Capítulo 208: Suas Costas (3)

Combo 38/50

No topo de um pequeno iceberg, a uma certa distância da costa do Reino de Paerun, Cale ouviu uma voz animada enquanto estava ali.

— Humano fraco! Vamos quebrar tudo de novo?

Raon bateu as asas enquanto perguntava, animado. Cale enrolou o cachecol firmemente em volta do pescoço e respondeu.

— Provavelmente?

Ele conseguia ver a costa que ainda estava congelada, pois ainda era fevereiro.

Cale observou as cinco estações de patrulha ao redor da área.

Eles estavam atualmente na fronteira mais ao norte do Reino Paerun. Sua defesa contra a tribo das Baleias já foi mais forte do que em qualquer outro local no passado; no entanto, com a tribo das Baleias sendo esquecida, o número de guardas naquela costa congelada era agora desanimador.

Cale ouviu a voz do Dragão Negro em seu ouvido.

— Vamos levar essa coisa também?

Essa coisa.

Essas palavras fizeram as baleias ao lado de Cale no pequeno iceberg estremecerem.

Essas baleias eram, naturalmente, a baleia assassina Archie e as Baleias Jubarte, Witira e Paseton. Os olhares dos três se voltaram lentamente para o lado.

Eles viram um homem de cabelos brancos sentado em uma cadeira de rodas com uma expressão vazia.

O Cavaleiro Guardião Clopeh.

Ele parecia completamente fora de si enquanto estava sentado na cadeira de rodas.

O olhar de Cale se voltou para Clopeh. Naquele momento, o foco voltou para o olhar de Clopeh. Cale começou a perguntar em tom amigável.

— Clopeh, você irá conosco, certo?

Archie estremeceu com a atitude amigável de Cale antes de quase cair ao ver a resposta de Clopeh.

Clopeh ergueu os braços flácidos no ar. Então, juntou as mãos e fez uma profunda reverência em direção a Cale, ainda sentado em sua cadeira de rodas.

Parecia que ele estava se curvando diante de um deus.

— O que está acontecendo aqui?

O olhar de Archie se voltou para a baleia mestiça, Paseton. No entanto, Paseton também não tinha informações. Paseton balançou a cabeça com uma expressão confusa.

Eles ouviram Cale continuando a falar com Clopeh.

— Você sabe o que tem que fazer, certo?

— …Eu farei… como você ordena.

“Huh?”

A expressão de Archie ficou estranha.

Mas Cale não se importou, pois observou o medo nos olhos de Clopeh e se virou.

Choi Han cortou o braço de Clopeh.

Ron cortou o outro braço e suas duas pernas foram transformadas em carne moída.

No entanto, todos os seus membros pareciam normais agora.

Ele tinha as pernas de volta, embora elas não se movessem, enquanto seus dois braços pelo menos se moviam lentamente.

Witira começou a falar.

— Jovem mestre Cale, está tudo bem, certo?

Ela não estava perguntando sobre a condição de Clopeh. Ela não era do tipo que sentia pena do inimigo.

Ela só estava perguntando para ver se esse plano progrediria sem problemas.

— Não se preocupe.

Witira não perguntou mais nada após ouvir a resposta confiante de Cale. Estaria tudo bem se ele dissesse que estaria tudo bem.

Cale se afastou de Clopeh e bufou.

Cale sabia que Clopeh estava olhando para ele como se fosse um deus.

“Não tem como ser real.”

Ele pensava que Clopeh estava agindo dessa maneira por medo.

Por que?

A necromante Mary foi quem fez as pernas e os braços dele.

Cale disse a ela para recriar seus membros, mas também pediu que ela fizesse outra coisa.

— Os novos membros são bombas.

Mary entendeu imediatamente o que ele queria.

— Você só precisa que eu coloque mana morta?

Mana morta era um veneno mortal para os vivos.

Até mesmo a mestre espadachim Hannah só sobreviveu graças à ajuda de Mary. Aquele poder venenoso estava presente nos quatro membros de Clopeh.

Cale lembrou-se do que Mary lhe havia dito.

— Todos os seus membros explodirão quando eu enviar o sinal ou se alguém tentar curá-lo. Ele morrerá imediatamente quando isso acontecer.

