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    Abismo

    O corpo ensanguentado de Deylan cai dividido no chão, mas Skuldyr permanece de pé.

    —Skuldyr (rangendo os dentes e olhando para o corpo de Deylan): Deveria ter aceitado o pacto que lhe ofereci e evitado tudo isso. (Suspirando) Fazer o quê? Não é mesmo?

    Alguém grita de forma ecoada: “Time return!”

    Após isso, um grande domo da cor da areia do deserto molhada e escurecida se ergue em volta de Skuldyr e do corpo de Deylan, que havia começado a sumir.

    —Skuldyr (rangendo os dentes): Como pensei, às vezes uma carta é o trunfo que faz o deck ou a mão funcionar.

    Tudo que estava dentro do domo começava a brilhar e se mover para trás no tempo.

    Até ao instante em que Skuldyr iria atravessar Deylan, porém desta vez ele é parado por nada mais nada menos que a figura nebulosa que usava uma espada de papel para parar o ataque.

    —Deylan (espantado): O que você faz aqui?

    —Figura nebulosa (sorrindo agradavelmente): Eu vim te dar uma pequena ajuda.

    —Skuldyr (retirando a foice e se acalmando): Esse peso no ar como areia, ele está aqui também?

    ??? (caminhando acariciando sua barba e se revelando por de trás da névoa): Sim, estou.

    Skuldyr guarda sua foice de volta no buraco negro que ele invoca.

    —Skuldyr (observando toda a área): voltaram-nos atrás no tempo. por quê?

    —Figura nebulosa (sorrindo macabramente): Você destruiu uma de minhas cartas.

    —Skuldyr (sorrindo): Huhu, disso eu sei. Eu queria saber o porquê? Pois você havia dito que não se importava caso eu destruísse uma de suas cartas.

    —Figura nebulosa (sorrindo sinistramente): E você destruiu. Hihi.

    E enquanto conversavam, Deylan cai. O mestre o observa e o segura antes que ele alcance o chão.

    ??? (sério): Seu corpo está começando a se dividir.

    —Figura nebulosa (olhando seriamente para Skuldyr): E então você…

    —Skuldyr (pronunciando algo): Dener reler teri morkilar ohh abismo permita-me retirar a morte que coloquei sobre este homem. Substitua-a com uma dor equivalente, assim eu, Skuldyr, te peço.

    —Figura nebulosa (sorrindo luminosamente): Achei que você se recusaria.

    —Skuldyr (sorrindo): Eu gostei dele. Além de que suas habilidades são muito interessantes. Permita-me perguntar qual o seu plano.

    —Figura nebulosa (sorrindo grandiosamente): Hihi, meu plano? Hihi, meu plano é… meu plano.

    —Skuldyr (rindo): Huhuhuhu, você não muda. Fico feliz por isso.

    —Figura nebulosa (sorri gentilmente): Obrigada. Hihi.

    ??? (sério): Agora só sobra Meiy.

    —Skuldyr (questiona): Meiy? É outra de suas cartas?

    —Figura nebulosa (sorrindo sinistramente): Sim, ela é.

    —Skuldyr (rangendo os dentes): Interessante. Este lugar está demasiadamente chato. Acho que irei com vocês. Eu posso?

    ??? (sério): Seria mais alguém ajudando a treiná-los.

    —Figura nebulosa (sorrindo enigmaticamente): Isso é bom. Nesse caso, sim, você pode. Venha.

    E assim, Skuldyr, o mestre e a figura nebulosa teleportam para a sala principal. Chegando lá, se deparam com alguém.

    Em algum lugar do Abismo, onde se encontrava Meiy:

    Meiy se contorcia de medo das sombras que dançavam e a cercavam. Ela tremia, chamando pela figura nebulosa, pelo mestre, por alguém que a pudesse tirar de tal sofrimento.

    —Meiy (tremendo): Por favor, acenda, acenda as luzes. Eu faço qualquer coisa, mas por favor acendam as luzes. Por favor!

    Ela suplicava e suplicava, mas ninguém a acudia. Ela estava no breu, sozinha, mantendo seus olhos fechados.

    Ela chorava e gritava cada vez mais.

    Até que depois de muito tempo, uma voz se faz ecoar.

    ??? (de forma ecoada): Por que não abre seus olhos?

    —Meiy (pensando): Será que ele voltou para me salvar? (Com a voz trêmula) Eu não posso, eu tenho medo.

    ??? (de forma ecoada): Do que tem medo?

    —Meiy (pensando): Não, não é a voz dele. (Tremendo) Medo, tenho medo do escuro.

    ??? (de forma ecoada): E por que? Tem medo o que ele te fez?

    —Meiy (tremendo): Monstros, tenho medo dos monstros do escuro.

    ??? (de forma ecoada): Quer que eu te ajude?

    —Meiy (tremendo): Sim, eu quero… não.

    ??? (com a voz surpresa): Não?

    —Meiy (chorando): Não, não é isso. É que alguém prometeu que acenderia as luzes se eu matasse três intrusos, mas mesmo depois disso ele não cumpriu sua promessa. Ele… (tremendo e gaguejando) ele me deixou presa aqui na escuridão. Ele me abandonou.

    ??? (de forma carinhosa): Não se preocupe, eu não vou te abandonar. Eu vou te ajudar a acender as luzes.

    —Meiy (esperançosa): Promete?

    ??? (de forma calorosa): Prometo.

    —Meiy (esperançosa): Então o que tenho que fazer para iluminar esta escuridão?

    ??? (de forma ecoada): Simples, muito simples. Abra os olhos.

    —Meiy (assustada): Não, não, não, não, não, não, não! Isso não, por favor, não me faça olhar. Eu não quero!

    ??? (de forma calorosa): Tudo bem, mantenha-os fechados. Ou então use isto.

    Um galho pegando fogo cai próximo a Meiy.

    ??? (de forma ecoada): Vamos, pegue e queime a escuridão. A afaste com sua luz.

    —Meiy (com os olhos fechados tenta pegar a tocha e acaba se queimando): Ahhhhrgh! Isso queima, isso queima!

    ??? (de forma alegre): Pois queima! É fogo! Abra os olhos e pegue. A luz dela é imensa e afasta a escuridão que tanto temes.

    E assim Meiy o faz. Ela abre os olhos, observa e pega o galho do lado certo sem se queimar. Então ela se levanta, decidida a, ou pelo menos tentar enfrentar a escuridão.

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