Capítulo 58 — uma rocha pesada

Maftar — Algum Lugar por Aí

Em uma fortaleza escura com linhas roxas brilhantes em seus cantos, formada por três pirâmides a maior na base e a menor no topo , ela flutuava em um céu que mais parecia uma pintura abstrata, cheia de cores e iluminada, abraçada por uma densa sombra.

Pirâmide do Topo

??? (entrando e ajoelhando-se): Meu amo, trago-lhe notícias importantes do reino de Aridar.

Um ser imponente trajava uma capa escura e uma espécie de armadura de prata, com o rosto oculto por uma densa sombra.

??? #2 (batendo os dedos no trono): Prossiga, Satorjf.

— Satorjf (levantando-se e segurando um colar que portava): Viwterak.

Uma energia estranha, dourada e roxa, surgiu do colar e foi passada para a mão de Satorjf, que fez um movimento como se lançasse essa energia para fora. Assim, uma grande esfera de luz surgiu no local, sendo ofuscada pelas sombras que rodeavam a figura imponente no trono.

Então, essa luz se misturou às sombras e revelou Deylan e Meiy perto da rocha escura que eles haviam encontrado.

— Satorjf (dando um passo à frente): Esses dois chegaram ao reino de Aridar através da porta. Ainda não detectei nenhuma interação deles com alguém do reino até agora. O que devemos fazer, meu amo?

??? (com voz distorcida e grave): Nada, além de fazer a noite chegar. E, caso eles quebrem alguma regra, você sabe o que fazer.

— Satorjf (reverenciando o ser imponente): Compreendo, meu amo. Tomarei as devidas medidas desde já. Despeço-me.

— Meiy (observando atentamente a rocha): Parece que ela está se mexendo, olha.

Diante deles, a rocha começava a levitar, mas, conforme a noite caía, a escuridão fazia a rocha ficar cada vez mais pesada ao ser tocada pelas sombras.

— Deylan (vendo a rocha ficar na vertical): O que está acontecendo?

Quanto mais o sol se escondia, mais pesada a rocha ficava. Quando o sol se foi por completo, a rocha aterrissou novamente. Meiy e Deylan tentaram levantá-la, mas sem efeito.

— Deylan (coçando a cabeça): Mas que raios aconteceu aqui?

— Meiy (bocejando): Uahhhhhh… Não sei. Vemos isso amanhã, talvez.

Meiy deitou-se e dormiu na areia.

— Deylan (mexendo na pedra): Como ela pode dormir tão cedo? Como ainda sente sono? O dia, neste local, dura tão pouco.

— Figura Nebulosa (sorrindo calmamente e estalando os dedos suavemente): Hihi.

Maftar — Aridar

— Deylan (sentindo uma brisa suave, porém gelada, passar por seu corpo): Que frio… (olhando para Meiy): Hmm…

Deylan usou parte de seu tormento para criar um cobertor.

— Deylan (cobrindo Meiy): Por que estou fazendo isso? (sentindo uma dor forte e aguda no peito) Eh… tanto faz.

Ele se afastou, sentou-se em frente à pedra, levantou a cabeça e encarou aquele céu sem estrelas. Deylan respirou fundo com a mão no peito apertado e deixou uma lágrima escorrer.

— Deylan (sentindo sua mente pesar, segurando a cabeça): O que está acontecendo comigo? O que é isso?

Em instantes, Deylan caiu desmaiado na areia gélida. Um tempo se passou, e ele acordou. Levantou-se, olhou para sua mão direita e a cerrou.

— Deylan (em seus pensamentos): “Está demasiado escuro aqui. Acho que deveria fazer uma lanterna.”

E, como pensou, usou parte de seu tormento e fez uma lanterna.

— Deylan (erguendo a lanterna para ver a rocha): Que estranho…

A rocha mudava de posição levemente conforme a luz da lanterna.

— Deylan (balançando a lanterna em todas as direções): Entendi… Você gosta de luz, não é?

Sentindo seus olhos pesarem, ele guardou a lanterna ao lado da rocha e caiu no sono.

Poucas horas depois, a noite se foi e o dia chegou.

— Meiy (acordando, se espreguiçando e bocejando): Uahhhhhh… (percebendo o cobertor): O que é isso? Um cobertor? (vendo Deylan dormindo próximo à rocha): Você fez isso? (segurando o cobertor e indo até Deylan, cobrindo-o também): Obrigada.

Ela se levantou e viu a lanterna perto da rocha, com sua luz apagada. Tentou segurá-la, mas, ao tocar, foi inundada por uma dor profunda e saltou para trás, soltando um grito que acordou Deylan.

— Deylan (vendo Meiy tremendo): O que houve com você?

— Meiy (a dor e o tremor se esvaindo, deixando vagas lembranças de terror): Não sei… (apontando para a lanterna): Mas tem algo errado com aquilo.

— Deylan (olhando a lanterna e vendo que seu brilho havia desaparecido): O que houve com ela? (pegando a lanterna e a observando): Que estranho…

— Meiy (levemente assustada): Ela não te assusta?

— Deylan (sem entender): Não. Por quê?

— Meiy (com o resto do terror se dissipando): Por nada… Esquece.

— Skuldyr (deitado em seu punho): Que drama… Me acordem na hora da ação.

Skuldyr adormece.