A vida de Clopeh estava nas mãos de Cale.

“Ele faria qualquer coisa para permanecer vivo.”

Foi por isso que Cale olhou para Clopeh e bufou.

Este era o sujeito que havia enganado o continente, fazendo-o acreditar que era o Cavaleiro de Wyverns. O que uma pessoa assim não estaria disposta a fazer para salvar sua vida?

Cale nunca confiaria em seu inimigo e não tinha planos de abrir mão dessa fraqueza que ele tinha em mãos.

O Dragão Negro Raon espiou Cale e Clopeh antes de voar até Witira. Ele então sussurrou baixinho para ela:

— Aquele cara de cabelo branco é um pouco louco, mas ainda consegue interpretar o seu papel.

— Eu entendo, Dragão-nim.

Witira finalmente deixou de lado suas preocupações com Clopeh. Com Cale e Raon dizendo que estava tudo bem, não havia motivo para ela se preocupar.

No entanto, Witira não sabia toda a extensão.

Ele é um pouco louco.

Ela não sabia o que Raon realmente queria dizer com isso.

Raon, de seis anos, suspirou ao ver que Clopeh ainda olhava para as costas de Cale.

Clopeh continuou olhando para as costas de Cale.

O cabelo ruivo de Cale parecia branco para ele.

O Cavaleiro Guardião ainda não havia se esquecido da lenda.

Ele se lembrou da voz da necromante que criou esses membros infundidos com bombas em seu corpo.

A voz tão fria que o fez questionar se ela era realmente humana falou em tom monótono.

— Você não pode atrapalhar o jovem mestre-nim.

Claro, havia uma boa dose de emoção em comparação à voz normal de Mary, porém, era tão fraca que somente aqueles próximos a ela conseguiriam notá-la.

— O jovem mestre-nim é uma pessoa incrível.

Mary informou o Cavaleiro Guardião sobre Cale com uma voz mecânica.

Para Mary, Cale era alguém por quem ela era grata. Ele era alguém digno e bom, sempre fazendo coisas pelos outros.

Ela compartilhou seus pensamentos sinceros sobre Cale. Disse isso de forma inocente, porque era uma pessoa inocente.

— Ele está sempre olhando para tudo.

Ele acariciava meticulosamente todas as dores do seu grupo. Podia parecer indiferente, mas sempre fazia de forma gentil. Seu coração parecia tão alto quanto uma montanha.

Ele também curou a dor de Mary dessa maneira.

No entanto, Clopeh ouviu suas palavras de forma diferente.

— Ele está sempre olhando para tudo.

No momento em que ouviu suas palavras, Clopeh sentiu como se sua mente tivesse clareado.

“Essa pessoa realmente sabe de tudo. É por isso que ele apareceu na minha frente.”

A imagem do cabelo ruivo ficando branco ainda estava em sua mente.

Clopeh pensou na lenda. A lenda real, e não aquela que a família Sekka havia inventado.

< Lágrimas de Deus. O deus do lago desapareceu ao sul. >

Essa era a verdade.

“Então aquele deus que foi para o sul-”

O coração de Clopeh começou a bater descontroladamente. Naquele momento, ele ouviu a voz novamente, o que clareou sua mente. Apenas a voz de Mary podia ser ouvida dentro da prisão.

— Essa pessoa nunca se desvia do bem e sempre trabalha pela justiça.

Clopeh percebeu algo.

“É por isso que tinha que ser assim. No final, o mundo se move de acordo com sua vontade.”

Mary estava apenas elogiando Cale por se preparar para a guerra com antecedência e fazer o que podia para proteger a todos.

No entanto, Clopeh entendeu esse elogio de forma diferente.

Na verdade, Clopeh interpretou isso de uma maneira significativamente exagerada.

Cale não sabia disso quando se moveu.

— Vamos.

*Splash*

O oceano no inverno estava causando ondas fortes.

O oceano sob o iceberg. A água estava mais escura do que o normal.

Foi por causa das baleias.

Grandes baleias se aproximavam lentamente das costas do Reino Paerun.

***

— Ugh, por que está tão frio hoje?

— Sério.

Costa norte do Reino de Paerun. Um soldado na estação central de patrulha entregou ao mago resmungão uma xícara de chá quente.

