Índice de Capítulo

    O baque surdo do corpo de Flint ecoou pelo espaço amplo da arena quando caiu de joelhos, ofegante.

    A espada de madeira rolou metros à frente, parando com um gemido seco de fricção pelo chão de mármore. O suor escorria por suas têmporas, misturado à poeira e ao gosto amargo da derrota.

    Darius estava estupefato. As pernas afastadas na postura firme de um espadachim treinado, os punhos ainda fechados ao redor do cabo da espada. Olhos arregalados. Pupilas contraídas. A respiração curta.

    — …Como isso é possível?

    A voz escapou por entre os dentes cerrados, mais um sussurro para si do que uma pergunta real. Olhava para baixo, para Flint ajoelhado diante dele. Algo entre frustração e incredulidade fervia em sua garganta.

    Flint soltou um riso engasgado e se levantou com um rangido de esforço. 

    — É, você ainda é o mesmo. Forte como sempre — elogiou, tentando manter o tom leve, nostálgico. — Mas… por que pegou leve no começo?

    O loiro, de postura impecável e o semblante afiado, ignorou a pergunta.

    — Quando você voltou a treinar?

    Flint piscou, surpreso. Coçou a nuca com um riso sem jeito.

    — Hoje, na verdade — respondeu, coçando a bochecha. — Mas… por que essa cara pálida? 

    Darius não respondeu. Os olhos estreitaram-se, o maxilar tensionou, uma veia pulsando na lateral da testa.

    Ele voltou a treinar hoje, e foi capaz de me pressionar durante o duelo apenas com sua esgrima. E ainda acha que eu peguei leve?

    Inaceitável.

    — Qual é o seu nível atual como pujante?

    O tom era baixo, controlado, mas havia uma frieza oculta ali.

    Flint deu um risinho desajeitado.

    — Não aja como se não soubesse. — Deu um soco de camaradagem no ombro de Darius. — Pujante intermediário, uma estrela. Ainda preso nesse estágio faz… o quê? Cinco anos, talvez?

    Darius sequer reagiu ao toque. Seus olhos seguiam calculando, medindo.

    — E o refinamento corporal? Alguma evolução?

    — Hm… ainda no estágio da primeira têmpera. Mas, sério, Darius, o que você tá tentando-?

    — Bom. — Interrompeu, finalmente sorrindo, colocando a mão sobre o ombro de Flint. — Continue se esforçando. Quem sabe, da próxima vez, me ofereça uma luta digna.

    Flint abriu a boca, ofendido e confuso.

    — Ei! Essa não foi boa o suficiente?

    Darius ajeitou o sobretudo de pelos, limpando uma sujeira imaginária dos ombros. O sorriso persistia, mas agora tinha um toque de desdém satisfeito.

    — Nem chegou perto.

    Virou-se, os passos firmes reverberando contra o chão de mármore. Guardou a espada de madeira no porte de armas casualmente.

    — Já vai embora? — A voz de Flint soou mais baixa, quase hesitante. — Pensei que… a gente podia beber algo na adega. Como nos velhos tempos.

    Darius parou por um instante, sem se virar.

    — Tenho muito o que fazer, meu estimado amigo.

    Apesar da afirmação, havia um sorriso arrogante que não demonstrava para Flint.

    — E você… pense na minha proposta. — Ele se virou, mascarando com um olhar sério, encarando-o por cima dos ombros. — É melhor manter aquele plebeu sob controle. Você sabe do que eu estou falando. A Casa Ignis tem uma reputação a zelar. Em Varsília e além. Como um dos canditados a sucessão, você deveria considerar mais atentamente o que significa representar esse nome.

    Flint engoliu seco, os olhos perdidos no chão.

    — …Eu vou pensar nisso — respondeu, a voz mais baixa, mais lenta.

    Quando ergueu o rosto, Darius já tinha ultrapassado a porta dupla.

    Sozinho, bufou e passou as mãos pelos próprios cabelos, bagunçando-os com frustração.

