Índice de Capítulo

    Mesmo os Elfos da Vila da Montanha dos Dez Dedos encontraram uma razão para fazer isso e foram muito persistentes ao se aproximarem daquele humano à sua frente.

    Aquele humano, como esperado, era Cale.

    — É difícil responder?

    Cale evitou contato visual com o elfo na frente do grupo. Por que os dois elfos na frente tinham que ser uma avó e uma criança? Cale olhou para a Chefe Canaria.

    — Achei que tivesse deixado claro que queria ir embora discretamente.

    Canaria sorriu gentilmente para Cale. Cale achou aquele sorriso irritante, mas não era culpa dela.

    — Desculpa, jovem mestre-nim. Só contei para a minha família.

    Cale voltou o olhar para a fonte do pedido de desculpas. Pendrick parecia muito arrependido. Ele era o motivo pelo qual o horário e o local da partida deles foram revelados. No entanto, não se podia culpá-lo por contar à família sobre sua partida.

    “Bem, se esse é caso.”

    Cale pensou que pelo menos havia evitado a pior situação possível com Raon aparecendo e sendo reverenciado. Foi por isso que decidiu usar a situação a seu favor. Não seria mais fácil fazer os Elfos obedecerem às suas ordens se ele deixasse uma boa impressão?

    — Não, isso não é motivo para se desculpar.

    Um sorriso benevolente estava estampado no rosto de Cale. Esse sorriso permitiu que Pendrick soltasse um suspiro de alívio. No entanto, o grupo de Cale começou lentamente a evitar olhar para ele.

    Cale fez contato visual com o jovem elfo que segurava a mão de sua avó.

    — Não, não é difícil responder.

    Ele parecia muito gentil com a criança. Cale pensou na pergunta anterior da criança.

    — V-você realmente tem a proteção de um Dragão-nim?

    Ele podia ver que os Elfos e Elementais queriam uma resposta. Alguns Elfos olhavam diretamente para ele, enquanto outros, ao longe, espiavam secretamente. É claro que os Elementais brilhavam e murmuravam alguma coisa, mas Cale não conseguia ouvi-los.

    Entretanto, suas vozes foram ouvidas pelos Elfos.

    — Este humano é protegido por uma aura forte!

    — Deve ser a aura de um dragão-nim. Nunca senti a aura de um dragão-nim antes! Vou me lembrar disso para sempre!

    — Meu Deus! Um humano com tantas auras naturais! Fogo, água, vento e madeira, todos os quatro têm formas diferentes nele!

    — Ele também tem um poder natural extra que não possui afinidade!

    Os Elementais estavam gritando caoticamente.

    — Nunca vi um humano assim antes. Ele não é um Elementalista nem um Elfo.

    — Eu entendo por que os Dragões-nims gostariam dele! Ele deve ser um humano amado pelos poderes antigos, não, pela natureza!

    — Que humano interessante.

    Os Elfos ficaram ainda mais pensativos ao ouvir as palavras dos Elementais. O mesmo aconteceu com a Chefe Canaria e o Cavaleiro Guardião. Só Pendrick não sabia, pois não conseguia ouvir os Elementais.

    Cale, que estava no mesmo barco que Pendrick, não sabia que os Elementais estavam ficando loucos quando ele começou a falar.

    — O Dragão protege o meu lado fraco.

    — Ah.

    Suspiros podiam ser ouvidos por toda a multidão.

    Naquele momento, Raon, que estava invisível e preso nas costas de Cale, como sempre, começou a falar na mente dele.

    {Estou feliz que você saiba, humano fraco.}

    Cale simplesmente ignorou o comentário de Raon e começou a sorrir enquanto olhava para a criança elfa. No entanto, esse sorriso logo começou a desaparecer com a resposta da criança.

    — Nossa! Que inveja! Você é o máximo! Você é tão legal!

    A combinação tripla de elogios da criança atingiu Cale antes que ela continuasse a falar.

    — Eu queria ir te encontrar quando você estivesse no Jardim da Árvore do Mundo, aquele jardim florido! No entanto, seus subordinados eram tão rigorosos que eu não pude ir. Nunca conheci pessoas tão… quer dizer, hum, tão fortes antes! Elas parecem ser mais fortes até do que os Cavaleiros Reais humanos!

