Capítulo 35 - Ruínas.
O céu azul estava carregado de todos os tipos de nuvens.
Aurora estava de frente para uma casa em uma das ruas da cidade, segurando um gato em uma das mãos.
Não era um gesto exatamente afetuoso. Aurora segurava o gato pela pele da nuca, como uma mãe felina faria com um filhote rebelde.
As patas do animal pendiam frouxas no ar, os bigodes murchos, os olhos entregues ao destino em rendição. Sua curta experiência de liberdade havia sido brutalmente encerrada, e ele sabia disso.
Aurora bateu duas vezes na porta. Passos miúdos e apressados vieram do outro lado, tilintando sobre o piso de madeira. Uma fresta se abriu. Olhos tímidos espiaram a visitante e, principalmente, o que ela trazia na mão.
A porta se escancarou num sopro.
A menina que surgiu não devia ter mais que sete anos. Os cabelos loiros formavam redemoinhos rebeldes ao redor do rosto pequeno e manchado de lágrimas secas. O vestido de linho azul-claro ostentava marcas úmidas, como se ela tivesse chorado agarrada a ele por horas.
— S-Senhor Bigode! — exclamou, a voz trêmula e cheia de alívio.
Aurora se agachou. Não muito. Só o bastante para nivelar o gato com os bracinhos estendidos da criança.
— Está ileso — anunciou, com a mesma secura de alguém que entrega um pacote sem emoção.
A menina agarrou o bichano com um suspiro entre soluçado e aliviado, apertando-o contra o peito.
— Eu estava com tanta saudade…!
O gato, no entanto, soltou um miado arrastado que podia muito bem ser traduzido como: “Mulher, pelo amor de Unitas, eu preciso respirar.”
Preso entre o vestido e os bracinhos entusiasmados, o Senhor Bigode lançou um olhar para Aurora que dizia tudo: uma mistura de traição, decepção e puro melodrama felino. Tentou se soltar com um movimento digno de um peixe fora d’água, mas a menina o apertou ainda mais forte, completamente imune aos protestos corporais do pobre bicho.
— Ele deve ter sentido muito a minha falta…! — disse a pequena, acariciando o rosto do gato com a bochecha, ignorando o rabo chicoteando no ar em um claro sinal de “libertem-me”.
— Sentiu, sim — respondeu Aurora, com um leve arquear de sobrancelha.
Finalmente, após alguns segundos de sufoco, o gato conseguiu libertar uma pata e empurrou o rosto da dona para longe, com a dignidade de um imperador que tolera um súdito inconveniente.
— Ele sempre faz isso quando está emocionado — explicou a menina, sorrindo entre lágrimas.
Aurora apenas assentiu, sem desmentir.
Todavia, quando a garota ergueu o olhar para Aurora novamente, havia algo diferente em sua expressão.
Um sorriso. Mas não qualquer sorriso. Era limpo, genuíno, daqueles que não carregam segundas intenções, nem filtros do mundo. Apenas gratidão nua e crua.
— M-muito obrigada, moça! Eu procurei ele por tantos dias… tentei pedir ajuda, mas ninguém quis aceitar a missão… — As palavras vinham entre soluços abafados. — Você é tão… gentil!
Gentil.
Aurora não se moveu. Nem sequer piscou de imediato. Mas Hazan, ao lado, viu. Viu o leve estremecer dos dedos. O modo quase imperceptível que os ombros se tensionaram.
Ela piscou algumas vezes. O olhar — sempre frio, sempre distante — vacilou por um instante. Como se alguma memória antiga, empoeirada e teimosa, tivesse despertado lá no fundo.
— Não me agradeça — murmurou, desviando os olhos e endireitando o corpo. — Aquele idiota ali atrás trabalhou mais pesado.
A menina exibiu um sorriso entre admiração e preocupação ao ver o rosto de Hazan arranhado, cujo retribuiu o olhar com um joinha. Agradeceu mais uma vez, e retornou ansiosa para aproveitar seu gatinho.
