Capítulo 302: TODOS MORTOS!!
Na Academia de Ferraria OP, um mestre instruía seus alunos.
“Estão todos prontos? Não pode haver nenhum erro aqui, ou nossa escola provavelmente deixará de existir, entenderam?” Jack
“Gulp!” Era algo tão grande assim?!
Estava tudo pronto. Só faltava o ator principal…
O capitão suspirou aliviado ao ver seu reflexo no espelho.
Ele finalmente parecia humano novamente!
Ele esperou tanto tempo que sabia muito bem o que aconteceria se ele voltasse para o quartel parecendo um elfo da lua.
- Ser capturado
- Perder a maior parte da credibilidade
- Não poder ajudar a lidar com o Necromante.
Mas talvez tudo já estivesse resolvido? Lorde Silver havia prometido…
De qualquer forma, ele cresceu nesta cidade e certamente faria tudo o que pudesse para salvá-la de ser destruída por um lunático.
Ele se aproximou, pronto para partir, agradecendo silenciosamente ao dono do Covil Dourado da Sorte. A princípio, pensou que ele fosse apenas um ganancioso, mas ele também se importava com a Cidade.
Clang!
“Graças a Deus você ainda está aqui! Tenho algumas informações!” O dono apareceu de repente, sem fôlego.
“?!”
“O homem em quem você está interessado… ele abriu uma escola de ferreiros. Você deveria ir para lá se quiser provar o envolvimento dele nos problemas da Cidade!”
“O quê? Vou para o quartel. Por que eu iria…”
“Por favor! Os estudantes lá são inocentes! Acabei de saber que meu próprio filho pode estar entre eles. Por favor, resgate-os! Contanto que os mantenham vivos, está tudo bem! Eu imploro!”
O homem já estava no chão, curvando-se enquanto derramava lágrimas.
O Capitão era um homem honesto. Era o mínimo que podia fazer depois de tudo o que o dono fizera por ele. Rapidamente o tranquilizou, indo para a escola.
[Academia de Ferraria OP!]
O lugar era muito sombrio.
Não, “sombrio” nem fazia jus. Mesmo nas favelas, parecia horrível!
Ele entrou lentamente e logo encontrou os alunos. Eram todos bons alunos que haviam sido levados pelo caminho errado. Ele faria isso rápido.
Na cacofonia das marteladas, o Capitão atacou!
Ele saiu correndo das sombras logo atrás do aluno mais próximo, batendo a palma da mão em sua cabeça para impedi-lo. Claro, ele se certificou de controlar sua força.
Mas quando ele estava prestes a acertar, o alvo subitamente desviou!
Woosh!
Como?! Esse cara tinha olhos atrás da cabeça?!
“Estamos sob ataque!! Soem o alarme! Às armas!!”
E assim, o Capitão foi revelado. Aliás, quem esperaria que um ferreiro se esquivasse aleatoriamente enquanto trabalhava?
Todos agarraram a ferramenta mais próxima, parecendo meio ameaçadores e meio tolos. O espírito de luta transbordava deles, mas alguns estavam equipados apenas com baldes de metal…?!
“Olha, eu não quero fazer mal a ninguém, eu…”
O capitão tentou negociar, mas os alunos já estavam furiosos.
“Mais um vilão!”
“Batam nele! Sem piedade contra o mal!
“Mostre a ele o resultado do seu treinamento! Deixe o Professor orgulhoso, defendam a escola!”
Todos atacaram ao mesmo tempo, berrando gritos de guerra e iniciando uma briga.
1 Capitão Vs. 17 Alunos
Naquele momento, a vantagem numérica não ajudou muito.
A bravura deles só se igualava à falta de habilidade. Eles haviam se tornado mais poderosos, mas estavam acostumados demais a bater em metal imóvel e sem vida.
“Pare de se mexer, seu desgraçado!”
Eles reclamaram enquanto caíam um por um.
Bam! Tic! Bam! Tic!
Não demorou muito para que o Capitão se encontrasse sozinho, cercado por um bando de pessoas inconscientes. Agora, ele só precisava levá-las para um lugar seguro e, quem sabe, interrogá-las com delicadeza.
Mas de repente, um homem apareceu assobiando.
Seus olhares se encontraram: era o bastardo Necromante!
O capitão correu em direção à sua presa tão rapidamente que o chão sob seus pés tremeu.
Woosh!
Ele esperava que o homem invocasse criaturas malignas, esperava que ele usasse magia maligna, esperava que ele corresse, esperava muitas coisas…
Mas então a palma da mão o atingiu, deixando-o inconsciente. O quê?! Como foi tão fácil?! Ele encarou o ser maligno em suas garras, com um olhar interrogativo.
Ilusão? Não.
Cara errado? Nenhum dos dois
Ele até usou seus sentidos aguçados de Elfo da Lua para verificar em detalhes. Mas, não importava o que fizesse, não conseguia encontrar nenhum truque.
Foi então que o dono do antro de jogos entrou, com o rosto tomado pelo terror. Em sua mão, havia um cristal quebrado, daqueles que registram o estado de vida de um ente querido.
“Nããão! O que você fez?!” Ele correu em direção a um ferreiro caído.
“Não se preocupe, eles estão apenas…” O Capitão de repente notou todo o sangue. Os alunos que ele havia derrubado estavam no chão, sem vida, com todos os orifícios sangrando.
O quê?! Isso era impossível!
Ele correu em direção a eles, tentando ao máximo reanimá-los. Tudo o que conseguiu fazer foi sujar as mãos de sangue. Eles sumiram, sumiram completamente.
“Por quê? POR QUÊ?! Você disse que os pouparia!”, lamentou o dono enquanto embalava um dos corpos.
