Olá, Leitores. Como estão?
Gostaria, primeiramente, de agradecer por estarem lendo minha história. Fico lisonjeado pela quantidade de views que minha novel tem recebido.
Como já devem ter percebido, tenho postado poucos capítulos esses meses. Estou prestes a terminar meu segundo TCC (sim, eu escrevi dois) para entregar no final do meu curso de psicologia, e também estou estudando para as provas de fim de período. Além disso, eu também terei exame de karatê no final do ano, além de eu trabalhar.
Por isso, nessa parte do ano, tenho pouco tempo para escrever aqui, mas faço o possível pra, pelo menos, lhes entregar dois capítulos.
Sendo assim, peço desculpas pela falta de constância. Mas logo terei mais tempo livre. Então, peço paciência.
Agradeço pela atenção e boa leitura.
Capítulo 43 - Fragmentos do passado: dia fatídico (parte 1)
Planeta Avalice | Noite
Um ano atrás
“Brevon é o inimigo mais poderoso que já enfrentamos. Centenas de mundos destruídos, milhares de heróis mortos ou corrompidos, enormes quantidades de energia de armas roubadas… e isso é só a ponta do iceberg.”
Essas foram as palavras de Torque, comandante dos Cruzadores Espectrais, equipe de defesa e contenção presentes na galáxia.
Isso enunciou a “quase tragédia” de Avalice.
Céus de Shuigang – Dia fatídico
Espaçonave Dreadnought
Sobre o continente de Shuigang, em um dos momentos mais trágicos e revoltantes que aconteceu em sua vida, podíamos ver Lilac correr a toda velocidade no interior de uma imensa fortaleza voadora.

O bombardeiro, que se chamava Dreadnought, era uma máquina de destruição e a principal aeronave do senhor da guerra chamado Brevon.
De origem desconhecida, ele veio do espaço após várias atrocidades através do cosmo.
Seu propósito: se apossar da Jóia do Reino e usá-la como fonte de energia de sua nave, para voltar a sua vida de conquistas e assassinatos.
Entretanto, ao seu encalço estava uma dragão púrpura cheia de fúria, em sua forma total e imparável.
A velocidade que ela impôs pelo corredor tecnológico, com vários cabos e monitores à mostra pelas paredes, parecia a de um feixe roxo de energia, quase um meteoro, tamanho seu poder destrutivo.
Nenhum tipo de barreira ou porta, por mais reforçadas que fossem, não foram capazes de diminuir o impeto de Lilac, muito menos a impedi-la de caçar o antagonista maldito.
Depois de tanto correr e romper as defesas da cúpula da Dreadnought, enfim ela chegou até a sala principal: um imenso pavilhão, com um espaço absurdo, onde, ao centro, havia um tipo de trono, tornado por fios e andaimes, quase no improviso.
Lá estava Brevon, imponente, observando a dragão se aproximar.
Sua voz grave, tal qual sob efeito de um modulador, foi ouvida.
— Chegou muito longe, jovem tola.
— E você foi longe demais, desgraçado! — Lilac cerrou seus punhos. Ela estava explodindo de fúria. — Eu nunca perdoarei você!
— Não tenho necessidade de perdão, principalmente de alguém que coloca meu planeta natal em risco por causa de uma bateria grande demais.
A dragão estava a postos, não tirando seus olhos do senhor da guerra.
Em sua mente, Lilac só tinha um pensamento, o que a moveu mais rápido que se costume: eram lembranças recentes, de minutos atrás, onde viu Milla ser transformada por Brevon em um monstro mutante e a atacando ferozmente.
Lilac precisou lutar… e pôr um fim no sofrimento de sua amiga.
Adiante, lágrimas não escorreram dos lindos olhos roxos da jovem, mas a tristeza do luto permanecia, sem perder a força.
E foi isso que Brevon notou, dizendo com um tom sério.
— Ofereço-lhe uma oferta final: saia. Agora.
Lilac não esboçou emoção alguma, nem mesmo reações, só aguardando a constatação do insetóide, que veio logo em seguida.
— Pois bem… Abrace seu destino e pereça, criança idiota! — disse, saltando para cima.
— Pode vir! Você vai se arrepender pelo o que fez!
Essa última fala antecedeu o senhor da guerra chamar uma imensa máquina: Absolution.
É uma nave estelar que se assemelha a uma criatura parecida com um sapo, já que seu trem de pouso funciona como pernas.
Ela é equipada com asas parecidas com as de um inseto para voar e um único canhão sob a proa para combate.
Mesmo com a ameaça gigantesca como oponente, Lilac estava compenetrada demais em deter Brevon que mesmo o tamanho não foi o suficiente para servir como intimidação.
Quatro tiros lasers foram disparados em sequência, facilmente desviados pela dragão, que foi para cima com tudo.
Seus chutes e socos estavam mais poderosos, causando danos consideráveis a uma parte frágil da lataria, logo abaixo do cockpit da máquina.
