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    Após reconhecer a voz masculina que acabara de chamá-la, Evangeline vira-se rapidamente para constatar a pessoa em questão. 

    A primeira impressão da jovem é voltada para o cabelo da rapaz, — que está muito bagunçado, diferente de como está habituada a vê-lo, ao olhar para o rosto dele, encontra algumas manchas acinzentadas, muito similares a fuligens.

    — Tre-Trevor? O que aconteceu com você, cara?

    — Co-como assim…?

    Estranhando por um momento a questão levantada por sua amiga com uma expressão confusa, Trevor, — em um ato de reflexo, dirige sua mão para as bochechas para coçá-las. Ao remover elas da face e observá-las entende em fim a pergunta dirigida a ele.

    — A-ah… i-isso? 

    Esboçando um sorriso discreto e tímido no rosto, Trevor responde como acabou sujo daquele modo, — cheio de fuligens pelo rosto e braços.

    — Bem… digamos que… eu estava ocupado construindo algo… Na-na verdade, ainda estou…

    Um tanto curiosa com o que o seu amigo começou a construir, — para deixá-lo naquele estado completamente sujo, Evangeline, para tentar entendê-lo nesta razão, o pergunta o que realmente ele começou a construir.

    — E… o que seria essa coisa… que você ta construindo, hein?

    Uma oportunidade surge na mente de Trevor após a pergunta da meio-elfa. 

    Até o exato momento, ele não teve a chance de mostrar a construção para ninguém, — visto que ela ainda falta muito para terminar. Contudo, ao ver a curiosidade florescer no rosto de sua amiga, fez ele querer mostrar para ela como está o desenvolvimento.

    Então, como resposta a indagação dirigida a ele, o rapaz, com um pouco de receio, move a mão para atrás da cabeça, a coçando, logo, com um singelo sorriso descontraído no rosto, ele a convida para acompanhá-lo até o local.

    — Bem… acho que será mais fácil para você ver do que eu tentar te explicar. Afinal, somente a Anastácia mexe com essas coisas por aqui…

    — Anastácia… hein…?

    A pouco a pouco a curiosidade da jovem começa a aflorar em seu ser. Após ouvir da boca dele que Anastácia está envolvida nisto, algo similar a uma euforia começa a predominá-la.

    — Então… se você faz tanta questão assim de me mostrar, não vejo por que não acompanhá-lo até o local, mas antes…

    Olhando em direção para Balmor, — que observara toda a conversa em silêncio com um costumeiro semblante alegre, conclui que, antes de ir junto do rapaz, precisa termina algo antes.

    — … Preciso levar os cavalos até o estábulo e…

    — Não, não precisa, minha querida. Pode ir com ele, eu cuidarei de guardá-los no estábulo.

    Ao ser interrompida por Balmor, que se oferece no lugar dela para guardar os animais, Evangeline, sem mais nada que possa prendê-la naquele lugar, — assente amigavelmente para o senhor, aceitando a disposição dele.

    — Tudo bem, senhor Balmor. Obrigada pela gentileza.

    — Que nada, minha criança, quem deve agradecer sou eu por estes animais.

    Um pouco confuso com a alegação do senhor e a meio-elfa, referente aos animais, Trevor chama uma vez mais sua companheira.

    — Então, Evangeline, você vem?

    Olhando em seguida para o rapaz, ela confirma, — despedindo-se de Balmor no processo.

    — Claro. Até logo, senhor Balmor.

    Enquanto a jovem move-se em direção ao rapaz, — para acompanhá-lo até o local que ele está construindo algo, Balmor retira o chapéu de palha da cabeça, o guia para o peito e esboça um sorriso no rosto, — completamente feliz com o presente que recebera dela.


    Durante o caminho até o local ainda incerto para Evangeline, os moradores do vilarejo, ao perceberem que ela retornara, — acenam alegremente para ela, lhe desejando sorte para achar uma cura para Karenn.

    — Boa sorte, Evangeline!

    — Boa sorte com a cura, Evangeline!

    Acanhando a postura para próximo do rapaz, Evangeline comenta o fato de todos do lugar já saberem o que ela fará.