    A criança espiou o resto do grupo ao dizer isso. Então, escondeu-se atrás da avó, como se estivesse com medo. Um elfo tinha medo de um humano.

    “O que diabos eles fizeram para me proteger durante aqueles três dias?”

    Cale tinha a sensação de que não era ele quem evitava os Elfos, mas os Elfos que o evitavam por causa do que Choi Han e seu grupo fizeram durante os três dias em que ele ficou inconsciente.

    Eles se reuniram aqui hoje para se despedir de Pendrick.

    Cale recebeu mais algumas perguntas depois de responder à pergunta da criança. A maioria delas veio de outras crianças.

    — Como é o Dragão-nim?

    A pata dianteira de Raon continuou batendo nas costas de Cale.

    Cale respondeu com um sorriso gentil.

    {Eu sou grande e poderoso.}

    — Ele é grande e poderoso.

    Cale respondeu como Raon o instruiu. Já que as coisas acabaram assim, não seria ótimo ser conhecido como o humano sortudo que recebeu a proteção de um grande e poderoso Dragão?

    Ele sentiu que podia ver o nível de interesse dos Elfos aumentando, como se estivesse jogando um jogo.

    — Nossa! Ele é bonito?

    Raon naturalmente lhe deu a resposta novamente.

    {Bonito e majestoso.}

    — Ele é bonito e majestoso.

    — Uau!

    A admiração das crianças, assim como os acenos de aprovação dos adultos, continuaram. Cale queria balançar a cabeça. 

    Todos recuariam e comemorariam sem parar se um Dragão de verdade aparecesse na frente deles.

    — O Dragão-nim deve ser muito forte!

    {Não há nada no mundo tão forte quanto meu corpo.}

    — Claro. Ele é realmente muito forte.

    Cale respondeu como um boneco de ventríloquo. A voz de Raon começou a ficar mais alta em sua cabeça.

    {Eu realmente sou o grande e poderoso Raon Miru! E estou um ano mais velho agora!}

    Cale estava com dor de cabeça por causa de todo o barulho ao redor. Mesmo assim, ele conseguiu fazer um gesto com os olhos para Ron, que se adiantou com Choi Han para abrir caminho para Cale.

    Cale seguiu os dois até a entrada da Vila dos Elfos. O velho elfo que estava com as crianças que o seguiram até a entrada começou a falar lentamente.

    — Seria possível conhecer o Dragão-nim?

    {Posso aparecer agora mesmo!}

    Cale não tinha planos de deixar os Elfos se encontrarem com um Dragão. Ele planejava usar essa carta no futuro, quando fosse para seu benefício. Por enquanto, era melhor manter sua identidade como o humano mais próximo de um Dragão.

    Cale parou de andar e abriu os braços.

    Os elfos que seguiam Cale, assim como aqueles que espiavam de longe, todos ouviam a voz de Cale.

    — Vocês não conseguem sentir a grande e poderosa aura dos dragões-nims ao nosso redor? Acredito que todos vocês, elfos-nims, aqueles que dizem ser os mais próximos da natureza, seriam capazes de sentir essa grande e poderosa aura.

    Naturalmente, os Elfos mais velhos e os Elementais conseguiam sentir a aura ao redor de Cale. Era como se um Dragão estivesse vagando casualmente ao redor de Cale. No entanto, eles achavam que não havia como um Dragão seguir um humano. A menos que fosse loucura, um Dragão jamais faria isso, especialmente se permanecesse invisível. Eles acreditavam estar sentindo apenas a aura da proteção do Dragão no humano à sua frente.

    Cale observou os elfos balançando a cabeça e continuou a falar.

    — Falarei com os Dragões-nims e verei se consigo criar uma oportunidade para você falar com eles no futuro.

    Os elfos levantaram a cabeça apenas para ver uma expressão sombria no rosto de Cale.

    — No entanto, como todos vocês provavelmente sabem, a vila está em uma situação difícil e muitas coisas assustadoras estão acontecendo ao redor do continente. Preciso partir rapidamente para lidar com algumas dessas coisas.

    Alguns dos elfos assentiram com a cabeça.

    Esses eram os que observavam Cale de longe.