Ele tentou outro ataque: tomou altura e distância e mergulhou a uma velocidade impressionante, visando destruir Lilac.
Ledo engano: a jovem era muito mais veloz, dado o seu estado de espírito, reforçado pelo seu senso de justiça.
Pelo o que houve a Milla, nada faria Lilac recuar e muito menos acusar fraquezas. Longe disso: ela tomou mais poder, emanando uma aura lilás, que envolvia todo seu corpo.
Com os golpes potencializados pelo acréscimo de poder, a couraça metálica da aeronave pessoal de Brevon sofreu avarias maiores, já deixando à mostra faíscas e parte de sua fuselagem.
Esse era o sinal de que o senhor da guerra encontrou alguém determinado a adiar seus planos.
— Acha mesmo que pode com minha arma?
— Espere e verá, seu maldito!
A Absolution executou um salto para cima, rápido o suficiente para pegar Lilac desprevenida: ele caiu sobre a dragão, lhe causando ferimentos.
O peso da mega nave parecia ter dado um fim à luta desigual, mas era só uma impressão inicial: munida com todo seu Nirvana, Lilac submergiu rompendo a lataria da nave, a vazando de baixo para cima.
Esse movimento fez com que uma reação em cadeia ocorresse, por consequência de Lilac ter atingido o núcleo da ameaça, a fazendo explodir.
Lilac ficou de pé, à frente dos destroços, mas já deixando claro que estava ciente de tudo.
— Eu sei que você está aí, desgraçado! Vai, aparece!
Sem muitas cerimônias, um robô surgiu do meio da lataria destruída da nave: Power Suit de Brevon.
Era um grande mecha com cerca de 1/3 do tamanho do Absolution, de cores laranja, cinza e verde claro. Ele é equipado com canhões de braço duplo, propulsores, um booster pack e um gerador.
— Onde nós estávamos, dragão? Ah, sim: eu irei esmagá-la completamente!
— Pode vir, palhaço!
Mais uma vez, a luta retornou, com mais ímpeto por parte de Lilac.
Entretanto, o robô tinha mais vantagens que a Absolution no que diz respeito à luta: por ser menor, era mais ágil e continha muitos recursos de longa distância, a maior desvantagem da dragão.
Todavia, bem mesmo os tiros lasers disparados foram um grande desafio para a jovem: ao desviar categoricamente com vários rodopios ao ar, Lilac aproveitou esse novamente e executou seu:
— Ciclone! — um rodopio, ainda mais forte, foi aplicado, com a dragão usando seus cabelos como se fossem afiadíssimas lâminas.
O seu feito foi realizado com muita fúria, reflexo de sua alma ferida e sua ira pelo o que Brevon fez a Milla.
O robô foi jogado para trás, deixando Brevon incrédulo.
— Como pode? Um único movimento dessa fedelha foi o suficiente para avariar meu robô?! Impossível!
Como última alternativa, já que Lilac estava muito próxima, Brevon ativou o gerador que ficava nas costas de seu traje: logo uma soma absurda de energia foi concentrada, deixando evidente que algo terrível fosse ocorrer.
— Que tal uma chuva de bolas de energia, sua dragão idiota? Tome isso! — Brevon gargalhou alto, como um megalomaníaco.
Centenas de bolas de energia foram jogadas contra Lilac, um ataque terrível e devastador de Brevon.
Por mais que a dragão tivesse velocidade, a gama energética era demais para ela, que foi atingida por algumas delas, a fazendo ir ao chão, bastante ferida.
De pé, o robô contemplava a investida bem sucedida. Brevon estava na vantagem dessa vez.
— E então… Está pronta para a próxima?
Raivosa, Lilac se levantou, ignorando suas feridas. Embora o desgaste estivesse em seu rosto, seu vigor ainda se manteve inalterado.
— Enquanto eu estiver respirando, você nunca triunfará, desgraçado!
— Haha! Heróis me disseram isso e todos ganharam lápides. Você sequer terá uma, hahaha!
Enquanto Brevon gargalhava, reluzente ao ver sua algoz no chão, foi surpreendido a uma velocidade supersônica, pois Lilac surgiu a sua frente dizendo:
— Impulso do Dragão! — ela gritou, com bastante força em sua voz.
Só foi o tempo do lorde maldito, surpreso com a ofensiva de Lilac, observar o movimento arrojado da dragão.
O ataque, cheio de força e alimentado pela fúria da jovem, foi tão devastador que causou danos severos ao robô, pegando de surpresa Brevon.
O colosso metálico foi jogado para trás, já com sinais de ineficiência, impactado pelo monstruoso ataque.
— Grr… Tola insolente! Você é um pequeno pedaço de fracasso somado a uma crença patética de vitória! Acha mesmo que… — suas palavras foram interrompidas de um segundo para outro.