    — “Beber algo na adega”… Que droga, Flint! Você tinha prometido parar com isso.


    As sombras do entardecer desciam sobre Ariasken. O trio caminhava lado a lado pelas ruas, passando por comerciantes fechando as barracas, bêbados tropeçando nos próprios pés e crianças jogando pedras em barris de lixo.

    Quando cruzaram o grande arco enferrujado que separava a cidade do subúrbio, a atmosfera mudou.

    A favela dos subúrbios era um labirinto decadente. Os becos estavam encharcados com água suja e lixo. Homens mal-encarados os observavam das sombras, e gritos abafados ecoavam entre as construções podres. Uma mulher chorava ao longe. Um cachorro uivava.

    — Estamos no fim da linha — declarou Aurora, parando.

    Aspen e Lunna a encararam com olhos tensos.

    — Vocês devem voltar… Este lugar não é feito pra fedelhos. — O tom dela soou como uma ordem.

    — Hazan ainda está aqui — retrucou Aspen, firme.

    — Ele vai sobreviver. Não posso dizer o mesmo de vocês se continuarem com essa teimosia.

    Lunna franziu o cenho, mas Aurora deu meia-volta e começou a andar.

    — Aurora, espera! — insistiu Aspen. — Nós podemos fazer um acordo!

    Ela parou.

    Olhou por cima do ombro, a expressão fria, mas os olhos… quase intrigados.

    — Um acordo? — repetiu ela. — E o que exatamente você tem a oferecer?

    Aspen hesitou, depois enfiou a mão no bolso e retirou um pequeno caderno de anotações. Tirou um lápis do bolso, folheou as páginas e escreveu no papel em branco com um lápis.

    Aurora arqueou as sobrancelhas, mas Aspen rasgou a folha e entregou para ela.

    — Cinco moedas de prata. Minha mesada do mês. Se escoltar a gente nos subúrbios, vão ser todas suas!

    A polariana ergueu uma sobrancelha. Lunna deu um passo à frente, decidida.

    — Eu também posso ajudar! — declarou, retirando as moedas do bolso.

    Aurora não respondeu. Tomou o lápis de Aspen e mudou o valor oferecido pelo contratante, mostrando para o garoto.

    — D-dez moedas de ouro!? — Aspen e Lunna gritaram ao mesmo tempo.

    Isso é um absurdo! — contestou o elfo, claramente abismado.

    Mas ela continuou:

    — Para garantir que vocês voltem pra casa com todos os órgãos internos no lugar, isso é até pouco.

    — A gente não tem tudo isso! — Lunna respondeu.

    — Então nada feito — ela respondeu, amassando o papel e virando de costas.


    Aspen e Lunna caminhavam sozinhos pelos becos apertados, ombros colados, olhos atentos. 

    A névoa baixa arrastava-se pelo chão. Corpos largados, rostos inchados, membros em ângulos que desafiavam a anatomia…

    A cada esquina, um homem desacordado.

    — Se a gente seguir esse rastro de corpos, uma hora vamos achar ele, c-certo…? — murmurou Aspen, engolindo em seco. — D-droga, a gente não devia ter vindo sozinhos…

    — Eu falei pra você oferecer aquele monte de livros da estante — retrucou Lunna, olhando para os lados como quem esperava um ataque a qualquer segundo.

    — Sua burrice atacou de vez? Eu jamais entregaria meus livros!

    — Nem se fosse pelo Hazan? — Lunna inclinou a cabeça, travessa. — Hm… Pelo visto, você não gosta tanto assim dele.

    O rosto de Aspen pegou fogo. Ele cerrou os dentes e puxou um dos chifres verdes dela. — Sua demônia chifruda!

    — Ei! — exclamou, agarrando a bochecha dele como uma avó irritada. — A culpa não é minha se você prefere seus livrinhos poeirentos do que o cara que salvou a sua vida!

    — Eles não são poeirentos! São… clássicos raros!

    A briga improvisada seguiu por alguns passos, até virarem uma esquina.

    Foi quando congelaram.