    A aldeia dos elfos estava uma bagunça. Eles mal conseguiam se defender dos invasores que miravam no galho da Árvore do Mundo. Não gostavam da atitude dos outros elfos que elogiavam um humano naquela hora. Não era como se um dragão-nim estivesse ali. Claro, era aceitável aceitar e respeitar alguém que recebesse a proteção de um dragão, mas não gostavam de uma atmosfera tão feliz em tempos difíceis.

    Enquanto pensavam nisso, as palavras de Cale chegaram aos seus ouvidos. Puderam perceber claramente que o humano à sua frente era quem os salvou do desespero.

    Cale ainda mantinha aquela atmosfera sombria. Eles sentiam um senso de responsabilidade sobre os ombros de Cale. Isso foi ainda mais solidificado pelas palavras seguintes de Cale.

    — Tenho muito a fazer e proteger. Essas coisas foram as tarefas que me foram atribuídas.

    As expressões dos elfos adultos endureceram ao ouvir essas palavras.

    Eles sentiam que sabiam o que Cale estava tentando fazer, mesmo sem que ele lhes dissesse.

    Assim como quando salvou a aldeia deles, e assim como ouviram do Chefe sobre a outra vez em que salvou a capital, ele provavelmente tinha coisas semelhantes para fazer. Provavelmente se sacrificaria novamente sem buscar nenhum ganho material.

    Cale observou a multidão mais calma que estava focada nele e começou a pensar.

    — Definitivamente tenho muitas coisas para fazer.

    Ele precisava enganar Toonka e lucrar. Precisava se encontrar com muita gente. Claro, ele não sabia como as coisas aconteceriam, mas precisava fazer tudo em um futuro próximo.

    — Foi um prazer conhecer todos vocês, amigos da natureza, mas acredito que chegou a hora de ir embora.

    As crianças que ainda tinham muitas perguntas pareciam decepcionadas, mas os adultos as consolaram e criaram um caminho para Cale.

    Cale olhou para o grupo que havia parado para esperá-lo. O elfo curandeiro, Pendrick, parecia estar cheio de admiração.

    No entanto, Beacrox, Ron e os gatinhos estavam fazendo o melhor que podiam para não balançar a cabeça, enquanto Choi Han e Lock balançavam a cabeça como se concordassem com Cale.

    {Humano, é por isso que não posso te deixar em paz! Seu humano inútil, fraco, mas muito útil!}

    Agora era normal para Cale ignorar as bobagens de Raon. Ele estava prestes a recomeçar a andar, mas logo parou.

    “Hum?”

    Os Elementais semitransparentes que voavam caoticamente ao redor se alinharam para abrir caminho para ele. Pareciam lâmpadas iluminando um caminho. Disseram algo enquanto aguardavam na fila, mas Cale não tinha como entender. Ele simplesmente seguiu o caminho para sair da vila.

    — Ele é uma pessoa decente. É só uma pena que ele não seja um Elementalista. Quero apresentá-lo ao meu amigo.

    — Ele me lembra os heróis antigos que minha mãe me contou. Diziam que eram parecidos.1

    — Eu realmente acho que ele é uma boa pessoa. Eu não tinha certeza antes, mas ele parece muito puro.

    Embora Cale zombasse se ouvisse o que os Elementais estavam dizendo, nenhum dos Elfos zombou de seus comentários. Apenas a Chefe Canaria cumprimentou Cale na entrada com uma expressão estranha no rosto.

    — Chefe-nim, estou indo agora.

    Canaria fez uma pergunta em vez de se despedir.

    — Jovem mestre-nim, você disse que sua família está no Nordeste?

    — …Sim?

    Ela podia ler a cautela nos olhos de Cale. Canaria começou a sorrir, pois este Cale era muito mais fácil de lidar do que o valente Cale de antes.

    — Jovem mestre Cale, acredito que você saiba que atualmente não possui o poder da terra. O Reino Roan é o Reino dos Pedregulhos, e é nele que o poder da terra atinge seu ápice. Os Pedregulhos são a forma mais forte de terra.

    Cale não escondeu seus pensamentos enquanto fazia contato visual com Canaria.

    — E?

    Cale não tinha nenhum plano de obter mais poderes ancestrais. Ele teria todos os cinco elementos da natureza se ganhasse o poder da terra. Ele tinha um pressentimento sinistro de que fazer algo assim o levaria a um futuro difícil.

    Canaria, que notou a expressão de Cale se enrijecer, entregou cuidadosamente o livro que estava em seus braços para Cale. Cale não o pegou e, em vez disso, apenas a olhou, confuso. Ela começou a explicar do que se tratava o livro.

