Índice de Capítulo

    Judith continuou socando Brett, e em pouco tempo seu rosto estava completamente desfigurado. Ninguém conseguiu impedir a garota violenta, pois tudo aconteceu rápido e de forma inesperada. Quem imaginaria que algo assim poderia acontecer no curto trajeto entre a academia e a carruagem?

    — C-Como ousa!

    — M-Meu senhor! Vou detê-la agora mesmo…

    — Deixe — disse Brett Lloyd, impedindo os soldados da família Lloyd de perseguirem Judith, que já se afastara. O primogênito dos Lloyd a questionou: — O que você quer?

    — Seu nariz está sangrando — respondeu Judith.

    — É porque você acabou de me espancar. Por que…

    — Só estou avisando para você parar de bancar o durão.

    — Chega de besteira e responde. Por que fez isso?

    — Você me irritou, é por isso.

    Judith deu um sorriso irônico. Brett estava muito irritado, mas não respondeu. Ia embora de qualquer jeito, então não havia razão para conversar com a garota que ficaria.

    Ele limpou o sangue do nariz com um lenço que seu servo lhe entregou e entrou silenciosamente na carruagem. Seus soldados subiram hesitantes ao assento do cocheiro e ao compartimento de bagagens. Foi então que Judith gritou.

    — Garanta de contar para todo mundo depois! Que você levou uns sopapos da futura melhor espadachim do mundo e a derrotou numa prova quando ainda era criança! Isso é algo para se gabar, já que você é um covarde inútil que fugiu por uma razão ridícula! Adeus, fracassado!

    A carruagem não se moveu enquanto ela lançava suas maldições. Mas Brett não desceu. Logo partiram como se nada tivesse acontecido, e o clã Lloyd desapareceu à distância.

    Judith se voltou para Airen e Illia, que olhavam para ela meio atônitos. — O que estão olhando? — ela perguntou.

    — Hã? — Airen estremeceu.

    — Eu só estava… — Illia tentou responder, mas Judith a interrompeu.

    — Ainda estou irritada. Posso socar vocês também, se quiserem.

    Os dois balançaram a cabeça imediatamente. A ferocidade de Judith fez com que recuassem, apesar de sua própria habilidade com a espada.

    Judith riu. Ela esperava que Airen agisse assim, pois ele era naturalmente calmo, mas não imaginava que Illia também recuaria.

    — Pfft. A propósito, Airen — chamou Judith.

    — Sim?

    — O que é isso na sua mão?

    — Ah, a Illia acabou de me dar…

    — O quê? É feito de ouro branco?

    Judith rapidamente se aproximou e olhou para a placa nas mãos de Airen.

    — Me dá uma também — pediu Judith a Illia.

    — O quê?

    — Não precisa, se não quiser. Não estou tentando tirar nada de você.

    — Não, não é isso…

    — Então me dá uma.

    Judith, assim como Illia, estava um pouco estranha hoje. Ela sempre teve um lado infantil, apesar de ser rude. Mas hoje, havia algo nela que tornava difícil recusar qualquer pedido. Talvez Illia tenha pensado assim, pois tirou outra placa da família e entregou a Judith. Ela sorriu ao pegá-la e a examinou.

    — Esta também é de ouro branco. Achei que me daria uma diferente — disse Judith.

    — Por que eu… — Illia tentou objetar, mas Judith a interrompeu de novo.

    — Desculpe.

    — O quê?

    — Por falar de você e da sua família pelas costas. Desculpe.

    Foi um pedido de desculpas inesperado. Os olhos de Illia se arregalaram de surpresa. A mudança repentina de assunto já era suficiente para surpreender, mas nunca imaginou que a orgulhosa Judith algum dia pediria desculpas, especialmente de forma tão sincera.

    — Eu sou impulsiva e grosseira, mas ainda assim… passei dos limites naquela vez. Talvez eu tenha feito isso porque nunca tive uma família — disse Judith. Em seguida, balançou a cabeça e continuou: — Não, acho que isso também é uma desculpa. Estou realmente arrependida. Falo sério.