Lilac o calou, aplicando um Impulso do Dragão ainda mais potente, varando por entre a lataria do robô. Ela saiu pelo outro lado, abrindo um grande buraco no meio.
Por consequência, e trazendo mais dramaticidade ao ocorrido, faíscas surgiram mais uma vez, assim como pequenas erupções de energia, do interior do metálico.
Isso era como um ritual inevitável: o Power Suit de Brevon começou a explodir, de dentro para fora, ocasionando sua destruição.
Sua lataria deteriorada e chamuscada foram pelos ares, juntando ao centro o pouco que restou de suas engrenagens e reatores.
Lilac estava à frente do amontoado.
E não parecia satisfeita.
— Suas máquinas não vão te salvar da dragão que você acordou! — não só sua bravura estava exposta, como sua coragem tomou proporções ainda maiores. Por isso ela gritou com fúria em seguida. — Eu vou destruir tudo que você jogar contra mim!
Seu brado, ainda transbordando de fúria, foi ouvido outra vez, com ainda mais fervor.
— EU VOU FAZÊ-LO PAGAR PELO QUE FEZ!
Assim que terminou, Lilac viu o robô ser despedaçado por Brevon, que surgiu de seu interior repelindo cada resto metálico de sua máquina de guerra.
Desta vez, face a face com a dragão, ele tomou sua espada amaldiçoada em mãos e se limitou a dizer:
— Gostaria de ver você tentar.
Sem perder tempo, Brevon levantou sua espada e soltou três redomas explosivas na direção da garota, que se esquivou com facilidade. Não só isso: ao explodirem, soltaram ondas energéticas poderosas contra Lilac que, como esperado, desviou rapidamente.
Entretanto, o senhor da guerra usou dessa artimanha como um engodo, vindo a toda velocidade para golpeá-la com sua espada.
— No fim, você encontrará sua morte pelas minhas mãos. Esteja honrada!
Por questões de milímetros, Lilac desviou do ataque fatal, saltando para um dos lados. A frustração de Brevon foi vista, mas nada que o abalasse mais do que isso.
— Você não tem honra. Na verdade, tudo o que você tem é sangue e mortes nas suas mãos! Nada de bom existe em você!
Foi esse o intervalo que Lilac aproveitou para acertar um violento chute no rosto. O golpe era muito mais forte do que ela costumava executar mas, mesmo assim, Brevon o defendeu.
— O que?! — a descrença de Lilac ficou muito evidente.
— Hehe… Me subestimou, dragão insolente.
Ele a pegou no ar, a jogando para cima em seguida. E, neste momento de vulnerabilidade, Brevon desferiu três tiros lasers de sua arma contra as costas de Lilac, que gritou alto pela dor que sentiu.
E, enquanto caía ferida, Brevon estava determinado a acabar com sua vida: usando as duas mãos, portou sua espada com toda força, desferindo um movimento descendente, a fim de cortá-la ao meio.
Lilac percebeu as intenções do maléfico, conseguindo tomar equilíbrio e executar seu movimento Ciclone, que lhe serviu para esquivar do fim súbito.
Todavia, seu ferimento era um obstáculo agora.
Já no chão, em base de luta, via Brevon caminhar em sua direção.
— Você lutou bem, dragão. Mostrou que, mesmo com suas limitações, é capaz de suportar um conquistador como eu. Meus parabéns.
— Monstro!
Lilac foi a seu encalço, usando tudo que tinha.
Desferindo socos e chutes poderosos, ela exigiu de Brevon muito de seus conhecimentos de combate.
Sem cessar, ela lutava com tudo, mas esbarrando em um detalhe que só alguém com anos de destruição de mundos e de práticas de corromper heróis teria no currículo.
— O que foi? Porque não me atinge, criança tola? — Brevon sorriu sarcasticamente, defendendo dos ataques.
— Eu vou te derrotar! Você não vai sair dessa com o que quer! — a dragão não parava de golpeá-lo, mesmo seus movimentos não surtirem efeito.
— Haha! Pedras de tropeço existem em qualquer lugar da galáxia.
Brevon era tão ágil em combate quanto Lilac. Ele não tinha a velocidade dela, mas a gama de guerreiro, ainda que sem valor ou honra alguma, era seu maior trunfo.
Não demorou muito até que o lorde da guerra sumisse bem na frente dela, surgindo por baixo, em um rasante poderoso, atingindo com extrema força Lilac, a fazendo ir para o alto com a inércia do golpe.
Ainda não satisfeito, um outro rasante, na diagonal, onde sua lâmina foi usada para criar um tipo de onda sólida, causando danos contundentes na jovem dragão, que foi jogada para o lado direito.
Sem tardar, Brevon terminou sua combinação com uma explosão energética de sua espada, fazendo com que Lilac fosse arremessada para muito longe. A força foi tanta que os destroços da lataria do robô destruído realçaram após o corpo da dragão se chocar contra eles.
Tudo caminhava para um desfecho fúnebre.

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