Índice de Capítulo

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    Na casa do Ancião Joseph, uma cena inesperada acontecia ao mesmo tempo que minha conversa com Catherine. Rekka se via de frente para uma mulher semelhante às breves memórias que possuía de sua mãe.

    — Me desculpe, mas eu não sou a Mawen — falou a mulher que segurava nossa filha.

    “Mawen… esse era o nome dela…” — pensou minha amada, sentindo uma alegria confusa diante da revelação.

    — Me chamo Lowen, e era a mãe dela. Ou melhor, sua avó.

    — Sabia que minha mãe tinha poderes, mas não que era uma Onixy. — Rekka olhou para Joseph, que, com um único gesto, demonstrou já saber sobre sua verdadeira natureza desde que se conheceram.

    — Uma Onix-Yon, e com orgulho. E, pelo que o Ancião me contou, você herdou a força dela. — O jeito arrogante e orgulhoso da mulher ativou um gatilho em minha amada, fazendo-a se aproximar.

    — E o que você quer… — disse ela ao pegar nossa filha dos braços da avó — …comigo? Se quer que eu entre na sua família, me desculpe, mas já tenho uma.

    A fala tirou um sorriso de Joseph, mas Lowen quase mostrou as presas. Em vez de retrucar, virou o rosto e saiu da casa com passos firmes, deixando o ar pesado atrás de si.

    Assim que a porta se fechou, a força que sustentava Rekka se desfez. Seu corpo vacilou, e Joseph a segurou pelos ombros antes que caísse.

    — Muito bem, pequenina. “Aquela bruxa normalmente não sairia sem uma briga, mas pelo visto notou o mesmo que eu. Essa garota tem um poder dentro dela ainda maior que o do Yuki.” — O Ancião ajudou Rekka a se levantar, e ela se sentou em uma espécie de poltrona que começou a massagear todo o seu corpo. — Na Terra vocês gostam muito disso, não é?

    — O senhor fala como se tivesse ficado na Terra por mais tempo que uma simples visita. Foi o senhor quem criou o Yuki desde o incêndio.

    Joseph andou até seu jardim, com a poltrona o seguindo. Olhou para a lua cheia que iluminava as belas flores de seu jardim pessoal.

    — Eu podia amar meu neto, mas amo ainda mais meu planeta e meu povo.

    — Povo…?

    — Faz cinco anos desde que deixei de ser o Imperador e me tornei o conselheiro de meu filho.

    — Por isso o senhor esteve tão presente durante o Desafio. — A jovem mãe deu um breve sorriso.

    — O Reydsei e o Conselho não podiam escolher um momento pior para priorizar a volta da Kay.

    “Posso participar dessa conversa?” — falou Kay pelo comunicador de Rekka, com um holograma sendo projetado de seu traje. — Como assim, priorizar minha volta?

    — Tecnicamente, esse já é um assunto antigo. Mas, se você quer tanto saber… No período em que suas fugas começaram, o banco de DNA usado para a criação dos soldados genoma foi esgotado. Por isso, todos os soldados enviados à Terra tinham um objetivo secundário: conseguir qualquer amostra do seu DNA, não importando o tipo. Contudo, essa diretriz foi alterada quando descobriram que o Yuki não era humano, mas sim um de nós.

    — Não me diga que eles fizeram isso!

    — A mando do Conselho de Anciões, nos últimos cinco anos, os soldados genoma foram gerados a partir do DNA do Yuki. E, após essa missão, querem criar uma nova geração de soldados usando o seu DNA, pequenina.

    — E aquela mulher veio aqui porque, nos registros, eu e o Yuki estamos morando aqui.

    — Exatamente. Eu tentei impedir que a Ilya e a Lowen interagissem, mas a criança escapou dos meus dedos. Até menti dizendo que ela era uma filha bastarda minha, mas sua chegada acabou estragando minha história.

    — Ainda não entendo… por que o Yuki e a Rekka?

    — Antes de qualquer um de vocês três nascer, já existia uma iniciativa para criar, através da clonagem, um exército perfeito. Assim, nossas crianças não precisariam mais ir para a guerra. Mas o projeto foi um fracasso… até que você o tornou realidade. Nosso maior erro foi usar o seu DNA sem sua autorização.

    — O senhor fala como se fosse um deles.

    — Isso porque fui eu quem fundou o Conselho. Mesmo que hoje eu prefira não me envolver com suas decisões.

    — Como assim, Mestre Joseph?

    O idoso se sentou, com um olhar triste, soltando um suspiro.

    — Eu me chamo Joseph Onirux Heath, primeiro homem deste mundo. Fundador do Império Onix-Yon e líder do Conselho dos Anciões.

    Kay ficou alguns segundos em silêncio, com um olhar pesado.

    — Então é tudo culpa do senhor? Eu… — os olhos de Kay começaram a se encher de lágrimas.

    — Quando foi decidido o uso do seu DNA, eu fui um dos que se negou a votar.

    — Então o senhor é culpado por inação! — A frase saiu carregada de nojo. Ela desligou a transmissão, deixando Rekka e o idoso sozinhos. Ao mesmo tempo, Ilya começou a chorar, sendo afagada pela mãe, que tentava esconder a preocupação no rosto.

    — Você deve estar enojada.

    — Não. Eu entendo a dor da Kay. Mas, depois de ver o que acontece em uma missão, também entendo o motivo de vocês quererem criar o exército genoma. Só não posso perdoar o fato de não terem dado o direito de escolha nem para a Kay, nem para o Yuki… assim como está me dando agora.

    — Todos os dias me arrependo de ter dado poder aos clãs, em vez de mantê-lo próximo a mim.

    — E o que impede o senhor de tirar o poder que deu a eles?

    Joseph riu da fala de minha esposa, sentindo-se melhor após a risada.

    — Muito bem. Por você e por meu neto, irei até eles mais uma vez.

    — Que bom, Mestre Jo… digo, Jiji. Obrigada por cuidar da Ilya. Bem… — Rekka se levantou e tocou seu ombro com carinho — …nós já vamos indo.

    — Tomem cuidado, pequeninas.

    Após alguns minutos caminhando, minha amada se viu de frente com sua avó mais uma vez. A mulher tentava forçar uma intimidade que nunca existiria. Rekka já havia percebido a natureza eugênica de suas ideias e o verdadeiro objetivo que tinha com seu sangue.

    Para escapar daquela situação, pela primeira vez ela usou seu poder para influenciar alguém a agir contra a própria vontade. Mandou sua avó esquecer sua existência e a de sua mãe. Assim que o comando se ativou, a mulher não sabia mais por que estava ali.

    Agora sim, Rekka estava livre para voltar para casa; onde me encontrou, junto de minha nova irmã.

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