Capitulo 38 — Prisioneiro 247
Abismo Prisão — Na Mente de Mirk.
A criatura observava e anotava…
A cabeça de Miv dizia: “Isso tudo é culpa sua! Se você não quisesse ter um filho, nós não teríamos que passar por isso! Ele não teria que passar por isso!”
A cabeça de Mivk questionava: “Por que me trouxeram ao mundo? Por que fizeram isso comigo? Eu não pedi para nascer! Eu não pedi para sofrer! Por que tenho que sofrer? Para você ser feliz?”
Com os galhos da árvore que o prendiam, seus ouvidos eram limpos para que ele pudesse escutar, ou melhor, sentir. Pois ele estava sendo esfaqueado por aquelas palavras dolorosas. E quando ele pensou em falar, os galhos se dirigiram à sua boca e a fecharam, impedindo-o de se explicar, de falar algo.
E a criatura, lá no alto, continuava a observar.
— Criatura (anotando): Acho que é isso, mas ainda faltam dados. Não posso entregar suposições.
A criatura desce e se aproxima de Mirk.
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— Criatura (passando a mão nos cortes de Mirk): Isso é o mínimo que posso fazer por você.
Os cortes saram e as facas param de se materializar.
Mas ele ainda ouvia o que não queria: as palavras dolorosas daquelas cabeças. Lágrimas começaram a escorrer e, lentamente, se tornaram sangue. Então, a criatura também retirou os galhos que seguravam seus olhos e ele os fechou.
Mirk dizia “Obrigado” em seus pensamentos e a criatura os ouviu. E telepaticamente, disse:
É o mínimo que posso fazer. Não me agradeça, mas gostaria que me respondesse algo: o que ou quem são aquelas cabeças para você?
—Mirk (em seus pensamentos): “A minha família… não, não sou digno de os chamar assim. Eu só os causei dor. Sou um mau pai, um mau companheiro. Eu sou…”
A cabeça de Mirk do lado de fora começava a aquecer e sua mente a colapsar. Então, a criatura sussurrou algo em seus ouvidos que o fez esquecer o que acontecera.
E assim a criatura sai da cabeça de Mirk, o deixando ao som daquelas dolorosas palavras, mais fortes que o som do mastigar.
Do lado de fora, a criatura retira um pano com partículas de neve e o coloca na testa de Mirk. Em seguida, sai e tranca a cela, voltando ao seu trabalho.
— Criatura (deixando uma bandeja): Agora só falta você, Miv.
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Acima da prisão — Sala principal da caverna da Figura Nebulosa
A figura estava olhando para uma tela que mostrava a sala onde Meiy e Deylan estavam, ainda inconscientes.
— Figura Nebulosa (sorrindo aborrecidamente): Que chato! Por que vocês estão demorando para acordar? Aí a vontade de usar meus poderes e acelerar esse processo… (sorrindo suplicantemente) haaaa, mas isso seria batota. Ahhhhhh, odeio esperar! Vou fazer outra coisa.
A Figura estala os dedos e um portal com uma interrogação em seu centro escuro aparece. A figura o atravessa e se vê em uma pequena cidade algures no continente.
Abismo — Abaixo da sala principal, na prisão
A criatura estava recarregando seu revólver. Ele acabara de atirar em um prisioneiro que tentava escapar. O prisioneiro estava fazendo um buraco nas paredes da prisão usando as bandejas, e a criatura percebeu.
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— Prisioneiro (rasteijando até as barras da cela e suplicando enquanto mergulhava em lágrimas): Por favor, me perdoe! Não me mate! Não me mate! Prometo que não se repetirá! (Segurando a perna da criatura) Por favor, não me condene a mais! Eu… eu… eu estava desesperado. Eu queria ver como a minha esposa está. Juro que minha intenção não era fugir.
— Criatura (chutando o homem): Tá bom, tá bom, mas que não se repita. Só não voltes a tentar algo estúpido como isso.
A criatura ergue o braço e puxa a bala de volta, curando o homem no processo.
— Prisioneiro (de joelhos): Obrigado, obrigado!
— Criatura (baixando-se e olhando para o homem): Você disse que queria ver sua esposa, não disse?
— Prisioneiro (enchendo-se de esperança): Sim, eu disse! Eu quero vê-la, sentir seu cheiro novamente, admirar seus lindos olhos, me perder em…
— Criatura (enjoada): Já entendi, já entendi. (Abrindo a cela) Se é isso que deseja, venha comigo.
— Prisioneiro (feliz): Obrigado, muito obrigado!
— Criatura (anotando algo em seu caderno): Vamos, siga-me.
— Prisioneiro (levantando-se alegre): É pra já!
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A criatura retira um celular antigo de sua bolsa.
— Criatura (ligando): Vamos atende, atende… Ah, oi!
— Do celular (com interferências): Em que po…demos aj…dar?
— Criatura (com a mão na cabeça): Eu disse para vocês concertarem essa desgraça, Ahh mas isso não importa agora. Liguei para mandarem alguém para distribuir o resto das bandejas. Estou no andar B2 e deixarei as bandejas perto da cela número 349.
— Do celular (com o sinal um pouco melhor): Mas por quê?
— Criatura (retirando as bandejas de sua bolsa): Estou levando o número 247 para ver sua esposa.
— Do celular (com o sinal melhor): A número 48?
— Criatura (séria): Sim.
— Do celular (rindo): Hahahahahaha! Aí você viu? (Sério) Não acha isso meio cruel?
— Criatura (sorrindo): Agora é você que me quer por a rir.
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