    Judith então se curvou. Ela exibia uma expressão estranha, como se não quisesse fazer aquilo, mas seu gesto demonstrava sinceridade.

    — Sim… desculpe por insultá-la também — Illia Lindsay também se desculpou.

    Airen soltou um suspiro de alívio. Estava preocupado que as duas começassem uma briga, mas tudo acabou bem. Também ficou um pouco surpreso com a facilidade com que se perdoaram.

    “Eu tive que passar por tanta coisa para me acertar com Illia…”

    Mas era algo bom. Nunca foi melhor, embora estivesse um pouco confuso, pois não entendia o motivo das ações de Judith. E, como se tivesse lido sua mente, a garota de cabelos vermelhos se virou para ele após fazer as pazes com sua rival em poucos segundos.

    — Ei. Volte o mais rápido possível — disse Judith.

    — Hã?

    — Não sei o que o diretor te mandou fazer, mas resolva logo e volte. Quero acertar as contas.

    — As contas? O que você… Ah! — Airen engasgou ao se lembrar do que conversaram antes da prova final. Então, entendeu o motivo das atitudes de Judith. Ela estava acertando as coisas com todos à sua maneira, algo bastante chocante, mas que combinava com ela. Então ele riu, e ela também sorriu para ele.

    — Do que está rindo?

    — Nada. Desculpe.

    — Não. Você deveria parar de pedir desculpas o tempo todo. Apenas volte logo para a academia, certo? Se fugir como Brett depois de me vencer aqui, vou te caçar até os confins da Terra.

    — Certo.

    Illia permaneceu em silêncio enquanto eles conversavam de forma amigável, mas também intensa. Ela não entendia o que estavam dizendo, nem por que Airen de repente ficou tão surpreso. Queria perguntar, mas não encontrou uma chance para entrar na conversa. E com uma carruagem se aproximando, perdeu sua oportunidade.

    A carruagem trazia o brasão do clã Farreira. Um homem de meia-idade, com aparência gentil, aproximou-se de Airen, que conversava com Judith.

    — Meu senhor? E… — o servo parou ao olhar para o lado.

    — Ah, elas são da academia… são minhas amigas — Airen explicou.

    — É um prazer conhecê-las, senhoritas. Obrigado por serem amigas do meu mestre.

    O servo percebeu que poderia ter cometido um erro, já que suas palavras poderiam ser interpretadas como sarcasmo. Mas ficou aliviado quando seu mestre não mencionou nada a respeito.

    — Devo esperar até que termine, senhor? — o servo perguntou.

    — Não, está tudo bem — respondeu Airen. — Posso vê-las de novo.

    Airen não queria deixar seu pessoal esperando depois de terem vindo de tão longe para buscá-lo. Então, sorriu e estendeu a mão para Judith e Illia para um aperto de mãos.

    — Então, vejo vocês…

    — Volte logo — disse Judith.

    — Não esqueça de me visitar antes de retornar à academia — disse Illia.

    Depois de se despedir, Airen caminhou até sua carruagem. Olhou para trás uma vez, e foi só isso. Illia e Judith acenaram por um longo tempo enquanto observavam a carruagem dos Farreira desaparecer.

    Logo, um silêncio desconfortável caiu sobre elas. Elas nunca tinham realmente conversado além do confronto de três meses atrás. Mesmo que tivessem se desculpado mutuamente, a estranheza ainda pairava no ar.

    — Quando você vai embora? — Judith perguntou.

    — Eu… volto para casa amanhã — respondeu Illia.

    — É?

    — Sim.

    Um breve silêncio se estendeu entre elas.

    — Vou entrar — disse Judith.

    — Vou… dar uma caminhada.

    Então, as duas saíram da área de maneira desajeitada, assim como da primeira vez.


