Edward observou o céu alaranjado enquanto se preparava para se despedir de seus amigos. A conversa animada e as risadas ecoavam ao seu redor, mas a hora da partida se aproximava.

    – Bem, pessoal, preciso ir – disse Edward, forçando um sorriso. – Minha mãe e minha avó estão esperando por mim.

      Dick, sempre otimista, comentou:

    – Não se preocupe, Edward. Vamos nos ver mais tarde, durante o jantar.

      Myria acenou, com uma expressão de cumplicidade.

      Edward concordando, lembrando-se das promessas que haviam feito. Ao olhar para o lado, avistou Lianna.

    – E você, Lianna? Estará lá também?

    Ela sorriu, com os olhos brilhando.

    – Claro! Não posso perder uma oportunidade de me deliciar com a comida da sua mãe.

      Edward sentiu um calor subir pelo rosto, mas não teve tempo de responder, pois já era hora de se despedir. Ele se aproximou dela, pegando suavemente sua mão.

    – Até mais tarde, então. Farei questão de reservar a melhor sobremesa para você.

      Lianna sorriu, e Edward não pôde deixar de notar como aquele momento era especial. Após um último abraço, ele se afastou, seus passos ecoando na calçada enquanto seguia para casa. A caminhada levaria cerca de trinta minutos, tempo suficiente para refletir sobre o dia e as conversas que tiveram.

      O caminho até a residência da família Ignivor era familiar, as ruas bem iluminadas e as casas ao redor parecendo aconchegantes. Ao chegar, foi recebido por uma empregada que, com um sorriso, o cumprimentou.

    – Boa noite, jovem mestre! A senhora Akari e a senhora Eiko estão na sala de estar.

      Edward acenou e seguiu em direção à sala, onde encontrou sua mãe, uma mulher de porte elegante e olhar gentil, e sua avó, que sempre parecia ter um ar de sabedoria.

    – Mãe, avó! – exclamou ele, aproximando-se. 
    – Meus amigos virão jantar hoje à noite.

      A expressão da avó se iluminou, mas logo se transformou em uma feição mais séria.

    – Ah, Edward, você sabe que essas coisas não podem ser marcadas em cima da hora. Precisamos de tempo para nos preparar.

      Edward engoliu em seco, lembrando-se de outras ocasiões em que sua avó era exigente quanto a isso, mas decidiu não entrar em discussão.

    – Eu sei, avó. Mas prometi a eles.

      A avó suspirou, um misto de compreensão e preocupação em seu olhar.

    – Tudo bem, querido. Apenas se lembre de que, como anfitrião, você deve garantir que tudo esteja perfeito.

      Akari, percebendo a importância do encontro, começou a organizar os preparativos.

    – Seu pai também queria se encontrar com o pai da Lianna e os pais do Yuuto e do Dick. Você poderia enviar mensageiros até a casa das famílias Bartel, Montfort, e também para a família Ferres, a família de Lianna, os outros também não podem ficar de fora envie mensagens às famílias Avelar, Ferrell, Lextro e a família Allen. Vamos convidar todos para jantar aqui em casa.

      Edward concorda, reconhecendo que isso tornaria a noite ainda mais especial.

    – Claro, mãe. Vou enviar as mensagens agora mesmo, – disse ele, determinado.

      Edward se sentou em sua mesa, pegou um pergaminho e começou a escrever as mensagens para as famílias nobres convidadas. Com uma caligrafia cuidadosa, ele redigiu convites formais convidando cada uma delas para o jantar em sua casa. Em seguida, ele também redigiu uma mensagem para seu pai, Haruki  que estava no palácio. 

      Após finalizar os escritos, Edward entregou os convites a um mensageiro para que as mensagens fossem entregues rapidamente. Ele observou o mensageiro partir antes de se concentrar em sua próxima tarefa.

