Capítulo 38 - O Grito da Arena
As portas do elevador se abriram com um chiado mecânico. Ryuji Arata e Renji Asakura deram os primeiros passos num salão imenso, iluminado por dezenas de holofotes suspensos. Era como pisar no centro de um coliseu futurista. Centenas de lutadores se espalhavam por ali, cada um carregando no olhar a mesma coisa: sede de combate.
O ar era denso, carregado de Sen. Cada respiração parecia puxar energia viva.
— “Deve ter vários lutadores fortes aqui, né, Renji?” — comentou Ryuji, os olhos correndo pelo cenário.
— “Com certeza. E todos querendo arrancar a nossa cabeça,” — respondeu Renji com um sorriso leve, mas olhos alertas.
Antes que qualquer outro som surgisse, as luzes diminuíram. Telões gigantes nas paredes laterais se acenderam. A figura imponente de Daizen Takatora apareceu — com sua tradicional postura ereta, coque samurai preso na nuca e um olhar tão afiado quanto uma lâmina.
Atrás dele, várias telas com mapas de combate e fichas de lutadores pulsavam com dados em tempo real.
— “Olá, jovens lutadores cheios de talento…” — começou ele, a voz ressoando por todo o espaço como um trovão contido.
— “Se vocês chegaram até aqui, há um motivo. Vocês sobreviveram à primeira seleção. Mas a próxima fase… exige mais do que força.”
O silêncio era absoluto.
— “A porta à frente de vocês leva para o Próximo Setor do Fighters World. Mas… só trios podem passar.”
— “Formem times de três. Escolham com sabedoria. Aqueles que não formarem trio… vão esperar mais.”
A porta se abriu com um som grave. Um brilho branco escapou dela, convidando — e ameaçando.
Ryuji e Renji se olharam. Um aceno foi o suficiente.
— “Acho que a gente já sabe que tá junto, né?” — disse Renji.
— “Sem dúvidas,” — respondeu Ryuji.
Foi então que duas figuras conhecidas surgiram no meio da multidão: Saka Senrou e Naki Senrou, irmãos.
Naki veio andando com um leve sorriso no rosto, mãos nos bolsos da calça preta, cabelo desarrumado como sempre.
— “Ryuji…” — disse ele, parando em frente. — “Eu quero muito você no meu time.”
— “Mas Naki… são quatro pessoas aqui. E eu não vou abandonar o Renji,” — retrucou Ryuji, sem hesitar.
Naki ergueu uma sobrancelha.
— “Hmm… então eu vou pro time de vocês.”
Silêncio.
Saka olhou para ele, atônito.
— “O quê?! Mas, Naki… e eu?”
Naki apenas deu de ombros.
— “Você é forte, Saka. Vai conseguir achar outro time bom logo. Te conheço.”
— “Mas… eu sou seu irmão.”
Naki virou de costas.
— “Adeus, Saka.”
Saka ficou parado, como se o chão tivesse sumido sob os pés. Seus olhos começaram a tremer, a raiva misturada com o abandono.
Os dedos se fecharam em punhos trêmulos.
Ele gritou:
— “RYUJI!!! EU VOU TE DESTRUIR!!! Eu juro que vou mostrar pra todos que quem merecia estar com o Naki… era EU!”
Ryuji nem piscou.
Renji apenas cruzou os braços.
Naki não respondeu.
A porta para o Setor seguinte se fecha atrás de Ryuji, Renji e Naki — selando um novo começo… e uma nova rivalidade marcada a sangue.
Atravessando a porta branca e luminosa, Ryuji, Renji e Naki foram recebidos por um ambiente totalmente diferente do anterior. Um corredor largo, com chão metálico e painéis laterais pulsando em neon, levava até uma plataforma elevada onde outros trios já esperavam.
Ali estavam os monstros.
Lutadores de expressão fria.
Olhos treinados, posturas rígidas.
Cada um com o braço direito brilhando com os números atualizados de suas posições no ranking.
Ryuji parou quando reconheceu os três que estavam na frente de todos.
San Ryoshi. Sander Shimo. Karaku Sabito.
O Top 1, o Top 2 e o novo Top 3 do Fighters World.
