445,0 K Palavras • Ongoing

por David C.O — — E como faremos isso? — enfim, Emet Tzalul se pôs na conversa, sua voz ecoando como um riacho calmo. Era o mais jovem entre todos, não carregava nem um ano de cargo. Seus cabelos em dreads pingavam, encharcados como seu corpo, moldado em água cristalina que fluía a cada movimento. Suas vestes não eram tecido, mas sim seu Eco — um manto vivo, translúcido como as águas de um rio. Sob o brilho suave do Yadelohim, o contraste com o tom escuro de sua pele tornava-o ainda mais etéreo, como um… 58,4 K Palavras • Ongoing

por David C.O — No interior do Yadelohim, a câmara sagrada dos Guardiões, o ar era pesado como se o espaço ali se contorcesse para conter tantos absolutos. Quinze cadeiras, talhadas em pedra translúcida com filigranas de ouro vivo, estavam dispostas em círculo perfeito. Cada uma ocupada por um dos Quinze Guardiões Superiores — seres tão poderosos que suas presenças sozinhas bastavam para apagar deidades inteiras ou confrontar Reis Sombrios em pé de igualdade. A luz emanava do próprio chão de mármore… 58,4 K Palavras • Ongoing

por David C.O — — Conversar comigo? — Mael soltou uma risada rouca, quase debochada, o canto da boca se curvando num sorriso torto — Asmael… você conseguiu irritar ele, foi? — É… — suspirou, o peso nas costas parecia dobrar a cada sílaba — Eu reagi mal com ele sacrificando aqueles servos dele… sabe… aqueles demônios fiéis que ele mesmo selou há ciclos e agora… puff. Desfeitos. Até o lobo demoníaco ergueu uma sobrancelha, descrente. — Ele fez isso mesmo? — Fez… — a resposta veio… 445,0 K Palavras • Ongoing

por David C.O — Ao despertar, Jarves ergueu o rosto de uma cama adornada por lençóis escuros, tingidos por um profundo matiz de desesperança. Seus olhos exibiam o cansaço que se instalara em sua expressão, enquanto o odor nauseante impregnava seu peito mais uma vez, como um lembrete persistente de sua desolação. Talvez pela derradeira vez… Ao pé da cama, repousava sua mala como testemunha silenciosa de suas jornadas. Não era para o oeste; era, todo dia, o drama de se perder em seu próprio peito. Estava… 445,0 K Palavras • Ongoing

por David C.O — Mas como tudo que é bom… acaba. A luta derreteu feito vela velha, esquecida no canto. Os pés afundaram primeiro, depois o resto, e quando deu por si, tudo — absolutamente TUDO — virou água. Ironicamente perfeito, não acha? Até aquele segundo, ele era o protagonista de um teatro tão grandioso quanto patético. O palco? A criação de uma mente megalomaníaca o bastante para achar isso genial. A plateia? Nenhuma — por sorte, ao menos sua vergonha não teve a crueldade de ser assistida. Era… 58,4 K Palavras • Ongoing

por David C.O — Seis passagens atrás… Dentro de um carro, em meio às ruas mais sujas do distrito de Gou, Gabriel dirigia enquanto Romero o acompanhava, folheando um jornal. Na qual, lia-se: “Já se passaram quatro anos desde a fatídica Síndrome da Escuridão. O Império nega responsabilidade, enquanto a oposição afirma que mais de quinze milhões morreram.” Pior do que isso era saber que a mesma oposição elegia seus próprios adversários — um eterno teatro de fantoches… o povo. — Uma barbaridade…… 445,0 K Palavras • Ongoing