Capitulo 155: Tortura diabólica sem fim

O diabo sorriu para o tolo mortal, envolvendo-o em sua poderosa energia. 

A mana demoníaca diabólica não parecia tão assustadora à primeira vista, mas era quase impossível de se livrar. Ela se alimentaria dos desejos das pessoas e ficaria exponencialmente mais forte! 

Os próprios demônios eram igualmente difíceis de exorcizar. 

Eles se agarraram aos vivos como parasitas! O aperto deles era como o de um bebê: de aparência gentil, mas assustador! Uma vez marcado por eles, não havia escapatória, apenas tortura sem fim…

Jack sentiu que isso o engolia, tanto no corpo como no espírito. Ele fechou os olhos enquanto esperava o que inevitavelmente aconteceria.

O diabo gargalhou levemente ao fundo. 

“Mortal tolo, isso já acabou.” Ele se alegrou porque “soube” que sua presa estaria indefesa. 

Foi quando o corpo de Jack ficou sem vida e sua visão escureceu. 

O pesadelo estava prestes a começar…. 

O mundo havia mudado, tornando tudo impossível de distinguir da realidade. 

Este era o mundo da criatura, sobre o qual ela tinha controle total. 

Lá, o mortal estaria sujeito aos caprichos do tinhoso. 

Havia algum destino pior que esse?

Enquanto Jack suportava tudo, ele não pôde deixar de gritar: 

“Deus, eu amo esse lugar!” Ele parecia ansioso. 

Seu tom era o mesmo que o de um turista na primeira vez que visitava um puteiro. 

Bem, combinava com a ocasião. Até onde seus olhos podiam ver, havia dançarinas lindas e esbeltas. Elas teriam envergonhado as deusas da fertilidade com seus “dotes”. 

Elas balançavam seus corpos nus ao som suave de um aparelho de som com graves reforçados. Elas até valsaram por todo lado, balançando nos lugares certos, enquanto faziam questão de satisfazer seu líder. 

O poderoso e belo Jack estava sentado em um majestoso trono dourado gravado com dragões. Ele estava gostando do show enquanto inumeras participantes o alimentavam delicadamente com as mais diversas comidas.

Eram tão gentis quanto possível, ansiosas para agradar e às vezes até lançavam olhares convidativos. Elas obedeceriam a todas as suas ordens, todas elas! 

Mas ele não foi o único a gostar do show. 

Perto das muralhas, havia muitos veteranos endurecidos pela batalha. Eram homens que dedicaram suas vidas a servi-lo e o ajudaram a criar seu império. 

Eles não eram nada mais do que uma pequena tribo de caçadores há muito tempo, mas agora eram O Império dos Caçadores! 

Toda a terra sabia deles, temia-os e tremia quando temiam a sua chegada. Eles estavam se espalhando em todas as direções, conquistando tudo.

Seus inimigos seriam inevitavelmente transformados em mero alimento ou receberiam misericórdia e seriam mantidos como escravos. 

Liderada por Jack, sua legião não conhecia o significado da palavra derrota. 

Poder, mulheres, riqueza, fama, eles tinham tudo! No entanto, eles ansiavam por ainda mais! Não, ELE tinha, e ELE desejava, pois Jack era a alma do império. 

Ele era o deus deles. Ele era a sua “razão de ser”. Ele era tudo deles. Sem ele, não existiria nenhum Império de Caça, apenas um bando de selvagens nus. 

Jack realmente tinha tudo! Caramba, nesse ritmo, ele teria o próprio mundo! — Ou era assim que deveria ter sido. 

Ao fundo, o demônio invisível e silencioso puxava as cordas, manipulando tudo. Muitos anos se passaram e o homem há muito se esqueceu da vida que viveu. 

Ele havia esquecido há muito tempo que seu corpo ainda estava no Infinito. 

Ele havia esquecido há muito tempo o homem que costumava ser.

