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    Em Algum Lugar Por Aí — Onde a Figura Nebulosa se Encontrava

    Whiiiiir!

    O vento cortava as nuvens.

    Entre as camadas brancas, a  Figura Nebulosa descansava em uma posição relaxada, aparentemente dormindo.
    (Sua forma era um borrão de sombras e luz, flutuando como um sonho perdido no éter.)

    De repente, do absoluto nada, ela despertou.
    Seus olhos se abriram, carregados de um verde-escuro brilhoso, como estrelas cadentes.
    Logo, tornaram-se intensamente brancos, luminosos, quase cegantes.

    Figura Nebulosa (bocejando, com a voz sonolenta): WuaAhhh…

    Do alto, ela avistou Ráyd, solitário no topo de uma montanha à beira de um precipício abismal.

    Figura Nebulosa (coçando os olhos, sorrindo interrogativamente): Mas o que você está fazendo?

    Ela começou a se preparar para descer até a montanha, o corpo nebuloso ganhando forma.
    Mas uma faísca crepitou em sua essência.
    (Um tremor a atravessou, como um aviso ou um chamado.)

    Figura Nebulosa (sorrindo nebulosamente): Já era hora.
    (Estalando os dedos, o som ecoando como trovões distantes.)
    Bom, Ráyd, nós continuamos isso outro dia… eu acho, hihi.

    Naquele instante, o tempo, o espaço e tudo naquele mundo — e em todas as suas dimensões — pararou.
    (O vento silenciou, e as nuvens congelaram.)

    Em um brilho cintilante, a Figura Nebulosa se ergueu, levantando o braço direito.
    Uma foice surgiu em sua mão, emanando uma luz intensa e misteriosa.
    (A lâmina cortava a realidade, deixando rastros de sombras e estrelas.)

    Figura Nebulosa (com a voz serena, quase cantada): Agora é hora de redefinir os limites… e cortar o espaço que nos separa.

    Com um gesto fluido, ela ergueu a foice.
    Uma fenda se abriu no espaço à sua frente, rasgando o véu entre aquele mundo e o abismo.
    (A rachadura brilhava em tons de preto e ouro, sugando o vazio ao redor.)

    A Figura Nebulosa olhou para a fenda, os olhos brancos brilhando com uma intensidade quase sobrenatural. Ela girou o corpo em um movimento de 180 graus, ficando de costas para a fenda, e contemplou o mundo à sua frente.

    Figura Nebulosa (sorrindo nebulosamente): Até outro dia.

    Com um movimento lento, girou novamente 180 graus, voltando a encarar a fenda. Caminhou em direção a ela, atravessando-a bem devagar, cada passo carregado de drama, como se o tempo se curvasse à sua vontade. A fenda pulsava, mantendo-se aberta.

    Dez segundos se passaram enquanto ela cruzava. Quando finalmente atravessou, a fenda começou a se fechar, de forma gradual, quase relutante, até desaparecer por completo.

    Quando a fenda se fechou, o mundo contemplou o silêncio absoluto. Tudo parou — até o som mais puro se calou. A Figura Nebulosa era a única que fazia barulho naquele lugar, falava e se movia, mas agora, com sua partida, o vazio tomou conta.

    Abismo — Sala Principal da Caverna da Figura Nebulosa

    A fenda se abriu com uma luz intensa, fazendo o Mestre perceber e parar sua meditação, enquanto Skuldyr despertava.

    A Figura Nebulosa saía lentamente da fenda, dramatizando sua entrada. Uma música orquestrada, de tom grandioso, começava a tocar.

    Skuldyr (percebendo e vendo a figura): Mas o que raios está acontecendo…? (notando seu andar lento) Você vai mesmo fazer isso?

    Uns dez segundos se passam, e a Figura Nebulosa sai da fenda, que se fecha automaticamente.

    Figura Nebulosa (sorrindo galáxicamente): Sentiram minha falta? Hihi… há quanto tempo.

    Skuldyr (rangendo os dentes calmamente): Você saiu há duas horas. Pra quê esse drama todo, como se tivessem se passado dias ou anos?

    Figura Nebulosa (sorrindo de forma surpresa): Duas horas? Que interessante… Pra mim, pareceu bem mais que isso. Bom, falamos sobre isso depois. Agora… (indo em direção à sua cadeira e se sentando) temos assuntos… (virando lentamente 180 graus para a tela) importantes a tratar. (com um sorriso travesso) Hihi…

    Skuldyr e o Mestre, com os olhos voltados para a tela:

    Figura Nebulosa (sorrindo deslumbrantemente, carregando em um botão): Há quanto tempo, Deylan e Meiy… Hihi…

    Maftar Arridar — Dentro da Estrutura — Onde Deylan e Meiy Estavam

    Meiy (transformando o braço direito em um cajado): Brilho escarlate!

    A luz do cajado iluminava levemente o local. A luz e a escuridão disputavam o espaço — uma tentando dominar a outra.

    Eles estavam em um corredor, e à frente havia apenas escuridão.

    Deylan (observando a mão de Meiy tremelicando): Você está bem?

    Meiy (tentando manter a mão cerrada para conter o tremor): Bem… eu…

    Deylan (segurando a mão dela, sorrindo, sacando uma carta que continha uma espada brilhante e luminosa, e projetando-a à frente, iluminando ainda mais o caminho): Adiante. Vamos.

    Meiy (respirando fundo e sorrindo): Adiante… te-he-he…

    Abismo — Sala Principal da Caverna da Figura Nebulosa

    Skuldyr (sentado, com os pés esticados sobre uma pedra e as mãos na cabeça): Chato. Você me acordou pra essa palhaçada. Com todo respeito, Yg… (rangendo os dentes) Eu voltarei a dormir…

    — Figura Nebulosa (sorrindo cintilantemente): Pode parar por aí. Aguenta mais um pouco, não dorme agora, não… Fica tranquilo e acordado aí — eu te prometo que você não vai se arrepender, HiHi.

    — Skuldyr (rangendo os dentes lentamente): Ehhhh veremos.


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