    — Me parece que todo mundo do vilarejo já sabe o que aconteceu com a Karenn e o que eu estou prestes a fazer…

    Esboçando um sorriso no rosto, — dado ao comportamento tímido de Evangeline ao receber as felicidades dos aldeãos, Trevor, — já bem nas proximidades da região em que quer levá-la, a responde o fato de todos já saberem do objetivo dela.

    — Sim, foi a Anastácia que nos contou tudo o que aconteceu na cidade. No dia em questão, até o chefe da vila ficou em prantos com a notícia. Para ele, cada morador do vilarejo é como seu próprio neto e, ao descobrir o que aconteceu com vocês duas, ele ficou completamente mal…

    — Sé-sério!?

    Cortando o diálogo do rapaz no meio, ao demonstrar surpresa com as ações do chefe da vila, Evangeline fica impressionada com o esmero que ele possui com todos da região.

    — Sim, mas não se preocupe, ele está mais estável agora. Porém, voltando ao assunto… Todos ficaram bem tristes com a situação, no entanto, com a ajuda da Isabel, os ânimos de todos foram revitalizados. E agora, todo nos podemos confiar em você, a pessoa que trará a cura para a Karenn.

    — Você… tem razão…

    Após a explicação de Trevor, referente ao comportamento dos aldeões ao verem ela, — dado o conhecimento que agora possuem sobre a missão, Evangeline, com um semblante sério, sente uma sensação completamente desconfortável em seu ser. 

    Um peso altamente concentrado cai sob suas costas. A jovem alisa a parte inferior da nuca para constatar o que está preso ali, contudo, nada encontra, pois o peso que sente no momento não é físico e sim, emocional.

    Para a sua concepção, ter todos ao seu lado desejando sorte em seu objetivo é algo muito bom, todavia, algo não está batendo para ela. A pressão que vem junto as venturas dos moradores é algo quase sufocante para ela. 

    Para a Evangeline a balança não parece estar regulada neste momento e, isto, a assusta.

    ”Então… é isso que significa carregar um fardo nas costas…? Me sinto bem ao saber que todos me apoiam. Ivan, Áurea, Amice, Trevor, Anastácia, Isabel e os moradores da vila, mas, este peso… por que é tão intenso? Por quê… por que sinto que isto está em um sentimento tão ruim? Todos parecem sorrir para mim, então… por que eu não sinto a felicidade deles…?”

    Enquanto declara em pensamento com o semblante abaixado e uma expressão séria, tem sua atenção realocada para Trevor, que a avisa sobre a chegada no local que ele está desenvolvendo a construção.

    — Evangeline! É aqui…

    A caminhada para.

    Levantando precocemente o rosto para avistar o local para finalmente retirar a sua dúvida sobre o que é a bendita construção sujadora de rapazes, Evangeline finca firmemente os olhos na região para não escapar nada de sua visão.

    No entanto…

    — Espera aí…

    Algo a faz mudar completamente de sentimento após observar aonde realmente ela está…

    — Espera, espera aí…

    Olhando fixamente para o rapaz com uma expressão séria e confusa, Evangeline, — com as mãos na cintura, o questiona o fato deles estarem naquele lugar.

    — Trevor! Por que você me trouxe para a escolinha? Não ia me mostrar a construção que está fazendo?

    O encarando ainda em busca de respostas, Trevor, ao esboçar um sorriso ao observar como sua amiga consegue trocar de postura de repente, apenas a chama para continuar a caminhada.

    — Vamos, é bem ali atrás…

    Dando a volta na escolinha, Evangeline avista uma fileira de tijolos e, próximo à parede, uma chaminé em construção. 

    Surpresa com o que ver, a meio-elfa tenta confirmar se isto é o que ele tem construindo, — porém, sem demonstrar nem um pouco de entusiasmo nisto, visto que, tal construção é meramente comum em seus olhos.

    — Então, é isso que você tem feito para se sujar tanto assim?

    Esboçando um sorriso sem graça no rosto e conçando a parte traseira da cabeça, o homem responde à pergunta dela.

    — Heheh… parece que você não se impressionou em nada, não é, Evangeline?