    — Este é um livro que discute uma lenda antiga relacionada à Terra. É muito antiga. Não conseguimos decifrar seu significado, mas sinto que você pode precisar dele no futuro.

    Cale olhou para o livro que Canaria estava empurrando para ele.

    — Uma lenda antiga?

    Isso o fez querer não pegar o livro. Ele não precisava dele.

    Entretanto, suas palavras contínuas fizeram os olhos de Cale se arregalarem.

    — É uma lenda bastante engraçada. Um herói com forte poder destrutivo supostamente era extremamente ganancioso por dinheiro. Após a morte desse herói, diz-se que o herói dessa lenda encontrou a riqueza de seu amigo e a guardou em segurança.

    Canaria bufou.

    — Um herói seria ganancioso por dinheiro? Principalmente um herói que supostamente salvou o mundo do congelamento e não buscou poder, influência ou fama? Como alguém assim poderia ser ganancioso por dinheiro? Não é inacreditável?

    Ela olhou para Cale em busca de validação. Cale também bufou e assentiu.

    — Claro. Como um herói pode ser assim? Além disso, muitas lendas antigas são uma mistura de mentiras e verdades.

    — Isso acontece com frequência. De qualquer forma, este livro é sobre a lenda do outro herói, que era ao mesmo tempo amigo e inimigo do herói ganancioso. Este herói parece ser aquele que usou o poder da terra.

    Canaria olhou para Cale, que parecia estar com muita coisa na cabeça. Cale estendeu a mão lentamente e Canaria colocou o livro em sua mão.

    — Para ser sincera, não creio que você encontre o poder antigo descrito neste livro. No entanto, como não precisamos deste livro, pensei que seria ótimo se ele pudesse te ajudar um pouquinho, já que você ajudou a salvar nossa aldeia.

    — Não é um livro precioso?

    — Para ser sincera com você, não.

    Canaria achou que isso faria Cale se sentir mal, mas decidiu contar a verdade.

    — Temos um armazém onde os elfos reúnem coisas de que não precisam. Lembrei-me de que este livro estava naquele armazém e o trouxe.

    No entanto, ela ainda achava que este livro não seria de grande ajuda para Cale. Isso porque ela havia ido ao local descrito no livro, mas não encontrou nada.

    “Mas ele tem sorte.”

    Era preciso muita sorte para encontrar poderes antigos, a ponto de se dizer que os céus determinavam o dono de cada poder antigo. No entanto, este humano à sua frente teve sorte suficiente para reunir cinco poderes antigos. Foi por isso que ela trouxe este livro.

    Cale tinha uma expressão estranha no rosto quando pegou o livro.

    — Hum, vou aceitar por enquanto, já que você diz que a Vila dos Elfos não precisa. É difícil dizer não a tamanha generosidade. No entanto, poderes antigos não são algo que se conquista simplesmente porque se quer.

    — Claro. Você precisa da autorização dos céus para obtê-los. Mas ainda assim é uma lenda inacreditável e engraçada, então pelo menos leia.

    — Obrigado. Eu vou.

    Cale guardou o livro lentamente e apertou a mão de Canaria.

    — Vamos nos encontrar novamente se for a vontade dos céus, Chefe-nim.

    — Espero que possamos nos encontrar com o Dragão-nim na próxima vez.

    {Chefe! Estou aqui!}

    Cale ignorou o grito de Raon e se despediu de Canaria. Tocou o livro no bolso e começou a pensar.

    “Há uma razão para o Fogo da Destruição ter aparecido perto desta Vila Élfica.”

    Ele pensou que o Fogo da Destruição tinha aparecido por perto porque este livro estava na vila. Embora pudesse ter sido uma coincidência, ele imaginou que poderia haver algo ali.

    Ele lembrou o que o Chefe havia dito.

    Será que um herói seria ganancioso por dinheiro? Principalmente um herói que supostamente salvou o mundo do congelamento e não buscou poder, influência ou fama? Como alguém assim pode ser ganancioso por dinheiro? Não é inacreditável?

    Claro que fazia sentido. Por que não faria sentido?

    Cale fez chover dinheiro para aquele herói não muito tempo atrás.

