Capítulo 232: Algo Óbvio (1)
Cale voltou para um quarto de canto no terceiro andar da antiga pousada. Deixou Ron do lado de fora da porta e pediu para Raon imediatamente completar a ligação.
— Humano! Vamos lutar contra aquele maluco meio doido hoje?
— Não há necessidade.
Entretanto, ao contrário do que ele estava dizendo, a expressão de Cale não parecia boa.
Ele se lembrou da batalha no Reino Caro. Sofreu bastante por confiar nos comentários de Clopeh sobre a fraqueza do Dragão mestiço.
Só de pensar nisso ele quis esquecer de trabalhar com o Reino Paerun e, em vez disso, simplesmente destruí-los.
*Zzzt*
Ele observou a tela flutuar acima do dispositivo de comunicação de vídeo e esperou por Clopeh. Ele já havia decidido dar umas boa bronca nele.
– Cale-nim.
No entanto, Cale ficou ansioso quando a ligação foi atendida.
— …Primeiro de tudo, não junte as mãos desse jeito.
Clopeh apareceu na tela com as mãos entrelaçadas como se estivesse rezando para Cale.
– Eu tinha a sensação de que você ficaria desconfortável com isso, Cale-nim.
Clopeh Sekka abaixou as mãos enquanto permanecia sentado ali, com uma expressão calma. Em troca, a expressão de Cale tornou-se extremamente estranha.
“Ele parece bem, mas é um completo maluco.”
– Cale-nim, a razão pela qual liguei-
— Espere.
Cale interrompeu Clopeh e perguntou.
— Já faz um tempo que estou curioso sobre isso, mas por que você continua me chamando de Cale-nim? Sua posição é mais alta que a minha. Pode me chamar de jovem mestre, como todo mundo. As pessoas vão achar estranho.
Não havia problema em Choi Han chamá-lo de “Cale-nim”, já que ele fazia isso desde o começo. No entanto, Clopeh Sekka não podia chamá-lo assim, principalmente pensando em como eles trabalhariam juntos no futuro.
Cale pensou que Clopeh entenderia o significado por trás de suas palavras.
– Não posso fazer isso. Cale-nim não é apenas um jovem mestre ou um comandante. Cale-nim é o d-
— Pare.
Cale sentiu como se não devesse ouvir o que Clopeh diria em seguida.
Ele não queria ouvir aquela palavra que começava com ‘d’. Cale conteve o suspiro e continuou a falar.
— Por que você ficou quieto esse tempo todo e só agora me ligou?
Clopeh podia ver que Cale estava olhando para ele com um olhar frio, embora sua voz estivesse calma.
Já fazia muito mais de uma semana desde que Cale havia ordenado que a tribo das Baleias atacasse os postos de patrulha do norte do Reino Paerun. Cale havia dado a eles uma semana, mas o Reino Paerun não o havia contatado até então. Por que demoraram tanto para responder?
Clopeh sorriu ao ver que Cale ainda estava calmo, sem nenhum sinal de raiva ou inquietação.
– Eu não poderia vir de mãos vazias.
Cale começou a sorrir.
“Eu sabia que a cabeça desse cara funcionava bem.”
— Sim, você não pode vir de mãos vazias para fazer um acordo.
A batalha do Reino Caro.
Após ver os resultados, o Reino Paerun percebeu que precisava de uma nova fonte de sobrevivência além da Aliança Indomável. Eles também sabiam que o Reino Roan era quem lhes daria um caminho alternativo para a sobrevivência.
Cale recostou-se na velha cadeira e fez um gesto com o queixo na direção de Clopeh.
Ele estava dizendo a Clopeh para lhe mostrar o que o Reino de Paerun havia trazido depois de tanto tempo.
— Decidirei depois de ver o que você trouxe.
Cale e o Reino Roan estavam em vantagem e puderam tomar uma decisão depois. Clopeh teve que conter os cantos da boca para não se erguerem.
“Eu sabia que estava certo.”
O caminho para uma lenda.
Clopeh sentiu arrepios por todo o corpo ao ouvir sobre a batalha do Reino Caro. Ouvir sobre o aparecimento dos Elfos Negros e como o escudo de Cale havia se defendido da flecha de luz foi eletrizante.
Ele sabia que Cale teria subestimado o mago da Arm após sua desinformação não intencional.
Mesmo assim, Cale conseguiu derrotar um inimigo formidável que apareceu de repente.
Isso era o que um herói, não, o que uma lenda deveria ser capaz de fazer.
A cobra branca via em Cale um caminho para a sobrevivência. Por isso, fez tudo o que podia para preparar isso para ele.
– A Aliança Indomável está atualmente mal conseguindo se manter.
Era óbvio.
Eles foram destruídos nas duas principais batalhas.
