Capítulo 33 ❃ Sob suspeitas.
Após ver que os soldados partiram, ele retorna sua cabeça para dentro e fecha a janela, e com um suspiro de alívio, fala: — Ufa! Essa foi por pouco… se eles entrassem não teria outra escolha a não ser prendê-los no porão — declara, indo para o quarto da empregada.indo para o quarto da empregada.

Entre as barracas de mercadorias da feira da cidade, os dois soldados se encontram com um cavalheiro da guarda real, que veste uma armadura prateada com detalhes dourados com um longo manto azul. Presa em sua cintura, há uma longa espada de duas mãos, que está dentro de uma bainha de couro. Ao ser chamado pelos guardas, sua feição é revelada.
A sua característica é de um rapaz jovem por volta dos 19 anos, pele clara, cabelos loiros e olhos azuis. Na parte do seu peito direito da armadura, se encontra o emblema da família Hanatsu.
O soldado recruta aproxima-se, e fala: — Bentley… o senhor Ivan… — pausa a sua fala, ao vislumbrar a face de irá que o rapaz faz.
— Como é? Do que você me chamou? Devo esfregar esse emblema na sua cara recruta? Sou cavalheiro Real de Axerth, deve se dirigir a mim como Senhor Bentley — brada, de modo e intimidar o jovem recruta e chamar atenção de alguns camponeses em volta.
— Si-Sim, senhor Bentley! Me desculpe! — curva-se submissamente, admitindo os seus erros.
— Se me chamar desta forma inapropriada novamente em público, lhe corto a cabeça de imediato! Você me entendeu?! — ameaça, de modo a liberar parcialmente sua aura mágica, que faz com que o recruta se ajoelhe com tamanha pressão imposta sobre si.
— Si-Sim, eu juro que não farei novamente — responde.
De modo a interromper o teatro que o rapaz faz no meio da cidade, o comandante que está responsável por acompanhar o recruta na ronda pela cidade, se aproxima e segura o ombro de Bentley.
— Vamos, pare com esse show garoto! Não está vendo que está assustando as pessoas em volta com esta aura? — interrompe, de modo a chamar a atenção do jovem, que demonstra uma feição revoltada.
— Como ousa me tocar? Você não deve me encostar. Esqueceu de onde você veio? Seus plebeus imundos! — exclama, ao se afastar dos dois com extrema angústia e desconforto por ser tocado pelo homem.
— Abaixe sua bola moleque! Mesmo que seja o cavalheiro real, eu ainda sou o superior da guarda dessa cidade. Então é melhor você falar mansinho comigo — ameça, a fim de acabar de uma vez com a paranoia do rapaz.
— Não importa… De todo modo, o que vocês querem comigo? — indaga.
— Nada de importante, só fique de olho em Ivan, ele parece está escondendo algo ou alguém naquela casa.
— Espera! Ivan? O mago curador de Nakkie? O que dá aula na escola de meu primo? Esse, Ivan? — indaga.
— Esse mesmo. Não sei se você sentiu, mas uma mana muito suspeita emanou da casa dele agora pouco, e quando fomos averiguar, ele agiu de forma suspeita. Já que sua família tem uma boa relação com ele, você vai ficar encarregado de vigiá-lo — comanda.
— Certo… mas não venha com essas de ordem para cima de mim, só aceitarei por estar aqui na cidade e…
— Tá, tá. Faça como quiser garoto. Vamos embora recruta! O chão não é uma cama para ficar deitado… — declara, ao se distanciar do cavalheiro enquanto carrega o soldado recruta em seus ombros, que está desacordado.
“Então Ivan está escondendo algo na casa dele, não é…” pensa Bentley, ao por sua mão direita no seu queixo enquanto cruza os seus braços.
…
Duas horas se passam, e o cheiro de comida que Amice prepara faz Evangeline despertar de imediato: — Ah! Quê? E-Eu apaguei? Como eu cheguei aqui fora? — questiona, um pouco confusa e olhando para os lados.
Em um passo de mágica, Áurea, surge na frente da jovem: — Ei garota maji… Di-Digo Evangeline, Ivan está fora lecionando na escola agora, então a partir de agora serei eu que te ensinarei. Fique contente com essa oportunidade.
— Ah! Verdade, eu acabei esquecendo que ele também dá aula aqui em Nakkie. Okay, Áurea, obrigada por continuar meu aprendizado, sinto que você será uma ótima instrutora — responde, de modo a envergonha o espírito novamente.
— Hum! Ainda bem que você sabe — declara, enquanto empina seu nariz.
— Vamos maji… Evangeline, que eu vou reabrir a passagem espiritual e…
Amice aparece no quarto, de modo a interromper a fala de Áurea: — Me-Mestra Áurea! Espere um momento, você não pode levá-la agora, ela não come nada desde ontem — frisa, a fim de relembrar o espírito.
O cheiro da comida que a criada prepara, novamente paira sobre as narinas de Evangeline, que faz com que o seu estômago responda, porém diferente de antes, com um barulho bem mais alto.
Amice olha para a situação que a meio elfa se encontra, em seguida reforça: — Viu? Ela está faminta. Deixe que ela coma algo para depois voltar ao seu treino — opina, de modo a esperar a resposta do espírito.
Envergonhada com a situação gerada por si, Evangeline se pronuncia: — Bem… eu acho que dá para comer uma coisa ou outra… — finaliza, ao por sua mão na sua barriga que não para de roncar.
…
Por fim, a criada prepara um ensopado de batata e a serve numa tigela, que é devorado quase de imediato. Surpresa com a velocidade com que a meio elfa come sua comida, ela se aproxima: — É… senhorita Evangeline, você por acaso quer repetir? — indaga, ao notar que já havia limpado todo o prato.
Evangeline, toma um susto com a aproximação de Amice, e se envergonha novamente por conta de sua fome. Com intenção de se livrar daquela situação embaraçosa, acena com a cabeça e entrega a tigela para empregada, que solta um sorriso em sua face.
— Não precisa se envergonhar senhorita Evangeline, eu não ligo para essas coisas. Quando quiser repetir, apenas peça que a servirei novamente — anuncia, de modo a entregar outra tigela de comida para a jovem.
…
Após o término do almoço, Áurea, com a abertura da passagem espiritual finalizada, surge na sala de jantar: — Agora que acabou de comer, venha comigo, pois agora eu vou lhe ensinar a controlar a mana do seu núcleo — declara, ao chamar a garota para ir consigo.
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