O mago da comunicação tomou um gole do chá antes de empurrá-lo para o lado.

— Ahh, muito melhor. Por que precisamos proteger este lugar se ninguém vai invadir por aqui?

— Concordo. Não há como um reino do sul conseguir romper o gelo aqui.

O Sul pode estar ocupado com a guerra, no entanto, esta estação de patrulha do norte não precisa se preocupar com isso.

Quem realmente invadiria por aqui?

O mago se recostou na cadeira e olhou para o oceano pela janela. Ele conseguia ver a água se movendo ao longe, mas a área próxima à estação de patrulha estava completamente congelada.

Era um ponto de entrada completamente inútil. Quem passaria por ali?

— O próximo check-in é em uma hora?

— Sim, senhor.

— Haaaah, essa vida maldita.

O mago suspirou diante da situação infeliz de ter que passar o tempo sem a chance de obter méritos. No entanto, ele ainda precisava fazer seu trabalho direito.

Eles estavam em tempos de guerra.

Havia as forças centrais que estavam mais focadas do que nunca em cumprir sua missão.

As forças centrais.

O atual chefe da família Sekka, Duque Rock Sekka, liderava as forças centrais.

Ele deu muita ênfase à informação e à segurança a ponto de criar seu escritório como a sala central de comunicação de informações para uso com os magos da comunicação.

— Haah, não podemos fazer um relatório genérico porque o Duque-nim estará ouvindo.

O mago soltou um suspiro.

Como Duke Rock Sekka estaria lá, não havia como ele dar um relatório medíocre.

— Concordo. A única coisa que poderíamos reportar é se a tribo das baleias vier atacar.

— Há!

O mago zombou do comentário do soldado.

— A tribo das Baleias? Você está pensando em uma tribo que foi esquecida há muito tempo. Mas não tem como algo assim acontecer. Por que essa tribo silenciosa viria nos invadir? Não fizemos nada de errado com eles.

— É verdade. Eu também pensei isso depois de dizer isso.

O soldado assentiu com a cabeça, sem jeito. Mesmo ele achava que algo assim jamais aconteceria.

O soldado que cresceu na praia ouviu histórias sobre a tribo das baleias de seu avô, no entanto, elas eram apenas uma existência misteriosa do folclore.

— Hum?

O soldado estremeceu depois de olhar pela janela naquele momento.

— Umm, m-mago-nim?

— O que é?

O mago que tomava chá olhou para o soldado com uma expressão mal-humorada. No entanto, o olhar do soldado não se desviou da janela.

— O que é?

O mago também parecia irritado enquanto olhava pela janela.

O soldado estava apontando para algo à distância.

— Hum, o que é isso no oceano?

Ouviu-se um jato d’água subindo ao longe. O oceano, que antes era cinza, agora estava completamente preto.

Ele também podia ver ondas.

Não, não eram ondas.

Grandes seres avançavam através do oceano.

— …Huh?

A voz chocada do mago também pôde ser ouvida.

O soldado que percebeu o que eles estavam fazendo gritou quase num grito agudo.

— B-Baleias! Mago-nim, elas são definitivamente Baleias-!

*Baaang!*

O soldado não conseguiu terminar a frase.

A estação de patrulha estava tremendo.

Algo estava batendo no gelo por baixo d’água.

*Bum* *bum!*

— Huh, huh, isso-

O mago inconscientemente deu um passo para trás.

Algo estava surgindo do fundo do oceano, debaixo do gelo.

*Bang!* *Bang!*

Mais rachaduras apareciam no gelo a cada estrondo.

O soldado agarrou o mago e continuou a gritar.

— Baleias, é a tribo das baleias! Mago!

Foi o momento em que ele disse isso.

*Baaaaaang!*

Um estrondo mais alto do que qualquer outro estrondo anterior pôde ser ouvido quando o gelo na água se rachou completamente. O gelo congelado se partiu quando uma grande baleia apareceu.

Era uma baleia jubarte com uma cicatriz em forma de X nas costas. O corpo dessa baleia enorme se erguia acima da água.

O soldado e o mago fizeram contato visual com a baleia jubarte. Sentiram o corpo inteiro congelar ao ver o olhar frio da baleia. A grande cauda da baleia jubarte se moveu naquele momento.