Hazan se aproximou, braços cruzados e um sorriso torto pendurado no rosto.
— Gentil, hein? Essa é nova.
— Crianças não sabem o que falam.
— Gentileza é uma coisa boa.
Ela não respondeu de imediato. O maxilar se tensionou levemente. Depois, soltou um suspiro lento.
— As crianças não entendem limites. Não percebem distância. Acreditam que qualquer gesto é afeto.
— Nem sempre estão erradas.
— Estão, sim. E errar desse jeito custa caro.
A porta da sede da guilda Pena Azul rangeu suavemente ao se abrir, e o cheiro familiar de madeira envernizada envolveu a dupla icônica. Os olhares de curiosidade e rancor pairavam sobre eles.
O salão principal mantinha um clima sereno àquela hora; alguns membros folheavam painéis de missões, outros limpavam suas armas em mesas mais afastadas.
— Ei! Você aí, ô novato! — chamou uma voz áspera.
Ao virar, Hazan viu um homem de porte esguio, mas musculoso, de braços cruzados e com as costas apoiadas numa parede. Ele parecia estar esperando por sua chegada. Usava um capuz baixo e roupas de couro flexível, com aljava às costas e uma túnica verde-musgo. Seus olhos traziam cansaço e desconfiança.
— Quem é você? — perguntou Hazan, secando a testa.
— Meu nome é Lorne, sou o companheiro de Rauvin, o guerreiro de machado que você nocauteou no salão há cerca de uma semana.
Hazan ergueu uma sobrancelha.
Lorne continuou, com um brilho perigoso no olhar.
— Ele gastou muitas moedas com uma poção para recuperar os dentes que perdeu naquele dia, e seu orgulho estava péssimo. Dois dias depois, ele desapareceu. — Os olhos de Lorne brilharam com sua insinuação. — E você foi o último a vê-lo consciente.
— Isso não tem nada a ver comigo — respondeu o lutador com um tom firme. — Ele me provocou primeiro, e eu me defendi.
— Você chama aquilo de defesa? — deu um passo à frente, os dedos ásperos agarrando a manga da camisa de Hazan com força, como se buscassem algo para esmagar. — Todo mundo viu você acabando com ele. Foi humilhante.
Alguns desbravadores fitavam a cena, cochichando entre si. Aurora também observava, mas estava quieta.
Hazan não recuou. Olhou diretamente nos olhos do arqueiro.
— Eu não faço nada pela metade. Ele quis me testar, e perdeu. Só isso. — Apesar de firme, sua voz não trazia rancor. — Você quer me culpar pelo que aconteceu depois, mas tá mirando na pessoa errada.
Lorne manteve o aperto, os olhos quase tremendo.
— Não brinque comigo.
Hazan não desviou o olhar.
O arqueiro bufou. Seus dedos ainda apertavam a manga, mas começaram a vacilar.
Foi então que notou. A quietude nos olhos do lutador. Não era frieza, mas algo intenso. Havia uma aura densa em volta dele, como se os músculos estivessem prontos para explodir a qualquer momento, mas ele escolhia o controle.
Ele soltou a manga.
— Você tem sorte de eu ainda ter dúvidas — murmurou. — Se eu descobrir que mentiu…
Virou-se com indignação, indo em direção à saída. Hazan encarou o pobre homem, e em seus olhos, havia um pesar visível.
— Espero que ele encontre o companheiro dele.
Aurora deu de ombros, desinteressada.
— Não é problema nosso.
No balcão principal, Mirna organizava fileiras de documentos que não pareciam ter fim. Os cabelos negros estavam presos em um coque desgrenhado, com alguns fios fora do lugar.
Vestia-se com esmero: uma blusa de linho escuro e um colete de botões prateados que brilhavam discretamente sob a luz do salão. Assim que viu os dois se aproximando, ergueu uma sobrancelha, revelando curiosidade e surpresa.