    Três bandidos conversavam em volta de uma fogueira, rindo baixo, com armas largadas por perto e olhares preguiçosos. Ainda não os tinham notado.

    Aspen e Lunna se entreolharam.

    — Se a gente morrer aqui, eu quero que meus livros fiquem com a Aurora — sussurrou Aspen.

    — Que bonitinho… pena que ela vai usar como peso de porta — respondeu Lunna, já se abaixando atrás de uma pilha de entulho.

    Os homens pareciam despreocupados. Havia barris encostados na parede de uma casa velha. Um deles encheu o copo de madeira com cerveja e deu um gole antes de voltar a falar.

    — Vocês viram o estado daqueles caras na entrada? Ouvi dizer que Hadrian tem patrulhado por perto, será que foi ele?

    Outro homem negou com a cabeça. — O Chefe Naron tá atrás daquele tahtoriano dos rumores, ele tem causado problemas. Depois da aliança com a Confraria, mandou uns sessenta homens pra quebrar ele.

    — Droga, tahtorianos não são brincadeira… Agradeço aos deuses por não terem me colocado nessa missão.

    Aspen puxou Lunna, tentando se afastar… mas chutou uma lata velha. O som metálico não aliviou no barulho produzido.

    — O que foi isso?

    — Ei, tem alguém aí!

    Os irmãos congelaram. Um passo atrás, depois dois… e correram.

    Mas era tarde. Os bandidos cercaram o beco, formando uma meia-lua de sorrisos podres e intenções piores.

    — Olha só… que gracinha. Um casal perdido?

    — Calem a boca! — gritou Lunna.

    — Que boca nervosa… — disse um deles, avançando. — Aposto que rende uns trocados.

    — Ei, olha esse bastardo. Olhos azuis… cabelos dourados. — Seus lábios se abriram num sorriso malicioso. — Faz o gosto de muitos nobres.

    Aspen arregalou os olhos e, em puro desespero, gritou:

    — AURORA! EU ACEITO O ACORDO! DEZ MOEDAS! DEZ MOEDAS!

    Os bandidos gargalharam.

    — O moleque surtou?

    Um deles avançou com um sorriso nojento, até que uma sombra caiu sobre ele.

    Bam!

    Dois pés atingiram sua cabeça numa voadora. O corpo caiu como um saco de batatas.

    Aurora pousou no chão, ignorando os homens e sacando uma de suas adagas. 

    — Sua puta! Quem você pensa que é!? — disse um deles, pegando um martelo do chão.

    Sem dizer nada, Aurora se virou para Aspen e Lunna, segurando as mãos dos dois.

    Eles mal entenderam o que estava acontecendo até sentirem a ponta da adaga perfurar levemente os polegares.

    — O acordo… está selado — disse ela, enquanto manchava o papel amassado com os polegares dos irmãos.

    Os bandidos recuaram um passo, instintivamente.

    Aurora se endireitou após selar o contrato com sangue. Guardou o papel no bolso de trás da calça e soltou os dedos de Aspen e Lunna com um gesto firme, como quem terminava uma burocracia irritante.

    — Pronto. Agora vocês estão legalmente sob minha proteção — disse com naturalidade, girando uma das adagas entre os dedos. — Primeira cláusula: não há reembolso após o serviço ser contratado.

    — Vocês ouviram isso? — zombou um dos bandidos, ainda com o martelo em mãos. — A mocinha quer brincar de assassina.

    Aurora o ignorou. Apenas andou em passos calmos.

    — Segunda cláusula: — continuou, como se lesse em voz alta —: “Injúrias verbais à contratante também invalidam direito à misericórdia”.

    — Sua vadia, é você quem vai implorar por misericórdia!

    O primeiro bandido avançou com uma estocada selvagem.

    Aurora abaixou-se num giro, cortando os tendões da perna dele com um único movimento. O homem caiu gritando.

    Antes mesmo que os outros reagissem, ela lançou a segunda adaga, que cravou no ombro de um dos bandidos como se fosse uma extensão natural do braço.

