Capítulo 263: Uma elfo negro louca (1)
Um homem pendurado pelos pulsos tremia em uma cela escura, as correntes chacoalhando implacavelmente enquanto ele enviava mensagens furiosamente.
- Jack’O: NÃO tente uma missão de resgate! Estou falando sério!
- Chiclete: Eu ouvi você. Falo depois.
“….”
- Jack’O: NÃO venha atrás de mim!
- Cara da RCP: Eu te entendo, chefe!
“….”
Por que eles não podiam simplesmente concordar?!
Chiclete —> Tinha seus próprios pensamentos e podia ser bem teimosa.
Cara da RCP —> Tinha uma estranha obsessão em salvar a família 1
Cultistas —> Eles eram ainda piores!
Jack suspirou do fundo do coração. Afinal, o monge masoquista já havia lhe contado sobre o exército Bravo reunido no Marinheiro Bêbado.
A enorme mobilização até levou a milícia a vigiá-los, preocupada com uma tomada da Cidade. Ainda assim, ele estava definitivamente assustado!
L.D versus Elfos Negros? —> Seu povo seria completamente massacrado! Todo o trabalho que foi feito para treinar seus lacaios teria desaparecido.
Ironicamente, isso significava simplesmente que ele tinha que escapar de sua situação atual antes que os reforços pudessem chegar. Essa única tarefa ocupava sua mente.
Ele permaneceu distraído mesmo quando sua captora de cabelos prateados voltou para outra rodada de “diversão”. Ele deixou a tortura tomar conta dele, mostrando uma expressão relaxada.
Quanto menos ele reagia, mais impaciente ela ficava. Seu sorriso sádico já tinha sumido há muito tempo, seu orgulho élfico estava completamente destruído. Mas mesmo assim, ela ainda queria que ele se submetesse.
Os esforços da garota o teriam divertido se ele não estivesse completamente contido e indefeso.
‘Me mata logo porra. Preciso voltar!’ Ele continuou implorando internamente, mas ela simplesmente não o faria.
Tortura física? —> Ela poderia dilacerar sua carne morta-viva o quanto quisesse. Ele não daria um pio.
Tortura mental? —> Ela o fez ver seus piores pesadelos. Ele acordou em seu pequeno apartamento antigo nas visões, sua vida atual nada mais do que um sonho do passado.
Tentação? —> Ele não se importava com o charme dela ou com suas promessas vazias. Tudo isso tinha um custo muito alto: sua liberdade.
Jack apresentava um estado muito lamentável, seu corpo estava em frangalhos, mas seu espírito ainda estava forte enquanto ele lentamente reunia informações e planejava.
- Ele foi sequestrado na propriedade do grupo de nobres da Rosa Negra.
- Os membros desaparecidos do MCT também estavam aqui, como gladiadores.
- Sua captora era a terceira filha mais velha de sua família.
- Os irmãos dela zombavam dela pela falha na “domesticação” do ghoul.
- Ela adorava a Senhora da Escuridão como muitos faziam.
Logo a guerra psicológica começou. Ele tinha que peturbar ela o suficiente para que suas defesas caíssem, o que só aumentou a intensidade da tortura. Jack era semelhante a uma lagosta em água fervente aumentando a temperatura da própria panela.
“Não se preocupe. Você está indo bem para alguém de uma casa em declínio. Pelo menos você tentou.”
“Os ghouls têm a proteção direta da Deusa da Morte, você não sabia?”
“Você não precisa se comparar com os seus superiores. Apenas viva a sua vida.”
Cada um dos seus “elogios” a lembrava de todos os seus problemas. Por que o torturador era o que saía com a barriga cheia de ressentimento todas as vezes?!
Então ele continuou enchendo o saco, lentamente levando-a à loucura…
Lyriana sentiu seu sangue ferver enquanto resistia à vontade de rasgar seu prisioneiro ao meio. Enquanto ela graciosamente saía, ela sentiu o sorriso irônico e os olhos escuros dele a seguirem.
Esse ghoul era completamente louco!
- Ele desejava a morte.
- Ele gargalhava sozinho às vezes.
- Ele parecia entender os elfos negros.
Era como se ele tivesse uma saída ou estivesse recebendo informações em tempo real, mas como?! As algemas anti-magia deveriam ter evitado isso!
Ela obviamente havia perdido algo, mas o quê?! Enquanto continuava pensando, ela distraidamente chegou ao seu jardim particular, um cheio de flores venenosas.
Era o domínio de sua melhor amiga: a Fantasma Prateada. A aranha prateada estava ocupada mastigando uma Lótus Negra.
“Pequeno Fantasma, qual você acha que é o segredo dele? Ele nem emite mana. Ele só fica lá e suporta tudo com um equilíbrio impossível…”
Foi então que uma voz de desprezo ressoou.
“Tsk— Coisa inútil! Você não consegue nem quebrar um pequeno ghoul?! Não é de se espantar que você seja a vergonha da nossa família!”
“Ah, maninha, você está perdida? Precisa da minha ajuda para encontrar seu alojamento?” Lyriana gentilmente ofereceu.
“Tch— Eu não sou como você. A Matriarca está solicitando sua presença, não a faça esperar… ou faça, eu não me importo em ver você punida.” Ela deu de ombros, resmungando enquanto saía.
Lyriana suspirou, gentilmente dando tapinhas na agora trêmula aranha prateada. Ambos sabiam o que isso significava. “Não se preocupe. Eu voltarei… provavelmente.”
Ela seguiu seu caminho pelo grande palácio opulento, balançando a cabeça para as inúmeras exibições de artefatos vazios. Há muito tempo, esses corredores estavam carregados de tesouros.
A cada ano eles ficavam mais pobres, um círculo vicioso sem fim. A única esperança da casa era a geração mais jovem.
Infelizmente, sem recursos, eles estavam sempre atrás de casar com ricos, que podiam beber elixires como se fossem leite comum de verme das sombras.
Assim que viu a sala de audiências, ela soube instantaneamente que isso acabaria mal. Ela já podia notar uma dúzia de seus irmãos zombando enquanto olhavam para ela.
Em um intrincado trono de obsidiana escura, a Rosa Negra Atual descansava. A Matriarca tinha sido a Chefe da Casa por séculos, mas ela parecia mais jovem do que sua filha de 103 anos.
“Matriarca, me chamou?” Lyriana se ajoelhou respeitosamente, prendendo a respiração.
“Alegre-se, sua existência inútil finalmente encontrará um propósito. Você vai se casar com a Casa Coração de Corvo amanhã. Dispensada.”
“Já vou?” Ela não conseguiu deixar de perguntar enquanto tremia.
“Como ousa!!” Seu quarto irmão teleportou-se para perto dela um segundo depois, agarrando sua garganta. Um pouco mais de força, e seu pescoço quebraria!
Foi então que a Matriarca fez um movimento, cortando o ar com seu dedo fino, adornado por um anel ônix majestoso.
Slash!
Sangue jorrou, e o braço direito do agressor foi cortado. Ele caiu no chão com um pequeno baque, criando uma poça de sangue no mármore cinza.
“Agora, ela é uma mercadoria preciosa.” A Matriarca riu. “Alegre-se, pequena. Seu sacrifício comprará para seu amado Quinto Irmão uma vaga na academia.”
Lyriana curvou-se uma última vez, obedientemente saindo. Ela sabia muito bem que isso era uma sentença de morte. Seu futuro marido gostava de comer suas esposas, no sentido literal.
Isso mudou tudo…
- Toretto???[↩]
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