— Vocês… já estão de volta? — perguntou, folheando rapidamente seu caderno grosso de anotações.
— Queremos registrar a conclusão dessa missão. — A polariana colocou a folha sobre a mesa.
Na folha envelhecida, havia uma descrição sobre um gatinho perdido há quase dois dias.
Mirna a pegou, observando com atenção, e depois olhou para os dois com um ar entre o espanto e a admiração.
— Vocês sabem que essa já é a décima sétima missão registrada nessa semana, certo?
Hazan sorriu com aquele jeito despreocupado.
— Estamos só esquentando.
— Vocês… quase não recebem por essas missões. E ainda dividem as recompensas… — Mirna folheou rapidamente algumas páginas, então pegou sua pena e registrou mais uma linha no diário. — Gostam de fazer caridade, por acaso?
— Isso não é problema seu — finalizou Aurora. — Chegou alguma coisa para nós?
Acostumada com o jeito ácido da polariana após tantas interações, ela prosseguiu naturalmente. Tocou em um papel separado ao lado e o puxou com certo cuidado.
— Chegou isso aqui hoje cedo. Uma missão enviada diretamente pelo Sacerdote Elios.
O nome fez o silêncio crescer por um momento. Hazan e Aurora se entreolharam.
— Pode mostrar? — perguntou Hazan.
— Claro — disse Mirna, estendendo o pergaminho dobrado. — Está assinada pelo próprio sacerdote. Direcionada a vocês dois.

Ao terminar a leitura, Hazan manteve o olhar fixo no pergaminho por alguns segundos.
— Parece que não vai ser uma missão simples. — comentou, passando os dedos pelo queixo.
Aurora dobrou o papel de volta, com calma. Quando falou, sua voz estava mais fria que o habitual.
— Lugares que mexem com a mente costumam esconder mais do que pretendem mostrar.
— E outras pessoas já falharam. Isso é perfeito.
Mirna cruzou os braços, apoiando-se no balcão.
— Posso avisar que aceitaram a missão?
Hazan assentiu.
— Nós vamos ver o que está enterrado nesse templo.
Aurora virou-se em silêncio, já caminhando em direção à saída.
A missão começaria ao entardecer.
As trilhas que levavam ao antigo templo serpenteavam pela encosta oeste da cidade, margeando os restos do velho Caminho de Lysor — hoje, apenas uma trilha de pedras desgastadas pela chuva, pelo tempo e pelo esquecimento.
A vegetação tomava conta dos arredores com liberdade: ervas altas, arbustos espinhosos e árvores de troncos retorcidos lançavam sombras compridas sobre o solo irregular.
Hazan caminhava com as mãos nos bolsos e os olhos atentos, embora o corpo transmitisse certa despreocupação. Ao lado, Aurora seguia ereta, passos silenciosos, olhar fixo à frente, atenta aos detalhes.
Atrás dos dois, uma presença destoava do cenário austero: Almira, a jovem acolhedora da Igreja de Unitas, tentava acompanhar o ritmo. Vestia um manto azul-amarelo que já trazia sinais do pó da trilha, e seus cabelos ruivos trançados balançavam a cada passada.
— P-peço desculpas… — ofegou, apoiando as mãos nos joelhos quando os dois pararam no meio da subida para esperá-la. — Eu não estou acostumada com esse tipo de trajeto…
— Tá tranquilo — disse Hazan, com uma voz suave. — É a sua primeira vez numa missão assim, não é?
Almira assentiu com um rosto tímido.
Aurora apenas lançou um olhar breve na direção da jovem. Ajustou as adagas na cintura e aguardou em sossego.
Almira respirou fundo e sorriu, meio sem graça.
— Obrigada. Vocês são mais gentis do que parecem à primeira vista…
— Mais ou menos. Eu sou o simpático da dupla — respondeu Hazan, lançando um olhar de canto para Aurora. — E ela é a chata ranzinza.