      Enquanto isso, no palácio real, Haruki estava em uma reunião com algumas pessoas influentes. Ele recebe a mensagem e percebe que está selada com o selo da casa Ignivor então ele começa a ler, sentado à mesa estavam o Rei Ryoma de Imperion e o ministro das Finanças, o Duque Saito Tanaka. O Duque Tanaka, conhecido por sua astúcia nos negócios, também era sogro do rei e avô do Príncipe Ryota.

      Haruki, percebendo uma pausa na conversa, decidiu abordar um assunto mais leve.

    – Sua Majestade, – ele começou, olhando para o Rei Ryoma, – gostaria de convidá-lo para um jantar em minha casa esta noite. Estou organizando um encontro com amigos e familiares, e seria uma honra tê-lo conosco.

      O Rei Ryoma sorriu, apreciando o gesto.

    – Fico lisonjeado com o convite meu amigo, estarei lá.

      No entanto, o Duque Tanaka, com um olhar persuasivo, interrompeu:

    – Sua Majestade, não seria melhor se a minha pessoa o acompanhasse? Afinal, um jantar em família deve ter a presença de todos os dignitários da corte.

      Haruki franziu a testa, sabendo que não tinha convidado o Duque, mas o Rei, atencioso, não tinha como recusar a insistência do ministro.

    – Muito bem, Duque Tanaka, – o Rei Ryoma respondeu, relutante. – Se você acha que é apropriado, então não há problema em levar você comigo.

      Haruki observou a interação, compreendendo que a política poderia muitas vezes ser mais complicada do que parecia. Ele fez uma nota mental de como os laços familiares e de amizade eram fundamentais, mas a diplomacia poderia complicar os planos.

       A noite caiu sobre Pyronia, e as luzes da mansão Ignivor começaram a brilhar, criando uma acolhedora. As famílias convidadas começaram a chegar, uma a uma. Como não era um evento formal, não havia necessidade de apresentações elaboradas. Os convidados eram recebidos por Edward e sua mãe, Akari, e logo se dirigiam à sala de estar, onde o aroma dos pratos deliciosos presenciam o ar.

      As famílias nobres entraram em animadas conversas, o som de risadas e cumprimentos ressoando pela casa. Edward se esforçava para acolher todos, percebendo que seus amigos já se misturavam entre os convidados, compartilhando histórias e se divertindo.

      Enquanto a reunião se aquecia, Haruki finalmente chegou em casa, acompanhado do Rei Ryoma, do Duque Tanaka e do Príncipe Ryota. A presença do rei era um sinal de prestígio, e todos na sala rapidamente se voltaram para cumprimentá-lo.

    – Sua Majestade! – exclamou Galven Ferres pai de Lianna, fazendo uma reverência. – É uma honra tê-lo conosco esta noite!

      O Rei Ryoma sorriu, acenando para o grupo enquanto caminhava.

    – Agradeço a calorosa recepção, – respondeu ele, sua voz firme e amistosa. – É um prazer estar entre amigos e familiares.

      Akari se juntou ao grupo, cumprimentando o rei e seus acompanhantes.

      Com todos os convidados presentes, Edward se sentiu aliviado e satisfeito. Ele observou a sala cheia de rostos conhecidos, todos conversando e se divertindo. Sabia que a noite prometia ser especial, repleta de risadas, histórias e boas memórias.

      Conforme o jantar se aproximava, a atmosfera estava aquecida, e Edward esperava que essa reunião fortalecesse ainda mais os laços entre as famílias e amigos.

      Logo, Edward se reuniu com seus amigos, que estavam se divertindo em um canto da sala. A conversa rapidamente se transformou em risadas e brincadeiras, criando um ambiente leve e animado.

    – Vocês não vão acreditar na última sobre o Ryota! – começou Dick, com um sorriso travesso.

    – O que aconteceu? – perguntou Yuuto, curioso.

    – Dizem que ele tentou se exibir na frente de uma garota para chamar a atenção dela, mas acabou derrubando toda a bandeja de frutas que estava perto dele! – Dick riu, gesticulando dramaticamente, como se estivesse encenando o momento.

