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    Capítulo 054 – Prazer Militar!

    Assim que escutou, uma mudança existiu na expressão de Ayel. Embora sutil, foi perceptível.

    Ele erguera o queixo, seus olhos estavam mais frios ainda.

    — Eu nunca pretendi esconder o momento que tive com a Belomonte, para começo de conversa. E você já estava ausente bem antes disso.

    — E pretende ter tanto a mim quanto a ela?

    O sangue de Yelena ferveu. Ela travou seu maxilar e deu um passo à frente, bateu com o dedo no peitoral do ruivo.

    — Acha isso correto?

    Ayel piscara lentamente, como se estivesse ponderando completamente aquela pergunta. Ele respondeu utilizando um tom embebido em complexidade.

    — Eu… Precisaria mesmo escolher? Por quê?

    Não por mal, mas sim cultural.

    Na sociedade dos bárbaros, havia a ausência da entidade do casamento. Os relacionamentos eram mais simples e, para os homens mais poderosos, era muito comum vê-los com uma dúzia de mulheres, ou mais.

    Já a líder da guarda real, nascida e criada em um reino, sentiu.

    A respiração de Yelena tornou-se instável, sua visão turvou pela raiva.

    — Você tem noção do quanto está me ofendendo? — gritou.

    Dois criados iriam passar pelo corredor na hora, ao escutarem o grito da loira, deram meia volta e retiraram-se.

    O rei inspirou com uma certa profundidade, seus ombros ligeiramente relaxaram. O seu olhar, que estava distante, agora estava fixo nos olhos azulados da líder da guarda.

    — Yelena, me escute… Não sei como funcionam essas coisas num reinado, porém na minha tribo…

    Conforme Ayel dizia, a expressão da mulher ficava mais fechada, ele se perguntava se ela visualizava isso apenas como uma desculpa qualquer, mas ele prosseguiu.

    — Se você se interessa por alguém, você vai. Apenas… Vocês fazem burocracias até nisso?

    E ela balançava a cabeça, de tão incrédula.

    — Não poderá ter duas esposas, Ayel — A sentinela dissera firmemente, com um tom amargo.

    — Esposas? — O bárbaro ergueu uma das sobrancelhas, surpreso. — Em algum momento, eu fiz juras que deram a entender que vocês seriam as minhas esposas?

    Yelena sentira o chão desabar sob seus pés, sua garganta estava fechada, sua visão estava fraca. Por mais que ainda encarasse o bárbaro, ter escutado isso a fragilizou completamente.

    Então ela havia sido usada, essa sensação estalava em sua cabeça como as batidas em compasso de Bramut.

    — Ofereci outra coisa em troca, não uma parte ao meu lado na coroa. — completou Ayel

    — Ofereceu? — Yelena gaguejou. — O que você ofereceu?

    O corredor em que estavam esfriou, mesmo com todas aquelas tochas que ardiam incessantemente naquelas paredes.

    Um silêncio seguiu entre os dois, criando uma barreira densa entre seus corpos.

    Os sentimentos eram conflitantes e a resposta do ruivo pairava em suspense.

    — O que você ofereceu a nós duas, Ayel?

    O ruivo pareceu uma fera, avançando em direção à loira com um beijo quente. A sentinela, que a princípio se assustara, bateu com seus punhos fechados como um martelo no peito do homem.

    Mas Ayel não estava fazendo força alguma, ela poderia se soltar se quisesse.

    Ela somente não fez.

    Escorando-se pelas paredes do largo corredor até que ambos adentraram em um dos batentes de madeira, era um depósito comum, mais um dos inúmeros cômodos do grande castelo.

    Havia baús lotados de espólios e algumas armas expostas.

    A porta fora trancada.

    Yelena começou rapidamente a despir-se enquanto era atacada pelo tribal voraz, que sorria malignamente.

    Seu arco caíra no chão com um impacto alto, ela estava com dificuldade de retirar sua camisa clara após desamarrar seu corselete, o ruivo rasgou prontamente com as próprias mãos.

    — Meu rei… — Ela gemia com um entusiasmo hipócrita.

    Toda sua raiva escondeu-se embaixo do tapete, seu rosto corava e Yelena estava ofegante.

    Quando as calças da dama foram finalmente arremessadas para o canto do depósito, Ayel a levou até a cima de um dos báus, fazendo Yelena sentar sobre ele. O bárbaro permaneceu em pé, com uma respiração forte e um olhar tão penetrante que ela sentia que seria devorada viva.

    Alvorada abriu as pernas da dama e, enquanto segurava os cabelos loiros dela com a mão esquerda, começou a estimulá-la com a mão direita. Ritmado, criando círculos com seu indicador e o médio.

    Yelena deu um pequeno sussurro carregado de um prazer infindável, as mãos do tribal eram ásperas devido ao seu manejo constante com armas pesadas, ainda assim… Por mais que estivesse sendo masturbada agressivamente, ela percebia uma delicadeza vinda dele. Por mais que ele estivesse fazendo força, havia um cuidado para que ela não se machucasse de alguma forma.

    E seus sussurros aumentavam gradativamente, em uma sequência de gemidos enquanto sentia os dedos do seu rei dentro de si. Yelena escorria sob a madeira do baú na qual havia sentado.

