Queeeesss sooooooono
Capítulo 81 — Eles vão pagar
[Tempo presente]
Maftar — Aridar — onde Meiy e Deylan estavam
Shhhhh!
O vento arrastava os grãos de areia, um sussurro seco que dançava sob o sol escaldante. No deserto de Aridar, Meiy e Deylan estavam parados, os olhos fixos em um mistério que rasgava a monotonia das dunas. (O ar cheirava a pedras antigas e segredos enterrados, um peso que fazia o peito apertar.)
— Deylan (admirado, com a voz rouca): Woooooow!
Ele erguia o queixo, os olhos arregalados, devorando a visão à frente. Uma imensa estrutura em forma de pirâmide emergia da areia, como se o deserto a estivesse cuspindo. Metade afundava nas dunas, metade se erguia pro céu, e no centro, uma abertura escura bocejava, convidando e ameaçando. Linhas roxas brilhantes sulcavam a pedra, pulsando como veias vivas, lançando reflexos que tremiam no calor. (Seus dedos coçavam, um misto de medo e fascínio, como se a pirâmide o chamasse.)
Meiy virou-se para Deylan, os olhos brilhando com um fogo travesso. Deylan encontrou seu olhar, o peito ainda acelerado pela visão.
— Meiy (olhando para Deylan, a voz provocadora): E então?
— Deylan (olhando para Meiy, um meio-sorriso nascendo): Eu acho que nós dois queremos entrar ali. Andar em busca do caminho das Rosas é entediante, hik hik.
— Meiy (sorrindo, olhando para a estrutura, os dentes à mostra): Tiraste-me as palavras da boca. Te-he-he.
(O riso dela ecoou, leve, mas com um toque de loucura, como se a pirâmide prometesse mais que perigo.)
Meiy e Deylan avançaram para a estrutura, com os pés afundando na areia quente. Meiy parou, com os seus olhos semicerrados, sentindo algo no ar.
— Meiy (olhando para Deylan, com a voz vibrante): Sinto uma energia boa vindo dela.
— Deylan (assentindo, o olhar fixo na pirâmide): Sinto o mesmo.
— Meiy (dando uma risada curta, provocadora): Aposto que isto tem grandes chances de nos mandar pro inferno.
— Deylan (com um sorriso torto): Aposto o dobro.
Deylan guardou seu baralho de cartas no bolso, o gesto quase ritualístico. Meiy olhou pra ele, um brilho desafiador nos olhos.
— Meiy (arqueando uma sobrancelha): Pronto?
— Deylan (retribuindo o olhar): Pronto. E tu? Estás pronta?
— Meiy (com um meio-sorriso): Sempre estive pronta Te-he-he.
— Deylan (olhando para Meiy): Então do que estamos à espera? Hik hik
— Meiy (olhando pra ele): Eu não sei Te-he-he
Ambos se encararam, sorrisos largos estampados nos rostos, eles caíram na gargalhada, um som que desafiava o silêncio do deserto. (Seus risos eram fogo contra o peso da pirâmide.) Eles avançaram, entrando na abertura escura da estrutura, eles foram engolidos pelas sombras.
Maftar — Pirâmide Flutuante — Pirâmide do Centro
— Satorjf (observando Deylan e Meiy junto de outros três seres): Estes dois ceifaram a vida dela, de uma de nós.
— Syter (batendo na parede, trajado com uma armadura preta e de linhas de lava): Se eu soubesse que eles eram tão perigosos, não a teria deixado ir. Eu… eu… eu… eu—
— Satorjf (em um tom alto): Acalme-se, Syter, se culpar não vai adiantar nada. O que está feito, está feito, ela se—
— Syter (gritando em lágrimas): Não ouse, não ouses terminar essa frase! (Apontando para si mesmo com o polegar.) Desta vez, irei lá, eu os farei pagar pelo que fizeram com ela, os farei implorar por perdão.
— Synark (com a mão no ombro de Syter): Tentar te impedir é perda de tempo, mas leva isto. (Entregando o que parecia ser um pergaminho.) Usa quando perceberes que não há outra opção. Não aceito não como resposta, se não, daqui não sais.
— Syter (pegando à força o pergaminho, respirando fundo enquanto se virava para a janela da pirâmide): Obrigado, Synark. (Olhando para Sylah, que permanecia sentada e em silêncio.) E Sylah, eu te prometo que a irei vingar.
Syter avançou para a janela, olhou pra trás e pulou do alto, sumindo na tempestade de areia abaixo.
— Synark (com a mão no ombro de Sylah): Eu sei, mas vamos confiar nele, tem fé. Se as coisas apertarem, eu vou lá, não te preocupes tanto, fica descansada.
Fora do Abismo — Algures no Continente — Do Lado de Fora de uma Floresta
Ráy meditava na entrada, o corpo imóvel como pedra. (O ar cheirava a musgo e promessas quebradas, um vazio que pesava nos ombros.)
— Ráy (encerrando a meditação, levantando-se): Chegou a hora. (Olhando pra trás, com a voz baixa.) Me desculpe por isso, Minha Rainha, mas não me resta escolha. (Cerrando os punhos com força.) É única forma de os fazer pagar por tudo isto por todo o sofrimento que eles trouxeram.
Uma aura imensa saiu de dentro dele, fazendo as árvores da floresta se curvarem perante sua presença. (O chão tremia, como se temesse sua fúria.) Assim, ele adentrou a floresta, os passos ecoavam como um tambor de guerra.
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