Capítulo 216: Fadas e Fofuchos!

Uma pobre galinha e um rato mortos-vivo logo foram forçados a aprender um conjunto de habilidades inteiramente novo: jardinagem! Jack estava atrás deles com um olhar encorajador enquanto latia instruções: 

“Cave um pouco mais fundo. Você quer chegar às raízes corretamente, ou pode não funcionar!” 

Naquele momento, eles estavam pegando as flores como se fossem um tesouro raro, carregando-as com um comportamento cômico e excessivamente cuidadoso. 

“Tenha cuidado. Traga-o aqui e enterre-o em volta desta estela de pedra.” Ele bateu no local preciso com o pé. 

A entrada para a masmorra era extremamente fácil de perder. Estava meio escondida pela vegetação e era tão antiga que desmoronava em alguns lugares. Ainda assim, as fadas gravadas insinuavam o segredo que ela continha. 

Ao lado, havia 13 buracos de diferentes profundidades que Jack já havia preenchido com as oferendas dos três tipos de criaturas da floresta. 

Tudo o que faltava era enterrar as cinco plantas de Lirio Negro ao redor do alvo. 

Essa parte deveria ser problemática por causa das propriedades da planta. Era estranho: confundia quem tocava em suas pétalas, mas era difícil de usar em termos de alquimia. 

Isso fez do Galinho e Durdoc os candidatos perfeitos para as tarefas, já que os mortos-vivos eram completamente imunes a esse efeito. Em pouco tempo, tudo estava pronto. 

“Bom trabalho a todos. Preparem-se. O teletransporte está chegando!!” Jack avisou antes de direcionar mana para tudo isso.

As gravuras de fadas pareciam ganhar vida enquanto brilhavam uma luz azul pura que logo as engolfou por inteiro. Então elas se foram… 

A primeira coisa que viram ao entrar foram flores, flores mortas por todo lado. Murchas, tortas e um sinal óbvio de que algo ali estava muito errado. 

O que tinha de errado com as mensagens? Este lugar era para “Magnífico” o que um cadáver em decomposição era para uma rainha da beleza. Caramba, até o ar cheirava a morte. 

“Woof?!” (Carrancudo!) 

“Sim, é ruim. Ainda bem que estamos aqui…” Jack sussurrou. 

Era realmente estranho que a decadência fosse tão pronunciada. Afinal, os jogadores normalmente levariam ainda mais tempo, já que tinham que descobrir o truque para entrar. 

Eles avançaram cautelosamente até que uma voz aguda, um pouco irritada, mas melodiosa, quebrou a atmosfera silenciosa. 

“Senhor Fofucho malvado, coelho malvado! Fadas não são para comer! Fadas são amigas!” 

Uma pequena fada apareceu diante deles. Ela estava voando por todo o lugar, esquivando-se incansavelmente dos ataques de um Coelho Chifrudo Selvagem. 

A fada parecia delicada, tinha asas translúcidas e estava repreendendo seu oponente com sua voz fofa enquanto se esquivava. Ela não parecia estar percebendo o perigo… 

“Vamos cuidar disso, certo?” Jack avançou decisivamente em direção ao coelho.

Quão difícil poderia ser derrotar um único coelho? Poderia ser irritante com oposição. Assim que o viu, a fada engasgou em choque: 

“Q-quem é você?! O que você quer com o Sr. Fofucho?!” Ela se jogou apressadamente entre ele e a criatura para protegê-la com seu corpo. 

Jack olhou para ela enquanto a avistava. Sim, fadas eram burras pra caramba! Um segundo depois, um chifre perfurou seu peito aberto, junto com a maior parte de seu corpo explodindo. 

“Sr. F-fofucho… por quê?” Essas foram suas últimas palavras. Ela morreu completamente perplexa, seus olhos espirituosos escurecendo para sempre. 

“Sr. Fofucho” 1

Fada 0 

Com a fada desaparecida, eles poderiam despachar a criatura rapidamente, até mesmo com muita facilidade. Essa tinha que ser uma das mortes mais inúteis de todas. 

“Woof!” (Intrigado!) 

Moon Moon curiosamente bateu no corpo com sua pata. O que era essa pequena criatura, e por que ela cometeu suicídio? Mais importante, essas coisas eram comestíveis? 

“Há algo errado com seus cérebros, mas eles são comestíveis. Por enquanto, vamos continuar explorando. Um coelho com chifres obviamente não é a causa da desolação aqui.” 

Eles começaram a vagar, tão silenciosamente quanto fantasmas, notando uma porrada de coelhos. As coisas estavam por todo lugar! Às vezes, eles estavam até em bandos. 

Sério, mas um bando dessas criaturas fofas era realmente um pesadelo. Se coordenassem corretamente, poderiam se tornar essencialmente impossíveis de evitar. 