Aurora não disse nada, mas uma sobrancelha levantada deixou no ar uma resposta silenciosa.
— Esse templo… — retomou Almira, voltando o olhar para a trilha à frente — Sempre foi um lugar especial para os fiéis de Unitas. Mesmo em ruínas, muitos vinham aqui rezar, fazer oferendas… Dizem que Selentheia, uma das filhas de Unitas, abençoou esse terreno no passado.
— E mesmo assim, deixaram o lugar cair aos pedaços? — Hazan franziu o cenho, examinando os arredores.
— A Igreja tentou mantê-lo de pé, mas nunca houve verba suficiente. Com o tempo, outros templos receberam prioridade. Este aqui… foi esquecido. Mas ainda havia gente que o considerava sagrado. Até pouco tempo atrás.
— Lysor. O Caminho de Lysor… — murmurou Hazan. — Por que esse nome?
Almira sorriu com melancolia.
— Lysor era o nome do velho que cuidava do templo. Um devoto. Desses raros, que não pedem nada em troca. Ele subia essas trilhas todos os dias, faça chuva ou sol, só pra deixar uma flor, acender uma vela… ou só ficar em silêncio. Era querido por todos. Quando morreu, batizaram a trilha com o nome dele. Foi o mínimo.
Por um instante, nenhum dos três falou. O vento balançou as folhas secas e trouxe um cheiro leve de terra molhada.
Hazan soltou um suspiro baixo, quase imperceptível, e continuou andando. Aurora o seguiu, e Almira retomou o passo atrás deles, com um pouco mais de fôlego.
Mas agora, não parecia mais tão difícil acompanhá-los.
O caminho apertou mais uma vez entre duas grandes pedras cobertas de musgo. E então, ao saírem do outro lado, os três se depararam com uma visão peculiar.
Ruínas de um antigo tempo estavam parcialmente envoltas por uma neblina densa e baixa.
A estrutura principal estava incompleta: colunas despedaçadas, uma torre caída e partes do telhado completamente devoradas pelo tempo. As pedras esbranquiçadas tinham rachaduras e sinais de antigas gravuras apagadas.
Mesmo assim, o lugar exalava algo… diferente. Um desconforto que não vinha do frio ou da altitude, mas da atmosfera pesada.
Almira estacou alguns passos atrás.
— Tem algo errado com o ar… — murmurou, levando uma das mãos ao broche simples de prata com um pequeno símbolo de chama azul. — Eu vou tentar… sentir o que há aqui.
— Tem certeza? — perguntou Hazan, o olhar desconfiado varrendo a névoa à frente. — Esse tipo de sensação… Não é só corrupção?
Almira assentiu devagar.
— Se for, preciso saber. Se for outra coisa… também. — Os olhos de Almira brilharam por um instante, carregando uma fé quieta, mas inabalável. — Confie em mim. Unitas sempre responde quando a intenção é pura.
Ela deu um passo à frente e se ajoelhou entre as raízes arqueadas de uma árvore retorcida, como se buscasse abrigo nos braços do próprio mundo. Ajoelhou-se com cuidado, os joelhos afundando entre folhas úmidas e fragmentos de musgo. Suas mãos se uniram em um gesto antigo e sagrado.
Fechou os olhos, e por um momento, a respiração desacelerou.
Então, começou a prece.
— Unitas, mãe da compaixão, luz que pulsa entre as rachaduras do mundo… escuta tua serva. Onde o silêncio se faz espesso, que tua voz se erga. Onde o medo se aninha, que tua presença seja calor.
Ela respirou fundo, sentindo o cheiro de terra e se conectando com a natureza. Então, recomeçou, agora com mais firmeza:
— Se este lugar ainda é teu, mostra-me o caminho. Se foi tomado por sombras, ensina-me a reconhecer o invasor. Que minhas palavras alcancem teus olhos. Que minha alma não se perca na bruma. E que teu amor, que é chama e cura, me guie pela escuridão!