    ‘’Droga! Esqueci que preciso seguir um papel perto dessas pessoas, eles ainda não podem me ver com uma postura similar a minha anterior…’’

    Totalmente sem graça com a situação, — por ter abandoando por um momento a atuação que sempre faz para as pessoas do vilarejo, a jovem tenta explicar-se.

    — B-bem, eu…

    — Relaxe, não precisa se explicar. Certamente não é a primeira vez que ver uma chaminé na vida. Cabei esquecendo que você voltou de Nakkie, e lá deve ter muitas casas assim.

    — …

    ‘’Ufaaa…! Ele não desconfiou…’’

    Completamente sem palavras para argumentar, — além de estar totalmente aliviada por Trevor não ter desconfiado de sua postura, Shirogane, para não levantar mais suspeitas para si e sua atuação neste corpo, simplesmente escuta tudo o que o rapaz tem a dizer.

    — Eu decidi montar uma chaminé na escolinha. Isso ajudará a aquecer o local neste inverno, mas tem sindo uma tarefa complicada realizar isto sozinho. Contudo, graças a ajuda da Anastácia e seu conhecimento com forjas, eu consegui construir metade dele e, eu acho que daqui a quatro dias terminarei.

    — Você disse sozinho? E o Lukas? Por que não pediu a ajuda dele?

    Chacoalhando a cabeça em negação, Trevor explica porque não chamou seu colega para o ajudá-lo.

    — Não… meio que me desentendi com ele depois que você saiu. Ele acabou ficando um tanto estranho depois disso… Na verdade, todos ficaram em um clima parecido. Talvez as coisas tenham se quebrado depois que… depois que o sorriso dela sumiu deste lugar…

    Referente ao assunto complicado de ser dito, — ainda mais para Evangeline, a pessoa que deve estar em uma situação pior por presenciar tudo, Trevor tenta messar as palavras para não chatear sua colega.

    Simpatia.

    Com um sorriso no rosto, Evangeline finalmente entende os sentimentos de Trevor para sua irmã.

    Olhando em volta da construção feita por ele e, observar uma vez mais o semblante dele, conclui que aquela apresentação não foi inteiramente pensada para ela, mas sim…

    — Esta tudo bem, Trevor. Você é um rapaz muito gentil, decidiu construir algo para melhorar a escolinha e ajudar as crianças a ficarem mais tempo no lugar. Eu não sei o que tem passado na sua cabeça, mas, eu acho que essa apresentação não era para mim, não é? Você queria mostrar a chaminé para a Karenn, não é mesmo?

    — Bem…

    Ao perceber que estava certa em concluir isto, Evangeline, — ainda com um olhar fixado no semblante do rapaz, aproxima-se dele e põe a mão em seu ombro.

    — Não precisa se acanhar, Trevor. Você mostrará esta chaminé para Karenn sim, porém mostrará ela completamente pronta, pois eu já prometi e prometo outra vez. Eu trarei o sorriso dela de volta para nós, eu prometo, nem que eu tenha que desbravar este mundo em prol da cura dela.

    Um estalo de realidade choca-se na mente do rapaz. A expressão firme e convicta, seguida das promessas seguras da meio-elfa, fez despertar algo que ele não sentia nela antes.

    Olhando com surpresa para a meio-elfa em sua frente, Trevor a questiona o fato dela sempre impor promessas que parecem difíceis de se realizar.

    — Evangeline… você sempre é tão esperta, forte e direta e, mesmo nesta situação, consegue arranjar força para prometer algo assim…?

    A declaração sem fundos chama a atenção da jovem, que o responde de volta com uma afirmação.

    — E por que não prometer? A razão da promessa existe para nos mostrar nosso objetivo. Só cabe a nós nos fortalecemos para concretizar isto. 

    Esboçando um sorriso alegre no rosto para tentar animar o rapaz, ela complementa.

    — Estou certa ou completamente certa?

    Um novo sentimento floresce em Trevor. Algo que até um momento atrás ele não tinha sentido por Evangeline começa a predominar seu ser. Seu coração acelera após o toque dela em seu ombro. A sua língua começa a engolir salivas sem descanso e uma sensação fria pinicante preenche sua barriga. E, durante este momento, os seus olhos ficam fixados sob a jovem, — algo que a faz estranhar ao perceber.

