Índice de Capítulo


    Missões


    O inverno está chegando


    Tipo da Missão: Regência.

    Descrição da Missão: Proteger aqueles sob o baronato do terrível desastre/pandemia que se aproxima com a chegada do inverno: as presas do fimbulwinter.

    Recompensa(s): Depende da classificação de conclusão.

    Tarefa Extra: Ajude o Império Vermillion com as presas do fimbulwinter.

    Recompensa(s) para tarefa extra: Depende da avaliação de conclusão.

    Condição de Falha: 50% da população sob a sua tutela morrer.

    Penalidade: Se mais de 25% da população sob sua regência morrer, você perderá prestígio com a população; Se mais de 50% da população sob sua regência morrer, você perderá favor junto ao Império e muito prestígio com a população; Se mais de 75% da população sob sua regência morrer, você perderá muito do favor junto ao Império e todo prestígio com a população, colocando em risco sua regência.


    Completamente exasperado com a possibilidade de receber missões como essa e com a missão em si, Alexander ficou indignado, pois nem sabia o que eram as presas do Fimbulwinter. Mas ele não teve tempo parar pensar nisso naquele momento, pois, assim que terminou de lhe contar sobre aquilo, o velho simplesmente colapsou.

    Já sabendo que isso iria acontecer, Alexander segurou o velho com a sua mana, cercou-os com uma densa esfera de energia, quebrou algumas pedras energéticas para fazê-las liberar sua energia no ambiente e pressionou essa energia no corpo do homem enquanto usava feitiços e habilidades de cura e regeneração nele.

    Em primeiro lugar, o que atraiu Alexander até ali foi o medo e o desespero quase tangíveis que emanavam do homem. Mas assim que chegou perto, percebeu que, movido por tais sentimentos e a preocupação com sua família, o homem, que já era um homem idoso, estava sob o efeito de algo muito similar à sua habilidade especial |Até a Morte|… O colapso total dele era iminente desde que chegou.

    Devido ao desgaste extremo que sofreu em sua jornada contínua de sabe-se lá quantos dias, mesmo diante da grande gama de recursos de Alexander, o velho mal reagiu ou conseguiu absorver a energia natural. O máximo que aquela situação estava fazendo era adiar a morte por falência generalizada do corpo dele.

    Não podendo forçar mais energia natural no corpo do homem, correndo o risco de piorar ainda mais a situação, rasgando-o de fora para dentro com essa energia, Alexander ficou feliz quando viu a primeira pessoa chegar, estender suas mãos e também começar a derramar sua mana de luz no idoso para curá-lo.

    Logo, um após o outro, vários curandeiros e curandeiras com feitiços Tier II e III começaram a chegar, mas todos franziram a testa quando começaram a tentar curar o velho. A situação só melhorou um pouco quando alguém com mais capacidade finalmente chegou e usou um potente feitiço Tier III.

    Mesmo podendo se dizer que a situação melhorou um pouco, ainda estava longe de ser estável, mesmo com Alexander quebrando mais pedras energéticas. Mas tudo isso mudou quando Diana chegou acompanhada do guarda que ele havia enviado para chamá-la, abriu caminho entre os transeuntes e curiosos, pegou a mão do homem e começou a curá-lo.

    Os feitiços dela em si ainda eram de Tier II, mas desde que ela adquiriu a classe {Druida da Terra}, os seus feitiços não ofensivos ganharam um efeito passivo de reabastecer e/ou estimular a vitalidade do seu alvo.

    Com Diana liderando e os demais ajudando-a, depois de algum tempo e muito esforço, foi possível estabilizar a situação do pobre homem. Ele viveria um pouco mais para reencontrar sua família.

    — Agradeço a assistência de vocês — disse Alexander ao pagar generosamente às pessoas que responderam ao seu chamado. — Lembrem-se bem, aqueles que trabalham ou realizam feitos para mim não serão abandonados ou se arrependerão.

    Com a situação estabilizada e os apoiadores pagos, ele contratou a guilda dos aventureiros para cuidar e vigiar o idoso e partiu com Diana para a casa deles.

    — Chamem aqueles a quem têm apreço, que estão a até 2 semanas de viagem daqui, principalmente crianças e idosos. Teremos sérios problemas neste inverno — disse Alexander aos pais e avós de Diana. — Aqueles que estão a mais de 2 semanas de viagem nem devem tentar. Apenas os avisem para estocar o máximo de água, comida e lenha que puderem antes que o inverno chegue.

    Surpresos e assustados, todos se voltaram para ele à espera de mais informações, mas ele apenas se voltou para Diana. — O mesmo vale para você. Mas antes de se envolver nisso, peço que crie e gerencie um pedido de lenha junto a Guilda. Vamos precisar de muita, muita lenha.

    Sem sequer esperar por respostas ou perguntas, Alexander disparou para a mansão do lorde da cidade e acionou todos ali, fossem funcionários ou contratados para fazer a auditoria, para obter informações sobre as presas do fimbulwinter.

    Com todos seguindo suas ordens e deixando tudo de lado para vasculhar todos os livros e registros em busca de informações sobre as presas de Fimbulwinter, eles finalmente conseguiram encontrar algo depois de algum tempo de busca, e as descobertas não foram nada animadoras.

    Segundo alguns registros antigos, as presas do Fimbulwinter eram uma espécie de doença pandêmica que atingia principalmente a costa do continente da Conquista a cada poucas décadas ou séculos.