A cauda que parecia que ia atingir os céus voltou para baixo.

*Baaang!*

Em seguida, ela bateu com força para se livrar do gelo.

Esse foi o começo.

As baleias cercaram os postos de patrulha e começaram a quebrar o gelo congelado acima do oceano.

O poder de romper a natureza.

Essa força frenética e brutal era avassaladora.

— Isso, exatamente o que…

— Mago-nim, precisamos nos apressar e enviar uma mensagem! Precisamos avisar os outros que as Baleias invadiram!

O soldado gritou com urgência, e o mago finalmente conseguiu voltar a si.

A invasão das baleias.

O mago sentiu medo dessas existências esquecidas.

Elas estavam destruindo o oceano.

A tribo das baleias era conhecida como a governante do oceano.

Sua mão tremia enquanto ele agarrava com urgência o dispositivo de comunicação de vídeo.

Um barulho alto pôde ser ouvido naquele momento.

*Baaaaaang!*

O soldado relatou a situação.

— A estação de patrulha oriental, a estação de patrulha oriental foi destruída!

O mago despejou mana no dispositivo de comunicação de vídeo e assentiu. Ele podia ver a estação de patrulha oriental sendo destruída com seus próprios olhos.

Ao mesmo tempo, ele podia ver vapor subindo ao redor da baleia jubarte com a cicatriz em formato de X.

E então, quando o vapor desapareceu.

*Tap*

Uma criatura feminina, a Besta Baleia, apareceu enquanto brandia um longo chicote d’água. Este chicote, feito de água, se movia e quebrava o gelo.

A pessoa que se parecia com uma baleia jubarte pisou em pedaços de gelo quebrado enquanto se dirigia diretamente para a estação central de patrulha.

Ela estava longe, mas o mago tinha certeza de algo.

Aquela baleia está olhando para ele.

O medo tomou conta do seu corpo.

*Zzziiii*

Ouviu-se o som do dispositivo de comunicação de vídeo se conectando. O mago abaixou rapidamente a cabeça e olhou para o dispositivo de comunicação de vídeo.

– Não é hora de fazer o check-in, o que está acontecendo?

Ele podia ouvir a voz do mago de comunicação das forças centrais do outro lado da linha. O mago começou a gritar com urgência.

— A tribo das baleias, a tribo das baleias invadiu!

– O que você está falando?

O relato inesperado fez o mago pensar que tinha ouvido errado.

— A tribo das baleias chegou! A tribo das baleias está causando um rebuliço no oceano!

O mago estava assustado.

Ele pensou que poderia morrer. Esse pensamento o fez gritar alto o suficiente para que o dispositivo de comunicação de vídeo quebrasse.

Sua voz cheia de desespero transformou a sala de comunicação de informações em caos. 

Uma pessoa respondeu ao grito.

– O que você está falando?

Duque Rock Sekka.

Pai de Clopeh Sekka e conhecido pelo Reino de Paerun como o Cavaleiro Guardião. Ele apareceu na tela.

O mago falou com ainda mais urgência depois de ver seu rosto.

— A tribo das baleias invadiu e está destruindo o gelo!

O mago então virou a tela em direção ao oceano. As estações de patrulha já destruídas, as estações de patrulha que estavam sendo destruídas e a bagunça que era o oceano podiam ser vistas.

– Quando o ataque começou? Qual é a situação atual?

Ele também conseguia ouvir a urgência na voz do Duque Rock. No entanto, o fato de ele ainda estar calmo fez com que o mago se acalmasse enquanto respondia.

— O ataque começou há menos de cinco minutos. A estação de patrulha leste foi destruída, enquanto as outras também estão sob ataque. Quanto à nossa estação de patrulha central-

O mago parou de falar.

— …Huh?

Ele notou a estranheza do lado de fora da janela.

“O que aconteceu com a baleia?”

“O que aconteceu com a baleia que estava vindo em nossa direção?”

Ele não conseguia ver a pessoa-fera baleia jubarte.

– O que foi? Por que você não diz nada?

— Ah, uhh, ah-

O mago não conseguiu continuar falando. Ele percebeu outra coisa naquele momento.

O soldado.

O soldado que estava ao lado dele ficou quieto.

