Capítulo 119: Academia Tellon (2/5)
Assim que entraram na Academia, todos os enviados, exceto Renee e Miller, ficaram atordoados ao mesmo tempo.
“Isso é…”
Vera parou de falar, e Renee inclinou a cabeça diante das palavras que foram abruptamente interrompidas.
“O que está errado?”
“…Está lotada.”
Vera fez uma careta.
Ele fez essa expressão porque havia inúmeras pessoas enfileiradas em ambos os lados da rua central da entrada da Academia.
Conforme a carruagem se aproximava da entrada, o som de uma música magnífica começou a ressoar. Isso foi seguido por aplausos que pareciam ecoar pelas ruas.
Renee acabou ficando confusa, e Miller caiu na gargalhada ao ver aquilo.
“Ahh, nosso Diretor deve ter se preparado para a chegada da Santa. Bem, o segundo destino oficial da Santa é a Academia! Com essa personalidade, o Diretor provavelmente não conseguiu evitar!”
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Palmas, palmas, palmas!
O rosto de Renee empalideceu quando ela ouviu a explicação, que foi acompanhada de palmas.
Claro, esse tipo de recepção era novidade para Renee.
Afinal, ela sempre se disfarçava quando viajava para outros países e, mesmo quando revelou sua identidade pela primeira vez no Império, passava a maior parte do tempo dentro da mansão.
Naquele momento, Renee estava sentindo o peso da palavra ‘Santa’, do qual ela normalmente não se importava.
“M-Mas não a esse ponto…”
Ela fez uma careta, sentindo-se desnecessariamente sobrecarregada. Sua admiração pelo Diretor, que ela ainda não conhecia, estava despencando.
Vera, que a observava, leu sua expressão e disse em tom preocupado.
“…Não é muito confortável, mas você terá que se acostumar. Por favor, não se incomode muito.”
Lágrimas brotaram no rosto de Renee, e seu rosto ficou vermelho de desconforto por algum motivo.
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Incapaz de encontrar as palavras, os lábios de Renee se moveram rigidamente, até que ela finalmente desistiu e suspirou pesadamente.
“…Não, vamos esconder nossa identidade da próxima vez. Não quero passar por isso de novo.”
O que há com todo esse barulho?
O ambiente ao redor dela era alto demais. As vozes gritando “Santa!” eram quase insuportáveis.
“…Por favor, passe rápido.”
Foi uma ordem motivada pelo desconforto. Vera, que fez uma cara estranha com isso, assentiu e disse a Norn para acelerar a carruagem.
***
“Vejo você mais tarde, Senhor Vera!”
Após passar pela entrada e seguir em direção ao prédio de ensino, a carruagem parou em frente ao prédio onde ficava o Departamento de Teologia. Miller desceu primeiro com sua bagagem antes de se despedir.
Assim que Miller acenou com as mãos vigorosamente e foi embora sem hesitar, a expressão de Vera ficou amarga ao pensar que ele teria que ver aquele cara novamente.
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No entanto, Renee parecia relaxada mesmo naquela situação.
Pelo menos ela não teria que ver Miller novamente. Ela pensou que tinha sobrevivido, e isso era o suficiente.
Ela se sentiu mal por Vera, mas não havia nada que pudesse fazer. A culpa era dele por concordar quando foi convidado para o laboratório.
“Vamos agora?”
Sua voz estava relaxada.
Quando Vera olhou feio para Renee, pensando que ela estava sendo condescendente, ela sorriu para ele e colocou os braços em volta dos de Vera.
Vacilar—
Vera tremeu. Sua mente estava repetindo coisas que ele tinha esquecido porque ele estava atormentado por Miller nos últimos dias.
“Como esperado, esta é a maneira mais confortável de caminhar.”
O implacável ataque de sedução de Renee ainda não havia acabado.
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Vera olhou para o céu com uma expressão sombria, sentindo-se miserável.
Ele achava que não havia paraíso 1 para ele em lugar nenhum.
***
Teresa, a Apóstola do Amor e professora de Teologia na Academia, arregalou os olhos ao notar um homem e uma mulher caminhando à distância.
As pessoas andando de braços dados eram extremamente familiares.
