— Eu conheço esse teto.

    Era o segundo teto que viu quando acordou pela primeira vez, quando acordou de seu coma. O teto era branco, completamente branco.

    — Disse algo? Espera! Você já acordou?

    Kizimu olha para a garota que falou consigo. Estranhou por que era uma voz feminina, infantil, que não era de uma criança, só que não era de uma adulta.

    Já tinha escutado essa voz.

    A garota que estava em sua frente era linda e sentiu-se um pouco oprimido, a garota tem um cabelo curto de cor creme e uma estatura jovem. Suas roupas eram um jaleco de médico, como se uma adolescente quisesse brincar de médica.

    — Quem é você?

    — Meu nome é Althea Elijah. Prazer.

    Ela colocou uma mão em frente de seu pouco busto e estendeu sua outra mão para cumprimentá-lo.

    — Eu sou Kizimu… — O garoto reparou em algo curioso, muitas pessoas nessa casa tem nomes complicados, isso começou a incomodá-lo. Kizimu apertou a mão dela, estava fria. Dizem que pessoas que tem as mãos frias, o corpo não luta para viver.

    — Aquela garota, Minne, contou sobre você.

    Isso significa que ela é mais uma residente… espera! Onde estão?

    — Althea, cadê- Argh! – Kizimu virou bruscamente para tentar olhar em volta, mas a dor corporea impediu.

    — Vá com calma, seu corpo está curado, porém, não consigo restaurar a falta de sangue.

    Cadê Kim e Pandora? O que aconteceu na cabana? Ele só lembra que tinham conseguido acertar a garganta do homem e ele recebeu um tiro. Espera… um tiro?!

    Kizimu levanta a blusa branca hospitalar e olha a barriga, não tinha nenhuma ferida ou cicatriz.

    — Pode me agradecer, eu gosto de ser agradecida.

    — Agradecer?

    — Claro, você está curado porque eu tenho a bênção da cura. Não ficou com uma cicatriz por minha causa. Porque aquele tiro estava muito feio.

    Isso quer dizer que eles estavam vivos?

    — Sabe o que aconteceu na cabana?

    — Não. Apenas vi que Kim chegou com você nos braços e Pandora nas costas desacordada. Aisha estava atrás dele agitada e aflita.

    — Aisha, onde ela…?! — No instante em que se agitou, olhou para o lado e em uma cadeira viu garota que procurava, estava deitada.

    Seu cabelo preto estava bagunçado, provavelmente estava em uma crise enorme ao vê-lo ferido. Ela estava com uma expressão cansada.

    — Ela é uma boa garota, todos gostam dela.

    Então poderia pressupor que o homem foi morto. Bem, ele era humano, não poderia sair vivo com seu pescoço jorrando sangue daquela maneira… isso faz pensar… Bênção da cura?

    — Você disse que tem a bênção da cura? Não é maldição?

    — Definitivamente não. Eu posso te afirmar isso.

    Era a primeira pessoa em sua casa que não tinha uma maldição. Há pouco tempo não teve uma boa experiência com um usuário de Bênção. Poderia confiar nela?

    — Eu me lembro um pouco de você, ou melhor, da sua voz… tinha outra pessoa contigo, um tal de Lins, ele mora aqui também?

    Ela demorou um pouco de responder.

    — Sim, o senhor Lins é um dos 12 residentes.

    — Eu gostaria de conhecer ele. Vocês acompanharam meu coma, certo? Com vocês juntos, quero cessar algumas dúvidas.

    — Se quiser, eu posso ir chamar ele agora.

    — Pode? Sim, faça isso, por favor.

    Ela acatou o comando, começou a andar, balançando uma prancheta como tchau. Foi fácil demais, por que?

    — Uma última dúvida… Pandora, cadê ela?

    Althea olhou para trás e com um pesar nos olhos, olhou para uma porta, apontando levemente.

    — Aqui, ela estava desmaiada, mas está bem, não precisei curar ela.

    — Certo. Poderia chamar Masha também, quero confirmar muitas coisas.

    — Ok. Bye, Bye.

    Ele respirou fundo. Algo parecia muito errado. Olhando para Aisha, ele… viu dois olhos brilhosos olhando bem perto.

    — Você acordou.

    — Ah, sem graça, achei que fosse tomar um susto.

    — Vejo que está bem.

    — Isso é piada? Não fui eu que cheguei jorrando sangue.

    Ele só lembrava até tomar o tiro, então que coisa traumatizante sua amiga tinha visto?

    O garoto não queria tornar tudo difícil de lidar, então apenas ficou em silêncio. Sua irmã suspirou e começou suas brincadeiras de praxe.