– Mas eles não podem recuar assim. Arm, que de alguma forma se tornou a figura central da aliança, está pressionando por uma posição final.
A resistência final de Arm.
Cale podia facilmente imaginar onde seria o local dessa batalha.
Ele pensou em duas pessoas diferentes.
Rosalyn, que havia abandonado sua posição de princesa para se concentrar em ser uma maga, e Lock, que acabaria trilhando o caminho do Rei Lobo.
Ele estava pensando no Reino Breck, onde os dois estavam atualmente, bem como no Desfiladeiro da Morte dentro do Reino Breck.
— A batalha final será no Desfiladeiro da Morte.
Clopeh não conseguiu mais conter o sorriso. Era porque a expressão de Cale era a de alguém que já sabia daquilo.
– Como esperado, a previsão de Cale-nim é incrível. É adequada para alguém que se tornará uma lenda.
— Clopeh.
Cale interrompeu rapidamente as bobagens do maluco. Então, observou o Cavaleiro Guardião de cabelos brancos, Clopeh Sekka, que o observava.
Atualmente, apenas o Reino Roan e alguns poucos habitantes do Reino Paerun sabiam do paradeiro de Clopeh. Os demais acreditavam que ele estava desaparecido ou que havia sido morto no território Henituse.
Foi por isso que ele teve muitas utilidades.
Cale começou a falar lentamente.
— Se fosse você, com a Aliança Indomável enfraquecida, não, deixe-me colocar de outra forma.
O lado de Cale naturalmente vencerá a batalha na Garganta da Morte. O lado vencedor poderá comemorar a vitória. Mas e os perdedores?
— A força dos três reinos do norte estará dizimada depois que eles perderem no Desfiladeiro da Morte.
Os Reinos Paerun, Askosan e Norland ficarão fracos após a batalha.
— O norte enfraquecido não seria uma presa fácil para alguém?”
Havia algo mais fácil do que engolir um inimigo enfraquecido?
Cale pode estar errado, no entanto, por que Arm gastaria tantos recursos para preparar a Aliança Indomável para a batalha final?
Talvez Arm tenha percebido que não conseguiria tomar nenhuma das terras do sul por meio da Aliança Indomável e, em vez disso, estivesse pensando em tomar as terras do norte.
A tribo do Leão, a tribo do Urso e a tribo dos Anões das Chamas provavelmente querem seus próprios territórios.
Nesse caso, eles iriam querer as terras do sul, difíceis de adquirir, ou as terras do norte, fáceis de tomar?
A resposta era óbvia.
— Clopeh Sekka, o inimigo está dentro de suas fileiras.
Cale estava dando um aviso a Clopeh e ao Reino Paerun.
Foi naquele momento.
– Hehehe.
Cale pôde ver Clopeh Sekka de repente começando a rir como uma maníaca.
– Hehehe, Cale-nim, você realmente é, hehehe.
“O que há de errado com ele?”
As pupilas de Cale começaram a tremer.
Parecia que Clopeh estava ficando mais louco, embora tudo o que ele dissesse fosse para tomar cuidado com Arm. Cale tentou se afastar lentamente da tela.
{Humano, esse cara não é só um pouco louco.}
Cale e o Dragão de seis anos tiveram o mesmo pensamento.
Clopeh começou a falar naquele momento.
– Cale-nim, estamos preparados.
“Preparados?”
A pessoa que estava rindo como um louco havia voltado ao normal. A expressão de Cale ainda era estranha, mas mudou depois de ouvir o que Clopeh tinha a dizer.
– Preparamos uma rota para invadir até os palácios de Askosan e Norland.
“O que?”
Cale estremeceu. Então, observou Clopeh. Clopeh ainda tinha uma expressão calma no rosto, mas seus olhos brilhavam.
– Preparamos a rota mais curta a partir do Reino de Paerun para derrotar Askosan e Norland. Também instalamos um círculo mágico de teletransporte em larga escala no campo de treinamento dos cavaleiros do Reino de Paerun. É por isso que chegamos um pouco atrasados.
Havia algo que Cale não tinha percebido até então.
Clopeh Sekka era o louco que travou uma guerra contra o continente para se tornar uma lenda.
Ele já era louco. Era alguém que faria qualquer coisa e descobriria tudo o que fosse necessário para atingir seus objetivos.
– Pretendo oferecer essa rota para o Reino Roan. Não, ofereço essa rota a você, Cale-nim.
Clopeh começou a sorrir lentamente.
– Você mencionou que Arm pode mirar nos reinos do norte, certo?
Clopeh Sekka.
Ele sabia muito bem que o verdadeiro símbolo de sua casa era uma cobra branca. Isso porque essa também era sua personalidade. No entanto, ele tinha fortes sentimentos por ser uma pessoa do Reino de Paerun.
Por que?