    Ele deu dois passos cambaleantes antes de cair sentado, zonzo de dor.

    — Terceira cláusula — disse ela, já correndo em direção ao terceiro, que se arrastava pelo chão. — A contratada possui o direito de lidar com a situação como bem entender.

    Saltou sobre um barril, usou a parede para ganhar impulso e cravou a adaga no pescoço dele. O sangue espirrou na parede, escorrendo devagar.

    Os dois últimos hesitaram. Um tentou correr para a viela lateral.

    Aurora puxou a adaga cravada no ombro do ferido e lançou novamente.

    Desta vez, o projétil rodopiou no ar antes de perfurar a base da coluna do fujão.

    Ele caiu, gritando algo sobre não sentir as pernas.

    O último homem, o do martelo, ergueu a arma como um escudo, tremendo de medo.

    Em três segundos, ela já estava atrás dele. Uma linha vermelha surgiu no pescoço do agressor. O corpo tombou de joelhos, e a cabeça aterrorizada rolou pelo chão.

    O silêncio caiu sobre o beco, quebrado apenas pelo som do sangue esguichando como uma fonte do pescoço decepado.

    Aurora rasgou a roupa de um dos corpos e usou o tecido para limpar a lâmina de suas adagas.

    Aspen, por outro lado, estava pálido, encarando os corpos com uma expressão de puro terror.

    Ela matou todos eles… Ela matou todos eles!

    Lunna, ainda ofegante, olhou para o corte discreto em seu polegar e depois para o papel guardado no bolso de trás da calça de Aurora.

    — Aspen… — murmurou, com os olhos semicerrados. — Você escreveu aquele monte de cláusulas no contrato?

    — O quê?! — ele se virou para ela, horrorizado. — Claro que não! Eu só escrevi “proteção temporária, paga com dez moedas”! O resto… eu nem sei de onde veio!

    — Ah… — Lunna fez uma careta pensativa. — Então acho que ela preencheu os “termos” sozinha.

    — Isso nem é legalmente válido! — sussurrou Aspen, olhando Aurora com pavor.

    Aurora, que ouvira tudo, deu um pequeno sorriso sem virar o rosto.

    — Quarta cláusula: caso o cliente reclame da veracidade do contrato… o valor original é dobrado.

    — Que Unitas tenha misericórdia…

    — Bem-vindo ao mundo adulto — disse Lunna, dando tapinhas condescendentes no ombro do irmão.

    A polariana terminou de limpar as adagas e observou os irmãos por um momento. Aquela brutalidade generalizada os assustou mais do que esperava.

    — Escolta concluída, por ora — declarou. — As cláusulas de proteção temporária são válidas pelas próximas três horas, com possibilidade de extensão mediante nova taxa.


    Hazan estava completamente cercado.

    — Pegamos você, desgraçado! — gritou um deles, brandindo uma corrente manchada de ferrugem e sangue seco.

    O jovem levantou as mãos devagar, palmas abertas. Não em rendição, longe disso. O gesto era mais teatral do que qualquer outra coisa.

    Ele deu um passo à frente.

    — Parabéns. — Sua voz saiu rouca, mas ainda assim carregada de algo que incomodava. Uma firmeza. Um gosto metálico de ameaça. — Sério. Vocês fizeram exatamente o que eu queria.

    Os homens pararam. Um deles estreitou os olhos.

    — Como é?

    — Atrair vocês pra cá. — Hazan abriu um sorriso torto. — Me dei ao trabalho de andar por esses becos fedorentos só pra espancar todos vocês de uma vez. É uma pena que não veio todo mundo, mas posso acabar com os outros depois.

    O silêncio se instalou.

    Um riso nervoso escapou de algum canto. Mas ninguém avançou.

    Tinham confiança em seus parceiros. Eram homens fortes, saudáveis e com determinação. Homens que não seriam facilmente derrotados, mesmo não sendo pujantes. Eles tinham garra. E acreditavam firmemente nisso.

    Ou era o que pensavam. 