Theresa reconheceu a mulher branca com o sorriso radiante e o homem cujo rosto ficou vermelho-queimado, apesar de ele ser pálido para começar. Não eram ninguém menos que Renee e Vera.
‘Eles ficam bem juntos.’
Um sorriso profundo se formou no rosto de Theresa junto com esse pensamento.
A distância deles estava diminuindo gradualmente. Quando a distância foi reduzida para aproximadamente cinco passos, Theresa abriu a boca para falar.
“Você cresceu tão lindamente.”
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Renee sorriu brilhantemente quando ouviu aquela voz e exclamou.
“Senhora Theresa!”
Era uma voz que ela não ouvia há três anos e meio, mas ela soube imediatamente que pertencia a Theresa.
Havia apenas uma pessoa que ela conhecia que tinha esse tipo de voz suave e calorosa que parecia como se ela estivesse acalmando uma criança.
“Já faz tanto tempo!”
“Realmente. Eu sempre soube que você era bonita, mas você cresceu melhor do que essa velha senhora imaginava.”
Theresa riu. Seu comentário fez um rubor vermelho aparecer no rosto de Renee.
Em um clima de comoção, Theresa se virou para Vera e acrescentou.
“Você também cresceu muito. Por que sinto que você desenvolveu-se muito mais do que quando nos conhecemos no Reino Sagrado?”
“Isso porque não relaxei no meu treinamento.”
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“Calma. Tenho medo que você acabe como Sua Santidade.”
Vacilar—
O corpo de Vera estremeceu com as palavras, e seus olhos se estreitaram.
“…Isso não vai acontecer.”
Para Theresa, era uma brincadeira, mas para Vera, a menção da possibilidade de ser um gigante de dois metros e dezenas de centímetros, de alguma forma, provocou uma sensação de repulsa.
Theresa começou a rir como se a reação de Vera fosse engraçada, então balançou a cabeça e continuou.
“Vamos para o meu quarto terminar nossa conversa. Você vem comigo?”
“Ah, sim!”
“Então vou indo. Acho melhor terminar meu trabalho logo.”
Theresa inclinou a cabeça ao ouvir as palavras de Vera.
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“Huh? Você não vai conosco?”
“Tenho um encontro com o Professor Miller.”
“…Ah, aquela criança.”
Theresa soltou um som de “ah” e assentiu.
“Eu não tinha ideia de que vocês dois tinham se tornado tão próximos durante esse tempo. Vocês dois não parecem ser compatíveis.”
“É só para trabalho.”
Vera traçou uma linha firme, sentindo seu estômago revirar com as palavras de Theresa.
Theresa piscou diante da atitude dele e logo assentiu.
“Tudo bem, até mais tarde.”
***
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Uma sala branca com instrumentos básicos, livros e uma pequena planta. Em uma sala que lembrava a estrutura do Reino Sagrado, Theresa preparou seu chá favorito e o entregou a Renee.
Ao mesmo tempo, ela falou em tom brincalhão.
“Você parece ter feito bastante progresso?”
Ela estava perguntando sobre o relacionamento de Renee com Vera.
Poderíamos dizer que, como elas não se viam há muito tempo, deveriam começar conversando sobre a vida uma da outra, mas nem Theresa nem Renee eram muito chegadas a formalidades, então ela foi direto ao ponto.
Renee corou com as palavras de Theresa, sorriu um pouco e assentiu.
“Sim…”
O sorriso dela era como o de uma flor silvestre desabrochando timidamente, e fez o rosto de Theresa se iluminar de alegria.
“…A-Até nos beijamos! Ah, mas foi forçado.”
Ela continuou com uma declaração questionável.
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Com um olhar confuso no rosto, Theresa olhou para Renee, que estava estufando o peito de orgulho.
“…Por forçado, você quer dizer?”
“Sim, sim! Eu confessei, fui rejeitada e depois me atirei nele!”
A mente de Theresa girava em confusão.
Pensando que precisava saber a sequência exata dos eventos primeiro, ela superou a surpresa e perguntou.
“Hum… isso é muito repentino. Já que temos muito tempo, por que você não me conta o que aconteceu lentamente?”
“Ah, então…”
Um olhar de concentração surgiu no rosto de Theresa.
Enquanto ela ouvia, sua confusão lentamente se transformou em frustração, depois novamente em choque e depois em descrença.