A família real e os líderes do Reino Paerun foram os que transformaram a casa da cobra branca na casa dos Cavaleiros Guardiões.
Eles também tinham fortes sentimentos sobre serem cidadãos do Reino de Paerun por razões semelhantes.
Um sorriso brilhante se instalou no rosto de Clopeh.
– Cale-nim, aquela ação que Arm pode ou não realizar. Essa é a especialidade do nosso Reino Paerun.
Ele estava falando sobre ser o inimigo oculto dentro da aliança.
O Reino Paerun estava confiante de que eles também conseguiriam fazer o mesmo.
– Só precisamos fazer isso antes que Arm faça seu movimento. Não, Cale-nim, você e o Reino Roan podem fazer isso primeiro.
O Reino Paerun havia encontrado uma rota de sobrevivência e estava oferecendo isso como parte do acordo.
Cale respondeu honestamente a Clopeh, que estava do outro lado da tela.
— …Seu louco desgraçado.
– Hahaha, não preciso me mover rápido para acompanhar uma lenda?
Cale respondeu severamente a Clopeh, que agora estava rindo.
— Coloque seu pai na linha.
Ele sentia que precisava conversar com alguém sensato naquele momento.
Cale escolheu conversar com Duke Rock Sekka em vez de Clopeh.
***
A ligação terminou logo. Cale esfregou o rosto com as duas mãos.
{Humano fraco! O Reino Roan controlará todo o Norte?}
— …Você acha que isso é possível?
Cale zombou do comentário de Raon, mas também sentiu arrepios na nuca.
{Mas, de acordo com a dupla de pai e filho de cabelos brancos, embora não possamos segurar a mão deles, o Reino Roan não seria capaz de ameaçar os três reinos do norte?}
Cale não conseguiu responder à pergunta de Raon desta vez.
No final, ele abriu a porta do quarto com uma sensação sinistra.
*Click*
A porta se abriu e ele viu Ron, que estava de guarda. Então, ele falou severamente com Ron, que o encarava.
— Vou voltar para o continente ocidental por um tempo. Volto em um mês, então você sabe o que fazer, certo?
Ron entendeu exatamente o que Cale queria dizer e respondeu.
— Prepararei um plano para devorar o submundo da Cidade Leeb-An. Um mês também deve ser o tempo perfeito para planejar a inauguração da estalagem.
Ron era realmente confiável.
Cale olhou para o Dragão ao lado de Ron. O Dragão ancestral respondeu casualmente.
— Vou procurar outro Dragão enquanto você não estiver aqui. Tenho certeza de que você precisa aprender sobre a história da Cidade de Leeb-An.
— Muito obrigado.
O Dragão ancestral se adiantou para desvendar os segredos por trás da história da cidade. Cale agradeceu brevemente antes de usar o círculo mágico de teletransporte para retornar à Vila do Super Rocha, no continente ocidental, com as crianças, de idade média de nove anos.
***
Cale terminou seus preparativos na Vila do Super Rocha antes de se mover para outro lugar.
Ele vestia um uniforme preto e limpo. O teletransporte logo foi concluído e a visão de Cale retornou.
— Sua alteza.
Príncipe herdeiro Alberu Crossman.
Ele podia vê-lo à distância.
Este era um círculo mágico secreto de teletransporte dentro do palácio.
Cale usou isso para entrar furtivamente no palácio.
Cale começou a falar por reflexo assim que viu o rosto do príncipe herdeiro.
— Você está tão extravagante e apaixonado quanto o sol nascente, como sempre-
Cale parou de falar.
Ele rapidamente retornou à sua voz habitual enquanto continuava a falar.
— Alteza, sei que isso vai parecer horrível, mas o que há de errado com o seu rosto? Aconteceu alguma coisa?
Alberu Crossman. Seu rosto estava uma bagunça total.
Ele parecia cansado de estar preso no meio de um monte de coisas irritantes. A maneira como ele estava parado ao cumprimentar Cale também parecia um pouco desesperada.
“…Há algo para eu fazer de novo?”
Cale começou a ter um mau pressentimento novamente.
— …Cale Henituse.
Alberu não estava usando o título de comandante, mas sim seu nome pela primeira vez em muito tempo. No entanto, não havia energia em sua voz. Cale começou a considerar se teletransportar de volta.
Foi naquele momento.
Alberu começou a falar com a voz mais séria que já havia usado.
— Parece que você só tem pessoas que lhe causam dores de cabeça ao redor.
— Com licença?
“Pessoas que causam dores de cabeça?”
— Ah.
Cale entendeu rapidamente o que ele queria dizer.
Alberu estava falando sobre as pessoas que estavam na capital enquanto Cale estava no continente oriental.
Choi Han, Mary e Hilsman.
Cale assentiu com a cabeça.
