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    — Espera! Falta de suprimentos? — indaga a jovem, surpresa ao receber a notícia.

    — Sim! Falamos disso a semanas, o que tem de errado com você esses dias? Atrasando para voltar para casa, enfrentando os soldados, procurando “informações de temperos” para fazer comida… Apesar que dessa mudança eu gostei.

    — Então, quando você planeja se explicar? — Pergunta Karenn, com as mãos em sua cintura, enquanto encara Evangeline nos olhos, esboçando uma cara de dúvida.

    — Ah! Então… Eu… É…

    Enquanto a meio elfa pensa em uma desculpa que não fosse, “a sua irmã não existe mais, sou um cara de outro mundo que assumiu o lugar dela”, é interrompida por um chamado eufórico de alguém do lado de fora, que a salva de ter que inventar alguma coisa.

    — Evangeline! Evangeline! Abre! Abre! — Uma voz criança familiar bate na porta intensamente.

       — Vai la, se não ela não parará de bater — diz Karenn, rindo e voltando para a comida que está quase terminando de preparar.

    Shirogane se levantando da cadeira, abre a porta para confirmar quem a chama, olhando para baixo ver uma garota, a mesma que ajudou na escolinha a descobrir seu atributo mágico naquele mesmo dia.

    Usando um vestido simples, porém, em seu cabelo há um grande laço de cor vermelha trançado até as costas. Mas o que surpreendeu ele foi com quem ela está do lado de fora. Uma moça jovem, vestindo calças pretas e uma blusa cor branca, e seus cabelos morenos presos formando um rabo de cavalo.

    Shirogane nunca foi de gostar de crianças, mas aquela garota parecia diferir dos outros melequentos da escolinha. Ao ver o sorriso animado daquela criança, pergunta.

    — O que você quer a essa hora pequena maga — indaga, ao se ajoelhar, enquanto fala com uma voz gentil, direcionado a garota.

    — E-eu vim agradecer a mestra que me ajudou com a ma-magia hoje cedo — diz a criança, olhando para moça ao lado que a incentiva a falar.

    — Ah? Espera… Não precisava disso Isabel, eu realmente quis ajudar você e isso me fez feliz também — responde, enquanto sorrir para a criança, passando sua mão na cabeça dela.

     — Ma-mas e-eu… — retruca, quase chorando, após terem recusado seu agradecimento.

     — Ah! Não chore pequena. Combinaremos assim pequena, minha irmã Karenn esta fazendo uma comida deliciosa hummm, e uma sobremesa também, já que vocês duas vieram até aqui a essa hora, porque não se juntam a nós? Que tal? — diz, já abrindo a porta, e as convidando para entrar.

    — Ebaaaa! Eu quero a sobremesa! — diz a criança, animando-se e correndo para a onde Karenn está.

    Ainda de joelhos e sem ação, observa elas indo animadas se dirigindo para a cozinha. Olhando para a moça que continuara perto dele pergunta.

    — Ela e sua filha não é? Então você deve ser a guardiã que a adotou. Você deveria se orgulhar, um dia ela será uma grande maga do elemento terra, sua capacidade de aprender a usar magia é incrível — declara olhando para a moça, enquanto ainda estava do lado de fora, como se tivesse com vergonha de entrar.

    — Obrigada! — responde quase de imediato. — Graças a você ela conseguiu encontrar o atributo dela, quando ela chegou em casa, não parava de dizer que a mestra ensinou ela, falou tanto que tive que vir aqui lhe agradecer pessoalmente. Então, eu digo novamente. Muito obrigada! Senhorita Evangeline — replica, se curvando quase que completamente.

    — A que isso, não precisa disso tudo, como eu disse antes eu quis ajudá-la, mas mudando de assunto, vamos nos juntar-lhes, antes que a comida acabe — retruca, puxando a mulher para dentro e sorrindo junto a moça.

    Então se juntam a elas quando a comida fica pronta, conversam e riem muito durante o jantar. Após o jantar ter acabado, a sua Isabel e a sua responsável vão embora, mas não deixando de levar suas sobremesa, um pedaço de torta de maçã.

     Karenn se despede delas acenando no portão. Depois que elas já estavam longe, Evangeline dá um longo bocejo e fala.

    — Ai que sooono! Esse dia foi bem cansativo, não acredito que você faz isso diariamente, bom, eu já vou indo dormir irmã, até amanhã — diz, já se retirando do portão e indo para o quarto caminhando de forma rápida.

    Karenn vendo Evangeline indo para o quarto quase correndo e pensa.

    ‘’Essa semana Evangeline mudou tanto, era tão calma e retraída, sempre foi meio quieta e vivia em sua bolha, porém ela mudou tando em pouco tempo, eu gosto dela desse jeito.’’ pensa Karenn, sorrindo com ternura se preparando também para dormir.

    Ninguém imaginaria o que ia de acontecer no dia seguinte, e muito menos que seria a fagulha que acenderia a chama da revolução nos corações daqueles que antes, estavam presos por correntes invisíveis guiados pela vingança de um único pilar.

    Durante a noite, Shirogane tem um sonho. Ele ver alguém em uma sala escura, uma silhueta de uma mulher de cabelos compridos. Indo de encontro até essa mulher, percebe que seus cabelos começam a brilhar como se fosse um arco-iris, porém não se pode ver seu rosto por completo. A mulher esboça expressão séria, e por fim diz.

    — Você conhecerá a dor…

    — Que dor você se refere? — retruca Shirogane, se dirigindo para mulher em meio a escuridão.

    — Você conhecerá a dor… — Repete, enquanto sua forma desaparece e some ao meio do cenário escuro.

    De repente ele acorda no susto, sentado à cama põe uma das mãos na cabeça e pensa.

    ‘‘Que sonho estranho foi esse? Que mulher era aquela? Por algum motivo reconheço essa mulher, mas não lembro de onde.’’ — pensa, tentando encontrar qualquer coisa que se remetesse a ela. ‘’Droga… Não consigo lembrar.’’

    Já de manhã cedo, e após um grande questionamento, se levanta da cama indo para fora da cabana para se aliviar. Alguns minutos se passam, e a jovem já entrando na cabana, encontra Karenn se arrumando já pronta para sair, a observando pergunta: — Irmã? Aonde vai? Pensei que hoje você não iria à escolinha.

    — Na verdade, me encontrarei alguém Evangeline. Como disse ontem, fiquei sabendo que meu avô mora a cidade ao lado, eu estava pensando em visitá-lo amanhã, então decidi sair e ir à loja para comprar algo para levar-lhe quando o visitar.

    — Certo, eu acompanho você até o centro da vila, e de lá você vai até à cidade, preciso dar uma olhada numa lojinha que Lukas mencionou ontem.

    Continua…

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