Histórias 1
Capítulos 27
Palavras 42,8 K
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por C.TENENTE — Em uma rua sem saída, Yaci andou até o final e entrou em um estabelecimento. Lá dentro, viu a familiar padaria, paredes de azulejos brancos, diversas prateleiras, com inúmeras comidas deliciosas. 3 mesinhas de madeira, maltratadas pelo tempo, com duas cadeiras cada, igualmente velhas. Yaci tocou um sininho na bancada e se sentou, um tempo depois, uma senhora se aproximou. Seus cabelos loiros estavam ficando cada dia mais grisalhos, mas as rugas em seu rosto não eram suficientes para esconder a… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Dois homens caminhavam em direção às tendas, barracas e diversos cortiços que ficavam por perto. Um dos homens, grande e franzino, tinha uma dificuldade persistente em andar. Seu semblante gritava doença, enfermidade e fragilidade. Sua face, castigada por uma palidez mórbida. — Temos que achar um médico pra você Zé! Cê tá com um pé na cova. Há semanas sua pele vem perdendo a cor. E de ontem pra hoje seu cabelo caiu todo! Seu irmão não respondeu. Ficou olhando para cima,… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Quem era aquele homem? Ele era mesmo “só um homem”? Não, com certeza não, Yaci fez essa pergunta algumas vezes, mas algo estava muito claro naquela situação. “Ele” não era qualquer um! Afinal, ele carregava com ele um livro proibido para o público, além daquele livro estranho! Pode se supor que era um militar, já que o livro era proibido para civis. Entretanto, não era raro pessoas ricas contrabandeando coisas proibidas, nada era impossível para quem tem dinheiro o… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Nos becos mais profundos, nas favelas do grande Império da verdade, em meio a sujeira, podridão e dos horrores que espreitam a cada esquina. Através de um pequeno buraco em uma parede, Yaci rastejava de volta para casa, carregando sua nova bolsa, cheia de novos tesouros e comida, muita comida! Ela voltou para casa. Sentia que logo as coisas ficariam perigosas mais cedo que o normal. Essas mortes misteriosas, assassinatos brutais que ouviu falar, algo estava acontecendo. Seu encontro com aquele homem… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Desde o ano passado, essa tinha sido a sua vida, nada mais, e nada menos. Bem, às vezes menos. Entretanto, o dia dava sinais de estranheza. Havia uma comoção nas redondezas das áreas das pessoas de classe baixa. Ou como seus irmãos os chamavam: os pobres não tão pobres. Já que todos nas favelas estavam classificados simplesmente como miseráveis. — Por que esses riquinhos estão fazendo tanto barulho? Andando por aí, de beco em beco, de viela em viela, ela aos poucos foi… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Nos becos mais profundos das favelas do grande Império da verdade, em meio à sujeira, à podridão e aos horrores que espreitam a cada esquina, uma pequena garota de dez anos se escondia entre caixas de lixo, dormindo de olhos abertos, cansada e distraída. Aos seus pés, uma poça de água suja. Nela refletia sua pele, de um tom caramelo bem escuro, e seus olhos verdes sem luz, exaustos, com as pálpebras pesadas. Seu estômago se contorceu, urrou e gritou. O vazio em sua barriga, a fome, a… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Entre a confusão e o pânico, Yaci se jogou no chão, desviando de um chute devastador. O professor a atacava com a medida perfeita entre a ferocidade animalesca e a precisão fria da técnica. Movendo-se freneticamente, sem um instante de descanso, Yaci lutava para se manter inteira no meio daquela tempestade de golpes. Ainda assim, tentava escutar os ensinamentos do Professor. Fazia isso com o máximo de atenção que conseguia dispor para a tarefa. — Sua base é fraca, desse jeito vai… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — “Eu sinto dor, portanto eu existo.” Antes do primeiro pensamento, houve a dor de nascer, o grito gutural carregando a tristeza da confirmação da existência. O berro agudo e irritante é simplesmente o ponto de partida da vida. Nasce aos berros, chorando em desespero e dor. Morre-se em silêncio, aos poucos perdendo o sentido, até que a paz finalmente alcance quem tanto fugiu dela. “Eu me lembro da paz, durou pouco, algumas semanas no máximo, escuridão infindável, o abraço… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — — Não precisa nem concordar, tá estampado na sua cara, menininha. Eu to é surpreso por você ainda estar viva! Yaci manteve seu silêncio, recuperando aos poucos sua compostura. O sol brilhava cada vez mais forte nas suas costas, projetando sua sombra à frente. — Yaci! Você está bem?! — Perguntou Hilda. Ela ofereceu ajuda para a menina se levantar. A puxou para cima, limpou suas roupas com tapas leves e gentis e conferiu seu rosto e braços procurando por hematomas. Aquele cuidado… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Yaci continuava a encarar a página do corpo seco, tentando buscar mais atributos e semelhanças entre a criatura retratada no livro e a que tentou matá-la. — E aquela co… — tentou perguntar, mas foi interrompida. — Aquela coisa não é um fol. É vil, fere o próprio conceito de vida, não é um ser vivo nem um morto vivo. Aquela coisa provavelmente nunca viveu pra começo de conversa. Disse com o rosto retorcido por raiva, um tom que pingava impaciência, adotando a comparação… 42,8 K Palavras • Ongoing