    A taxa de mortalidade dela sempre variava, mas sempre afetava mais homens do que mulheres e quanto mais anormal fosse o clima antes da sua chegada, maior seria a sua taxa de mortalidade.

    — Puta merda. O último inverno terminou bem cedo e quase não choveu nesse período chuvoso… — pensou Alexander, já calculando sua dor de cabeça. O pior de tudo isso era que quanto mais ele lia sobre ela, mais bizarra a doença parecia. 

    Sua causa era desconhecida; o começo era leve, porém quanto mais tempo passava, mais letal se tornava, sem dar sinais de melhorar enquanto durava o inverno. Mas depois que o inverno passava, a chance de cura espontânea era alta e além disso havia um surto no desenvolvimento e crescimento da população, especialmente entre os doentes que sobreviveram.

    Como se não bastasse tudo isso, o frio que ela causa em suas vítimas, a maior característica dessa doença, simplesmente não passava e só piorava. Houve até casos de pessoas que se atearam fogo e ainda morreram reclamando do frio que parecia congelá-las até o âmago dos ossos.

    Sabendo que tal doença não tinha paralelo ou contramedida no mundo em que se encontrava, Alexander começou a tentar encontrar algum paralelo com as coisas que conhecia da Terra. E quando estava quase desistindo por não encontrar nada, lembrou-se de algo que não era exatamente uma doença, mas que tinha as mesmas características, o que só fez seu rosto ficar mais feio e seu coração apertar.

    Ao notar que quanto mais pensava sobre isso, mais aquelas coisas pareciam estar correlacionadas, ele ficou ainda mais amargo. Deixando de lado se era o que estava pensando ou não, mesmo que fosse, de que adiantaria saber se aquilo era algo extremamente complicado de lhe dar, principalmente em milhares de pessoas.

    Com a possível causa em mente, pensar na contramedida lógica não era um grande problema. A questão é que tal contramedida teria um custo quase pessoal que o Império muito provavelmente não reembolsaria, isso se fosse capaz de o fazer.

    Em posse das informações que desejava e com muito em que pensar, Alexander dispensou seus assistentes para que pudessem retornar às atividades anteriores e caiu em uma profunda contemplação sobre o que fazer. Por um lado, ele poderia manter os seus recursos e só tomar contramedidas mínimas ao custo da vida de pessoas não relacionadas a ele, mas por outro lado, havia feito uma promessa de proteger aquele baronato e sabia o que Diana iria querer.

    Pressionado pela pouca consciência e moral que desenvolveu, mas ainda mais pela imagem de uma Diana entristecida com a morte de tantas pessoas que deveriam estar sob os cuidados deles, Alexander cerrou os dentes e decidiu morder a bala. Seus recursos eram importantes, mas manter parte deles em vez de manter Diana feliz não lhe parecia uma boa troca, sem contar que ele também poderia obter alguns ganhos com essa segunda opção.

    Ao tomar sua decisão, Alexander pediu aos funcionários da missão do Lorde que assumissem a missão de aquisição lenha; mandou avisar ao líderes sob o baronato que eles só tinham até o fim da semana seguinte para terminar todos os registros, ou ele iria pedir pessoalmente seus cargos; localizou e contou a Diana a gravidade da situação, alertando-a para não sair do lado da mãe; se despediu dela com um beijo e disparou para o céu em direção à Cidade Gêmea.

    Voando freneticamente com todas suas forças e sem fazer pausas, levou apenas 2 dias para ele chegar à Cidade Gêmea. E assim que chegou, invadiu deliberadamente a cidade e a Academia dos Combate Gêmeos, pois a sua intenção era justamente chamar a atenção rapidamente.

    Como não poderia deixar de ser, o “dono da casa” rapidamente sondou, furioso, para ver por que estava se comportando de forma tão atroz em seu território. Mas ao ver quem era, sua aura retrocedeu um pouco da raiva ao descontentamento.

    Sem tempo a perder e sabendo que a outra parte já o estava ouvindo, Alexander começou a lhe contar sobre as presas de Fimbulwinter antes mesmo de vê-lo.

    — Essa é uma suposição bem séria — disse o diretor Robert, já conversando com ele a portas fechadas. — Tem certeza que aquela coisa está voltando?

    — O senhor sabe tão bem quanto eu que não há como ter certeza disso até que ela se mostre — respondeu Alexander. — Mas vale mesmo a pena pagar para ver?

    Tamborizando ritmicamente sua mesa com os dedos, a força da natureza encarnada refletiu profundamente sobre essa questão. Mesmo ele não conseguia enfrentar completamente a verdadeira força da natureza.

    — E então, o que fazer? — perguntou Alexander após algum tempo.

    — Pelo que me lembro, matrizes nas residências ajudam — respondeu o diretor, parecendo lembrar de tempos sombrios. — Posso encomendar algumas boas para proteger a sua família.

    — Como o senhor mesmo me disse: eu consigo administrar minha situação… Eu sempre consigo administrar minha situação — disse Alexander. — Mas e o povo que está sob o baronato?

    Ao ouvir tal pergunta, o rosto de Robert, o humano por trás de todos seus títulos e poderes, ficou sombrio. Ele não tinha resposta humanitária para essa pergunta.

    Não querendo instigar seu patrocinador por uma situação para a qual nem o próprio Império como um todo tinha a solução, Alexander conversou um pouco mais para obter informações adicionais e então voou para fora da Cidade Gêmea.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (04,00 R$ / 10,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

    Nota