Ele realmente era Jack, o Senhor da Caça. 

Não havia outra verdade além desta. 

Mas, tudo estava prestes a mudar. O diabo gastou tanto esforço para tecer esta bela história, e agora era hora de fazê-la servir ao seu propósito. 

Roubaria tudo o que o mortal estava acostumado. A comida deliciosa, os subordinados, o poder, a saúde dele e tudo mais! Oh, isso seria tão glorioso! 

Ele começou a trabalhar. 

O desastre aconteceu, depois outro, e ainda outro. 

Exércitos inimigos apareceram, catástrofes naturais aconteceram bem na capital, todos os leais subordinados do homem o traíram, suas concubinas se voltaram contra ele e até mesmo sua capacidade de se levantar foi roubada dele! 

Era um momento de acerto de contas! 

O homem se desesperava cada vez mais a cada dia que passava. Ele tentou aguentar, lembrando-se do deus que costumava ser, apenas para descobrir que não passava de uma barata lutando pela sobrevivência. 

Ele era o mais baixo dos mais baixos. 

Ele havia perdido tudo. 

Ninguém poderia suportar tal golpe. 

Absolutamente ninguém. 

Foi quando o diabo veio. 

Ele apareceu como um amigo de antigamente. 

Ele apareceu para ele e lhe ofereceu uma chance de redenção. 

Tudo o que o homem precisava fazer era aceitar seus termos e teria tudo de volta.

Ele seria rei novamente, não imperador, e o mundo seria dele, com certeza desta vez! 

Nos olhos do tolo mortal havia uma gratidão infinita quando ele o confundiu com um salvador. Ele deu-lhe um sorriso gentil enquanto olhava ao seu redor. 

Eles estavam nos esgotos e ele se escondia como um rato. Não havia dúvida de que ele mal podia esperar para sair o mais rápido possível. Ele aceitaria a proposta do diabo com certeza. 

Ele abriu a boca: 

“Deus, eu amo muito esse lugar…”

Seu tom continuava sendo o mesmo que um turista usaria na primeira vez que visitava um puteiro.

NÃO combinava em nada com a ocasião!

O diabo parou por um segundo. Teria ouvido mal ou o mortal tinha falado mal? Mas então finalmente percebeu. 

Essas palavras foram as mesmas que o homem pronunciou quando o diabo começou o plano de queda em desgraça. 

Então notou o sorriso sarcástico do homem. Ele sabia, de alguma forma ele sabia! 

Ele sabia sobre a ilusão. Ele sabia que tudo isso era um jogo. Ele sabia que o diabo estava gastando sua energia para gerá-lo. 

Ele poderia ter interrompido a ilusão a qualquer momento. Ele poderia ter evitado todo o sofrimento, dificuldades e tribulações. Ele poderia ter escapado de tudo… e ainda assim não escapou?! 

Por que? Por que?! Por que!!!! 

O que havia de errado com esse homem?! 

Não fazia sentido! Ele não tinha nenhum desejo?! 

Não, ele tinha bastante. Ele festejou, ele desejou, ele governou sobre todos eles, ele se entregou a todos os vícios! Como ele pôde abandonar tudo tão facilmente?! 

“Poh, você não é divertido se apenas permanecer em silêncio, senhor demônio.”

As palavras do homem trouxeram-no à razão. 

“Isso foi muito divertido. Vamos de novo?”

O diabo congelou. D-divertido?! Aquilo tinha sido divertido?! Não conseguia entender. Simplesmente não conseguia entender nada disso! 

Mas então o homem acenou com a mão e, ao fazê-lo, o mundo ficou escuro…

Os demônios eram quase impossíveis de se livrar. 

Eles se apegavam aos vivos e simplesmente não queriam, nem podiam desistir. Este já estava ligado ao tolo mortal.

Não haveria escapatória, apenas tortura sem fim…

Este era o mundo da criatura, sobre o qual ela tinha controle total. Lá, Jack estaria sujeito aos caprichos do demônio. 