Uma aura tênue, de um verde claro entremeado por brilhos dourados, começou a se formar ao seu redor. Era como a aurora refletida em água serena. A energia pulsava levemente, cálida, viva, profundamente gentil.
Por um instante, tudo pareceu acolher sua oração. A brisa cessou. Os galhos cessaram seu ranger. O mundo ouviu.
Mas só por um instante.
A aura vacilou. Tremeu.
A luz desapareceu por uma fração de segundo, e Almira sentiu seu corpo perder as energias.
Seus olhos se abriram de repente, e o terror tomou forma neles.
— I-isso n-não é corrupção, mas… É tão denso quanto.
Almira tombou à frente, ofegante, o rosto pálido e coberto de suor. Suas palavras não encontraram repouso. Algo ou alguém tinha escutado — mas não era Unitas.
E onde a fé deveria florescer, só restou dúvidas.
— E-eu não sei o que é isso, mas… não é seguro ficar aqui — sussurrou com a voz falha.
Sangue escorreu de sua boca. Ela caiu de joelhos com força, a respiração falhando. As mãos apertavam o peito em busca de apaziguar a própria agonia.
— Almira! — Hazan se aproximou, abaixando-se ao lado dela e apoiando sua cabeça. — Ei, ei, relaxa! Respira fundo, tá ouvindo?
Ela vomitou sangue no chão e estremeceu, mas ainda tentava manter os olhos abertos.
— Algo… me viu… — balbuciou, quase um delírio. — Quando eu… tentei… ver…
— Shhh, não fala. — Hazan olhou ao redor, a mandíbula cerrada. — Que droga foi isso?
Aurora observou ao redor, mas nada realmente chamava a sua atenção além da entrada cheia de névoas.
— Eu vou entrar — declarou Hazan, levantando-se com um olhar determinado e os punhos cerrados.
— Espera — disse Aurora. — Não sabemos o que tem aí dentr-
Sem esperar resposta, ele avançou até a entrada e sumiu por um breve instante na névoa.
Aurora estendeu a mão, mas já era tarde demais. Ela coçou a cabeça, franzindo as sobrancelhas.
— Maldito imbecil…
Extra.
A porta da pousada se abriu com típico tilintar do pequeno sino. Agnis entrou, passos rápidos, expressão severa — como sempre.
— Alice — cumprimentou, ao ver a garota limpando uma mesa no fundo. — Hazan ainda está dormindo?
Alice ergueu os olhos do pano que passava nas canecas e respondeu com um suspiro entediado:
— Não sei. Nem quero saber.
— Alice… — chamou Randolf, saindo da cozinha com um prato de pães amanteigados. — Não seja assim.
— Estou sendo honesta! — ela rebateu, voltando a esfregar a mesa com mais força do que necessário.
Agnis se virou para Randolf, confiante de que o dono da pousada teria a resposta sensata.
— Ele saiu em missão — disse Randolf, como quem fala do clima. — Anda correndo, treinando, completando missões com a Aurora. O garoto parece novinho em folha.
Agnis congelou.
Um tique nervoso apareceu no canto do olho.
— Mas… o maldito joelho dele! Ele está ferido, Randolf!
— Ferido? Pelo que eu vi, ele está muito saudável. — Randolf deu de ombros, servindo pão. — Até pulou da sacada outro dia.
Agnis soltou um ruído abafado, como o suspiro de um corvo asmático, e caiu de bunda no banco mais próximo. Ficou ali, encarando o vazio.
— Me traz… umas três cervejas. Fortes.
— Tô sentindo que vai pedir quatro — disse Randolf, já pegando os copos.
— Faz cinco. Não quero lembrar dessa conversa.
Alice bufou ao fundo.
Randolf sorriu, satisfeito consigo mesmo.
— É pra já, meu companheiro!
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