Eles viam uma fada de vez em quando, apenas para ela acabar devorada pela vida selvagem. Um jogador regular definitivamente as teria salvado. 

Afinal, elas pareciam tão fofas, tão gentis e tão amigáveis! 

Felizmente, Jack sabia a verdade. Aquelas coisas eram uma das criaturas mais horríveis do Infinite. Elas eram ímãs de problemas, tagarelas irritantes e cabeças de vento completas. 

Existem inúmeras histórias de fadas atacando todos os inimigos em uma área, apenas para voar para a segurança, deixando seus novos “amigos” para trás em pânico. 

Felizmente, ninguém estava julgando também. Moon Moon era o único olhando para eles morrerem com um olhar triste. Por quê?! Por que eles estavam desperdiçando carne daquele jeito!! 

Mas quando eles estavam ficando cansados de ficar se esgueirando, uma cena muito peculiar apareceu. 

Em um pequeno campo de flores, estava uma criatura gorda e fofa! Não era um chefe, mas definitivamente um elite. Atrás dele, havia uma gaiola de madeira com uma fada trancada dentro. 

Mas o que era realmente peculiar era que a fada estava completamente silenciosa, não tagarelando sem fim e sem sentido. Uma NPC especial?

Moon Moon já estava abanando o rabo na expectativa da caçada. Finalmente, eles lutariam! 

“Espera, se não estou errado, esse cara tem uma habilidade de chamar bandos. Precisamos calá-lo de alguma forma, ou não seremos capazes de vencer.” Jack sussurrou. 

“Woof?!” (Que inesperado!) 

Havia alguma maneira de passar por ele? Não. 

Que tal dar um tiro só? Também não era possível.

Eles só podiam garantir que a armadilha ficasse completamente fechada. 

“Certo, preparem-se. É assim que vamos proceder.” Jack instruiu pacientemente seus bichinhos. O treinamento na floresta seria útil… 

Na gaiola, uma fada de aparência jovem estava girando os polegares em tédio. Isso era tão irritante! Por que ninguém estava vindo?! 

Mas bem quando ela reclamou, eles apareceram de repente. Não, era mais preciso dizer que eles voaram direto para o coelho gordo! Um lobo laranja e uma galinha morta-viva?! Que diabos?! 

Ela não esperava ninguém em particular do Infinite, mas certamente não isso! Que porra foi essa?! 

Nesse momento, ela se perguntou se suas informações sobre o reino humano estavam erradas. Seria possível que os humanos tivessem desaparecido? Eles teriam sido substituídos por animais estranhos?! 

Seu coração ainda batia mais rápido com a perspectiva de toda a diversão que estava por vir! 

O coelho gordo abriu a boca rapidamente, pronto para chamar seus irmãos para o resgate. Mas antes que pudesse fazê-lo, a galinha de repente pousou bem em sua bocarra… o quê?! 

Ela sabia como era ter um osso nos dentes, mas um morto-vivo inteiro?! Ele logo seria destruído, certo? 

Exceto que isso era só o começo. Assim que a galinha manteve a boca da criatura aberta, uma bola de ácido de repente voou e caiu bem na garganta da criatura! 

A galinha morta-viva não se importou nem um pouco com isso, mas o monstro fofo imediatamente começou a gritar de dor. Foi quando a fada percebeu sua estratégia! 

Esse grito horrível certamente era alto, mas o barulho era distorcido demais para ser um verdadeiro chamado de ajuda. Parecia mais como se estivesse insultando seus irmãos! 

Foi quando o lobo habilmente usou a oportunidade para atacar o inimigo! Ele golpeou suas garras, mordeu o alvo e… até mesmo invocou galinhas flamejantes?! Que tipo de lobo era esse?! 

Logo, a fada se viu torcendo pelo pequeno lobo enquanto ele queimava seu oponente em uma chama ardente. 

Ainda assim, ela sabia que o coelho não era alguém que se derrotava tão facilmente. Agora que estava bravo, o pobre lobo estava condenado!

A fada semicerrou os olhos, esperando a cena gráfica da nobre criatura sendo dilacerada por um chifre — mas então ela pulou de surpresa. Que diabos?! 

Do nada, um homem apareceu, e o monstro não tinha ideia de que ele estava lá! Ele tinha o posicionamento perfeito: bem no ponto cego da criatura em chamas. 

A fada então testemunhou a mais magnífica facada nas costas de toda a sua vida, a arma do homem alojando-se profundamente no cérebro da coisa! 

Ah, incrível! Ela sentiu seu corpo inteiro estremecer só de imaginar o arco frio acabando com uma vida tão rápido! O coelho caiu e se virou para ela. 

Ela gostou muito desse ser! Ao encontrar os olhos dele, a fada decidiu que faria dele seu brinquedo! 

Isso seria tão fácil quanto voar! Afinal, ela sabia o quanto sua espécie amava fadas…