Charles puxou bandagens para trás de si. Ele então tirou a lâmina negra da bainha que estava acoplada em sua bota e a usou como uma machete para quebrar os galhos a sua frente.

    Os galhos espinhosos quebraram facilmente sobre os ataques de Charles.

    A Dupla se aprofundou na floresta, e logo, Charles avistou os outros indivíduos que Bandagens tinha mencionado. A cena à sua frente chocou ele.

    Uma árvore pequena peculiar estava na sua frente, seu tronco cheio de longos espinhos entrelaçados com pessoas inconscientes. Os humanos desacordados estavam suspensos no meio do ar, parecendo pedaços de carne de um açougue, balançando gentilmente como se fossem as frutas dessa estranha arvore.

    A árvore não tinha só uma “fruta,” mas múltiplas dessa mesma “fruta” penduradas em seus galhos.

    “Ajuda eles,” Charles ordenou, apertando a lâmina negra em quanto corria pra frente.

    Um dos jovens homens caiu até o chão com um plop. A dor acordou ele de sua inconsciência. Ele encarou Charles que estava acertando os galhos repetidamente. Em um estado de confusão, ele perguntou, “Quem é você? Você viu o nosso capitão?”

    Charles não podia gastar tempo respondendo suas perguntas. Com cada balanço de sua faca, ele arrancava galhos e salvava quem estava pendurado por eles. Mas dessa vez, algo estava se mexendo dentro dos troncos ocos. Um conjunto de pequenos e trêmulos tentáculos rosas saíram da abertura da madeira.

    ‘Crack! Crack! Crack!

    O tronco da pequena árvore tremeu, atraindo a atenção de todos e os fazendo olhar na direção dela.

    O tronco cor de ferrugem lentamente quebrou no meio. Alguns olhares observaram para fora da fenda e caíram sobre seu alvo: Charles.

    Um pensamento passou pela mente de Charles. ‘Essa coisa ta viva?’

    Os movimentos da arvore se intensificaram. A fenda se abriu mais ainda revelando carne retorcida e um globo ocular amarelado tremendo de fúria.

    “Corram!” Todos saíram correndo. Mesmo não conseguindo compreender a situação completamente, seus instintos os fizeram correr por suas vidas.

    Antes que pudessem dar mais passos, eles escutaram uma explosão ensurdecedora vindo de trás. A arvore tinha explodido, e várias criaturas carnudas se rastejaram para fora.

    A primeira vista, elas pareciam estrelas do mar cobertas por uma camada de cabelo preto. Inspecionando mais de perto, o cabelo preto era na verdade camadas de gavinhas negras. Bem no meio de seus corpos tinha um olho amarelado e uma larga boca cheia de presas afiadas.

    As criaturas monstruosas abriram suas bocas, as gavinhas voando pelo ar em quanto corriam descontroladamente atrás de suas presas.

    Por sorte, Charles já tinha limpado o caminho em quanto vinha, e a distancia dos dois grupos continuou a aumentar.

    ‘Crack! Crack! Crack!’

    Todos os troncos de arvores na proximidade tremeram e quebraram ao meio. Era como se Charles e seu grupo tivessem ligado um mecanismo secreto. Uma variedade de criaturas grotescas tinham sido acordadas de sua hibernação de uma forma rude, e o culpado era Charles.

    As criaturas balançavam em quanto corriam atrás do grupo, soltando gritos penetrantes. Suas aparências fazendo com que a ilha inteira virasse o próprio inferno.

    Os olhares malevolentes de todas as direções fizeram os humanos sentirem um calafrio gelado em suas costas, fazendo com que seus membros parassem de funcionar.

    “Rápido! Mais Rápido!!” Charles ajudou os rapazes em quanto tentavam correr dos horrores que estavam atrás deles.

    Eles pareciam que tinham corrido por um bom tempo, mas a sua situação só estava piorando. Além das aberrações correndo atrás deles, as árvores a frente começaram a tremer.

    Nesse momento, uma massa contorcida de tentáculos se entrelaçaram para formar uma vasta rede na frente deles. Eles agora estavam cercados!

    Nesse momento critico, Charles lembrou de algo. Ele alcançou até sua cintura e sentiu um objeto duro: Os explosivos que ele tinha trazido.

    BOOM!’

    Com um boom estrondoso, a força da explosão lançou uma chuva grotesca de sangue e pedaços de carne. Depois que a fumaça baixou o resultado se mostrou um caminho sem obstáculos.

    Usando os explosivos, Charles liderou o grupo para frente. Porém, seu suprimento de explosivos era limitado e estava diminuindo a cada explosão. Seus rostos estavam tensos por ainda não terem conseguido avistar a praia.

    Justo quando Charles estava prestes a jogar o ultimo pacote de explosivos, o som distante de ondas batendo na costa chegou ao seus ouvidos. A praia estava logo a frente!

    Todos entendiam o que isso significava e aumentaram ainda mais suas velocidades. Eles arrancaram toda força restando dentro de seus corpos cansados.

