Capítulo 83: Albrecht (1/2)
“Você deveria ir embora.”
Albrecht falou. Seus olhos se dobraram em forma de meia-lua enquanto ele dirigia suas palavras a Doran.
Ouvindo essas palavras, Doran rapidamente se levantou e desapareceu sem olhar para trás. Então, a figura alta, que não tinha falado até agora, falou e tirou o capuz.
“O que você está fazendo aqui, Senhor Vera?”
Era uma voz familiar.
Virando-se para encará-lo, Vera ficou confuso ao ver o homem à sua frente.
“…Conde.”
Era o Conde Baishur que estava com Albrecht. Ele era o dono da mansão onde Vera estava atualmente hospedado.
Vera estreitou os olhos e observou Albrecht e o Conde Baishur, que o observavam.
Uma suposição passou pela sua mente.
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‘…São eles?’
Eles poderiam fazer parte do grupo recém-formado nas favelas?
Ele pensou rápido e a resposta que encontrou foi ‘não’.
Ele conhecia Albrecht. Ele conhecia o Conde Baishur.
Eles nunca foram homens que comprometeriam seus objetivos. Não importa quão importantes fossem seus objetivos, eles não tolerariam nada que fosse contra suas crenças.
Em outras palavras, eles não ficariam de braços cruzados e deixariam as ações do cartel passarem despercebidas.
‘Então por quê?’
Por que eles estão aqui?
Enquanto ele estava imerso em pensamentos, o Conde Baishur falou novamente.
“…Senhor Vera?”
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“Ah…”
Seu palpite imediato foi que as coisas não estavam boas. Vera empurrou para baixo a pergunta que estava se formando em sua mente e abaixou a cabeça para frente. As palavras que saíram de sua boca eram desculpas improvisadas.
“…Vim aqui para investigar.”
“Investigar?”
“Como a clínica não fica longe daqui, pensei em verificar se há algum risco.”
“Ah…sim. Entendo.”
Um olhar de compreensão surgiu no rosto do Conde Baishur. Ele então se virou para Albrecht e disse.
“Ah, Príncipe. Ele é aquele que eu mencionei antes…”
“Sim, prazer em conhecê-lo, Apóstolo do Juramento. Eu sou Albrecht van Freich, o Segundo Príncipe do Império.”
A mão direita de Albrecht pousou sobre seu peito esquerdo, e ele abaixou a cabeça levemente, enquanto seu cabelo loiro brilhante esvoaçava.
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De repente, as sobrancelhas de Vera se ergueram. Em meio à surpresa e confusão, ele começou a se sentir revoltado com o gesto cerimonial.
O motivo era… como ele deveria dizer? Era por causa de Renee. Ele se lembrou de como Renee estava falando sobre Albrecht a caminho do Império.
Sua voz soou um pouco revoltada, assim como ele se sentia.
“…Prazer em conhecê-lo, Príncipe.”
Vera não se incomodou com as formalidades. Sentimentos pessoais à parte, Vera estava em uma posição em que ele não precisava dar nenhuma explicação. Um Apóstolo do Reino Sagrado era mais exaltado do que um Rei de reinos consideráveis.
“Bem…”
Albrecht levantou a cabeça com um leve sorriso, sem nenhum sinal de hesitação ou confusão no rosto.
Albrecht não pareceu se importar com a falta de educação de Vera, mas ainda assim, havia algo chamado orgulho, e Albrecht continuou em um tom suave.
“Estou um pouco surpreso em conhecê-lo tão de repente. Ouvi dizer que a Santa dará sua benção na minha cerimônia de maioridade, certo?”
“Parece que sim.”
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Outro tom brusco. Vera manteve sua atitude rebelde, pensando que a menção de Albrecht a Renee era bastante insolente.
“Se não se importa que eu pergunte, posso perguntar por que o príncipe está em um lugar tão humilde?”
Ele fez uma pergunta em resposta.
Com um sorriso que parecia envergonhado, Albrecht voltou seu olhar para o Conde Baishur e trocou um olhar com ele.
Depois de um breve momento…
“Bem, é uma história bem estranha de se contar aqui.”
Uma recusa eufemística retornou.
