Índice de Capítulo

    Olá, segue a Central de Ajuda ao Leitor Lendário, também conhecida como C.A.L.L! Aqui, deixarei registradas dicas para melhor entendimento da leitura: 

    Travessão ( — ), é a indicação de diálogos entre os personagens ou eles mesmos;
    Aspas com itálico ( “” ), indicam pensamentos do personagem central em seu POV;
    Aspas finas ( ‘’ ), servem para o entendimento de falas internas dentro da mente do personagem central do POV, mas não significa que é um pensamento dele mesmo;
    Itálico no texto, indica onomatopeias, palavras-chave para subverter um conceito, dentre outras possíveis utilidades;
    Colchetes ( [] ), serão utilizados para as mais diversas finalidades, seja no telefone, televisão, etc;
    Por fim, não esqueça, se divirta, seja feliz e que os mistérios lhe acompanhem!

    Na manhã seguinte, Leonard foi acordado pela buzina de uma vã lá fora, o aguardando. Quando apertou no botão para ligar o celular, percebeu que havia perdido a hora. Sua breve insônia acabou o fazendo se atrasar.

    Se arrumando correndo, deixou a mala já lá embaixo, lavou o rosto, tomou banho e se preparou. Hoje seria um longo dia ou talvez não, sabe-se lá quanto tempo demoraria até chegarem, ainda sonolento, provavelmente dormiria no carro caso demorasse.

    Ao sair, percebeu que Claire iria tocar a campainha na hora, mas ter aparecido a impediu a tempo.

    — Aí está você! Vamos logo!

    — Foi mal, acabei tendo insônia… Ansioso pela missão, não consegui dormir direito…

    — Depois, se dorme no carro bobão.

    Depois de colocar sua mala no porta-malas, o jovem foi agraciado com uma visão que renovou suas energias. A vã que iriam viajar tinha 8 lugares, os três no banco de trás não precisavam ficar amontoados um em cima do outro.

    Diferentemente da primeira vez, Cassiano era quem estava dirigindo e Katherine do lado do passageiro.

    Atrás dos dois, estava Claire sentada do lado esquerdo e Liam do lado direito e, por fim, nos bancos atrás de ambos, estava Leonard.

    — Uma dúvida… Para onde estamos indo? — Perguntou Liam enquanto olhava para o reflexo de Cassiano no retrovisor interno.

    — Nossa missão será no antigo vilarejo chamado Eden Hollow.

    — Eden Hollow? Não reconheço esse nome… — Comentou Claire.

    “De fato, nunca ouvi falar sobre esse vilarejo também… Embora até cidades eu nunca tenha ouvido falar de algumas.”

    Leonard encostou a cabeça na lateral do carro, enquanto ficava cada vez com mais sono.

    — É um vilarejo que fica na província de Colúmbia Britânica, a umas oito horas daqui. Então, quem quiser dormir, durma.

    — Entendido. — Leonard respondeu e deitou no banco e simplesmente caiu no sono novamente.

    Leonard sentia que, durante essas longas horas de sono, seriam extremamente importantes. Embora não soubesse o motivo ao certo, escutava um chamado que o próprio não conseguiria compreender.

    …  

    Ao longe. 

    Mais longe do que os limites da razão poderiam conceber, numa vastidão além dos sonhos. 

    Ali, numa distância que desafiava a própria existência do espaço, erguia-se uma porta em meio a um corredor vasto e perdido pelo tempo.

    Uma porta antiga, anterior a tudo que a mente de Leonard julgava existir — um enigma esculpido no âmago do insondável destino. 

    Era uma estrutura de madeira envelhecida, abstrusa, irradiando um chamado silencioso, como se os segredos dos cosmos convergissem em seus limiares.

    A cada passo na direção da porta, Leonard sentia o tempo dobrar-se em torno de si, como se caminhasse nos ecos de eras extintas. O chão e as paredes daquele corredor pareciam feitos de memórias, enquanto o ar pulsava em murmúrios velados. 

    Gritos. Sussurros. Fragmentos de uma agonia distante. Era tudo o que escutava naquele corredor que já se perdeu no tempo.

    Ele não sabia o que lhe aguardava além daquela porta, mas os espasmos seguidos de uma energia branca que vazavam entre as brechas da porta brilhavam com um esplendor tão impossível quanto inquietante, lhe dava uma sensação inexplicável. O brilho oscilava entre o sublime e o horrendo, como uma pintura viva que mudava à medida que se observava.

    O espaço ao redor parecia diluir-se, contorcendo-se em formas que não pertencem à geometria do mundo. Era como se a própria realidade o empurrasse, sutil e inexplorável, na direção daquela madeira que transpirava mistérios.