— “Aquela é a elite…” — murmurou Renji, os olhos fixos em San Ryoshi.
— “Top 1, 2 e 3… a nata do Fighters World,” — completou Naki, tirando as mãos do bolso pela primeira vez.
Como se fosse ativado por presença, um holograma surgiu nos braços dos três do Time 15. Cada um olhou o seu.
Ryuji Arata: Top 6.
Naki Senrou: Top 7.
Renji Asakura: Top 9.
Ryuji arregalou os olhos, quase sem acreditar.
— “Caralho… Top 6…” — murmurou Naki, olhando pro número no braço de Ryuji com um sorriso torto.
— “A gente subiu tudo isso só com a primeira fase?” — perguntou Renji, impressionado.
— “Acho que a galera começou a olhar pra gente diferente,” — disse Ryuji, respirando fundo.
Luzes se apagaram subitamente.
Um telão desceu do teto com uma mensagem em letras brancas vibrantes:
“Escolham um trio para desafiar em um combate.”
“O trio desafiado tem o direito de aceitar… ou recusar.”
Os olhos de Ryuji acenderam como fogo.
Sem hesitar, ele deu um passo à frente.
Andou em linha reta, cruzando o salão, até parar a dois metros de distância de San Ryoshi, que o encarava com os olhos de um predador ancestral.
— “San…” — disse Ryuji, com a voz firme. — “Quero lutar contra você. Agora.”
Silêncio total.
San girou levemente o pescoço, como se aquecesse.
O olhar era gélido.
Sander Shimo ficou apenas observando, com as mãos cruzadas nas costas.
Karaku Sabito lambeu os lábios com desdém.
San então respondeu com uma voz tranquila, mas afiada:
— “Só vou aceitar porque… quero destruir a tua felicidade, Arata.”
As luzes mudaram para vermelho e branco.
Uma nova tela se abriu:
“Combate Oficial Marcado.”
🟥 Time Vermelho: San Ryoshi, Sander Shimo e Karaku Sabito
⬜ Time Branco: Ryuji Arata, Naki Senrou e Renji Asakura
⏳ Início em 12 Horas
O chão brilhou com setas indicando os dormitórios e as salas de treino.
— “É isso então,” — disse Ryuji, olhando pros dois ao lado.
— “Vamos pro nosso espaço,” — completou Naki, voltando a relaxar.
Enquanto o Time Branco se afastava, San Ryoshi murmurou baixo, apenas para Sander e Karaku ouvirem:
— “Vamos quebrar o coração dele… antes de quebrar os ossos.”
Dois trios caminhando em direções opostas.
Dois caminhos. Um destino.
12 horas até o combate mais esperado da nova geração.
9 horas até o combate.
As instalações do Fighters World pareciam mais vivas do que nunca — uma mistura de centro militar, templo espiritual e arena de gladiadores. Cada lutador tinha seu próprio ritmo.
Ryuji Arata estava numa sala circular, com espelhos translúcidos e sensores por todos os lados.
À sua frente, os mesmos robôs da primeira fase.
Mas agora eles vinham em dupla.
Tripla.
Com diferentes combinações, mudanças de tempo.
Ele ativava sua Meta Visão, os olhos cintilando num tom azul escuro.
Cada movimento era lido, cada erro antecipado.
Ele desviava, contra-atacava, girava no ar com fluidez de um veterano.
Como se estivesse dançando com a morte.
Câmeras acompanhavam. Técnicos, em silêncio, tomavam nota.
Do outro lado, Renji Asakura estava deitado num sofá largo em uma sala de projeção.
Telões enormes transmitiam lutas históricas — combates entre monstros lendários do Senai.
Ele assistia com olhos famintos.
O corpo relaxado, mas o cérebro fervendo.
Cada chute, cada sequência, cada expressão corporal…
Ele murmurava nomes, copiava padrões.
Sorria quando via algo cruel.
— “Isso aqui é ouro…”
Naki Senrou, por outro lado, estava no modo oposto.
Sentado em uma poltrona macia, fones nos ouvidos, jogando no celular.
Algum jogo de clicker bobo e colorido.