    Confusa com o olhar fixo de Trevor para si, Evangeline, — ao inclinar a cabeça e esboçar uma expressão de dúvida, questiona-o para entender o que houve.

    — É… Trevor… você está bem?

    Pânico. 

    O rapaz fica completamente desconsertado com esta situação. Trevor fica envergonhado por ela notar que ele estava a encarando fixamente sem dizer nada. “Talvez ela pense que sou estranho neste momento e para não me magoar tenha perguntado de forma gentil”. Estes pensamentos são repetidos diversas vezes na mente do rapaz.

    Engolindo uma alta doze de saliva e demonstrar pequenas gotas de insegurança na lateral do rosto, Trevor toma coragem para declarar seus sentimentos.

    — Evangeline… acho que te am…

    Porém é interrompido por uma figura de óculos e um sobretudo azul-escuro.

    — Mas olha só você ai, Evangeline! Bem que eu estava certo em vir até a escolinha… 

    Observando a cena um tanto curiosa de ambos juntos se encarando, Lukas, — que acabara de chegar para cumprimentar sua colega, complementa as falas com uma expressão pervertida, — ajeitando os óculos no rosto, para reforçar ainda mais suas falas.

    — É… vocês querem privacidade?

    Tanto Evangeline quanto Trevor afastam-se precocemente um de perto do outro como resposta a suposição de Lukas.

    Desamarrotando as roupas, Trevor olha para o canto tentando desviar a expressão envergonhada, enquanto Evangeline ainda tenta entender o que houve com o rapaz, — o encarando com uma interrogação em cima da cabeça.

    A situação embaraçosa pendura por alguns segundos, até que Trevor, — engolindo um pouco de sua vergonha, dirige-se para Lukas, comentando sobre a chegada dele no local.

    — Hmph!… Então… então, você finalmente chegou, não é mesmo Lukas?

    Completamente em dúvida com as falas do rapaz, Evangeline questiona sobre o que ele diz.

    — Chegou…finalmente?

    Endireitando os óculos no rosto, Lukas se aproxima de Evangeline. 

    Bem próximo dela, abaixa um pouco a postura e a encara fixamente, algo que desconcerta um pouco a jovem, que a faz olhar para o lado com um pouco de vergonha e se perguntar a razão da aproximação dele em pensamentos.

    ”O que será que deu nele? Por que ele ta me encarando assim!? Ele desconfiou de alguma coisa que eu disse? A quanto tempo ele tem nos observado…?”

    Observando aquela cena um tanto peculiar, Trevor, com um pouco de ciúmes pelas ações do rapaz que está muito próximo da meio-elfa, o separa com a força de seus braços.

    — Ei, ei, ei! O que você está fazendo, em Lukas!?

    Reconhecendo que o seu colega de trabalho ficou com ciúmes de sua aproximação para perto da jovem, Lukas, — como forma de brincadeira, o responde, dando mais ênfase em deixá-lo com mais desse sentimento.

    — Nada, só quis observar um pouco os olhos dela… São bem bonitos a propósito.

    — Seu…

    Como um ato de parar com aquela cena um tanto estranha entre os rapazes, Evangeline chama atenção deles, ao limpar a própria garganta em um som completamente alto.

    — Aham!

    Trevor, que estava segurando fortemente a blusa de Lukas solta no momento seguinte, enquanto Lukas, ao ser liberto da pesada mão de seu colega, — desamarrota a blusa e endireita os óculos.

    — Agora que estão calminhos e juntos no mesmo lugar, me poupa trabalho de procurá-los individualmente para contar algo que decidi fazer no caminho de volta até o vilarejo…

    — Decidiu fazer?!

    Ambos falam em uníssono. Algo que os chateiam um pouco que os fazem endireitar a postura e olharem para posições opostas para tentar disfarçar o que acabara de acontecer.

    — Sim…?

    Estranhando completamente a situação que não sabe que acontecera entre os rapazes, Evangeline tenta ignorar e explicar o que decidiu fazer.

    — Bem, quando eu estava voltando para o vilarejo, me encontrei com uma carruagem e nela o Jhonas um dos alunos da escolinha…

    Durante um bom tempo Evangeline explica completamente o que aconteceu na conversa com Jhonas e sua avó, explicando sobre o comportamento dela em relação às afrontas da senhora, além de prometer que ensinaria as crianças da escolinha coisas novas que aprendeu em Nakkie com seus mentores.

    Tanto Trevor quanto Lukas ficam completamente impressionados com a dedicação que a jovem decidiu fazer. Pare eles, a ideia dela realizar diversas tutelas de controle mágico e espiritual atiçou em muito a curiosidade que eles possuem nesse ramo, além de possibilitar a criação de crianças que poderão curar pessoas no vilarejo, — dando a elas mais oportunidades em seus futuros como magos.

    Endireitando uma vez mais os óculos no rosto, Lukas, com uma expressão impressionada, dirige-se para Evangeline, comentando sobre a possível tutela que ela fará.

    — Isto é… completamente interessante, Evangeline. Pelo que você me disse, você entende e pode ensinar o controle da mana natural e espiritual até certo ponto, estou certo?

    Assentindo com a cabeça, ela o responde.

    — Está sim. Não tenho total pericia em magias espirituais, mas com o que eu sei, creio que posso mostrar o básico de como dominar esta energia.

    — Hmmm… Isto pode ser muito bom… As possibilidades podem ser muito amplas, Evangeline. Magos que dominam a mana espiritual são muito prestigiados. Domar um espírito e usar sua mana com maestria é um grande feito, porém você só conhece o funcionamento dele para a cura, algo que pode melhorar muito a moradia do povo do vilarejo.

    Guiando o dedo indicador para o queixo, Evangeline pergunta como realmente são os magos que dominam completamente a mana espiritual.

    — Então, existem muitos mais métodos do que a cura no controle da mana espiritual, não é? Quais são elas, pode me dizer?

    Aproximando-se de ambos, Trevor a explica como são realmente vistos os magos com perícia na mana espiritual.

    — Bem, a começo de conversa, os magos que dominam completamente este tipo de mana, são chamados de Magos espirituais. Os magos espirituais que possuem maestria no domínio de seus espíritos conseguem fazer muitas coisas que magos comuns tem dificuldade em fazer, uma delas é a cura.

    — Para magos comuns como eu e Lukas, que não tiveram a chance de encontrar um espírito elemental como você, somos propícios a depender bastantes de técnicas de selamento, algo comumente chamado de encantamento. 

    — Encantamento? Você quer dizer que, se usam encantamentos para lançar feitiços, é isso?

    Cruzando os braços, Trevor assente com a resposta, — respondida em seguida por Lukas.

    — Sim. Desculpe novamente te colocar de exemplo, mas você, Evangeline, possui seu próprio meio de usar os feitiços mágicos. Como explicou anteriormente na demonstração de magias de raios. Mas, para a maioria dos magos iniciais, precisamos nos acostumar a adaptar nossos sentidos a magia e na liberação de mana necessária para isso. Logo, utilizamos os encantamentos, que nos possibilitam limitar a quantidade certa de mana a ser usada em um feitiço, como por exemplo a 「Fire Ball」.

    — Para lançar uma 「Fire Ball」, um feitiço de nível baixo, precisamos depositar pouca mana, caso ao contrário, se um mago inexperiente colocar um excesso maior de mana natural, isso pode ocasionar em uma explosão ou coisa do gênero. Todavia, magos com entendimentos suficientes nas habilidades que usam, podem cortar o encantamento para metade ou completamente, sem perder a potência e precisão de seus feitiços.

    — E isso também é usado com algumas habilidades do tipo elemental.

    Complementando com Lukas, Trevor finaliza o assunto da explicação.

    Movendo a mão em direção ao queixo, Evangeline segura-o ao começar a questionar a funcionalidade de suas técnicas.

    ”Entendo… então, aparentemente o que eu faço pode ser categorizado como cortar o encantamento de um certo feitiço, contudo, como seria se eu recitasse o encantamento? Mesmo que eu consiga utilizar os feitiços como 「Lightning Cut」 ou 「Endless Cut」 sem recitar o encantamento, ainda demanda um certo tempo para eu acumular mana suficiente… Acho que perguntarei como funciona isto”

    — Então, como realmente se usa…

    — Minha mestra!

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