Capitulo 47 — Um bilhete

Ao ser aberto, o portão revelava aos poucos alguém por trás de uma densa névoa. Sons de passos ecoavam ao caminhar desse alguém. Então, a névoa se dissipou, revelando um ser mascarado trajado de roupas escuras e cinzentas, usando uma capa branca por cima e possuia longos cabelos verdes e cinzentos, corrompidos pela escuridão.

— Ser mascarado (em frente à entrada): Sejam todos bem-vindos novamente ao castelo de lorde Mílar. Entrem e se acomodem, por favor.

Após o ser mascarado entrar, todos os vultos o seguiram, e o portão se fechou, estremecendo a prisão novamente.

— Ser mascarado (virando-se para os vultos): Por favor, subam ao andar dos quartos e organizem-se. Depois, dirijam-se à sala do relatório. A reunião é daqui a oito horas.

Os vultos sinalizaram com suas cabeças e dirigiram-se ao andar dos quartos.

Ainda no castelo – Aposentos do lorde Mílar

— Mílar (com seus olhos verdes e escuros): Como vão as coisas até agora, Dart?

— Dart (em pé): Os Nuktart estão aqui. Eles estão agora no andar dos quartos, se organizando. Ao que parece, estão todos aqui.

— Mílar (escurecendo mais os olhos): Muito bem. Avise-me quando a hora chegar. Irei me aposentar por alguns momentos. Até lá, esteja no comando.

— Dart (curvando-se levemente): Sim, se … Mílar.

Ainda no castelo, andar onde os vultos se encontravam

Em um dos quartos do andar, dois vultos conversavam.

Suas aparências iguais às de todos os outros: grandes esferas brilhantes no local dos olhos e um corpo fumacento escuro, com algumas partículas cinzentas emanando.

— Vulto #1 (mexendo em alguns papéis): Então foi você que encontrou minhas anotações?

— Vulto #2 (desfazendo uma espécie de mala): Sim, fui.

— Vulto #1 (montando um caderno usando os papéis): O que você fez para amenizar o problema dele? Ou melhor, qual era o problema?

— Vulto #2 (retirando o caderno com as suas anotações): Ele estava gritando sem parar, então lhe dei um chá calmante. (entregando o caderno com as anotações): Detalhei tudo aqui.

— Vulto #1 (o recebendo): Muito bem, assim será mais fácil.

Lid se encontrava no chão, esgotado e derrotado, enquanto Gleyd se mantinha de pé, apoiado por seu martelo.

— Gleyd (sorrindo com seu suor escorrendo): Eu venci, eu ganhei.

Após isso, Gleyd caiu no chão, esgotado.

A cópia do general Rodric aparece no local.

— General Rodric (agachando e tocando nas costas dos dois): A que equipe estes dois pertencem?

Ouk, Kray e Nylk se aproximam.

— Nylk (com uma caixa em mãos): A nossa.

— General Rodric (levantando-se): Então vocês três é que irão tentar me enfrentar?

— Nylk (com um sorriso frágil): Haha, acho que não temos escolha.

— General Rodric (dando um leve suspiro): Não seria justo. Então, façamos assim: levem estes dois para a sala médica. Eu lhes dei um pouco de energia, então irão se recuperar rápido. Já se passaram duas horas, então têm três horas para que isso aconteça. Do contrário, terão que ser vocês três. Estamos entendidos?

— Kray (com outra caixa em mãos): Sim, general.

— General Rodric (sério): Muito bem, levem-nos.

— Ouk (com outra caixa, sorrindo): Isso, vamos. Não podemos perder tempo. Eu fico com as outras caixas. Vocês podem carregá-los.

Então, Kray carregou Lid e Nylk carregou Gleyd, juntos de Ouk, que carregava as caixas. Partiram para a sala médica.

Na taverna

— General Rodric (bebendo): Espero que se recuperem logo.

— Ráy (levantando-se): Também espero. Aliás, não está se esquecendo de algo?

— General Rodric (estranhando): O quê?

— Ráy (dando um leve sorriso): Tínhamos uma aposta, lembra? E você perdeu.

— General Rodric (atirando a garrafa de vinho contra a parede, irritado): Desgraça! Tá, toma aqui teu dinheiro. (entregando 2000 Zylks a Ráy): Feliz?

— Ráy (pegando o dinheiro): Claro, eu venci.

— General Rodric (sério): Sorte de principiante. Mas agora, por quê você me chamou aqui?

— Ráy (retirando o bilhete que a doutora havia entregado de um de seus bolsos): Por isso.

— General Rodric (pegando o bilhete e o lendo): Lina e Selene? Como assim? Quem mandou isto?

— Ráy (sério): Foi isso que a Melory me entregou no dia da nossa reunião. Eu me senti abalado na hora, mas me controlei. Pensei que esse desgraçado estivesse tentando fazer jogos comigo, mas…

— General Rodric (sério): Mas?

— Ráy (retirando mais outra coisa de seu bolso): Quando eu estava para treinar o VílK, pedi-lhe que fosse buscar suas espadas e disse-lhe que, se não estivesse preparado, não pensasse em voltar. Um tempo se passou e ele não voltou. Eu estranhei, pois sei que, mesmo caindo aos pedaços, ele viria. Então fui procurá-lo e o encontrei desmaiado. Rapidamente, o levei a Melory. Quando ela o observou, disse que era o mesmo problema que ele tinha ao vir do abismo. Mas, por sorte, ela havia conseguido estudar o antídoto e o recriou, e o deu ao VílK. Mas depois…

—General Rodric( Sério): mas depois? o que houve Ráy?