“Por que ele está quieto?”

*Plop*

Ele viu o soldado cair aos seus pés. Parecia ter desmaiado sem um único ferimento. Os olhos do mago começaram a se voltar lentamente.

Ele não viu a mulher de cabelos azuis que se dirigia para a estação. 

Essa baleia tinha cabelos azuis semelhantes aos dela, porém, desta vez, era um homem.

O mago não pôde fazer nada, mesmo vendo a mão do homem de cabelo azul indo em direção às suas costas.

*Plop*

O mago foi facilmente deixado inconsciente pelas mãos do meio-sangue Baleia Paseton.

*Tang, tang!*

O dispositivo de comunicação de vídeo caiu no chão.

– O que está acontecendo?! Você não consegue fazer um relatório?!

A voz de Duke Rock podia ser ouvida pelo dispositivo de comunicação de vídeo ainda conectado.

Uma pessoa pegou o dispositivo de comunicação de vídeo.

Cale Henituse. Ele passou o dispositivo de comunicação de vídeo para outra pessoa.

— Aqui.

Clopeh recebeu o dispositivo de comunicação por vídeo de Cale com as mãos trêmulas. Duke Rock continuou a falar enquanto a tela tremia.

– Mago da comunicação! Não consegue continuar o vídeo? Qual é o número de baleias?

Urgência e uma sensação de emergência pareciam estar na voz de Duke Rock, no entanto, Cale estava completamente calmo do outro lado.

— Você se lembra do meu pedido?

As pupilas de Clopeh tremeram ao ouvir a voz de Cale.

A ordem de Cale.

— Faça com que o Reino Paerun se torne nosso espião.

Cale empurrou o ombro de Clopeh enquanto apontava para o dispositivo de comunicação de vídeo. Era ele quem dizia a Clopeh para fazer o que lhe ordenavam.

“Ele fará isso se não quiser morrer.”

Cale observou Clopeh em silêncio, a quem ele achava que escolheria a própria vida acima de tudo. As mãos de Clopeh tremiam enquanto ele virava a tela em direção ao seu rosto.

– O que está acontecendo, hein?

O duque Rock Sekka estremeceu.

Ele podia ver cabelos brancos.

Ele ficou sem palavras depois de ver cabelos tão brancos quanto os seus.

– M-meu filho.

Clopeh Sekka.

Foi registrado que seu filho estava desaparecido em combate após a batalha contra o Reino Roan, alguns dias antes. O Duque Rock não conseguia entender o que estava acontecendo.

Entretanto, como alguém de uma família perspicaz, ele levantou a mão e fez um gesto para os magos.

Nível de segurança 1.

As pessoas dentro da sala de comunicação de informações começaram a proceder silenciosamente de acordo com seu sinal.

O duque não olhou para eles enquanto continuava a olhar para o filho.

Foi naquele momento.

— Olá.

O duque viu outra pessoa através da tela.

– Voc-você é!

O duque conhecia essa pessoa.

Ele foi a razão pela qual o plano deles de derrubar o Reino Roan falhou.

O homem ruivo.

Ele podia ver Cale Henituse do outro lado.

Ele sorria alegremente com a mão no ombro de Clopeh. O Duque Rock Sekka parecia ter visto algo difícil de entender.

A tribo das baleias na fronteira norte com seu filho e Cale Henituse.

O que diabos estava acontecendo?

As pupilas de Rock começaram a tremer naquele momento.

— Pai.

Seu filho Clopeh estava sorrindo brilhantemente.

Cale o observava silenciosamente de lado. Clopeh seguiria sua ordem para sobreviver.

Como o Reino Roan parecia mais forte que a Aliança Indomável, ele queria ficar com Cale para proteger sua casa.

Cale confirmou isso em sua mente enquanto olhava para Clopeh.

— Deus.

“Hum?”

Cale estremeceu.

Clopeh respondeu brilhantemente ao seu pai.

— Este estimado senhor é um deus.

“…Que diabos?”

Cale olhou para Clopeh com verdadeira descrença.

Clopeh falou com uma expressão que parecia dizer que ele havia alcançado seu sonho.

— Pai, eu escoltei a lenda até aqui.

“…Ele realmente ficou louco?”

Cale ficou sem palavras.