    História Paralela – Judith

    Já fazia um mês desde que Airen Farreira e Brett Lloyd partiram. Judith era a única aprendiz restante na academia. Aqueles rejeitados não tinham motivo para ficar, e os aceitos voltaram para casa para descansar até agosto, quando seriam admitidos formalmente na academia. Mas Judith não tinha pais nem lar para onde retornar.

    Ela estava no centro do Grande Salão de Treinamento e gritou o mais alto que pôde.

    — Aah! Aaah!

    Depois, xingou o quanto quis.

    — Seus desgraçados! Vou derrotar todos vocês! Vou esmagá-los!

    Ela continuou gritando e berrando até sua garganta ficar áspera e amarga, e acabou se sufocando. Mas isso não a fez se sentir melhor. Sua raiva não desapareceu.

    — Droga, maldição…

    Ela odiava Illia Lindsay. Odiava-a por ter nascido com tudo, mas ainda assim treinar com tanta diligência. Odiava Airen Farreira também. Ele nasceu com mais talento e força de vontade que Illia. Mas ele era tão bondoso que isso tornava difícil odiá-lo completamente.

    E quanto a Brett Lloyd… Ela o odiava mais do que todos.

    “Desgraçado! Você disse que deveríamos dar o nosso melhor para vencê-la!”

    Judith o odiava desde a primeira vez que o viu e continuou odiando ao longo do período de treinamento na academia. Ela não tinha respeito por ele nem quando partiu. Não gostava do ar nobre distinto que ele exalava.

    Mas o que ele fez no final, desafiando alguém que ninguém ousava enfrentar e realmente dando o melhor de si para vencê-la, era admirável. Isso a irritava ainda mais. O fim miserável dele a deixava extremamente frustrada.

    “Tudo bem.”

    Judith cuspiu e soltou um suspiro. Em seguida, pegou uma espada ao lado e liberou sua explosiva e ardente técnica de espada. Ela havia aperfeiçoado isso com a dança da espada do diretor e ao treinar com Brett Lloyd.

    Ela não tinha mais seu oponente para praticar, mas tudo bem. Em breve, seria uma aprendiz formal da Academia de Esgrima Krono, e lá haveria espadachins muito melhores que ele.

    Isso já era o suficiente, então ela precisava parar de pensar nisso. Precisava focar em treinar mais para superar Illia, Airen, ou quem quer que fosse.

    De repente, aconteceu.

    Uma espada de prática de ferro interceptou seus movimentos, surpreendendo-a. Mas não foi porque a espada desviou seu golpe poderoso. Ela podia ser extraordinária entre os aprendizes preliminares, mas não era nada comparada aos instrutores. No entanto, foi um dos aprendizes quem brandiu a espada. Ela chamou seu nome.

    — Brett…?

    — Pensei nisso depois de voltar para casa.

    Brett ergueu a espada e se preparou. Então Judith sentiu a familiar sensação sufocante de uma esfera concentrada de água se aproximando.

    — Achei que seria vergonhoso voltar para casa depois de ser espancado, não por Airen Farreira ou Illia Lindsay, mas por você.

    — E daí?

    — Supliquei ao diretor para me aceitar de novo.

    — Ele é um homem muito generoso para aceitar alguém como você de volta.

    — Sim, ele é um homem de coração nobre, diferente de você.

    — Cala a boca.

    — Sempre quis te dizer que você deveria parar de xingar. Parece um cachorro covarde latindo para mim.

    — Idiota.

    Apesar do xingamento, ela não parecia irritada, nem Brett. Depois disso, os dois treinaram em silêncio até o sol se pôr.

    “Vocês dois… não ficam nada atrás dos outros dois.”

    E o Diretor Ian os observava por um longo tempo com um sorriso satisfeito.


    História Paralela – Illia Lindsay

    Illia Lindsay sentia um vazio a caminho de casa, após sair da Academia de Esgrima Krono. A academia era apenas um dos muitos passos que precisava dar para avançar quando começou, mas os laços que formou lá se mostraram valiosos. Ainda assim, não eram motivo suficiente para retornar à academia.