    Cale tinha quase certeza de que o herói ganancioso deste livro era o dono do Fogo da Destruição. Ele também tinha a sensação de que o inimigo do herói era o Pedregulho Gigante.

    Embora as pedras fossem apenas um subproduto da terra, elas ainda eram parte dela.

    “Então, o dono do Super Rocha pegou o dinheiro do dono do Fogo da Destruição?”

    O coração de Cale estava batendo, não por causa do poder antigo, mas por causa do dinheiro.

    Não importava se ele ganhava o poder antigo ou não, mas ele não poderia simplesmente pegar o dinheiro?

    Cale conteve um sorriso irônico e disse seu último adeus.

    — Adeus agora.

    — Tenha uma viagem segura.

    Cale entrou na cabana semitransparente que servia de entrada para a magia de ilusão que escondia a vila dos elfos. O resto do grupo o seguiu.

    Cale finalmente deixou a vila dos elfos pela primeira vez em alguns dias. Ele então parou de andar e olhou para a fronteira da vila.

    — Ahhhhh…

    Ele soltou um suspiro. O grupo lentamente desviou o olhar para longe, ao ouvir seu suspiro. Choi Han e Lock soltaram algumas tosses falsas e abaixaram a cabeça, enquanto Ron e Beacrox permaneceram calmos.

    On e Hong miaram nos braços de Choi Han antes de desviar o olhar em direção a uma montanha ao longe.

    {Humano! Consegue ver a evidência gloriosa da nossa batalha? Destruímos tudo!}

    Raon gritou orgulhosamente na mente de Cale.

    Sim, eles realmente destruíram tudo. Cale se perguntou por que a Chefe dos Elfo teve que ajudar pessoalmente na restauração. Mas depois de olhar para a cena à sua frente, tudo fez sentido.

    Muitas árvores foram destruídas e o chão foi revirado em muitos pontos. Algumas pedras também pareciam ter sido cortadas ao meio por espadas ou auras.

    Contudo, Cale não podia dizer nada.

    {Humano, seu raio deixou a maior marca! Consegue ver? É um poder bem útil, mas nunca mais o use!}

    Ele não podia dizer nada, pois havia causado o maior dano à terra. Havia uma cratera gigante no chão que parecia a queda de um meteoro. Tudo naquela cratera estava completamente carbonizado.

    Cale desviou o olhar para um pico de montanha distante enquanto começava a falar.

    — Vamos.

    Ele então perguntou a Beacrox antes de usar o Som do Vento para se afastar do vale.

    — Ele não é muito pesado, né?

    — Não senhor.

    Beacrox, que carregava Balbud no ombro, fez parecer que Balbud não pesava um quilo. Balbud, cujos olhos, boca e orelhas estavam todos cobertos, ainda estava inconsciente.

    Cale verificou se todos estavam prontos antes de sair do vale em direção à Vila Bloke. Embora tenham chegado rapidamente à vila, ele parou no sopé da montanha por causa de Balbud.

    ***

    — Jovem mestre-nim!

    O mordomo assistente Hans curvou-se e cumprimentou Cale. Os gatinhos, On e Hong, saltaram dos braços de Choi Han para os de Hans. Cale passou por Hans e estendeu a mão para outra pessoa.

    — Já se passaram cerca de três meses?

    — Sim, jovem mestre Cale.

    Rosalyn, que havia retornado do Reino Breck, sorriu de volta para Cale. Ela tirou um pedaço de papel do bolso para responder ao olhar de Cale, que parecia perguntar como tinha sido.

    Isso indicava que Rosalyn seria a Capitã dos Magos do Reino Roan e da Aliança dos Magos do Reino Breck no início de uma guerra.

    Cale começou a rir enquanto cumprimentava Rosalyn.

    — Bem-vinda de volta, Srta. Rosalyn.

    — Era isso que eu queria ouvir.

    Cale soltou a mão de Rosalyn antes de dar uma ordem a Hans. Ele precisava se encontrar com a Elfa Negra, Tasha, mais uma vez.

    — Hans, vamos primeiro para a capital.

    1. Eu acho estranho não ter nenhuma marcação para diferenciar as falas dos Elementais, queria adicionar uma na tradução mas fiquei em dúvida, e acabou nem sendo tão necessário por enquanto, caso no futuro tenha alguma cena em que fique confuso sem marcações irei ver o que faço e altero aqui também[]

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