Capítulo 14: No Palácio Vazio
Após essa quebra, a dupla revisou o seu plano, com o jovem indo para o quarto que ele pensou ser o seu, abrindo a porta, e dando de cara com Elen que estava enrolando em uma toalha.
A deixando cair por causa do susto fazendo com que ele veja uma marca em suas costas na forma de uma cruz formada por duas tranças que se unem, cobrindo totalmente suas costas, se cobrindo na hora.
— Você… Viu?
— Me desculpe, eu não queria.
— Não se preocupe… Seu nome é Yuki, não?
— Exatamente.
— Eu queria conversar com você. Mas, você poderia me dar um tempo pra eu me vestir?
— Me desculpa, é claro. Vou ficar no corredor — Diz o jovem ao fechar a porta, ficando surpreso com a reação dela, como se isso fosse algo normal. Poucos minutos depois, Ellen o chama para dentro, usando o que se parece uma camisola. — Você estava indo dormir?
— Sim, mas na verdade… Era pra eu te mostrar onde é o lavabo. Mas acabei esquecendo. Mais não é sobre isso que eu queria conversar. Yuki, você sabe que possui uma grande escuridão dentro de você?
— Sim. E já me disseram que ela não é original minha.
— Você absorveu a escuridão de alguém… Pensei que isso fosse impossível.
— Eu não sei de quem foi. Mas enquanto ela me der poder para defender meus amigos, irei usá-la.
— Você se parece com um herói. — Obrigado. Posso te fazer uma pergunta? O Ancião Joseph, ele disse que era um Líder de uma religião.
— Há Triox. É uma religião que adora a Tríplice Divina: Æon, Œdon e Alterny. O criador, o destruidor e aquele que governa os dois.
— Interessante. E o símbolo em suas costas.
— Eu fui reconhecida por um grupo fanático como a reencarnação de Œdon e ele marcaram minhas costas com o símbolo da igreja.
— Porque você não o tira?
— É impossível.
— Tem certeza — Diz o jovem se aproximando da garotinha, indo até suas costas, alisando suas costas, com ela sentindo uma sensação de queimadura com esse toque, se afastando dele. Vendo que a tatuagem sumiu. — Parece que até com uma tatuagem alienígena esse truque funciona.
— Mais como?
— Truque de delinquente. Boa noite senhorita Elen. Gostei de conversar com você. — Diz o jovem ao deixar o quarto.
— Obri…gado… — Agradeceu a felina ao sair do quarto fechando a porta do seu quarto logo atrás dela. Sem ver que Yuki trombou com Troy no corredor em direção ao seu quarto.
— O que você tava fazendo no quarto da minha irmãzinha, humano?
— Nada. É que eu confundi as portas.
— Não confunda de novo, humano. — Diz o Licano com um tom de voz ameaçador. Em seu quarto, o jovem se deita em sua cama, notando que até agora não retirou seu trage. Decidindo não o tirar por não saber se pode respirar o ar dessa atmosfera, decidindo também não tomar banho, por não saber se a água fará algum mal a ele. Pegando no sono em segundos por ainda estar cansado da viagem.
— Yuki… Yuki… — O jovem de cabelos cinzentos acorda em um ambiente totalmente branco, olhando em volta, ele acaba não encontrando nada, nem ninguém. — Yuki… — Uma voz feminina de aspecto cavernoso o chama sem parar.
Com ele decidindo se sentar, fechando seus olhos por um tempo, ao abri-los novamente, o jovem vê uma mulher usando um vestido negro, feito de fumaça, cabelos brancos e olhos dourados; olhando para ele, com um olhar apaixonado, sorrindo no momento que ele abriu seus olhos.
O fazendo acordar no seu quarto, sendo que uma garota de cabelos cabelos negros e olhos esmeralda, acorda ao mesmo tempo que ele, só que na Terra.
— Esse sonho de novo… — O jovem se levanta, indo para o corredor do “Palácio” onde encontra Joseph sentado no jardim frontal de sua casa, olhando para as duas luas do planeta se sentando ao seu lado.
— Você acredita em destino?
— Sinceramente… Não. Para mim, nós fazemos o nosso destino. As escolhas que fazemos, as pessoas que ajudamos, que prejudicamos. Tudo isso é da nossa escolha. Na minha opinião, todos os seres vivos tem uma coisa em comum. Todos pendemos para o mal. A diferença, é que alguns se deixam levar por seus desejos malefícios. Se tornando “Mals”.
— E você, como você se considera?
— Eu sou mau, e isso é bom. Porque só assim para eu conseguir proteger quem eu amo. A maior fraqueza das pessoas que se consideram “do bem”. É que elas estão presas pelas correntes da moral.
— Você tem um jeito interessante de pensar, apesar de ser tão jovem.
— Mesmo sendo jovem, eu já passei por muita coisa ruim. Mais muitos momentos felizes também.
— Yuki. Você quer se tornar meu aprendiz?
— Nós mal nos conhecemos.
— Mais eu já te conheço o bastante. Além de que mesmo se você se opor a mim. Eu tenho poder o bastante pra te impedir.
— Tem certeza, até hoje eu nunca tive a oportunidade de usar 100% do meu poder.
— Está me desafiando?
— Não… Eu vim aqui pra ajudar minha amiga. Não, procurar briga com um idoso.
— Idoso… Ainda faltam 4 horas para o amanhecer… É tempo o bastante. — Afirmou o homem ao se levantar, invocando uma espécie de bengala, a usando de apoio, para ir em direção ao interior da casa. Sendo seguido pelo jovem, em direção a um cômodo secreto que possui um recipiente com líquido esverdeado que possui uma espécie de metal líquido de cor dourada se mexendo dentro dele — Que tipo de arma você usa? — Perguntou Joseph enquanto colocar uma espécie de luva/manopla, ligando um cabo na área da coluna vertebral da armadura de Yuki.
— Normalmente eu luto usando socos e chutes, mais eu também uso katanas e espadas longas.
— Certo… Tudo pronto. — Afirmou o Ancião ao apertar um botão que faz o líquido esverdeado ser evacuado do recipiente enquanto o metal flutua no ar.
Sendo lançado na direção do jovem com um movimento do Ancião, que começa a digitar novas linhas de código para a armadura do jovem, que começa a absorver e mesclar os metais, fazendo a se tornar negra, com detalhes dourados, sendo eles mais predominantes em suas manoplas, botas e costas.
A última parte no mesmo formato das asas do jovem. Que ele nem mesmo havia dito que possuía. — Certo. Agora tenta invocar uma arma. O sistema da armadura irá usar a reserva de Icor da proteção das asas para a invocar. Mas ela sempre vai ficar fixada a sua manopla.
— Ok… — O ambiente da Oficina Secreta se modifica, ficando mais aberto, deixando o jovem com um bom espaço para experimentar seu novo traje. — Vamos brincar.