Ganhava pontos. Matava tempo.
E sorria como uma criança.
Mas seus olhos… não piscavam.
Mais tarde.
Ryuji saiu da sala, coberto de suor e com os punhos latejando.
Encontrou Naki no corredor, encostado em uma parede, jogando ainda.
— “Você realmente vai entrar nessa luta sem treinar?” — perguntou Ryuji.
Naki fechou o jogo.
— “Não preciso treinar o que eu já entendo.”
— “Hã?”
— “Senai. Luta. Força. Ritmo. Eu não preciso decorar isso, eu vivo isso.”
Começaram a andar, lado a lado.
Corredores imensos com portas brancas se estendiam à frente, e outros lutadores cruzavam por eles em silêncio.
— “Por que você luta, Naki?” — perguntou Ryuji.
— “Por quê?” — ele repetiu, olhando para o teto. — “Eu nem queria isso. Na real, eu só entrei de vez no Senai depois de te ver lutar… e me humilhar.”
Ryuji arqueou a sobrancelha.
— “Sério?”
— Sim
Ele sorriu.
— “Eu percebi que lutar me divertia. Não só ganhar. Mas ver até onde eu posso ir.”
Ryuji assentiu, pensativo.
— “Pra mim… Senai é o topo. É onde tudo se resolve. É onde ninguém mente. Onde você é quem você realmente é.”
Um silêncio confortável caiu entre os dois.
Até que…
Do nada, um corpo tromba com Ryuji.
Foi leve.
Mas o impacto…
Fez os olhos de Ryuji dilatarem.
Era como trombar com uma parede viva.
Mas… aquilo não era músculo.
Era presença.
— “Ah! Desculpa, cara!” — disse um rapaz alto, cabelo prateado e bagunçado e um sorrisinho tímido no rosto.
Seus olhos eram prateados com um tom de roxo.
Havia uma leveza nele, mas algo… oculto.
No braço, uma marca brilhava:
Top 12 – Mitsuya Drako.
— “Você é… o número 12?” — disse Ryuji, ainda processando.
— “Isso mesmo. Mas não se engane pelo número… eu sou fraco,” — respondeu ele, rindo.
Mentira. Pura.
Ao lado dele, se aproximaram dois outros lutadores.
Um deles era enorme, quase da altura de Genjiro, cabelo azulraspado dos lados e uma expressão estoica.
Hakkai Aiku – Top 29.
O outro…
Tinha um olhar vazio.
Sobrancelhas finas. Cabelos magenta caindo sobre os olhos.
Kurona Youji – Top 5.
Assim que Kurona passou, o chão pareceu congelar por um instante.
— “Esses três são… assustadores,” — murmurou Naki.
— “Ele é o Top 5,” — completou Ryuji, observando Kurona.
Mitsuya virou e sorriu.
— “Boa sorte na próxima luta. Vocês são bons. Eu assisti aquela sequência contra os robôs… foi insana.”
— “Valeu…”
Os três então se viraram e sumiram na multidão de lutadores.
Assim que a sombra deles desapareceu, Naki soltou:
— “Mano… se a gente tiver que lutar contra esses caras… ferrou.”
Ryuji fechou o punho.
— “A força do Mitsuya não tem nada a ver com um Top 12. E aquele tal Kurona… me arrepiei só de olhar pra ele.”
Silêncio.
Só o som de passos e ecos metálicos pelas instalações.
— “Esse lugar não tem lutadores fracos. E a próxima luta… é contra os mais fortes.”
Os corredores do Fighters World ficavam mais largos conforme se aproximavam do centro do complexo. Iluminados por luzes tênues, as paredes espelhadas refletiam o rosto dos lutadores, como se o próprio prédio estivesse observando cada passo.
Ryuji e Naki seguiam lado a lado. O silêncio entre eles não era desconfortável — era tático. Eles já tinham visto o suficiente naquele dia.
De repente, ao dobrar um dos corredores, Ryuji parou.
À frente, Kaede Shizuma encostado numa parede, braços cruzados, ao lado de dois lutadores.
Um deles era alto, sério, vestindo uma roupa preta com uma fenda no peito que deixava visível a marca:
Top 10 – Yukimito Kyasu.