Ele escondeu o propósito deles. Com isso em mente, o rosto de Vera estava cheio de suspeita. Então, Albrecht falou novamente.
“Talvez, posso ir te ver outro dia? Vou te visitar em breve. Aqui está um pouco…”
A voz dele sumiu, mas Vera entendeu imediatamente o que ele queria dizer.
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Ele sentiu que havia muito mais deles do que antes.
Ele fez muito barulho?
Vera reprimiu sua irritação e assentiu com a cabeça em resposta às palavras de Albrecht.
Ele decidiu que era melhor recuar por enquanto. Não era um assunto urgente, e Albrecht prometeu se encontrar em uma data posterior.
Se Vera deixou de lado seu desgosto pessoal, o que Albrecht disse não foi porque ele queria evitar a situação.
Vera conhecia Albrecht e confiava nele, então ele concordou de bom grado.
“Faça o que quiser.”
Enquanto falava, seu olhar estava em Albrecht.
Um anjo que desceu dos céus. O amado de tudo que permanece belo pela eternidade.
A boa aparência de Albrecht era conhecida em todo o continente, mas Vera não concordava.
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Seu cabelo loiro era frívolo. Ele se incomodava enquanto esvoaçava.
Ele queria dar um soco naquele rosto sorridente.
Seu físico franzino também era outra coisa. O cavaleiro era tão frágil que poderia tropeçar e morrer.
Vera, que já havia derrotado Albrecht em sua vida passada, começou a ridicularizá-lo com desdém nesta vida por algum motivo, rebaixando-o de várias maneiras.
Ele fez isso sem nem perceber.
‘Eu ganhei.’
Em termos de físico e habilidade, Albrecht não era páreo para ele.
Ficando um pouco mais à vontade, Vera fez uma pequena reverência, depois se virou e se afastou deles.
É claro que Albrecht, que nada sabia das verdadeiras intenções de Vera, sorriu inesperadamente ao vê-lo se afastar.
“Hmm, que sujeito peculiar.”
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Ele dirigiu essas palavras ao Conde Baishur.
O Conde Baishur deu um sorriso desajeitado para Albrecht e respondeu.
“De fato.”
O Conde Baishur, que tinha ouvido toda a história de Marie, balançou a cabeça ao ver Vera mantendo Albrecht sob controle.
***
No dia seguinte, na mansão do Conde Baishur.
“Ta-da!”
Aisha, vestida com uma túnica sacerdotal branca, exclamou. Isso porque ela estava vindo junto para o trabalho voluntário de hoje.
“Vou ajudar Renee hoje!”
“Estou sob seus cuidados.”
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Renee sorriu suavemente e segurou a mão de Aisha.
Uma pequena ponta de culpa estava se formando dentro dela. Ela se sentia mal por não dar muita atenção a Aisha ultimamente, porque ela estava muito ocupada com seu trabalho voluntário.
Ela ficou grata por vê-la tão alegre, quando ela devia estar com muito medo de estar em um lugar desconhecido.
Enquanto Renee estava perdida nesses pensamentos, Vera continuou a falar.
“Não vamos sair para brincar. Evite falar tão casualmente.”
“Sim~” 1
As palavras de Vera foram recebidas com uma resposta sarcástica de Aisha, e uma risada escapou da boca de Renee.
“Pare com isso, vamos embora.”
Renee, que interveio entre os dois porque sabia que eles brigariam sempre que estivessem juntos, começou a se afastar.
Foi uma manhã muito agradável. Seu relacionamento com Vera era bom, e ela se sentia satisfeita com seu trabalho diário.
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***
Não foi diferente de ontem.
O trabalho voluntário ainda estava em andamento na 11ª Rua, e ela tinha que cuidar dos pacientes usando sua divindade.
Embora fosse simplesmente um trabalho repetitivo e pudesse ser considerado chato, esse não era o caso para Renee.
Renee, que era naturalmente bem-humorada e altruísta, não demonstrava nem um pingo de tédio.
Foi porque os pacientes lhe agradeceram.
Ela sentia uma sensação de satisfação em curar outras pessoas usando suas próprias mãos.