    – Isso é tão típico daquele idiota! – Edward comentou, também rindo. – Ele sempre se acha o máximo, mas na verdade ele é só um metido.

      Amir, que estava mais reservado, não conseguiu evitar um sorriso ao ouvir as histórias. – Pelo menos ele não é tão problemático quanto os monstros que enfrentamos na floresta.

    – Verdade! – Edward concordou. – Mas, pensando bem, acho que seria mais divertido enfrentar um monstro do que ver o Ryota tentando impressionar uma garota.

      Sofia e Mirya, que estavam próximas, se juntaram à conversa, compartilhando suas próprias histórias sobre os desastres sociais do príncipe. O grupo ria, recordando momentos constrangedores e engraçados.

      A conversa continuou, cheia de brincadeiras e risadas, enquanto a noite avançava. 

      No outro lado da sala, o príncipe Ryota estava sozinho, ofendendo os empregados que passavam. Seu avô, o duque Tanaka, se aproximou e disse:

    – Ryota, por que você não vai conversar com os outros jovens?

    – Eu não quero me envolver com essa escória – respondeu o príncipe, cruzando os braços.

      O ministro interveio:

    – Quando você se tornar rei, precisa saber como lidar com as famílias nobres. É importante colocar a coleira nos cachorros– se referindo a eles.

      Com um sorriso maldoso, Ryota decidiu se juntar aos outros. Assim que chegou, começou a ofender os jovens com palavras desdenhosas. 

    – Ora, ora, óbvio que somente a escória poderia dar uma festinha tão sem graça, estão comemorando o que? O quanto são patéticos hahaha.

      Disse o príncipe caindo na gargalhada 

      Dick, que não gostou do que ouviu, retrucou:

    – Olha só quem está aqui! O covarde do príncipe! Ouvi dizer que você fracassou no treinamento porque ficou com medo dos monstros e até mijou nas calças.

      Todos os jovens caíram na risada, e a humilhação de Ryota era evidente. Furioso, ele ameaçou:

    – Vou contar tudo para o meu pai!

      Edward, aproveitando a oportunidade, disse, com um tom sarcástico:

    – O que foi? Não consegue fazer nada sem a ajuda de ninguém? Você vai contar para o papai?

      Ryota, sem saber como responder, se virou e saiu em direção ao jardim, deixando os risos e comentários para trás.

      O jantar estava prestes a ser servido, e todos foram para a mesa. A longa mesa de madeira estava elegantemente posta, com toalhas brancas e pratos de porcelana finos. No centro, um grande arranjo de flores frescas adicionava um toque de cor ao ambiente. Vários pratos estavam dispostos ao longo da mesa, com opções deliciosas que iam desde carnes assadas e vegetais frescos até pães artesanais e uma variedade de sobremesas.

      Quando todos se acomodaram, Haruki fez as honras da casa, levantando seu copo e brindando à saúde dos convidados.

    – É um prazer tê-los aqui esta noite. Que este jantar seja repleto de boas conversas e risadas.

      Os convidados levantaram seus copos em resposta, e o jantar começou. Edward se sentou entre Lianna e Yuuto, enquanto Dick, Amir e as outras meninas estavam um pouco mais adiante. As conversas fluíam naturalmente, com todos comentando sobre os pratos deliciosos e compartilhando histórias.

      Edward serviu de um pedaço de carne e alguns legumes, enquanto conversava animadamente com seus amigos.

    – Esse frango está incrível! – exclamou Yuuto, pegando mais um pedaço. – Quero aprender a fazer isso.

    – Eu também! – disse Lianna, rindo. – Precisamos de aulas de cozinha.

      Enquanto comiam, Haruki conversava com o rei Ryoma sobre os recentes eventos em Imperion, enquanto o ministro ouvia atentamente, intercalando suas próprias observações. As crianças, por sua vez, aproveitavam a liberdade do momento, compartilhando risadas e histórias engraçadas.

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