    O ultimo pacote de explosivos foi aceso e jogado. O duro, e solido chão tinha sido trocado por areia macia. Eles finalmente estavam fora.

    O grupo de sete correu freneticamente até o pequeno barco ancorado na costa. Em quanto isso, os monstros de carne ainda estavam os perseguindo a todo vapor.

    Na sua visão periférica, Charles observou um brilho dourado: Era a estatua de Fhtagn que ele tinha descartado mais cedo.

    Charles deu alguns passos longos para o lado, pegou a estatueta, e se jogou até o barco de madeira. Os outros desesperadamente pegaram os remos. Pouco antes que os pedaços de carne pudessem alcança-los, eles conseguiram retornar para o mar.

    Aparentemente com medo da agua do mar, os monstros recuaram ao contato com ela e se arrastaram de volta.

    Quando o grupo retornou abordo do S.S. Mouse, eles coletivamente soltaram um suspiro de alivio. Todos eles colapsaram no chão e ficaram ofegantes como cachorros exaustos.

    Mesmo com todos os seus músculos protestando, Charles forçou a si mesmo contra a dor para se levantar. O perigo ainda não foi completamente evitado: Eles precisavam ir embora dessa ilha.

    “Segundo engenheiro, ligue o motor. Marinheiros, Subam a ancora. Primeiro imediato, pegue o leme. Nós estamos indo embora dessa ilha amaldiçoada.”

    “Sim, Capitão!” A tripulação respondeu em conjunto.

    Em quando observava os membros da tripulação fazendo seus deveres, Charles sentiu uma onde de desconforto. Algo parecia errado. Ele rapidamente repassou suas memórias e ficou abismado ao descobrir que com o retorno de sua tripulação, ele agora conseguia relembrar o nome de todos.

    Parecia que, sendo ou a ilha ou os monstros nela que mexeram com suas memórias, todas elas foram restauradas no momento em que eles saíram daquele lugar maldito.

    Charles olhou para onde a ilha estava lentamente desaparecendo na escuridão. Os monstros grotescos estavam embaçados agora, mas ele ainda conseguia discernir suas gavinhas. Elas estavam balançando de forma rítmica como se tivessem fazendo algum tipo de ritual. A escuridão sobre elas intensificava ainda mais o terror dessa cena.

    Sobre o olhar cuidadoso de Charles, as chaminés do S.S. Mouse se encheram de fumaça preta mais uma vez, e o grupo gradualmente se distanciou mais ainda da peculiar ilha.

    Foi só no horário da refeição que Charles conseguiu explicar os eventos que tinham acontecido. Só então que os membros da tripulação compreenderam a situação e ficaram completamente chocados.

    “Puta merda, uma ilha inexplorada é realmente tão perigosa? Não é atoa que navios de exploração tem uma taxa de desaparecimento tão alta.”

    “Minhas memórias foram apagadas e restauradas? Capitão, você não ta puxando minha perna né?”

    Depois de tomar um gole de sopa, Charles limpou sua garganta, e os murmúrios se aquietaram. Ele observou o rotos de cada um e disse, “Todo mundo, falem seus nomes e posições. Vamos verificar nossas memorias um com os outros e ver se tem alguma inconsistência.”

    A misteriosa ilha deixou ele em alto alerta. Ela fez sua tripulação sumir e apagou ela de sua mente. Seu poder era extremamente perturbador e assustador para Charles.

    “Bandagens. Posição:… Primeiro Imediato. Deveres: Ajudar o Capitão a organizar os planos… e responsável por agendar o carregamento da carga. Timoneiro de 12:00 até 24:00!”

    “James. Posição: Segundo Engenheiro. Deveres: Manter o bom funcionamento da sala do motor. Supervisionar o sistema de propulsão, equipamentos auxiliares, caldeiras, lubrificação, resfriamento e combustível.”

    “Frey. Posição: Cozinheiro. Deveres: Preparar refeições para tripulação;”

    “Dipp. Posição: Contramestre. Deveres: Guiar os marinheiros na manutenção, reparo e manuseio da ancora, cordas, e equipamento. Liderar os marinheiros em tarefas como pintar, ajustagem das cordas, e trabalho de altas altitudes.”

    “Walter. Posição: M.C. Deveres: Deveres de guarda e conduzir o leme, também a rotina de manutenção do convés.”

    “Jack. Posição: M.O. 1 Deveres: Manusear as linhas de ancoragem e de passarela, e também varias operações de convés.”

    “Anna. Posição: Doutora do navio. Deveres: Tratamento dos membros da tripulação e suas doenças e check ups rotineiros.” 2

    Depois de checar as memórias de todos e não achar nada fora do comum, Charles finalmente soltou um suspiro de alivio. Suas preocupações foram livradas, e todo o ocorrido foi deixado para trás.

    1. Nota: M.O = Marinheiro Ordinário/Comum, é a posição mais baixa de um navio.[]
    2. Nota: … []

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