“…Então! Estou tentando seduzir Vera agora!”
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Renee finalizou seu comentário tossindo ‘ahem!’. Qualquer um poderia dizer que ela estava se gabando. Ela parecia uma criança esperando um elogio.
Theresa ficou chocada demais para dizer mais alguma coisa, então respondeu com um sorriso estranho.
“…Incrível.”
Ela formulou isso vagamente. Ela quis dizer incrível de maneiras diferentes.
Theresa parou por um momento para refletir sobre a causa desse desastre.
‘Ela mencionou Annie…’
Era um nome que ela lembrava.
Ela era filha da antiga discípula de Theresa. Uma garotinha atrevida que vinha aprendendo sobre os homens desde pequena. Aparentemente, aquela garotinha deu a Renee uma falsa esperança.
Theresa sentiu sua cabeça começar a latejar.
Sim, ela não fez nada de ruim. Como ela poderia julgar as ações e sentimentos de Renee como ruins?
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Mas ela ainda estava preocupada, e isso fez sua cabeça latejar.
Theresa sabia muito bem.
Um relacionamento não é construído apenas com base no desejo.
Ele só poderia ser aperfeiçoado conectando os corações e mentes um do outro.
Theresa tentou resolver suas preocupações e começou a organizar suas palavras em sua mente.
“Santa, posso lhe fazer uma pergunta?”
“Hein? Sim!”
“Por que Vera disse que não pode aceitar seus sentimentos?”
Renee parecia confusa, se perguntando por que Theresa lhe perguntou isso.
Ela parou por um momento, pensando que deveria haver uma razão para essa pergunta, antes de dizer a Theresa as palavras que estava cansada de ouvir de Vera.
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“Ele disse que estava com medo de que eu pudesse me tornar uma pessoa má porque ele iria me contaminar.”
Resumindo, tudo se resumiu a essas palavras.
Renee se sentiu frustrada apesar de entender o que ele disse. Isso a fez pensar se Vera não confiava nela o suficiente.
Um suspiro escapou dos lábios de Renee.
“Eu entendo, mas… eu não sou uma criança, então por que ele não pode confiar em mim nem um pouquinho?”
Theresa suspirou ao ver a aparência lamentável de Renee.
‘Então é isso.’
Era medo.
Nesse momento, Theresa percebeu a raiz da desconexão emocional de Vera e Renee.
Uma razão era que seus corações batiam em ritmos diferentes. Outra razão era que eles tinham objetivos diferentes.
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Embora estivessem se movendo na mesma direção, eles não conseguiam se ver, pois estavam em encruzilhadas diferentes ou viajando em velocidades diferentes.
Só então Theresa se sentiu um pouco aliviada, sorrindo antes de falar novamente.
“Você gostaria de ouvir algum conselho desta velha senhora?”
Renee levantou a cabeça.
“Sim? Ah, sim.”
Theresa sentiu um sorriso escapar de sua boca enquanto observava a expressão séria e a atitude apaixonada de Renee, e falou suavemente.
“Só por um dia, não faça nada e fale sobre outra coisa que não seja amor.”
Renee inclinou a cabeça.
“É ver um ser humano sem ser cegado pelo amor.”
Havia coisas que só podiam ser vistas de longe. Havia algo que só era visível através da névoa.
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“Eu entendo tanto os sentimentos da Santa quanto os dele. E acredito que você também o entenderá.”
O primeiro amor é como um incêndio violento, facilmente cegado pelas chamas. Talvez o que Renee precise aprender é como escapar das chamas e ver a outra pessoa de um novo ângulo.
Independentemente do que Theresa estava tentando transmitir, o rosto de Renee estava cheio de perguntas, pois ela não conseguia entender o que aquilo significava, antes de concordar hesitantemente.
Enquanto Theresa estava rindo da forma como Renee seguiu suas palavras, ela de repente pensou em outra coisa.
‘Talvez eu deva falar com aquele pirralho também.’
Ela estava pensando em Vera.
Não por Renee, não pelo relacionamento deles, mas por Vera. Era porque ela sabia que aqueles que tinham medo de amar deviam estar sofrendo.
Theresa foi lembrada de que era hora de cumprir seu dever como Apóstola do Amor.
- no sentido de descanso⤶
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