    — Eu tinha acabado de ganhar um irmão mais velho e ele iria morrer, sua irmãzinha ficaria super triste. — Uma voz chorosa falsa foi feita.

    A atuação dela era engraçada, mas passava uma sinceridade pelo feito, Kizimu riu, e a brincadeira da irmã era do fetio dela, a garota começou a considerá-lo irmão, já que ela queria ter um irmão, como isso não afetava ele, entrou na brincadeira.

    — Você é uma ótima atriz, já pensou em fazer teatro.

    Ela dá uma piscadela. — Eu sou apenas sua estrela.

    Sua estrela é…? O garoto deu um sorriso amarelo.

    — Eu ainda não aceitei esses casos de família onde você se assume minha irmã.

    — Ah, que chato.

    De repente o enjôo volta, a falta de sangue era um incômodo.

    — Eii, vai com calma, você ainda está se recuperando.

    — Droga, cadê Kim em?

    — Tá pensando em macho com uma garota linda ao seu lado?

    — Pensar em macho? Como assim? Uma outra coisa, eu posso estar errado, mas eu acho que irmão não podem ficar juntos, não é?

    A dúvida não era uma provocação, ele estava confuso, como se fosse uma informação que tivesse e não tivesse vindo dele, era estranho.

    Com a fala do garoto ela trava, ela pensa e começa a balbuciar em lógica, a mesma não esperava pela resposta elaborada do garoto.

    — Poderia, sim, é só sermos irmão de pais diferentes. Adotados.

    — Não, isso seria errado, mesmo assim. Fora de questão.

    — Olha aqui, que eu saiba você ainda é uma criança, por que sabe crenças tão complexas, hein?

    Verdade, por que ele sabia? E por que ela sabia que ele era uma criança?

    — Eu não sei dizer.

    — Hum, Muito suspeito.

    — Agora que lembrei, quero ver Pandora.

    — O quê?! Está com essa beldade que sou eu e tá pensando em outra mulher?

    — Você não cansa não?

    Como ela poderia estar em modo de atuação 100% do tempo? Ele viu como ela reage em momentos de tensão, então aquilo era uma face completamente fingida.

    — Ela está atrás daquela porta, pode ir, troque sua irmã fofa e linda por uma empregada gentil e bonita com um cabelão, com mechas extremamente lindas, pele perfeita, olhos pretos gentis e aparecia dócil.

    — Sinto que você queria passar ciúmes, mas só vejo você amando a aparência dela.

    — Realmente, ela se tornou uma de minhas melhores amigas aqui.

    Relembrando, quando citou o nome de Aisha para Pandora, ela ficou triste, desanimada.

    Era culpa.

    Tinha muitas coisas em sua mente. Ela estava querendo morrer, esse sentimento era preocupante. Por que ele tinha tanta raiva de alguém que queria se matar?

    Era algo que não conseguia se lembrar, porém, com certeza estava nas suas memórias do passado.

    Por que eu odeio isso?

    Por que ele odiava?

    Por que eu odeio o suicídio? Talvez eu não devesse me preocupar…

    Kizimu anda até a porta.

    Como eu devo entrar? Poderia entrar de uma vez com uma piada. Ou poderia perguntar se ela está bem.

    Ela é uma garota, tenho que ter cuidado as palavras que vou usar e o que posso falar pode machucar muito ela.

    Com calma, Kizimu pega a maçaneta e suspira.

    — Certo, vamos.

    Eu gentilmente abro a porta.

    —————————————

    Hora do chá

    —————————————

    Yahalloi

    CaiqueDLF aqui, vamos falar sobre alguns detalhes?
    Do “Cap 1” – “Cap 5” Temos o capítulo 1 da Light Novel, chamado O despertar.
    Agora, do “Cap 6” – “Cap 11” finalizamos mais um capítulo. O capítulo 2: John Bento

    Esses dois capítulos foi para sentir Lost, para aprender quem é cada personagem e como cada um funciona. Agora começaremos a obra de verdade. Vocês estão preparados?
    Não!
    Vocês estão verdadeiramente preparados?

    Quero todo mundo comentando algo sobre o “Cap 12”
    Meu querido Top 3 “Caps”

    Saibam:

    Top 1: “Cap 30”
    Top 2: “Cap 23”
    Top 3: “Cap 12”

    Esse é o meu, e o de vocês?

    Então, bem-vindo a Lost Memory. E que inicie o Capítulo 3: Eu confio em você

    Bye bye.
    Ass: CaiqueDLF

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota