Capítulo 47.4 ❃ O Verdadeiro motivo.
Indignada com a ideia das duas raças, a meio-elfa, dirige sua declaração para Ivan, o interrompendo mais uma vez:
— Então, eles começam a guerra, e quando não conseguem acompanhá-la e nem pará-la, optam por chamar um terceiro para resolver seus problemas?
— B-Bem…
Ficando completamente sem um contra argumento perante a indignação da jovem, Ivan torna-se mudo, visto que, o que ela acabara de dizer resume praticamente as ações feitas pelos responsáveis da guerra.
Áurea, bastante estressada com as diversas interrupções da meio-elfa, mostra-se aparentemente com uma veia pulsando em sua têmpora, e, com um ato ligeiramente rápido com o intuito de chamar a atenção dela, puxa parte de seu cabelo suspenso nos ombros, e a repreende no processo:
— Evangeline… a todo momento você está o interrompendo com essas perguntas incessantes. Eu sei que pode ser algo novo para você, mas controle-se, e deixe suas perguntas para o final.
— Ce-Certo… desculpe, senhor Ivan. Pode continuar.
Similar a uma coelha, Evangeline, cede suas orelhas pontudas em vergonha como reação a repreensão feita por Áurea.
— Agora, Ivan, termina logo essa historia!
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Sem jeito com o que acaba de acontecer perante seus olhos e, espantado com a bronca feita por seu espírito em relação a sua demora na história, ele, tenta terminar de contar o mais resumido possível.
— E-e… então… como eu dizia, às duas raças se uniram para invocar um herói. Após a invocação dele, de imediato o lançaram na guerra, e como esperado ele não só lutou e derrotou os magin’s facilmente como subjugou o Lorde Demônio, Héracles.
— O nome do herói é Sebastian, o guerreiro dos olhos violeta.
Após ouvir o nome, Evangeline adianta-se para perguntar algo, porém, ao olhar para Áurea em seu colo, cessa a sua vontade, mas em seus pensamentos questiona-se este fato:
”Espera, ele disse que o nome do herói é Sebastian? Co-Como ele tem o mesmo nome que o… Não, isso com certeza é só uma coincidência, sim, tenho certeza que pode ser isso. Afinal, eles não teriam como invocar um jogador do Sephyra para cá, precisaria de uma magia extremamente irreal para converter códigos de programas em um corpo vivo… ”
Enquanto tenta a todo custo privar a sua mente de um possível pânico em relação ao nome que ouvira, tem sua atenção realocada para Ivan, que percebe a distração da jovem, e eleva o tom de voz para chamá-la novamente.
— APÓS a derrota parcial do Lorde Demônio, Héracles, todos os majin’s foram expulsos pelo grande herói, e exilaram-se para fora do continente de Athena, e, em algum lugar, construíram sua própria civilização, bem longe das raças que apenas os usaram.
— Enquanto as três grandes raças, que provocaram o início da guerra, resolveram assinar um tratado de paz e, além disso, decidiram respeitar o local de descanso do archmago Nazive, algo que seus antepassados não conseguiram fazer.
— O grande herói, que lutou bravamente na guerra, ganhou um título monárquico perante os dois reinos, e algumas terras. No entanto, a sua localização atual é desconhecida pela maioria, já que se passaram 25 anos após a guerra.
— E isso é tudo. É por isso que te chamam de majin, Evangeline. Todos que olham para você, lembram-se desta época, pois tudo o que veem é o fruto de toda aquela coisa horrível que aconteceu.
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— Entretanto, mesmo que a origem de sua raça seja referente a este evento, não significa que você veio diretamente dele.
Confusa com a suposição do homem, a jovem inclina a cabeça em resposta, enquanto escuta suas declarações.
— Veja bem, a guerra fechou suas portas a 25 anos, no entanto, você é uma jovem de 15 anos, isso referente o que a sua amiga me disse…
Uma imensa curiosidade atônita preenche o curandeiro, e, uma expressão minimamente eufórica nota-se visível em seu rosto. O fato de sua aluna ter uma origem isolada do grande evento, o deixa admirado. Para ele, Evangeline torna-se algo mais interessante que o assunto que se refere aos majin’s.
