Luiz Fernando Teodosio

    Histórias 1
    Capítulos 25
    Palavras 41,7 K
    Comentários 9
    Tempo de Leitura 2 horas, 18 minutos2 hrs, 18 m
    • Capítulo 14 - O preço de um amor proibido (1)

      Capítulo 14 - O preço de um amor proibido (1) Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Sara entrou no quarto da irmã para pegar um absorvente, já que no seu sobrou apenas uma embalagem vazia. Sabendo que Alana não estava em casa, girou a maçaneta e entrou no cômodo sem demora. A poucos passos do banheiro acoplado ao quarto, deteve-se ao reparar em um pôster na parede, próximo à porta de vidro. Era o Juan “Mostarda”, de camiseta amarela e encharcada de suor, correndo sobre um gramado. — Esse é novo — murmurou, lançando um olhar de relance para os outros pôsteres do…
    • Capítulo 13 - Mago Mostar

      Capítulo 13 - Mago Mostar Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Ondas de gritos e aplausos irrompiam das arquibancadas do Coliseu. Sara acompanhava o entusiasmo da torcida, embora preferisse aplaudir mais e gritar menos. Ao seu lado, Alana mantinha-se mais contida, soltando comentários ocasionais sobre as lutas e batendo palmas somente quando o desafiante entrava e saía da arena.  As gêmeas estavam acomodadas na ala branca, reservada aos fidalgos, que, comportando apenas 10% da capacidade do estádio, encontrava-se tão cheia quanto as alas cinzentas,…
    • Capítulo 12 – O espelho de Greine (2)

      Capítulo 12 – O espelho de Greine (2) Capa
      por Luiz Fernando Teodosio — O quê?! — Sara não conseguia processar o que acabara de ouvir. Sua própria espécie havia matado um parente de sangue. — Mas por quê? Como isso aconteceu? Camilo desviou o olhar para o horizonte, seus lábios se movendo como se revirassem as palavras antes de soltá-las. — O meu irmão… estava apaixonado por uma humana. A revelação deixou Sara boquiaberta. Dentre os relacionamentos proibidos na espécie neriquiana, esse era o mais grave. Humanos não tinham aura, não eram dignos…
    • Capítulo 11 – O espelho de Greine (1)

      Capítulo 11 – O espelho de Greine (1) Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Antes de levar a xícara aos lábios, Sara ajeitou uma mecha de cabelo para trás da orelha. Seus fios estavam tão escuros quanto o café que bebia. Era impossível que seu pai, sentado do outro lado da mesa, suspeitasse que ela havia cometido uma infração besta na noite anterior. Ainda recordava-se das batidas de seu coração ao subir as escadas de volta ao térreo. Foi como estar na cena furtiva de um filme de espionagem, com direito a uma subida de tensão quando a dona Helena percorreu a casa…
    • Capítulo 10 – O meu azul que transborda em você (4)

      Capítulo 10 – O meu azul que transborda em você (4) Capa
      por Luiz Fernando Teodosio O gemido de angústia do aurano ao arrancar a adaga cravada em seu ombro era quase perturbador de tão convincente. Talvez ele, de fato, estivesse com a lâmina fincada em sua carne e todo aquele sangue empapando o uniforme fosse real. Sendo o próprio ator um aurano, bastaria um comprimido de curamida para sarar a ferida e apagar qualquer vestígio do corte em segundos.  Duas batidas na porta, seguidas de uma voz familiar, fizeram Sara baixar o volume da TV. Logo o murmúrio de vozes e o som da…
    • Prólogo - O arauto

      Prólogo - O arauto Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Ao pousar suas mãos na bola de cristal que chamavam de arauto, Alana Buarque fez com que o objeto irradiasse um brilho azul da mesma cor de seus cabelos. Sendo ela uma neriquiana de dezoito anos, pertencente à casta fidalga, o resultado não poderia ser outro.  Na sala escura e sem janelas, a luz azulada destacava tanto a expressão séria de Alana quanto o sorriso de satisfação do aurano Durval Montenegro. Sentado a uma mesa ao fundo, o homem de cinquenta anos de idade avaliava atentamente o…
    • Capítulo 9 – O meu azul que transborda em você (3)

      Capítulo 9 – O meu azul que transborda em você (3) Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Sara fechou a porta do quarto com um cuidado que contrastava com a urgência dos minutos anteriores, quando havia arrancado a irmã das garras de uns fidalgos bem-apessoados. Alegara ser um assunto particular, meio urgente, e agora, naquele cômodo, poderiam conversar sem o inconveniente de serem interrompidas por algum convidado. Sentadas na cama, Sara resumiu rapidamente a conversa com Thales Montenegro,  revelando a proposta tentadora que ele lhe fizera. — Tem caroço nesse angu —…
    • Capítulo 3 – A fidalga vulgar

      Capítulo 3 – A fidalga vulgar Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Sara Buarque costumava se refugiar na última carteira da fileira próxima à janela, porém, naquele dia, a professora do Jardim pediu que todos se reunissem em grupos de quatro integrantes para uma brincadeira.  A mulher fidalga também anunciou os nomes das crianças que seriam as líderes de cada grupo, aquelas que possuíam a maior proporção de cor no cabelo — e que ganhariam balinhas auradas como premiação, com exceção do líder que figurasse na última colocação.  E é…
    • Capítulo 5 – A vulgar fidalga

      Capítulo 5 – A vulgar fidalga Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Aos dez anos de idade, as crianças neriquianas deixavam o Jardim de Infância e eram transferidas ou para a escola fidalga ou para a escola vulgar, conforme a casta à qual pertenciam. Sara Buarque foi matriculada em uma escola vulgar. No primeiro dia de aula, quase não saiu da cama. A ideia de estudar entre as crianças da casta inferior lhe parecia insuportável. Foi dona Helena, com palavras acalentadoras, quem a convenceu a se levantar e enfrentar aquela nova realidade. Sara pegou seu uniforme —…
    • Capítulo 6 – Se a mãe estivesse aqui

      Capítulo 6 – Se a mãe estivesse aqui Capa
      por Luiz Fernando Teodosio Num cair da tarde, Sara descia a longa escadaria que conduzia ao subterrâneo de sua casa, equilibrando com cuidado uma bandeja com duas xícaras, um bule de café e um potinho de açúcar. Lá embaixo, percorreu um corredor estreito de paredes brancas até se deparar com uma porta dupla de ferro entreaberta. Usando o ombro e as costas, empurrou uma das faces pesadas, somente o bastante para conseguir passar. Adentrou um salão espaçoso e de teto alto, construído com blocos de pedra e colunas quadradas…
    Nota