“Eu juro, eu não fiz nada!” gritou o Capitão, agarrando Jack pelo colarinho e dando-lhe um tapa para acordá-lo. “Por que estão todos mortos?!” Apontou para os alunos.
Tristeza, raiva e ainda mais tristeza brilharam nos olhos de Jack enquanto ele olhava para a cena.
“Não suportaram. Eles já estavam exaustos de forçar os limites forjando, e você os espancou tanto… Os corpos deles não aguentavam mais”, explicou Jack, em lágrimas.
“?!?”
O Capitão afrouxou o aperto. A culpa era toda dele?! Ele só queria ajudar… como as coisas tinham chegado a esse ponto?!
Jack conseguiu se libertar, arrastando-se cambaleante em direção ao massacre. Ele deu uma risada autodepreciativa quando a Energia Demoníaca começou a girar ao seu redor.
“Mais uma vez, meus alunos estão morrendo. Minha existência está amaldiçoada?!” Ele pareceu se afogar em autopiedade por alguns instantes antes de se recompor.
“Não, da última vez eu falhei, mas desta vez com certeza vou salvá-los! Desta vez farei direito. Desta vez, vou trazê-los de volta direito!” Jack murmurou para si mesmo.
“Você vai trazê-los de volta?! Faça isso, por favor!”, implorou o dono.
A essa altura, Jack estava transbordando de Energia Demoníaca, obviamente pronto para lançar um incrível feitiço de invocação em massa de mortos-vivos.
No entanto, ele não parecia maligno nem poderoso. Era simplesmente um homem destruído, mal conseguindo lidar com a perda de seus alunos. Ele os queria de volta, a qualquer custo, nada mais.
O capitão não conseguia tirar os olhos daquela figura solitária e triste.
Nesse momento, ele se lembrou da coragem demonstrada pelos alunos, mesmo quando estavam em clara desvantagem. Será que eles sabiam que estavam correndo para a morte?!
Eles morreram protegendo sua amada escola, desejando deixar seu professor orgulhoso. Naquele momento, o Capitão sentiu dúvida pela primeira vez.
O homem parecia tão triste…
Nem o melhor ator conseguiria fingir tamanha tristeza…
Será que ele o havia entendido mal? Ele era, sem dúvida, um Necromante, mas talvez estivesse tentando ajudar? Seria por isso que os mortos-vivos só trabalhavam com artesanato naquela época?
E se a verdadeira causa do desastre fossem os mercadores gananciosos tentando escravizar os mortos-vivos?
Sua mente tremia sem parar, mas ele ainda sabia que precisava interromper o feitiço. Ele correu e o encerrou, deixando dois homens adultos chorando copiosamente.
“Por quê? Deixe-o trazer de volta as pessoas que você matou!”
“Por favor, deixe-me terminar. Você pode me matar depois, mas, por favor…”, implorou Jack.
O Capitão sentiu a dor deles, profundamente. Estava tomado pela culpa, pela tristeza e pelo arrependimento, mas se forçou a dizer lentamente:
“Não, todos sabemos que isso não os trará de volta de verdade. Sinto muito, sinto muito mesmo, mas não podemos repetir a tragédia do surto de mortos-vivos. De novo não… Você entende, não é?”
Os dois trocaram um olhar carregado de tristeza suficiente para afogar um peixe. Naquele momento, eles se entenderam.
Jack levantou as mãos, gesticulando para que o homem o prendesse.
“Que direito tenho eu de levá-lo à justiça? Eu mesmo não passo de um pecador…” O Capitão balançou a cabeça.
Os dois decidiram rapidamente enterrar as vítimas antes de se renderem às autoridades e confessarem seus crimes. Eles precisavam expiar seus erros.
Mas quando eles estavam prestes a começar…
“Ah, você está aqui! O que está fazendo… Que diabos aconteceu aqui?!” O Príncipe do Tesouro passou por ali por acaso. Não demorou muito para que ele entendesse a situação.
“Precisamos encontrar um túmulo com bastante luz.Um ferreiro com frio é muito triste.”, comentou Jack, e eles começaram a trabalhar.
Eles saíram da cidade e encontraram um lugar agradável na montanha.
Jack cuidou do discurso…
Ele falou da bravura de seus alunos. Eles insistiram em aprender uma técnica perigosa de forja apenas para melhorar, tudo para poderem dar uma vida melhor às suas famílias.
Ele falou do caráter deles. Eram extremamente gentis e sempre se ajudavam.
Ele falou sobre a sorte que teve em poder ensiná-los, mesmo que por pouco tempo.
Chegou a hora de se render. Mas, quando estavam prestes a ir para o quartel, o Príncipe do Tesouro interveio.
“Vocês querem se redimir? O que vai acontecer se jogarem suas vidas fora? O passado é história, mas ainda há coisas boas a serem feitas no futuro. Se querem se redimir, então se redimam de verdade!”, ele gritou.
O Capitão encontrou uma possibilidade nas palavras do homem.
“Sobre isso, tenho uma sugestão”, ofereceu o Príncipe do Tesouro.
Jack e seus dois companheiros acenaram para o homem ir embora enquanto ele partia para sua nova jornada. Ele estava indo para um orfanato no meio do nada para se arrepender.
Assim que ele desapareceu no horizonte…
“Pfft— Não acredito que essa porra funcionou!”
“Simples assim, ele se foi?!”
Eles olharam para o líder com admiração. O plano tinha sido completamente ridículo, mas sua atuação divina o levou à conclusão!
“Agora, me ajude a desenterrá-los, está bem?”, pediu Jack.
Mas, de repente, uma explosão devastadora aconteceu na Cidade, com raios de energia colossais atingindo o céu. Os dois se viraram para Jack. O que ele tinha feito desta vez?
“Eu sou inocente dessa vez!”
“…”
“…”
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