Era para ser horrível… 

“Vá em frente, faça o seu pior. Ah, mas tente ser um pouco mais criativo desta vez.” Jack falou sozinho e em voz alta, como se amaldiçoasse a própria vida. 

O mana diabólico cresceu junto com os desejos humanos. Tinha um potencial infinito, assim como a ganância humana. Alimentava-se da incapacidade dos humanos de controlar seus impulsos. 

O homem aparentemente orou: 

“Que tal deusas com alguns pares de peitos desta vez?”

“Para o exército, posso governar uma legião de minotauros ciborgues?”

“Posso pegar um pouco de néctar divino? Talvez um pouco de hidromel ou cerveja?”

“Ah, sim, o palácio é legal, mas precisamos de Internet nessa porra! Faça isso rápido também!” 

Ele continuou solicitando incessantemente. 

Desta vez o diabo lançou as calamidades sobre ele imediatamente. 

Lançou tudo o que pôde pensar no homem. 

Ele o devorou com grilos, dilacerou membro por membro, assassinou, afogou, enterrou vivo, o diabo tentou de tudo! 

Todas as vezes, depois de uma interminável sessão de tortura, o homem pronunciava fracamente: 

“Deus, eu amo esse lugar!”

Isso sempre abalava profundamente a consciência do diabo. Após cada morte, o pesadelo recomeçaria, sem fim. 

Mas a cada repetição, o diabo sentia sua essência diabólica diminuir. 

Era quase imperceptível, mas estava lentamente se esgotando. 

Quando acabasse, o diabo desapareceria. 

Seria uma morte verdadeira. 

Para sobreviver, o diabo teria que inovar. 

Tinha que fazer o mortal se perder na ilusão! 

Logo, o humano se entregou a todos os prazeres possíveis. Ele até olhava para o diabo enquanto abraçava sua namorada gótica de seis peitos!

No entanto, nunca gerou mana. Isso significava que ele estava sempre pronto para ir embora! Nenhuma ilusão jamais foi suficiente para superar sua vontade. Como?! 

Ele tocava o quanto quisesse e depois ia embora. Depois disso, ele olhava para o demônio lamentável, proferindo elogios que pareciam uma maldição: “Deus, eu amo este lugar!”

O diabo estava ficando louco. Ele tentou de tudo! 

Matando.

Torturando.

De barganha. 

Implorando de joelhos! 

Mas sempre terminava com: “Foi muito divertido. Vamos de novo?”

O diabo não aguentou. Simplesmente não poderia! Seu espírito invisível e imaterial flutuava em um canto enquanto chorava. 

Não poderia se dar ao trabalho de tecer um novo pesadelo. Qual era o objetivo? O homem simplesmente quebraria de qualquer maneira! 

“Agora, agora. Você não é divertido se continuar chorando, senhor demônio.”

O diabo agora estava gritando além dos soluços. 

Cada vez que ouvia a voz do homem, todo o seu ser estremecia e sentia-se mal. 

Naquele momento, o pobre diabo só tinha um desejo: “Me solta! Me deixa saaaaair!!!”

Mas o homem sempre lhe dava um sorriso tranquilo quando o pesadelo recomeçava. 

“Por favor, qualquer um! Por favor, exorcize este pobre diabo do corpo deste homem!”

Será que isso acabaria? Por favor, misericórdia…. 

(╥﹏╥)

Misericórdia? O que é que foi isso? É de comer? 

De qualquer forma, Jack parecia não saber o seu significado… 

“Ei, pelo menos me dê uma bebida ou algo assim.” Ele reclamou sem coração.

Ao ouvir o tom de reprovação de seu “prisioneiro”, o diabo começou a considerar seriamente o suicídio. E se detonasse sua essência?

Provavelmente mataria os dois. A morte com certeza parecia legal…