    “Minha família é o melhor lugar para eu desenvolver minha esgrima.”

    Illia sorriu ao pensar na família. Por mais valiosos que fossem seus novos relacionamentos, ela não podia compará-los com a família. Sentia falta dos pais, que não via há um ano, e dos cavaleiros que a tratavam como uma filha.

    E… ela também sentia falta do irmão, preso em seu quarto há anos. Ela ansiava por todos eles.

    “Ele pode melhorar!”

    Ele carregava o fardo das expectativas, admiração e espanto das pessoas ao seu redor, assim como sarcasmo, insultos e zombarias. Ela entendia o quanto isso era doloroso. Mas agora sabia que era possível suportar e superar.

    “Assim como Airen fez.”

    O garoto não se perdeu e seguiu em frente apesar das pessoas ao seu redor. No fim, ele havia completado um grande treinamento de esgrima. Ela contaria ao irmão sobre a história de Airen e como ele a ajudou a superar seus próprios problemas.

    E, pouco a pouco, com o tempo… ele se reergueria. Seu irmão não era fraco.

    — Hã?

    Perdida em seus pensamentos, notou uma flor do lado de fora da janela da carruagem. Era uma Adonis amarela, a mesma flor gravada no bracelete que Airen lhe deu. Pediu para a carruagem parar.

    — A senhorita precisa de flores? Logo chegaremos ao solar. Posso passar em uma floricultura…

    — Não, essas são perfeitas. Vamos agora.

    Illia envolveu um punhado de flores Adonis em papel e as cheirou. Então, pensou sobre o passado. O jardim da família estava cheio de Adonis amarelas quando ela tinha sete anos, a mesma flor que Karl Lindsay lhe deu naquele dia fatídico. Ele lhe entregou o buquê de flores amarelas, prometendo que voltaria em breve com uma vitória.

    Adonis se tornou uma memória dolorosa para ambos depois disso. Mas agora Illia não se incomodava com isso. Ela percebeu que tinha superado essa lembrança dolorosa ao conversar com Airen.

    “Mas acho que meu irmão ainda pode não estar pronto…”

    Conforme a carruagem se aproximava de sua propriedade, ela começou a se sentir um pouco sobrecarregada com o pensamento. Ela tinha superado a dor, mas seu irmão ainda estava sofrendo. Talvez o Adonis fizesse com que ele se lembrasse disso se visse as flores. Mas ele teria que superar isso mais cedo ou mais tarde. Precisava se reerguer e se libertar do passado.

    Os dois pensamentos conflitantes lutavam na mente de Illia, e logo ela chegou em casa sem ter tomado uma decisão. Então seu pai lhe contou algo que a fez perceber que não precisava mais decidir.

    — Seu irmão… deixou o lar. Não, para ser honesto… ele está desaparecido.

    Karl Lindsay, o primogênito da família Lindsay, havia desaparecido subitamente da propriedade. Não havia sinal dele dentro do castelo ou na região próxima. Mas isso era impossível.

    — Não conseguimos encontrar nenhum rastro dele, meu senhor. Ele desapareceu como se fosse mágica, como se alguém tivesse usado feitiçaria. Ele se foi. Não sei o que será necessário para descobrir o que aconteceu com o jovem mestre.

    Foi isso que o mago da família Lindsay lhes disse. Era um desaparecimento completo, sem nenhuma pista.

    Illia Lindsay desabou no chão. As lembranças felizes da academia foram apagadas. As flores de Adonis que ela trouxe caíram no chão e foram pisoteadas. Sua depressão retornou e, naquele momento sombrio, ela ouviu os rumores que giravam ao redor.

    “O príncipe da família Lindsay está desaparecido!”