Naturalmente, Renee continuou a cuidar de seus pacientes, perdendo a noção do tempo. Conforme o dia se aproximava do fim, algo inesperado aconteceu.
O ambiente ficou barulhento.
Renee inclinou a cabeça diante dos murmúrios crescentes.
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“Vera?”
Ela perguntou, imaginando o que estava acontecendo.
Vera respondeu num tom um pouco desconfortável.
“…Sua Alteza, o Segundo Príncipe, está vindo para cá.”
O Segundo Príncipe.
Renee refletiu por um momento sobre aquelas palavras, então de repente ela se encolheu com o que lhe veio à mente.
Um sorriso torto surgiu em seu rosto, então ela perguntou.
“O Segundo Príncipe? Então…”
“…Sim, Albrecht van Freich. Exatamente em quem você está pensando.”
Não havia dúvidas de que o Segundo Príncipe estava a caminho.
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A primeira palavra que lhe veio à mente foi.
‘Homossexual!’
Rival amoroso!
Claro, só havia o escândalo que Vera falou. Não tinha sido verificado, mas ela ainda sentia tensão.
Renee se endireitou e sua expressão começou a ficar rígida.
Enquanto isso, os murmúrios estavam ficando mais altos.
Entre essas vozes, Renee ouviu Aisha resmungando distraidamente.
“Ele é bonito…”
Parecia que ela estava sonhando.
Quando Renee ouviu isso, ela sentiu seu coração disparar.
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“B-bonito?”
Um homem?
O pânico passou pela mente dela. Depois de perder a compostura por um momento, Renee conseguiu se firmar.
‘S-sim! Homens também podem ser bonitos!’
Não foi essa a aparência que causou sensação em todo o continente? Claro! Ele podia ser bonito!
Whew. Wheeew.
Renee respirou fundo e cerrou os punhos enquanto ouvia os passos se aproximando.
Pouco depois…
“Prazer em conhecê-los, Sacerdotes do Reino Sagrado.”
Uma voz clara soou, como uma bola de jade rolando pelo espaço.
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Renee sentiu arrepios ao ouvir a voz dele.
‘O-o que há com a voz dele!’
Por que é tão macia!
Ele deveria ser um homem! Ele está prestes a ter sua cerimônia de maioridade!
Ela sentiu como se tudo o que sabia fosse mentira. Em uma estranha sensação de colapso mental, Renee engoliu em seco e respondeu a ele.
“Oh, olá…!”
Ela não podia se dar ao luxo de ficar nervosa. Sim, ela precisava ter uma atitude confiante!
Ainda não sabemos! Ele pode não ser um rival amoroso!
Não é certo julgar as pessoas com base em boatos!
Renee se virou para Albrecht e fez uma pergunta com uma expressão quase dolorosa de se ver.
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“Uhm, por que você está aqui…?”
Havia um desejo desesperado dentro de si, esperando que ele não partisse seu coração e que ela pudesse continuar aproveitando esse bom momento por mais algum tempo.
Entretanto, o mundo que sempre foi cruel com ela não estava disposto a conceder seu desejo desta vez, destruindo suas expectativas.
“Oh, desculpe-me. Tenho alguns negócios com o Paladino aqui.”
Thump-
Mais uma vez, o coração de Renee disparou.
‘Ele é realmente um rival amoroso?’
Enquanto esse pensamento passava pela sua mente, ela ouviu algo que não conseguiu ignorar e tentou afastar suas ansiedades.
“Você chegou em casa em segurança ontem à noite?”
‘Noite passada?’
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Os dois se conheceram sem que ela soubesse?
Seus pensamentos corriam e imagens passavam por sua mente.
Uma noite escura com a lua escondida. Duas pessoas se encontraram por acaso.
-Você é…?
Baque-
De repente, Renee perdeu todo o senso de raciocínio e a expressão em seu rosto ficou vazia.
“…Sim.”
Vera respondeu.
Quando ela ouviu a resposta, a mão de Renee já estava em sua bengala.
‘…Um rival amoroso.’
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Infelizmente, chegou o momento de desembainhar a espada.
…foi o que Renee pensou.
- Quase mudei pra Haay~, alguém me segure⤶
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