    E então ele descobriu: aquilo que via não era uma coisa, nem um lugar. Não era seu corpo, nem algum momento de seu futuro. Aquilo era um prelúdio para algo maior. 

    Aquilo era algo que a mente humana nunca deveria contemplar, mas que, naquele instante, estendia suas raízes oníricas para alcançá-lo.

    Quando acordou, Leonard percebia que muitas horas haviam passado, mas não eram apenas horas que passavam.

    “O que foi isso?”

    Sentia-se confuso e com um nó na garganta. Não se lembrava da visão que teve, mas se recordava de uma enorme porta.

    O mundo inteiro em movimento dentro da vã trazia-lhe uma sensação desconcertante de vertigem, o mundo novamente estava girando em suas incontroláveis espirais.

    “Isso?”

    Lembrava-o duma sensação que passou meses atrás, semelhante a ela, se sentiu confuso com o próprio espaço, parecia-se contorcer pelo infinito.

    “Esgotamento de energia da alma?”

    Foi a ideia que passou pela sua cabeça, mas dessa vez parecia diferente. Não era comum que se esgotasse e, diferentemente da outra vez, tudo ocorreu por uma única visão.

    Era singular, aquela mesma visão havia lhe atraído e não o contrário.

    Talvez não veja ela no futuro, mas ainda sim.

    A estranha porta o atraiu e continuava a atraí-lo após a visão que teve.

    Leonard tocando em seu olho esquerdo agora fechado, parecia retomar aquilo que considerava como normal no mundo.

    Vendo mais adiante, percebeu que Liam, Claire e Katherine estavam dormindo, enquanto Cassiano sozinho dirigia e, este último, havia percebido que o mesmo havia acordado.

    — Uh… Senhor Cassiano?

    — Sim? — O homem desviava o olhar pelo retrovisor interno para ele.

    — Você pode me contar um pouco mais da missão agora?

    Ponderando-se por alguns instantes, a muralha se manteve quieto, puxando, provavelmente de sua memória, as informações a que deveria se ater.

    Nesse curto período, Leonard havia retirado a mão de sua pálpebra e agora estava olhando com os dois olhos ainda naquela confusão lancinante.

    — Eden Hollow é um vilarejo esquecido pelos outros, mas já foi palco de uma antiga investigação há dois anos. — Sua voz parecia mais pesada agora. — Naquela época, eu, Dante, Kassandra, Rose, Katherine e Damian fomos até a vila após um chamado.

    “Ele parece ter se lembrado de algo que o entristecia?”

    — Naquela época, havia boatos do Wendigo, um tipo de espírito que se alimenta dos sonhos e pesadelos das pessoas. Ficamos durante quatro dias lá e nenhum sinal encontramos, após isso, voltamos embora.

    “Por que isso o faria sentir enfurecido ou triste?”

    — Não conseguimos encontrar a raiz daquele problema e, como nossa sede era em outro país, gastamos muito tempo e perdemos reputação. Faz pouco tempo que conseguimos nos livrar da má fama que aconteceu por atos passados.

    — Mas sobre o que é o chamado dessa vez? Ou como chegou até nós… — perguntou em meio às dúvidas.

    Um breve silêncio se instaurou novamente, mas, diferentemente do anterior, não veio com uma voz ainda mais profunda, mantinha seu tom sério e não perdia a compostura.

    — Novamente chegou um chamado sobre o Wendigo, mas dessa vez, não acreditamos que seja falso. Existe alguma energia rodeando aquela floresta, muitos sensitivos sentem que há algo se escondendo dentro daquela mesma floresta, mas por conta da última missão fracassada nossa, nenhuma outra organização quis tomar conta, temendo estarem apenas perdendo recurso e tempo indo até lá.

    “Entendi… A minha primeira missão se trata de algo que falhou no passado… É difícil aceitar que as coisas sejam tão fáceis assim, mas não há nada que eu consiga mudar.”

    Talvez. Essa seja mais uma das inúmeras reviravoltas do destino, a todo momento pregando suas peças e apenas ele sabe, o que nos aguardará na vila perdida.

    Sejam bem-vindos a Eden Hollow, o vilarejo dos ecos da ruína.


    Acharam que eu esqueceria novamente? Aí vai uma ficha complementar!

    Nome: Zephyrus, o Arco da Nevasca

    Descrição: Um espírito… Fragmentado… Por… Algo… Seu antigo dono… Relíquia selada…

    Habilidades: Controle Glascinata? , ? , ? , …

    Não esperavam por algo assim, não é?

    Boa noite! Nos vemos novamente na quinta, desejo-lhes um feliz ano novo e que em 2025 teremos uma longa história pela frente e teremos finalmente a nossa primeira missão, irônico, não é? A missão começar no último dia do ano.

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