Capítulo 23: Mythos
No começo existe apenas o Vazio Branco; És que eu surgi e preenchi o branco com preto Preto e Branco se uniram e se destruíra; De sua destruição tudo foi criado; Então do Preto e do Branco nasceu o Cinza; Mas o Cinza se impôs para sua criadoras; Preto e Branco se unindo com ele, dando início a criação desse universo.
Mas o Preto não aceitou que sua criação não tivesse nada nem ninguém para apreciar; Assim nasceu O Primeiro Ser e O Preto o amou, já o Branco o queria destruir; Do que sobrou do Primeiro Ser o Cinza criou três seres cada um tendo um pedaço dos “Primordiais”; Com essa criação feita, o Preto e o Branco ficaram felizes, criando diversos outros seres, usando a mesma fórmula criada pelo Cinza.
Até que todo o universo fosse preenchido, mas o que não notaram, foi o nascimento de um novo “Primordial”, O Tempo, uma quarta entidade separada de ambos, recebendo o nome primitivo de Yquon. O que levou a criação do Ciclo Vida; Nascer, Crescer, Morrer e Renascer.
Esse é o Círculo de Vida de Todos, incluindo os Deuses. Forçados a renascer como uma de suas crianças infinitamente. Até que aprendam qual o sentido de sua existência.
Uma mulher está no meio do processo para dar a luz para um bebê quando ela acabar tendo uma parada cardíaca. Até que uma entidade na forma de uma Ave-do-Paraíso de cor esmeralda surgir no lugar, fazendo o tempo desacelerar para todos, o que faz a alma da mulher se manifestar.
— Criança amada pelo Destino. Chegou a hora de meu Cavaleiro nascer.
— E para isso, eu devo morrer…? Como posso ser amada pelo Destino? Não poderei nem mesmo ver minha criança crescer.
— Eu serei aquele quem criará o Cavaleiro. Como mandam os Esquemas do Destino.
— Então, pelo ao menos me deixe está próxima dele. Nem que seja como…
O tempo volta a correr, com os médicos não tendo a chance de tentar reanimar a mulher, pois seu corpo se desfaz em pó, deixando todos em choque.
— Esse não é o seu destino.
— ♦♦♦ —
Um choro de bebê toma uma floresta em chamas, sendo segurado por uma mulher com asas demoníacas quebradas e queimadas. Cujo o peito possui um buraco gigantesco.
— Meu… Amor… Você tem sobreviver.
— Minha Criança, está chegando a hora de sua morte. — Diz uma entidade que se apresenta na forma de uma Esfera Negra com um olho no centro e dezenas de tentáculos.
— Infinity… Infi… Meu… filho…
— Obrigado por gerar o meu Cavaleiro. O, honrosa. — Diz a entidade, ao pegar o bebê com seus tentáculos. — Agora, tenha seu descanso. Criança amada pela Escuridão.
O corpo da mãe do bebê se desfaz em pó, deixando para trás um colar na forma de duas asas cruzadas. Que a entidade pega, o colocando no pescoço do bebê.
O levando até uma Igreja aparecendo em uma aparência humanoide semelhante a sua mãe para as pessoas que habitam o local. Entregando o bebê para essas pessoas, indo embora logo depois.
— “Sempre estarei com você. Meu Cavaleiro.”
— ♦♦♦ —
Yuki acorda ofegante em sua cama, como se tivesse tido um pesadelo usando uma calça de moletom azul escuro e uma camiseta branca. Se acalmando ao ver Rekka dormindo tranquilamente ao seu lado. Mas ao olhar melhor para a sua amada, ele nota uma coisa estranha. Seu cabelo preto está com um tom avermelhado e seu corpo mais maduro.
Ele então se afasta, ao mesmo tempo que ela se levanta. Dando bom dia, com a voz de Œdon. Acordando de novo, agora sozinho em seu quarto, ofegante e com o coração a mil.
Saindo do lugar tonto, mal conseguindo se manter em pé, ao chegar nas escadas, vendo sua amada interagir com os demais habitantes da casa seu peito começa a doer, e o colar que ele sempre carregava em seu pescoço pesava ainda mais.
Ouvindo mais uma vez a voz de Œdon em sua cabeça. Yuki tentou voltar para seu quarto, mas acabou desmaiando no corredor.
— “Sempre estarei cuidando de você, Meu Cavaleiro. Mesmo que você me odeiam”.
Yuki acorda no Vazio, o local onde os conceitos de tempo e espaço não existem. Onde apenas os Deuses e seus Cavaleiros são capazes de habitar.
— “Bruce, qual o seu maior desejo?” — Uma voz familiar para ele mas desconhecida perguntou.
— Antigamente, acho que alguém ou algo capaz de me matar. Já agora, viver em paz com aqueles que eu amo.
— “E o que você sacrificaria por isso?” — A voz continua a perguntar.
— Tudo.
— “Bruce, você me aceitaria como uma pessoa que você ama?”
— Quem é você?
— “Alguém que você odeia sem nunca ter conhecido de verdade.”
— Œdon.
A Deusa se materializa na frente de Yuki, com a exata mesma aparência de Rekka, só que com os cabelos longos de cor vermelho escuro e olhos dourados usando um vestido longo negro que esconde seus pés descalços.— Você é capaz de me dar uma chance, meu Cavaleiro?
— Eu posso tentar, já que insiste tanto em me atormentar.
A Deusa sorri, com lágrimas caindo de seu rosto, o que faz o vazio se preencher tomando a forma de um jardim florido, ao mesmo tempo que uma névoa escura deixa seu corpo. Com ela abraçando Yuki, que acorda no mundo real em sua cama. Se vislumbrando ao ver a Deusa deitada sobre seu peito.
— Certo…
— O que foi? — Diz a Deusa ao se sentar sobre a cintura do jovem.
— Œdon é um nome muito masculino. Você não tem outro nome.
— Lilith, mas o sempre me chamavam de Lily.
— Então, você agora é a Lily.
A Deusa beija o jovem, ao mesmo tempo que ele a joga na cama, ficando sobre ela. — Eu te amo. — O jovem sai de cima da Deusa, se sentando no lado da cama ao suspirar.
— Não se iluda. Eu não te amo. Eu só tenho um sentimento estranho. Uma vontade fora do normal de te manter perto de mim. Mesmo que isso me machuque.
— Isso é normal em todo Cavaleiro. A vontade inconsciente de proteger sua Deusa.
— Por isso que eu tinha isso com a Rekka quando éramos crianças? Por que você tava dentro dela.
— Eu e a Rekka somos o mesmo Ser, duas metades que você dividiu sem nem mesmo saber como.
O jovem esfraga sua mão no seu rosto, enquanto sua mente entra em parafuso. — Então quer dizer que eu posso nunca ter amado ela. Então tudo isso é uma ilusão da minha mente. Eu não a amo?
— Não! Você ama ela. O jeito que pensou nela por todos esses anos sem nem mesmo saber que ela estava viva, você usar até hoje o apelido que ela te deu e o simples fato de eu ter mantido a mesma aparência dela. São provas desse amor.
— “Mas desde que a Kay apareceu na minha vida não consigo manter minha calma. Estou em dúvida de qual é a certa?”
— O problema não é você amar as duas. Mais você saber que não conseguiria viver pensando que pode ter escolhido a errada. — Afirmou a Deusa ao abraça seu Campeão por trás, entrando em seu corpo, que ganha uma tatuagem que cobre seus braços, peitoral e costas.
— Saco… — Yuki se levanta, tocando sua camiseta por uma camisa de mangas longas com estampa de camuflagem. Indo em direção a sala de estar, onde abraça Rekka por trás enquanto ela conversa com Axel e Yuu. — Bom Dia, como foi a noite fofa?
— Foi muito boa. Desculpa não ter te esperado. Você estava dormindo tão bem. — Respondeu a garota de cabelos negros envergonhada pela cena proporcionada por seu namorado.
— “Bem…?” Que nada. Eae pessoal, como vocês estão?
— Nos preparando para a mudança. O senhor Máxima se ofereceu pra nos acolher. — Afirmou Axel, fazendo seu novo ficar um pouco triste.
— Já que a casa já tá sobrecarregada. — Diz Yuu, dando um sorriso safadinho para o casal.
— Desculpa por não conseguir manter vocês aqui?
— Se acalma mano. Nosso povo é acostumado a não se apegar aos lugares. Foi legal enquanto durou. — Afirmou o jovem de cabelos vermelhos ao bate os punhos com seu amigo.
Com a Rainha chegando na sala junto da diretora Emily Asheville na sala. — Bom dia In… Yuki.
— Bom dia, Rainha Yuka.
— Não precisa me chamar de Rainha. Sou apenas Yuka.
— Yuki, precisamos conversar! — Falou em tom de autoridade a diretora.
— Sim, senhora. — o jovem se soltar de sua amada. Indo junto da comandante para o quintal.
— Vejo que vocês já estão totalmente curado. O que você sabe sobre aquele ser que tomou o corpo da sua amiga.
— É uma longa história, que eu literalmente aprendi a meia hora atrás. Mais… Basicamente, a escuridão que estava no meu corpo. Na verdade era uma das 3 Deusas que criaram esse universo.
— Deusas…?
— E o motivo de ela ter conseguido tomar o corpo da Rekka é porque era pra ela ser parte dela. Só não foi por que de alguma forma eu quando criança a tirei da Rekka a fazendo.
— Como assim Deusas!?
— É mais fácil eu fazer isso… — O jovem coloca sua mão na cabeça da Diretora, transferindo pra ela o seu breve conhecimento sobre as Deusas.
— Deusas, Cavaleiros, Fim do Universo… Isso não faz sentido.— Acredite, pode ser difícil, mais essa é a real origem do universo.
— 20 anos de Cristianismo, jogado no lixo por 3 Deusas com problemas de concordância.
— Se acalme minha criança. Qualquer que seja sua fé, tudo não passa de um jeito diferente de contar nossas histórias. — Afirmou a Deusa atraves de uma voz na mente de Emily Asheville.
— Hum… Está bem então. Então é por isso que você é Imortal, e com tanto potencial bélico. — Perguntou a Diretora, com Kai surgindo no fundo da casa chamando o jovem.
— É triste dizer. Que sim. — Yuki se afasta, indo em direção a sua colega. — O que foi?
A garota colocou sua mão no ombro de Yuki, o teleportando para um espaço totalmente branco. O dando um soco na sua cara, o lançando para longe, usando sua espada para antecipar sua parada. Mas ele é surpreendido ao ter uma pequena bola de fogo lançada em seus olhos, com Kai se teleportando para perto, o dando uma sequência de socos, finalizado sua ataque com um chute que o lança para cima.
— Acabou, La Flame! — A garota invocando um tornado de fogo à sua volta que mantém o jovem no ar, com Kai, transformando suas duas mãos em lâminas de cristal, dividindo Yuki em 4 partes. — X-Drive! — A jovem aterrissa no chão, transformando suas para sua forma normal. Mas ela acaba ouvindo uma pessoa batendo palmas.
— Ótimo Combo!
— Desde quando era um clone?
— Desde o momento em que enfiei a Lamina Guia no chão. — Diz o jovem ao puxar sua espada do chão. — Então, por que tentou me matar?
— Eu não tentei, eu sabia que não teria como eu te matar. O que eu queria, era testar a minha força. Depois do jeito idiota que fui nocauteada no Show, me sinto impotente.
— Mais de uma vez falaram que você estava enfraquecida. Mas por que? Eu pensei ter curado o seu corpo?
— O meu verdadeiro poder não é o Teleporte, ou a Regeneração, muito menos a manipulação corporal que usei agora a pouco. Na verdade eu sou muito, muito inteligente. E com isso desenvolve tratamentos genéticos que me deram esses poderes a mais. Tanto, que eu sou a única pessoa que conhece o segredo por trás das Armaduras Base (Starts). Elas não são feitas para aumentar a força dos guerreiros, mas sim para diminuir suas forças.
— Mas você usa um o tempo todo? E eu uma pra lutar!?
— O meu é modificado, fazendo apenas o papel de base para a minha verdadeira armadura. Além de roupa íntima, por que eu me recuso a usar um sutiã ou uma calcinha.
— Tecnicamente você usa um maiô, que é uma roupa de praia. Que tem gente que usa como roupa íntima.
— De qualquer forma. Eu decidi que devo restaurar minhas forças, mesmo que tenha que perder meus poderes.
— Acho que a única coisa que eu posso te desejar é boa sorte. Mais pelo jeito que você está falando, você vai embora. — Diz o jovem enquanto sua colega passa por ele, com ele agarrando seu braço.— É só por um tempo.
— NÃO!!! Não… Por favor, não vá.
— Você insiste nessa história de que consegue amar nós duas.
— Não, eu só não quero me afastar de alguém que eu gosto. Sabendo que ela pode nunca voltar.
— ………………. Eu desisto. — Kay dá um belo sorriso, aproximando seu rosto de Yuki, o beijando fazendo suas marcas ficarem aparentes. A de Kay seu braço esquerdo, enquanto em Yuki nas suas costas. — Uma chance. É essa que você tem. Mas então, quando pretendia me falar sobre a Deusa.
— De verdade. Eu pretendia nunca falar. Nem pra você, nem pra Rekka. Por que eu acho que sei quem é um dos 3 Cavaleiros; “ e uma das Deusas”
— Hayden…
Em outro local, o jovem General de cabelos loiros está olhando com ódio para uma foto de Yuki mais jovem sendo abraçado por trás por uma garota de longos cabelos esverdeados e olhos azuis que usa o uniforme de nenhuma das escolas de Cordun Key. Enquanto ele aperta uma bolinha anti-estresse com seus olhos brilhando em vermelho ao mesmo tempo que ele explode a bolinha. Enquanto olha para sua mão uma mulher que tem a mesma aparência da garota na foto só que tendo um corpo adulto surge atrás dele. — Está chegando a hora do seu confronto com essa criança, Meu Cavaleiro.
— Sim, minha Deusa.
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