Capítulo 287: Milagre! Papai?!

Em uma masmorra escura, um homem bonito vestindo uma armadura muito simples não pôde deixar de suspirar enquanto olhava para o prisioneiro prestes a ser executado.

Não se encaixava.

Um bandido nunca deixaria sua montanha sem motivo.

“Capitão Jeto, eu trouxe a informação que você queria!” Um subordinado veio correndo, trazendo uma pilha de papéis com ele.

O capitão rapidamente folheou as informações, franzindo a testa cada vez mais. Ele tinha certeza de que todo o incidente de incêndio, bandidos e criaturas estranhas tinha sido uma distração, mas para quê?

Nenhum local importante foi atacado e também não houve muitas vítimas. Ele estalou a língua em aborrecimento enquanto continuava lendo, seu subordinado inseguro se tremendo de anseio.

“O que é isso?”

“S-senhor, não é bom que tudo tenha terminado bem?”

“Você é jovem e não tem experiência, mas não. Eu costumava servir na capital por um curto período. Lá, a conspiração corre solta e nada é o que parece.”

“???”

“Não tema o inimigo externo que marchará às suas portas com um exército. Não, esquemas na escuridão são mais mortais. Você entende?”

“Sim?”

“Você vê, há…”

Ele foi subitamente interrompido pelo estridente soar de um alarme. — DingDing! DingDing! — Isso significava um ataque de monstro?! Espere, não… as paredes já haviam sido violadas!!

E agora?! Confusão e medo tomaram conta da cidade. Os cidadãos tinham acabado de sobreviver a um incêndio e, de repente, isso estava tocando?!

“Rápido! Encontrem os inimigos! Onde eles estão?!” Gritos ressoaram pelas ruas, soldados avançavam por entre as vielas.

Eles corajosamente enfrentaram o véu escuro que os envolvia progressivamente, reduzindo a visibilidade. Eles estavam prontos para morrer por sua cidade!

Mas, eles logo se viram perdidos. Onde estavam os inimigos?! Não importa o quanto eles procurassem, tudo era um pouco pacífico demais.

Felizmente, novas informações surgiram:

“Senhor, há rumores de mortos-vivos no distrito de artesanato! Temos que nos apressar. Eles estão fadados a se espalhar por toda parte!”

“Bloqueiem o perímetro. Mesmo os ratos não devem ter permissão para sair!” O capitão ordenou poderosamente.

Eles logo foram ao local juntos, prontos para “limpar” alguns mortos-vivos com suas espadas. Alguns Bravos até se juntaram à sua causa.

“Vamos fazer isso! Matem todos eles! Prove que você é digno e— QUE PORRA É ESSA?!” Eles só podiam olhar com os olhos arregalados para a cena que apareceu diante deles.

Clang! Clang! Clang!

“….”

“….”

“….”

Muitos começaram a beliscar a si mesmos ou a seus companheiros, tentando acessar se estavam sonhando. Alguns gritos de dor depois, a realidade finalmente se instalou.

Na frente deles havia muitos mortos-vivos: esqueletos, zumbis e até fantasmas. No entanto, essa formação poderosa estava ocupada…

Eles balançavam martelos de forjamento, picaretas de cinzelamento e outras ferramentas enquanto se ocupavam com trabalhos de produção.

Não importa como eles esfregassem os olhos, a cena permanecia a mesma. Eles criariam uma peça após a outra incansavelmente.

“Deseje-me sorte…” Um homem se moveu em direção a um deles com muito cuidado… apenas para ser ignorado?!

Desejo de criar > fome de carne.

O que começou como uma situação incrivelmente tensa tinha acabado de passar de 100 para 0. Monstros perigosos? Por favor! Caramba, mesmo que eles se tornassem hostis agora, tudo ficaria bem.

Os civis foram acompanhados para um local seguro, a área foi cercada e isso era simplesmente muito estranho…

“S-senhor, o que fazemos agora?” Alguns não puderam deixar de perguntar, perplexos.

Eles estavam perguntando a ele, mas a quem ele deveria perguntar? Ele não era especialista, mas os artesãos pareciam estar trabalhando diligentemente também. Este evento era realmente uma coisa boa?

“Reporte aos grupos de comerciantes por enquanto!”

“Sim, senhor!”

Assim começou o dever de guarda mais desajeitado de todos os tempos. Todos permaneceram em alerta máximo e, no entanto, não havia mais nada a fazer.

Lanches foram distribuídos e muitos até começaram a brincar.

“Beija, casa ou mata de novo: qualquer um dos artesãos mortos-vivos na sala aqui, vai!”

“Você está me zoando?! Que nojento, basta olhar para eles!”

“Tch– Você não é divertido. É um jogo, um jogo!”

Obviamente, alguns problemas surgiram. Alguns Bravos aproveitaram a oportunidade para entrar em fúria. Parecia que os bastardos haviam enlouquecido enquanto avançavam.

“Não me parem! Olhe para todo esse XP suculento!” Eles gritaram repetidamente enquanto os soldados os carregavam.

Não demorou muito para que os mercadores chegassem, todas as facções enviando homens. Eles chegaram tão rápido quanto haviam saído ao ouvir que havia mortos-vivos.

“Oh meu Deus, isso é um milagre!”

“Trabalhadores de produção que nunca se cansam!!”

“Eles também não são nem um pouco agressivos? Que maravilha!”

Aos olhos deles, havia sinais de um puta $. Para eles, apenas o lucro importava, e eles estavam absolutamente prontos para explorar o trabalho dos mortos-vivos, se pudessem.

“Tenha cuidado. Não temos provas de que eles não se tornem selvagens de repente.” O capitão lembrou, apenas para ser ignorado.

Longas conversas foram realizadas, o capitão vigiando a reunião. Por que havia mais tempo gasto em como explorar os mortos-vivos do que em como lidar com eles com segurança?

Quando estavam prestes a chegar a um veredicto, os artesãos que haviam evacuado anteriormente finalmente voltaram. Seus olhos se arregalaram enquanto testemunhavam o que estava acontecendo.

“Pai, é você!”

“Fundador?! Só você poderia ser tão habilidoso!”

“Haha, nossa loja Pequena Andorinha é abençoada pelos deuses!”

Todos se alegraram um após o outro. Possivelmente pela primeira vez em Infinite, as pessoas realmente se importavam com os mortos-vivos. Afinal, eles estavam simplesmente trabalhando para a cidade!

Todos e suas mães clamavam para que os mortos-vivos não fossem humilhados ainda mais, sendo libertando-os de sua morte-viva ou cuidando deles.

“Tudo bem, tudo bem, acalmem-se, pessoal! Aqueles que querem colocar seus parentes para dormir, podem fazê-lo agora. Outros serão colocados em prisão domiciliar até que saibamos mais!”

Todos concordaram com isso, pesadas barras metálicas sendo montadas para isolar os mortos dos vivos. Tudo foi tão perfeito!

Quanto a Jack, ele estava se escondendo. Ele tinha ouvido falar sobre a loucura que estava acontecendo atualmente e não queria ter nada a ver com isso!

Explorando os mortos-vivos? Ele podia ver benefícios infinitos nisso. Era algo que ele havia feito e faria. Mas mesmo assim, ele ainda acreditava firmemente na Lei de Murphy.

Tudo era maravilhoso e incrível… até que não era.

Os vivos tinham a impressão de que seus entes queridos mortos haviam voltado para ajudá-los. Eles não tinham, de jeito nenhum. Os mortos estavam de volta para criar e nada mais.

O que aconteceria quando eles estivessem sem materiais? Os vivos logo descobririam…