Seu cabelo branco estava amarrado num coque e sua aura parecia… adormecida. Mas presente. Como um vulcão.
Ao lado, uma garota de postura firme, cabelos curtos tingidos de roxo e olhos de uma frieza cirúrgica.
Ayami Tsukari – Top 30.
Kaede olhou para Ryuji e Naki, e deu um leve sorriso.
— “Olha só quem apareceu.”
— “Kaede.” — respondeu Ryuji, se aproximando.
Naki acenou com a cabeça.
— “Vocês vão lutar amanhã?” — perguntou Kaede.
— “Hoje. Em algumas horas.” — respondeu Ryuji.
Kaede arqueou a sobrancelha.
— “Contra quem?”
— “San Ryoshi, Sander Shimo e Karaku Sabito.”
O olhar de Kaede ficou sério de imediato.
— “Vocês pegaram os três monstros direto na estreia…”
— “E vocês?” — perguntou Naki.
Kaede fez um gesto com o queixo, indicando os dois parceiros.
— “Vamos encarar o trio do Kurona, Mitsuya e Hakkai.”
Silêncio.
A tensão entre os dois trios parecia materializar uma terceira presença no corredor. Como se a parede invisível que separava os lutadores experientes dos em ascensão estivesse ruindo — e todos eles fossem agora parte de uma nova guerra.
— “Boa sorte.” — disse Ryuji.
Kaede respondeu com um olhar firme.
— “A gente vai precisar.”
Eles seguiram por caminhos opostos, sem virar para trás.
Instalação do Time Branco.
Poucas horas antes do combate, Ryuji, Renji e Naki estavam sentados num sofá largo. Diante deles, um painel holográfico projetava as imagens dos três rivais:
San Ryoshi – Top 1.
Sander Shimo – Top 2.
Karaku Sabito – Top 3.
— “Não tem como ser equilibrado… alguém vai ter que aguentar um inferno,” — disse Renji, com um sorriso que desafiava a sanidade.
— “Não tem conversa. Eu vou contra o San.” — disse Ryuji, os olhos em brasa.
— “Eu encaro o Sander então,” — disse Naki, cruzando os braços.
— “E me deixa o Karaku,” — completou Renji, girando o pescoço até estalar.
O painel apagou. O silêncio caiu por segundos.
Então, uma campainha soou.
A porta do alojamento se abriu devagar, revelando uma silhueta imponente. Os três se levantaram no reflexo, como se um raio tivesse atravessado o chão.
Era Daizen Takatora.
Pessoalmente.
Seu kimono escuro ondulava levemente, como se até o ar tivesse medo dele. A barba aparada. O olhar cortante. Uma presença que esmagava o ambiente.
Ele entrou sem pedir licença.
— “Vocês vão enfrentar um dos maiores desafios que essa geração viu.”
Ninguém ousou falar.
— “Então é justo que saibam exatamente o que estão enfrentando.”
Daizen parou em frente a eles e começou a andar lentamente, como um general que inspeciona seus soldados.
— “O Senzoku Adaptado não é como os rounds normais do Senai. É luta pura. Técnica, instinto e espírito. Sem distrações. Sem cenários loucos.”
Ele ergue a mão, e uma projeção apareceu na parede, exibindo os parâmetros.
— “Cada combate será dividido em rounds. Entre 5 e 12. Aqui, serão no máximo 9. Cada round com 6 minutos de duração.”
— “Vence o time que conquistar 5 rounds primeiro.”
— “Para vencer um round, é simples: eliminem todos os oponentes (3×0), ou tenham mais membros vivos ao final.”
— “Empatou? Vai pra morte súbita. Um erro. Um impacto. E fim.”
Ryuji cerrou os punhos. O ar parecia mais denso.
Daizen continuou:
— “A eliminação ocorre se:
- O lutador for nocauteado,
- Ficar incapaz por 10 segundos,
- Ou sofrer dano crítico simulado — como perda de membros ou lesão fatal. Não se preocupem. O sistema de Senzoku evita mortes reais.”
Ele fez uma pausa.
