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Capítulo 82 — Há quanto tempo
Em Algum Lugar Por Aí — Onde a Figura Nebulosa se Encontrava
Whiiiiir!
O vento cortava as nuvens.
Entre as camadas brancas, a Figura Nebulosa descansava em uma posição relaxada, aparentemente dormindo.
(Sua forma era um borrão de sombras e luz, flutuando como um sonho perdido no éter.)
De repente, do absoluto nada, ela despertou.
Seus olhos se abriram, carregados de um verde-escuro brilhoso, como estrelas cadentes.
Logo, tornaram-se intensamente brancos, luminosos, quase cegantes.
— Figura Nebulosa (bocejando, com a voz sonolenta): WuaAhhh…
Do alto, ela avistou Ráyd, solitário no topo de uma montanha à beira de um precipício abismal.
— Figura Nebulosa (coçando os olhos, sorrindo interrogativamente): Mas o que você está fazendo?
Ela começou a se preparar para descer até a montanha, o corpo nebuloso ganhando forma.
Mas uma faísca crepitou em sua essência.
(Um tremor a atravessou, como um aviso ou um chamado.)
— Figura Nebulosa (sorrindo nebulosamente): Já era hora.
(Estalando os dedos, o som ecoando como trovões distantes.)
Bom, Ráyd, nós continuamos isso outro dia… eu acho, hihi.
Naquele instante, o tempo, o espaço e tudo naquele mundo — e em todas as suas dimensões — pararou.
(O vento silenciou, e as nuvens congelaram.)
Em um brilho cintilante, a Figura Nebulosa se ergueu, levantando o braço direito.
Uma foice surgiu em sua mão, emanando uma luz intensa e misteriosa.
(A lâmina cortava a realidade, deixando rastros de sombras e estrelas.)
— Figura Nebulosa (com a voz serena, quase cantada): Agora é hora de redefinir os limites… e cortar o espaço que nos separa.
Com um gesto fluido, ela ergueu a foice.
Uma fenda se abriu no espaço à sua frente, rasgando o véu entre aquele mundo e o abismo.
(A rachadura brilhava em tons de preto e ouro, sugando o vazio ao redor.)
A Figura Nebulosa olhou para a fenda, os olhos brancos brilhando com uma intensidade quase sobrenatural. Ela girou o corpo em um movimento de 180 graus, ficando de costas para a fenda, e contemplou o mundo à sua frente.
— Figura Nebulosa (sorrindo nebulosamente): Até outro dia.
Com um movimento lento, girou novamente 180 graus, voltando a encarar a fenda. Caminhou em direção a ela, atravessando-a bem devagar, cada passo carregado de drama, como se o tempo se curvasse à sua vontade. A fenda pulsava, mantendo-se aberta.
Dez segundos se passaram enquanto ela cruzava. Quando finalmente atravessou, a fenda começou a se fechar, de forma gradual, quase relutante, até desaparecer por completo.
Quando a fenda se fechou, o mundo contemplou o silêncio absoluto. Tudo parou — até o som mais puro se calou. A Figura Nebulosa era a única que fazia barulho naquele lugar, falava e se movia, mas agora, com sua partida, o vazio tomou conta.
Abismo — Sala Principal da Caverna da Figura Nebulosa
A fenda se abriu com uma luz intensa, fazendo o Mestre perceber e parar sua meditação, enquanto Skuldyr despertava.
A Figura Nebulosa saía lentamente da fenda, dramatizando sua entrada. Uma música orquestrada, de tom grandioso, começava a tocar.
— Skuldyr (percebendo e vendo a figura): Mas o que raios está acontecendo…? (notando seu andar lento) Você vai mesmo fazer isso?
Uns dez segundos se passam, e a Figura Nebulosa sai da fenda, que se fecha automaticamente.
— Figura Nebulosa (sorrindo galáxicamente): Sentiram minha falta? Hihi… há quanto tempo.
— Skuldyr (rangendo os dentes calmamente): Você saiu há duas horas. Pra quê esse drama todo, como se tivessem se passado dias ou anos?
— Figura Nebulosa (sorrindo de forma surpresa): Duas horas? Que interessante… Pra mim, pareceu bem mais que isso. Bom, falamos sobre isso depois. Agora… (indo em direção à sua cadeira e se sentando) temos assuntos… (virando lentamente 180 graus para a tela) importantes a tratar. (com um sorriso travesso) Hihi…
Skuldyr e o Mestre, com os olhos voltados para a tela:
— Figura Nebulosa (sorrindo deslumbrantemente, carregando em um botão): Há quanto tempo, Deylan e Meiy… Hihi…
Maftar Arridar — Dentro da Estrutura — Onde Deylan e Meiy Estavam
— Meiy (transformando o braço direito em um cajado): Brilho escarlate!
A luz do cajado iluminava levemente o local. A luz e a escuridão disputavam o espaço — uma tentando dominar a outra.
Eles estavam em um corredor, e à frente havia apenas escuridão.
— Deylan (observando a mão de Meiy tremelicando): Você está bem?
— Meiy (tentando manter a mão cerrada para conter o tremor): Bem… eu…
— Deylan (segurando a mão dela, sorrindo, sacando uma carta que continha uma espada brilhante e luminosa, e projetando-a à frente, iluminando ainda mais o caminho): Adiante. Vamos.
— Meiy (respirando fundo e sorrindo): Adiante… te-he-he…
Abismo — Sala Principal da Caverna da Figura Nebulosa
— Skuldyr (sentado, com os pés esticados sobre uma pedra e as mãos na cabeça): Chato. Você me acordou pra essa palhaçada. Com todo respeito, Yg… (rangendo os dentes) Eu voltarei a dormir…
— Figura Nebulosa (sorrindo cintilantemente): Pode parar por aí. Aguenta mais um pouco, não dorme agora, não… Fica tranquilo e acordado aí — eu te prometo que você não vai se arrepender, HiHi.
— Skuldyr (rangendo os dentes lentamente): Ehhhh veremos.
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