Aproximando-se para próximo da jovem, em um ato ligeiramente rápido, finalmente dirige uma pergunta que ponderara mentalmente:
— Então, em referente a este breve assunto, lhe pergunto: Qual é sua orgiem? Quem e como são seus pais, Evangeline?
“Hmmm… meus pais? Parando para pensar agora, eu nunca tive problemas com eles. O meu pai sempre foi um pouco chato em relação a treinos diários e exercícios. Aquele cara um dia vai ficar tão sólido como uma pedra, no entanto, mesmo ele me repreendendo com as coisas erradas que eu fazia, ele nunca me destratou ou me colocou para baixo. Ele é um ótimo pai, de verdade mesmo.”
”Enquanto a minha mãe, mesmo que ela soubesse que eu ficava horas no meu quarto jogando, nenhuma vez sequer ela puxou meu pé em relação a isso, e esse fato me fez perceber que, qualquer jovem da minha idade que tivesse na mesma situação optaria em continuar. Porém, como resultado disso, eu sempre me dirigia a ela para revelar coisas sobre o Sephyra, e o seu sorriso sempre me motivava a me tornar mais forte dentro dele. Toda a vez que tinha um torneio, eles sempre estavam torcendo para mim.”
”Satomi Chino e Kirigaya Chino, obrigado por serem os meus pais… e… me desculpe… mas eu nunca vou poder retribuir esse afeto que vocês me deram… ”
Uma gota de lágrima escorre pelo rosto da jovem, a sua real visão dos fatos, fez Shirogane perceber que ele nunca mais poderá retornar para próximo dos seus verdadeiros pais. Esta ação, chama a atenção de Áurea em seu colo, olhando diretamente para cima após a pequena gota despencar em sua cabeça.
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Em contrapartida, ainda em pensamentos, ela continua sua declaração:
”Tudo seria mais fácil se eu pudesse dizer isso ao senhor Ivan, porém, eu não posso. Não posso dizer quem são os pais de Shirogane Chino, mas sim de Evangeline.”
Em resposta a esse pensamento, Evangeline, começa a procurar em suas memórias qualquer vestígio que possa responder à dúvida do curandeiro, algo que ela possa apenas descrever quem são. Contudo, tudo que consegue observar é uma imensa neblina em suas memórias.
“Droga… mesmo com as memórias que recebi, não consigo achar nenhum vestígio que aponte quem são os pais dela…”
Uma imensa frustração a cerca, e seu semblante cai em decepção. Ivan, notando que fizera uma pergunta que não devia, se desculpa:
— Ah, não! Não ligue para isso, foi só a minha mente falando pela minha boca novamente. Você não precisa contar, se não estiver confortável.
Porém a jovem nega, chacoalhando sua cabeça, e em seguida, diz:
— Não, não é isso. Eu só não me lembro…
— Entendo, está tudo bem. Se for necessário, você se lembrará.
— Obrigada, senhor Ivan, por isso, e por me contar esta história. Graças a isso, eu sei como as pessoas se sentem ao olhar para mim. Um produto de uma gerra passada que ainda não saiu de suas mentes e, que provavelmente, irá demorar sair.
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Áurea, levanta a cabeça da jovem com as mãos, e olhando nos seus olhos cor rubi, lhe conforta:
— Não ligue para isso, Evangeline, você é especial. Não por que você é um resultado perfeito de uma guerra, mas porque eu decidi treiná-la, e porque eu vi um grande potencial, que nem mesmo aqueles outros majin’s tem. Que é a sua vontade de seguir adiante.
As palavras do espírito finalmente cedem o coração da meio-elfa, liberando as suas lágrimas no processo. Durante todo o momento, desde quando começou seu treinamento, ela reprimiu seus sentimentos, pois na época não passava de empecilhos que prejudicariam seus processos de ensinamento. Porém, ao descobri a verdade de uma segunda alma dentro de si por Metatron, resolveu aceitar todos esses sentimentos.
…
Algumas horas se passam e Amice, finalmente, recobra a consciência. Olhando em volta, nota o casaco de seu patrão em cima de si, e no canto mais a frente, visualiza Evangeline.
— Senho-rita Evan-geline?
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