    “Nenhuma pista sobre seu paradeiro há três meses. Dizem que ele cometeu suicídio…”

    “O primogênito da família Lindsay se mata por desespero!”

    “Karl Lindsay não conseguiu superar sua derrota para Ignet! A trágica morte de um gênio!”

    “A família Lindsay sucumbe para sempre a Ignet!”

    Ela não queria dar atenção a isso. Tentou ignorá-las, mas falhou. As palavras das pessoas penetraram sua mente, mesmo que tentasse não ouvi-las ou vê-las, e começaram a escurecer seus pensamentos. Talvez seu irmão estivesse vivo. Talvez estivesse vivendo em agonia, vagando pelas ruas ao ouvir os rumores. Ou talvez estivesse morto. Se fosse o caso, deve ter sofrido até o momento de sua morte por causa daquelas pessoas.

    Havia algo que ela poderia fazer? Poderia cortar as cabeças daquelas pessoas por espalharem besteiras? Infelizmente, isso não era possível. Illia Lindsay tinha um talento que superava o de Karl Lindsay, mas isso não importava. Havia uma maneira de parar as pessoas de espalharem rumores.

    “Ignet. Vou substituir seus recordes um por um. Vou reescrever o primeiro recorde que ela deixou no mundo. E direi a todos que, se não fosse pelos olhares e palavras repulsivas dessas pessoas, meu irmão teria vencido Ignet. Esse futuro poderia ter sido possível.”

    — Vou intensificar meu treinamento de esgrima, Pai — disse Illia.

    Sua promessa de seguir seu próprio caminho estava se apagando, e a decisão de não se deixar influenciar pelos outros desaparecia, dando lugar à obsessão.

    O Conde Joshua Lindsay não pôde fazer nada além de assistir sua amada filha crescer vingativa enquanto praticava sua esgrima.


    Foi logo após Judith e Brett Lloyd se reencontrarem, mas antes de Illia chegar em casa. Airen Farreira olhava sombriamente pela janela durante toda a viagem para casa. E seu servo, Marcus, o observava com tristeza.

    “Bem… ao menos ele durou um ano. Mas não conseguiu ser aceito…”

    Ele não sabia que o Nobre Preguiçoso havia sido admitido na academia, pois Airen ainda não havia mencionado nada.

    Airen estava absorvido, pensando nas palavras do diretor, e por isso havia esquecido de contar ao servo a boa notícia.

    “Qual é a minha esgrima? E mais do que isso, que tipo de pessoa sou?”

    Airen nunca havia pensado seriamente sobre isso em sua vida. Passou boa parte da infância escondido na cama e, após o sonho misterioso… não tinha dúvidas nem hesitação em tentar perseguir a espada daquele homem. Então, para ele, essa era uma tarefa difícil, e era por isso que parecia tão sombrio.

    “Hmm… O que poderia animá-lo?”

    Dentro da carruagem silenciosa, Marcus continuava pensando intensamente. Airen parecia muito mais saudável do que antes. Seu mestre não era mais frágil e debilitado, mas bem constituído e musculoso, o que era uma melhoria incrível. Além disso, ele também havia feito amigos fora da família, então talvez fosse ganância querer mais.

    “Mas é meu dever tentar aliviar um pouco da tristeza dele…!”

    Marcus refletiu profundamente sobre essa responsabilidade até que viu algo brilhante na mão de seu jovem mestre.

    — M-meu senhor?

    — Sim?

    — Desculpe incomodá-lo… mas o que é isso em sua mão…?

    — Ah, isto?

    — S-sim, isso mesmo! Posso ver?

    Airen assentiu para seu servo, que fizera a pergunta com a voz trêmula. Ele só estava brincando com o objeto por estar entediado, mas parecia que aquilo despertara o interesse de Marcus. Ele entregou o que segurava na mão. Logo, uma voz alta e chocada ecoou dentro da carruagem.

    — A-a placa de ouro branco do clã Lindsay! O-o-o senhor realmente recebeu isso?!

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