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    Dentro do hotel, na entrada, Yoru e seus amigos estavam lá para ver a situação em que Wallace se encontrava. Ele estava todo surrado e cheio de sangue, em uma situação muito deplorável. Yoru olhou para Hina e perguntou:

    — Onde vocês o acharam?

    — Estávamos voltando de uma loja e o vimos desmaiado em um beco. Eu o reconheci imediatamente e, junto com as meninas, o trouxemos para o hotel — respondeu Hina.

    — Ele parece ter lutado com alguém. Os hematomas no corpo dele indicam isso, e parece ter sido alguém extremamente forte — disse Ben, analisando Wallace.

    — Deve ter sido mesmo. Esse cara aqui é bem forte, deve ter sido um monstro para deixá-lo nesse estado — comentou Sophie, olhando para Yoru e depois para Wallace.

    — Você tem certeza que esse garoto é forte? Ele se parece com alguém, mas não consigo lembrar quem. Bem, já que não vou fazer nada aqui, vou ligar para uma ambulância vir buscá-lo — disse Sophie.

    — Vai ser de grande ajuda — agradeceu Hina.

    Sophie ligou para a ambulância, e os demais ficaram ali observando Wallace. Dez minutos depois, a ambulância chegou e levou Wallace para o hospital para tratamento. Yoru e Hina acompanharam Wallace.

    No hospital, Yoru e Hina estavam sentados ao lado de Wallace, aguardando que ele despertasse para dizer a eles quem havia feito aquilo para que eles pudessem ajudar.

    — Ei, quem será que fez isso com ele? Ele está bastante machucado, estou com pena desse garoto — disse Hina, com Yoru concordando.

    — Ele não merecia isso, mas por enquanto vamos esperar ele acordar para perguntar o que aconteceu — disse Yoru.

    Depois de duas horas, Wallace finalmente acordou, meio confuso com o ambiente. Quando viu Yoru e Hina, ele perguntou:

    — O que vocês estão fazendo aqui?

    — Que bom que acordou! Nós trouxemos você para cá. Te encontramos desmaiado em um beco. Vou chamar a médica. Fique com ele, Yoru — disse Hina, levantando da cadeira e indo chamar a doutora, deixando Yoru e Wallace sozinhos para conversar.

    — Esses machucados têm relação com aqueles caras que sequestraram minha amiga? — perguntou Yoru seriamente. Wallace baixou a cabeça.

    — Desculpa, mas isso não é da sua conta.

    — Olha, eu só quero te ajudar. Ao menos me fale isso que te perguntei, só isso — insistiu Yoru. Wallace olhou nos olhos dele e respondeu:

    — E o que isso mudaria na sua vida? Como disse, não é da sua conta.

    — Vamos lá, cara. Só quero te ajudar. Não quero me intrometer na sua vida, mas só dessa vez.

    — Ok… Você perguntou se esses machucados têm relação com aqueles caras, né? Não, não têm. Pronto, respondi sua pergunta — disse Wallace.

    — Então quem foi que fez isso com você? — insistiu Yoru.

    — Cara, para que tanta insistência? Você nem me conhece! — disse Wallace, alterando um pouco a voz.

    — Só quero pagar o que estou te devendo. Você salvou a vida da minha colega, e quero retribuir — disse Yoru.

    — Olha, não quero sua ajuda em nada. Ajudei sua amiga só porque ela estava com os caras da Rival. Se fosse outra pessoa sequestrando ela, eu nem salvaria. Agora me deixe em paz, por favor — disse Wallace.

    Yoru concordou, se levantou e foi saindo. Ele bateu de frente com Hina e, sem falar nada, puxou o braço dela, indo na direção da saída do hospital.

    — O que aconteceu, Yoru?

    — Ele disse que não precisa da nossa ajuda. Vamos embora daqui, deixe esse garoto sozinho e não vamos nos meter com ele nunca mais.

    — Espera, Yoru! Me solta, eu quero ajudar esse garoto. Devo gratidão a ele, ele me salvou de ser sequestrada. Tenho que ajudá-lo — disse Hina, tirando a mão de Yoru do braço dela.

    — Bem, então faça o que quiser. Estou indo para o hotel, adeus — disse Yoru, saindo irritado do hospital e caminhando em direção ao hotel.

    “Porra… Quem aquele cara pensa que é para me tratar daquele jeito? E ainda a Hina apoia ele com todas as forças só porque ele ‘salvou’ a vida dela,” pensou Yoru muito irritado.


    [Missão sendo criada…]


    [Ajude Wallace a derrotar a gangue Rival – recompensa: 4 baús raros]


    [Aviso! Se não aceitar a missão, todas as suas habilidades serão tomadas e nunca mais aparecerão novas missões para você]

    “Parece que o sistema me odeia com todas as forças do mundo. Como ele me dá uma missão dessas e, se não concluir, pego essa penalidade? É foda…” pensou Yoru, frustrado com a missão que acabara de receber. Mas, querendo ou não, ele tinha que concluí-la de um jeito ou de outro.

    No hospital, Hina estava sentada ao lado de Wallace, conversando sobre o que havia acontecido. Diferente de com Yoru, Wallace abriu o jogo com Hina.

    — Então quer dizer que você está assim porque ontem, uma certa pessoa te passou uma ‘missão’ de pegar uma maleta e entregar a ela. E essa pessoa é uma das responsáveis pelo desaparecimento do seu irmão, certo? — disse Hina. Wallace concordou.

    — E eu tenho que concluir essa missão para ver meu irmão logo. Ele é um dos únicos parentes que tenho vivo… — disse Wallace, de cabeça baixa. Hina colocou a mão no cabelo dele e fez um carinho.

    — Vai dar tudo certo, e você vai rever seu irmão. Tenho total certeza disso. Aliás, não querendo me intrometer na sua vida pessoal, mas e seus pais, eles são vivos? — perguntou Hina.

    — Minha mãe sim, ela está internada aqui neste hospital com uma doença. Meu pai… Bem… Não sei se ele está vivo ou morto. Tirando minha mãe, meu irmão é o único parente que eu sei que tenho neste planeta — respondeu Wallace.

    — Te entendo… Olha, eu tenho que ir. Vou deixar meu número caso queira falar comigo. Quando resolver tudo isso, vá para Tóquio. Seria legal te ver estudando na escola 25, e aposto que meu amigo Yoru também gostaria de te ver lá. Tchauzinho, melhoras — disse Hina, sorrindo para Wallace e saindo para o hotel.

    Quando Hina foi embora, Wallace puxou seu telefone que estava vibrando no bolso e atendeu a ligação.

    — Ei, mudança de planos. Vou precisar de você hoje à noite. Eles vão vir com o que te pedi. Esta noite, à uma da manhã, minha mercadoria vai chegar. É só mais essa missão e você vai receber a localização do seu irmão. E então? Está dentro?

    — Sim… Eu estou — disse Wallace com um olhar de determinação.

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