Índice de Capítulo

    Aviso aos leitores:
    Assim como no capítulo anterior, os próximos também serão publicados aos domingos, ao meio-dia e meia. Tenho enfrentado alguns problemas de saúde que têm dificultado meu processo de escrita e postagem, por isso conto com a compreensão de vocês.

    Outro ponto importante: por favor, deixem seus comentários! Vocês não imaginam o quanto um simples comentário ajuda um criador de conteúdo a entender a recepção da sua obra e a se motivar a continuar.

    Dito isso, desejo a todos uma ótima leitura e espero que aproveitem o capítulo!

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    De frente para o meu avô, com minha nova irmã e minha esposa ao meu lado, levantei-me e pedi algo que certamente me seria negado — mas a realidade foi que recebi algo para o qual eu não estava pronto.

    — Mais uma vez, eu quero que o senhor me torne de novo.

    — Eu já ouvi quando você falou pela primeira vez. Agora, por que você acha que está mais fraco? e por que queria esconder essa decisão de sua amada?

    Virei-me para Rekka, segurando sua mão. — Mesmo que você não tenha se ferido, eu não me perdoaria se você sofresse qualquer coisa só pra me ajudar.

    Foi então que senti sua mão sedosa desferir o golpe mais poderoso que existe: um tapa. A expressão triste em seu rosto me fez entender tudo. — Eu não sou mais uma princesa que precisa ser salva. Sou a sua Rainha, que estará ao seu lado pra sempre.

    — Me desculpe, por ser um idiota que não notou o quão forte você se tornou. — disse eu, tocando seu rosto e dando-lhe um breve beijo. — Se for para deixar alguém mais forte que sejam nos dois.

    — Parece que terei de sair da minha aposentadoria. — Dizia Joseph, soltando um suspiro que fez Elisabeth dar uma risada. — Catherine, você também quer ser treinada por mim?

    — Em meu universo, eu não cheguei a conhecer a sua versão. Então sim, eu quero ser treinada pelo senhor.

    — Certo, então vamos descer… — Joseph, com um gesto, nos teleportou para uma sala semelhante à que Kay criou para mim na Terra: um grande salão totalmente branco onde, através de luz sólida, qualquer oponente ou equipamento podia ser gerado para auxiliar no treinamento. — Para que eu saiba o que falta em vocês. Terão de passar pelo Teste do espelho.

    — Certo — Nós três falamos juntos!

    Elisabeth então foi até Rekka para pegar Ilya. — Eu vou cuidar bem dela.

    — Espero que cuide mesmo, Dona Aranha. — a garota deu um passo para trás, com nossa filha escalando como um brinquedo.

    — Que começe a Gnose. — Com um simples estalar de dedos, Joseph nos fez ficar em um vazio escuro, onde cada um de nós era capaz de ouvir apenas sua própria respiração ecoando no nada.

    A partir desse momento, contarei o que cada um de nós experienciou para que você não fique confuso:

    Primeiro, o Teste de Rekka

    O vazio logo se moldou, tomando a forma de um quarto em uma casa terráquea. Tudo parecia normal — exceto que ela estava paralisada; podia mover apenas alguns dedos e os olhos, sendo incapaz de qualquer outro movimento.

    Então entrou um jovem de cabelos negros e olhos esmeralda, usando uniforme colegial. Ele a chamou de mãe e a tratou com carinho: a tirou da cama, colocou-a em uma cadeira de rodas e a levou ao banheiro. Ali, ela percebeu ter cerca de 30–40 anos, longos cabelos pretos, um olho dourado e outro verde, e diversas marcas no corpo semelhantes a queimaduras. O jovem limpou aquelas marcas; ele se revelou ser Noah. Finalmente ela entendeu — aquela visão pertencia ao universo do Noah que Catherine conhecera.

    Num piscar, a cena mudou: ela estava em um laboratório, observando uma cópia deformada de si mesma debater-se em dor e sofrimento, observada por outra cópia de corpo perfeito, porém presa a uma cadeira de rodas e empurrada por um homem de olhos azuis e longos cabelos cinzentos.

    Em outro piscar, ela viu o mesmo homem rindo histericamente enquanto tudo era destruído. Em sua mente, só havia a imagem do garoto — a versão de seu filho — que logo se foi, assim como tudo naquele universo. Ela acordou no Salão de Testes com os olhos cheios de lágrimas.

    Agora, o Teste de Catherine

    O vazio lentamente se moldou no quarto dela no Japão. Ela foi acordada por sua Rekka — uma garota de cabelo curto com franja cobrindo um dos olhos esmeralda.

    — Então dorminhoca, vai ficar deitada até quando?

    — Rekka-chan?

    — O que foi, Cath? Por acaso sonhou que eu tinha morrido? — Rapidamente a garota de cabelos cinzentos agarrou sua irmã, que chorava no peito dela. — Para, Cath, tá querendo me envergonhar.

    — Desculpa, maninha, eu só tive um pesadelo, muito real… — A ficha caiu para Catherine: aquele era seu maior desejo, ter a irmã de volta. Então os olhos da Rekka tornaram-se dourados e sua voz transformou-se em algo desconhecido. — Quem é você!?

    — Uma amiga, mas você pode me considerar uma inimiga; afinal, por minha culpa você ainda está viva. — O ser mudou de forma e tomou a aparência de LoGiC, que sorriu para a garota confusa antes de desaparecer.

    Presas em seu próprio corpo, Catherine foi forçada a reviver um momento importante: seu primeiro encontro com Noah, um homem de longos cabelos negros que emanava uma aura esverdeada. Ele estava ali com um traje de combate preto caído no chão, à frente da porta de sua casa.

    Ela foi obrigada a tocá-lo; isso o despertou. Ele agarrou seu braço e ela se sentiu fraca, sendo então ajudada por sua Rekka, que chutou o braço do homem e o fez soltar a irmã. — Eu, tenho que… — murmurou o homem.

    O tempo passou, e Catherine se viu novamente diante do homem, dessa vez numa praça no caminho de volta do seu trabalho de meio período.

    — E então, você notou?

    — Que você é um stalker. — ela respondeu sarcasticamente, fazendo-o rir; ele a convidou para sentar ao lado dele, e ela o fez, mantendo a guarda alta.

    — Não, nós temos uma ligação. Uma que você ainda não entendeu, pelo visto.

    Catherine pensou — “Eu não sabia, mas ele falava de eu ser a versão do pai dele desse universo. Mas por que eu estou revivendo essa cena?”

    Mais uma vez o cenário mudou: agora ela estava no restaurante onde trabalhava, e o cliente era Noah e minha Rekka; desta vez ele parecia feliz. Naquele momento, ele já vivia em nosso universo há quase um mês, tornando-se nosso amigo. Ela já sabia sobre sua história, e o quão bem aquele momento a fazia sentir.

    Então tudo mudou: uma rachadura surgiu no céu e o sorriso dele desapareceu. Ele foi até ela e pediu apenas um abraço, o que fez seu coração disparar. Catherine acordou no Salão do Teste, finalmente entendendo seu papel naquela história.

    Agora, o meu Teste

    Diferente das minhas parceiras, meu teste começou com a minha frente voltada a um homem de longos cabelos negros, emanando uma aura esverdeada; ele usava um traje de combate que lembrava uma armadura de placas preta, com um sobretudo branco por cima, e carregava às costas uma greatsword preta com detalhes dourados. Noah Primordial, o filho de Alterny e o motivo do meu medo do futuro.

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