    O rapaz diante deles emitia uma aura de perigo que todos conseguiam sentir.

    Merda. Meu joelho tá reclamando bastante… Parando pra pensar, mesmo que eu derrote esses daqui, ainda vão faltar pelo menos uns trinta deles.

    Não era exatamente o tipo de pessoa que fazia planos mirabolantes. Estava lidando com a situação de forma improvisada, e sequer tinha passado pela sua cabeça como exatamente iria interrogar aqueles homens.

    Se eu lutar agora, não sei se vou ter energia pra acabar com os outros, e mesmo que eu acabe, vou ter que poupar alguns deles para poder interrogá-los.

    Os olhos semicerraram.

    Espera… é mesmo! Tem essa opção! Eu sou um gênio.

    — Vocês acham mesmo que são os primeiros a tentarem me encurralar? — sussurrou, quase como uma provocação. — Vocês vão se arrepender de me subestimarem.

    Ergueu lentamente o joelho até a altura do quadril, mantendo o peso do corpo bem distribuído na perna de apoio. 

    Os pés firmes, dedos levemente abertos tocando o chão como garras. As mãos subiram, protegendo a cabeça, cotovelos voltados para dentro, queixo abaixado, olhos fixos nos inimigos.

    A postura básica do Muay Thai emanava imponência por si só. 

    Os bandidos podiam não reconhecer os detalhes técnicos, mas sentiram o peso.

    Hazan deu um passo à frente. Os punhos mantidos na altura do rosto. O joelho subiu novamente, marcando a movimentação típica de quem prepara um golpe poderoso.

    Os homens recuaram, suor escorrendo de suas bochechas, presos na decisão de lutar ou fugir. Os punhos apertaram firmes suas armas, e quando a primeira gota caiu no chão…

    O rapaz caiu.

    Sem qualquer aviso ou preparação.

    O corpo simplesmente caiu, levantando a poeira do chão.

    A expressão de cada um daqueles homens representava a pintura perfeita do vazio e decepção.

    — E-ei…? — Um dos bandidos quebrou a imobilidade, dando um passo à frente. — Não é possível.

    — Esse puto desmaiou? — outro murmurou.

    — Deve ser fingimento!

    — Vai lá ver, então, bonzão.

    — Eu? Vai você!

    — Manda o Rato.

    Todos olharam para o sujeito mais magro do grupo, um desgraçado de olhos fundos e orelhas grandes.

    Rato bufou, praguejando, mas foi. Arrastava um pé-de-cabra e caminhava com medo, aproximando-se com cuidado.

    Parou diante do corpo imóvel. Cutucou Hazan com a ponta de ferro.

    Nada.

    Cutucou de novo, mais forte.

    Nenhuma reação.

    Fechou os olhos com força, levantou o pé-de-cabra e bateu nas costas do lutador com força.

    Nem um gemido.

    Rato engoliu em seco. Depois olhou pros outros e deu de ombros.

    — Tá apagado.

    O alívio foi instantâneo. O grupo inteiro relaxou ao mesmo tempo.

    — O que tinha dito mesmo? Que a gente ia pagar? Seu merdinha! — Um deles se aproximou e cuspiu no rosto do lutador.

    Outros caíram na gargalhada.

    — Vamos levar o idiota. E Rato, avisa os idiotas da Confraria que ainda estão correndo por aí que acabamos com o infeliz!

    O homem assentiu.

    Um bandido musculoso usou cordas para amarrar os pulso e colocou o jovem nas costas com zero delicadeza.

    Eles não viam, mas tinha um sorriso sutil no rosto do pardo.

    Aposto que eu também era ator antes de perder minhas memórias. Vamos, me levem pra toca de vocês. Quero saber quantos são. Onde ficam. Se tem suprimento. Armamento. Rota de fuga. Tudo.

    A escuridão ao manter os olhos fechados era quase confortável, se não fosse pelo joelho que latejava de vez em quando.

    Porcaria. Só preciso que minha perna pare de doer até lá.

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 100% (4 votos)

    Nota