— “Diferente do que vocês viram na fase anterior, não há arenas mutáveis aqui.
É apenas um campo simples de combate. Cru. Real.
Vocês vão ter que ser os monstros, não os sobreviventes.”
Ele encarou os três, um a um.
— “Vocês pediram esse combate. Então provem que merecem ele.”
Sem dizer mais nada, Daizen deu as costas e saiu, deixando a sala mergulhada num silêncio quase sagrado.
Por um momento, ninguém disse nada.
Até que Renji sorriu.
— “É isso. Luta simples. Três contra três. Coração no punho.”
Naki respirou fundo, o celular desligado pela primeira vez em horas.
Ryuji, os olhos fechados por um segundo, falou:
— “San Ryoshi… eu vou te fazer lembrar o meu nome.”
E os três se levantaram.
O uniforme branco os esperava no cabide.
O destino, atrás da porta.
O vestiário branco parecia uma cápsula atemporal, suspensa entre o mundo real e a batalha iminente. As paredes brilhavam sob a iluminação fria, refletindo o semblante sério dos três integrantes do Time Branco: Ryuji, Naki e Renji. Cada um com o olhar fixo no próprio reflexo, mas a mente já conectada à arena que os aguardava.
O peso das palavras de Daizen ainda ressoava em suas cabeças. O Senzoku ali não era brincadeira: rounds curtos, pressão máxima, e o inimigo ali, a poucos metros, respirando o mesmo ar.
Ryuji ajeitou a faixa do uniforme branco, sentindo o tecido firme, como um manto de responsabilidade. Ele encarou os olhos no espelho — olhos que já viram luta, dor, superação, e que agora tinham uma chama renovada.
— “Esse é o momento, não tem mais volta,” murmurou, o tom tão baixo que só ele ouviu.
Naki, sempre relaxado, deixou o celular de lado, cruzou os braços e olhou para os parceiros.
— “Vocês sentem isso? É adrenalina pura. E eu não tô aqui só pra jogar.”
Renji, o mais impulsivo, fechou os olhos por um instante, lembrando da sensação do monstro interior despertando. Quando abriu, um sorriso largo se formou no rosto.
— “Vamos amassar eles. Do nosso jeito. Sem medo.”
O silêncio caiu por alguns segundos. Era um silêncio carregado de respeito e pacto. Ali não havia só três lutadores, havia uma unidade que já tinha passado por fogo e agora ia encarar uma tempestade maior.
Seis horas se passaram numa mistura de meditação, aquecimento, e preparação mental. O tempo parecia dilatar e comprimir simultaneamente. Quando finalmente chegou o momento, os três se levantaram e caminharam até o armário onde os uniformes brancos brilhavam, impecáveis.
Cada um vestiu sua armadura branca como uma segunda pele — um símbolo não só de pertencimento, mas de promessa.
O ar fora do vestiário estava diferente: uma energia palpável. A multidão nas arquibancadas era um mar de rostos atentos, sussurros e flashes.
A porta pesada da arena se abriu com um rangido que parecia ecoar no peito de cada um.
Lentamente, Ryuji, Naki e Renji pisaram no campo de batalha.
De frente, o trio vermelho esperava. San Ryoshi estava ali, imponente, o líder que impunha respeito com um olhar frio. Ao seu lado, Sander Shimo e Karaku Sabito — os dois melhores da liga, figuras lendárias em seus próprios direitos.
Nenhuma palavra foi dita. Apenas o silêncio esmagador que precede a tempestade.
Os olhares se cruzaram.
Era mais que desafio, era um grito silencioso: “Eu vou destruir você.”
O relógio digital acima da arena começou a marcar: 0:15:00.
Todos os olhos se fixaram na linha de partida.
Ryuji respirou fundo, sentindo o sangue pulsar rápido, cada batida uma afirmação de que estava vivo para aquele momento.
Naki ajustou a postura, pronto para o caos.
Renji cerrou os punhos, sentindo o Sen crescer em seu peito.
O juiz levantou a mão, pronto para dar o sinal.
A batalha mais aguardada daquele ciclo estava prestes a explodir.
O Round 1 ia começar.
E nenhum deles tinha intenção de recuar.

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