    Ayel enrijecia, o agradava muito mais visualizar sua subalterna afogada em luxúria do que qualquer outra espécie de estímulo. Não demorou para que ele puxasse a cabeça da mulher para trás na mão que ainda segurava seu cabelo, criando um espaço no pescoço pálido, no qual ele começara a morder.

    O tesão tomava conta daquela pequena sala, preenchendo-o tão fortemente com um aroma característico. O bárbaro focava tanto no que fazia, tão obstinado em entregar-se à devassidão junto de Yelena que seu corpo parecia transpirar um vapor avermelhado.

    E esse vapor avermelhado subia às narinas da líder da guarda real, era como se ela estivesse inalando algo tão poderoso que deixava seu corpo todo mais sensível ao toque. Ela vibrava com os dedos do rei sobre ela, encharcando-os.

    — É isso… Que eu ofereço… E é isso, que sei que vocês amam receber de mim.

    Brandia o homem, com uma respiração forte e o sorriso que não lhe sumia da face.

    Yelena o encarava, completamente corada, o suor começava a lhe descer e ela somente conseguia vocalizar pequenos grunhidos atônitos de êxtase.

    — Confesse que você ama isso, sua vadia.

    Ayel estava emocionalmente agitado e a mulher respondia com gemidos cada vez mais altos a cada fala vinda do seu rei. E por um momento, ela percebeu: quanto mais alto fosse seu lamento, maior a expressão de satisfação que o bárbaro estampava.

    O balançar dos corpos fazia candelabros caírem, em uma estante de madeira próxima.

    Ela queria agradá-lo, sentia uma necessidade disso.

    Cogitava seriamente ser somente uma concubina. Yelena ponderou se valeria a pena ser a segunda mulher de Ayel, se ele quisesse ficar com a Victoria.

    A loira desejaria ser a segunda, a terceira, a quinta.

    Sendo agraciada com o tesão desse homem, não havia mais nada que ela pediria.

    Ela se entregou.

    Enquanto ainda tateada, a sentinela caçou o colo do ruivo com as suas mãos, ela desamarrou as tiras de couro que prendiam bem a calça do homem, ela queria senti-lo. Puxara o membro para fora das ceroulas reais.

    — Você não parece tão nervosa agora… Minha Yelena. — O sorriso do ruivo era provocativo.

    “Minha”

    A loira gritou eufórica.

    O baú teria virado se não estivesse encostado na parede.

    Ela o encarava de baixo para cima em uma expressão libidinosa sem um pingo de vergonha. Estava tão corada que toda a branca pele do seu rosto tingiu-se de rosa.

    Os gritos cacófatos de ambos ecoou para fora daquela sala, correndo as paredes do andar do castelo.

    A sentinela tremia completamente, perdendo a coordenação motora, estava tendo dificuldades de manter o rei entretido com o uso da sua mão, logo ela o puxou para um pouco mais perto e passou a usar a sua boca.

    Ayel urrava.

    Sem mais ângulo para usufruir da sua subalterna com os dedos, o tribal focou em segurar o cabelo da mesma e estocá-la enquanto escutava o som da saliva.

    Uma bagunça, não bastasse a madeira do baú úmida com o néctar de Yelena, sua boca transbordava em desespero fazendo que a saliva da mulher escorresse pela coxa do rei. Respingava em seu seio, chorava em seu colo.

    A mulher lacrimejava, volta e meia sentia que seu senhor estava estocando fundo demais e o som engasgado saia da sua garganta para fora. Alvorada, entretanto, amava escutar isso, era combustível para ir com ainda mais vontade.

    — Yelena…

    O tribal perdia volta e meia a força do seu joelho, que dobrava como se estivesse fraco, os seus gemidos graves intensificavam conforme apertava ainda mais todos os lugares da mulher que ele segurava.

    Ele estava bem perto.

    Quando enfim, Ayel gritara, despejando tudo que carregava consigo na boca de Yelena, que degustou de cada gole com uma satisfação escancarada.

    Exaustos, encarando reciprocamente.

    — Eu… — A mulher não havia se dado por vencida, o tesão subindo-lhe a cabeça a fez deixar de pensar na grande problemática.

    — Agora não.

    O tribal pegara suas vestes, cobria sua pele enquanto fitava atentamente para a loira.

    — Yelena eu precisei abandonar muitas coisas para estar aqui, e a minha raiz está cada vez mais enfraquecida, não quero ser uma eterna desonra.

    Ele apontou para a própria cabeça e a mulher notou depois de um bom tempo.

    Ayel havia cortado seu cabelo quando decidiu abandonar sua tribo bárbara e assumir Sihêon, para os bárbaros, quanto maior o cabelo, mais honra e mais respeito um homem é dotado.

    Assim que deixou sua irmã Alicia e o restante do bando para trás, o Alvorada havia cortado suas madeixas a ponto que ficassem curtíssimas.

    A sentinela reparara, naquele momento, o cabelo ruivo do tribal chegava próximo a tocar seus ombros.

    Talvez a forma simbólica mesmo encontrou para dizer que estava recuperando sua honra e respeito.

    — Eu não me tornarei o burocrata que os nobres anseiam que eu vire. — O rei prosseguiu. — Peço que aceite isso também.

    Yelena poderia facilmente contra-argumentar, mas ainda estava com os resquícios do prazer em sua mente, além de um cansaço físico gritante.

    Ela decidiu apenas assentir com a cabeça, ficando calada diante do monarca. Que se retirou assim que se vestiu.


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