“Sim, tenho certeza de que Sua Alteza achou o terrível ator Choi Han e a inocente Mary difíceis de lidar.”
Para alguém como Alberu, que achava difícil lidar até mesmo com o príncipe herdeiro do Reino Caro, Valentino, Choi Han e Mary deviam ser extremamente difíceis. Cale tinha uma boa noção disso.
— Acho que Choi Han e Mary são realmente difíceis de lidar.
Um era muito rígido e péssimo em atuação, enquanto a outra era muito inocente e gentil.
Cale percebeu que o príncipe herdeiro Alberu zombava da resposta dele.
— …Seu significado de ‘difícil’ é bastante surpreendente.
— Com licença?
— …Deixa pra lá. Não é nada.
Alberu balançou a cabeça. Então, virou-se e começou a andar, fazendo Cale segui-lo com uma expressão confusa. Ele ouviu a voz de Raon em sua cabeça enquanto caminhava.
{Eu sabia que o sorriso de Choi Han era estranho.}
“Do que ele está falando?”
Cale olhou para as costas de Alberu enquanto eles saíam da sala subterrânea secreta.
Ele ouviu a voz de Alberu naquele momento.
— Você parece ser alguém muito amado.
—…Você está realmente doente, Vossa Alteza?
— …Você sofreu bastante.
O que estava acontecendo? Cale não entendeu as palavras de Alberu e continuou a segui-lo.
*Click*
Alberu abriu a porta voltando à superfície e eles apareceram em uma sala.
Era o novo escritório de Alberu Crossman.
É o mesmo que ele usará quando se tornar rei.
O escritório estava cheio de papéis. Cale ouviu a voz de alguém enquanto dava um passo para trás, enojado.
– Jovem mestre Cale.
Cale olhou para uma das paredes.
Uma tela de um dispositivo de comunicação de vídeo ocupava uma parede inteira.
– Há quanto tempo não nos vemos, jovem mestre Cale.
Ele conseguia ver um rosto através do dispositivo de comunicação de vídeo.
Era alguém cujo lindo cabelo ruivo era diferente do de Cale, pois lembrava o sol no meio do dia.
Rosalyn.
Ela cumprimentou Cale com um sorriso.
Cale sorriu de volta e a cumprimentou também.
— Há quanto tempo, Srta. Rosalyn.
Ela sorriu novamente e fez uma pergunta.
– A Aliança Indomável vai cair em dois dias?
— Sim.
O sorriso de Rosalyn se alargou ainda mais depois de ouvir a curta resposta de Cale.
– Veremos todos eles, a tribo dos ursos, a tribo dos leões e os anões?
— Claro.
– A tribo dos Anões das Chamas criou dispositivos para eles atravessarem o Desfiladeiro da Morte?
— Correto.
Rosalyn, que usava um manto sobre sua armadura de couro, empurrou os cantos dos lábios para baixo com os dedos.
Uma batalha contra a Aliança Indomável.
Embora ela não desejasse que isso acontecesse, uma parte dela ansiava por esse momento.
Ela permaneceu no Reino de Breck mesmo quando seus amigos lutavam no Reino Roan e no Reino Caro. Ela também não os contatou por meio de dispositivos de comunicação por vídeo. Em parte, isso se devia à crença de que eles venceriam, mas havia um motivo principal.
Rosalyn.
Ela sabia que havia sangue real fluindo em seu corpo. O sangue de um governante. Embora tivesse abandonado sua posição de princesa, o sangue ainda corria por ela.
Aquele sangue a estava deixando furiosa naquele momento. O sangue de um governante não perdoava aqueles que visavam seu território.
Era pelo Reino Breck e sua família, assim como pelas pessoas que eram preciosas para ela e que estavam vindo ajudar o Reino Breck.
Foi para que ela pudesse proteger todos eles com suas próprias mãos.
Foi também para que ela pudesse descarregar sua raiva contra aqueles que estavam de olho em suas terras.
Rosalyn vinha treinando para ficar mais forte com a ajuda de Cale. Ela estava feliz por saber que o momento que tanto esperava estava próximo, então fez uma pergunta a Cale.
– O inimigo conseguirá passar pelo Desfiladeiro da Morte?
Rosalyn podia ver Cale começando a sorrir.
— Que imaginação impossível.
Ele estava dizendo que os inimigos nunca conseguiriam passar pelo Desfiladeiro da Morte.
– Vejo você em breve.
Rosalyn se despediu brevemente antes de encerrar a ligação.
Cale se virou e olhou para o príncipe herdeiro Alberu. Alberu fez um gesto para Cale falar.
— Alteza, parece que precisaremos reunir as pessoas mais uma vez.
Agora era o fim do inverno.
Eles precisavam fazer isso mais uma vez antes que a primavera chegasse.
Cale começou a se preparar para a batalha final contra a Aliança Indomável.
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.